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segunda-feira, 17 de julho de 2017

VIAGEM AO PASSADO: Nos tempos de Edésio e seus Caps e do certificado de virgem em Serra Talhada

Por Paulo César Gomes 



A foto em destaque é de uma apresentação da histórica banda “Edésio e Seus Red Caps”, vale destacar a delicadeza com a qual o jovem casal dança pelo Clube Intermunicipal de Serra Talhada (CIST).  Nesta imagem, possivelmente dos anos 1960, percebesse que os cantores Rui Grudi e Antonieta Pereira ainda não faziam parte do grupo.

Dois fatos chamam atenção para o período em que a foto foi feita. A primeira, é a presença de uma mulher entre componentes da banda, situação rara, pois na época o preconceito era grande em relação à participação feminina  em grupos musicais e também em festas.

Uma das primeiras jovens a participar de um grupo passou pouco tempo, já que ela teve um relacionamento amoroso não aceito pela sociedade e acabou tendo que ir embora de Serra Talhada.

O outro é referente à presença de moças no CIST.  As regras no clube eram rígidas e as moças só poderiam entrar acompanhadas, um dos objetivos era impedir a entrada de “moças faladas” e de má reputação. Conta-se que uma moça certa vez teve que fazer um exame com um médico conhecido da época, para provar que era virgem. De posse do documento, enfim, ela conseguiu entrar no clube.

domingo, 9 de julho de 2017

VIAGEM AO PASSADO: A demolição de empresas ajudou a abrir avenida em Serra Talhada

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e pesquisador serra-talhadense



A imagem acima é uma reprodução de uma fotografia que está exposta na Casa da Cultura de Serra Talhada.

O registro foi feito em 1953 e mostra dois pontos comerciais, a Loja Paulistana, de Otacílio Batista, e A Pajéu, de Manoel Rodrigues, que ficavam na Praça Sérgio Magalhães e na ocasião estavam sendo demolidos para que o beco que dava acesso a Rua Agostinho Nunes de Magalhães fosse alargado.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

ENTREVISTA: Ex-prefeito de Serra Talhada abre baú e revela histórias inéditas

Por Paulo César Gomes 



Fotos: Farol de Notícias/Alejandro García
“Fiz uma limpeza. Acabei com tudo de errado que existia na prefeitura!”. É com essa frase emblemática que Antônio Andrade Policarpo, ou simplesmente, Seu Madeira, como é popularmente conhecido, definiu a sua administração como prefeito de Serra Talhada em 1959.
Ele assumiu o cargo após o titular da cadeira, Luiz Lorena, renunciar para assumir uma vaga na Assembleia Legislativa do estado. Após o mandato, Madeira não quis mais disputar cargos eletivos. Ao comparar os políticos atuais com os do seu tempo, o simpático senhor é taxativo: “Os políticos daquela época tinham mais palavras, os de hoje são muito atrapalhados (conduta ética e coerência política)”.
Nascido em 06 de julho de 1925, Seu Madeira é filho do também ex-prefeito, Manoel Joaquim Policarpo Lima (1930/1936), conhecido com Nênen Jurubeba. Funcionário público aposentado e casado com Dona Maria Leonor Godoy Peixoto, ele mantêm os mesmo hábitos de tempos atrás, como ir ao barbeiro, e leva uma vida tranquila morando na casa adquiriu no ano de 1949.
O casal não teve filhos, mas como ele mesmo diz: “Não tenho filhos biológicos, mas tenho muitos filhos de coração espalhados por todo canto. Criei uma ruma de menino. Formei e casei um bocado deles”.

PAIXÃO

Seu Madeira é fã de carros antigos, inclusive, já participou de grandes eventos nacionais voltadas para o gênero, ele possui uma relíquia automobilística, que é um Aero Willys de 1961. “Comprei o Aero Willys ‘zero Km’ e trouxe do Recife. Já quiseram comprar, mas não dou ele por dinheiro nenhum. Também tenho um Monza de 1967”.

A paixão do ex-prefeito por carros surgiu ainda na juventude, sendo que o mesmo era um dos únicos donos de automóvel da cidade, fato que lhe permitiu transportar figuras importantes da política regional durante a primeira metade do século passado.

“Meu primeiro carro foi comprado em 1949. Foi um Ford 1929. Eu era um dos únicos que tinha carro e quando chegava alguém no campo (pista de pouso do avião) eu ia pegar e trazia no meu carro. Trouxe Agamenom Magalhães, Etelvino Lins… Tudo que se precisava era comigo. Viajei com pessoal do Banco do Brasil, com fiscais que vinha fiscalizar os empréstimos bancários”, relatou.

Apesar da idade, Seu Madeira conserva boa memória, e a equipe do  FAROL aproveitou para ouvir alguns dos relatos de quem viu e viveu diversas passagens marcantes da história da cidade. Confira.

Festa do Algodão (1953)
“Eu fui pra lá (Fazenda Saco). Todo mundo foi pra lá! Os hotéis da cidade ficaram entupidos de gente… Os políticos da região foi tudinho pra lá. Os políticos daqui não gostaram da atitude de Assis Chateaubriand (Beijo na face da Rainha Tereza Bené) e colocaram ele pra correr. Saiu daqui fugido”.

Água na primeira metade do Século 20
“O povo tirava água (limpa) pra beber de um cacimbão (no Rio Pajeu) que meu pai construiu quando era prefeito”.

Motor que gerava energia
“Quando uma peça quebrava ficava tudo escuro. Ficava todo mundo à luz de vela e do candeeiro, e tinha vez que passava muito tempo porque as peças vinham de fora”.

A divisão social dos clubes de ST
“Havia o clube dos ricos e o dos pobres. O Líder Clube era dos granfinos, que ficava aqui nessa rua (Rua Cornélio Soares) e o dos pobres ficava na Rua 15 de Novembro (Na época chamada de Rua do Cisco), o nome era até bonito… (Infelizmente ele não se lembra do nome do clube)”.

Quando o avião chegava…
“Quando chegava um avião era muita gente esperando. Tinha uma cerca de arame e a polícia não deixava ninguém encostar (no avião) com medo de alguém fazer alguma presepada, mas ninguém nunca fez nada”.

O primeiro trem
“A chegada do trem foi bom demais. Eu tava lá! O primeiro trem vinha do Recife, vinha só passageiro. Quem mais usava o trem era o povo mais simples, os burguês só andavam de automóvel (viagem para outras cidades)”.
A chegada da televisão

“Tinha um chefe dos Correios aqui. Ele comprou uma televisão e o povo foi assistir na casa dele… um jogo de futebol. Ele era dos ‘carvalhos’ e viciado em torrado (rapé).”

segunda-feira, 26 de junho de 2017

VIAGEM AO PASSADO: Nos tempos em que o CIST tinha torcida organizada em ST

Por Paulo César Gomes 


A foto em destaque é da geração de 1980, que além de frequentar as dependências do Clube Intermunicipal de Serra Talhada (CIST), também empunhava a bandeira do clube em todos os lugares. Na imagem é possível registrar os nomes do empresário Diógenes Carvalho, do secretário de governo Faeca Melo (o Fafá) e do irreverente Doda Cabeção.

Possivelmente a fotografia tenha sido tirada durante um partida de futsal (antigo futebol de salão), na quadra do Centro Poliesportivo Luíza Kehrle (na verdade o nome correto da homenageada é Maria Luíza Kehrle Mourato, e não apenas Luíza Kehrle). Nos ajude a identificar outros personagens deste momento histórico.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

OPINIÃO: As decisões politicas tomadas pelo Supremo e a apatia da sociedade frente aos casos de corrupção



















Por Paulo César Gomes, Professor, escritor, pesquisador da História de ST e colunista do Farol


As últimas decisões tomadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e STE (Superior Tribunal Eleitoral), deixam sinais de que o judiciário brasileiro chegou ao seu limite e não vai querer ir a fundo nas punições aos políticos envolvidos em casos de corrupção. As decisões são políticas e aos invés de jurídicas. O medo de alguns Ministros do STF e que todo esse processo leve a implosão do sistema político brasileiro, em um momento de extrema apatia social e que nada de concreto vislumbra no horizonte.

Até o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que não quer disputar um terceiro mandato, já pensa em aliviar as penas de alguns envolvidos com “Caixa 2” em campanhas eleitorais. O grande divisor de águas dessa história é a participação popular, que curiosamente anda enfraquecida. Já não se ver as bandeiras do Brasil em protestos contra a corrupção em ruas e avenidas do país, como aconteceram em junho de 2013 e no processo de impeachment de Dilma Rousseff.

A impressão que fica é que os protestos tinham com objetivo único e exclusivo a tirada do PT do poder. Esse raciocínio só é possível em função do silêncio de alguns setores da sociedade diante das contundentes denúncias de corrupção envolvendo Michel Temer. Por outro lado, cresce, ainda que de forma tímida nas camadas mais populares, o discurso pró-Bolsonaro, o que na verdade é só mais um reflexo da política cíclica, onde certas ideologias, ou pensamentos políticos, ganham força quando um outro fica enfraquecido.

O interessante desse debate é a necessidade de ser “manter a ordem” e a “disciplina” justamente diante de uma nação que já nasceu com desejo de liberdade, que se descobri através de seus valores, forjando assim a sua própria identidade.

Na verdade o discurso do deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ) já está superado, o artigo 5º da Constituição Federal já inibe o controle do Estado sobre a sociedade. E vale lembrar aos que se espelham no deputado carioca e na Ditadura Militar, que ambos não tinham e nem têm projeto de gestão, projeto de governo com foco no desenvolvimento econômico, social e cultural.

Os presidentes militares não tinham nenhuma noção de gerenciamento governamental. Por isso pagamos o preço caro pela incompetência ditatorial que nos levou a conviver durante décadas com uma das maiores dívidas externas do planeta. Essa situação nos colocou em uma posição humilhante no velho e inesquecível terceiro mundo. O que precisamos é que a população se expresse, use a liberdade que nos é garantida para dar sinais do que almejamos para o futuro, pois a crise nas instituições atingiu o seu ápice. Qualquer saída para o Executivo, Legislativo e Judiciário passa por acordos e concessões, e isso não resolve a crise.

Apenas nos dar a garantia de que em breve teremos uma nova CPI do Collor ou dos Anões do Orçamento, um novo ‘mensalão’ ou ‘petrolão’. Que apareceram pessoas do nível de PC Farias, Marcos Valério, Eduardo Cunha, etc. Como bem diz no parágrafo único, do art. 1º, da Constituição Federal, “todo poder emana do povo”, então que o povo exerça esse poder com urgência para poder salvar o Brasil! Eleições Diretas Já!

Forte abraço e até a próxima!

domingo, 18 de junho de 2017

VIAGEM AO PASSADO: O missionário americano que batizava nas águas do Pajeú, em Serra Talhada

Por Paulo Cesar Gomes


A história oficial de Serra Talhada é fortemente marcada por narrativas fortemente influenciadas pelo catolicismo, algo que não é de se estranhar em se tratando de uma cidade que faz parte do país com maior número de católicos do mundo.

Porém, essas narrativas acabaram ignorando o legado histórico construído por outras religiões. Uma delas foi produzida pelo Missionário Horácio Ward, um americano que partiu de Nova Orleans, Estados Unidos da América, no dia 22 de dezembro, a bordo do Navio Deslud, chegando ao Rio de Janeiro no dia 9 de janeiro de 1935.

Em novembro de 1936, Horácio chegou a Serra Talhada, na época ainda chamada de Vila Bela, onde em 1937 fundou a primeira “Igreja de Cristo Pentecostal no Brasil”. Após retornar aos Estados Unidos, onde se casou com Coroline Ward, em março de 1938, o pioneiro missionário voltou para Serra Talhada, onde viveu por vários anos.

Lamentavelmente não se tem muitas informações sobre a vida de Horácio Ward em Serra Talhada, no entanto, algumas imagens fotográficas raras mostram o missionário batizando alguns jovens nas águas do Rio Pajéu, no longínquo ano de 1941.

O curioso é que o Rio Pajeú sempre foi conhecido como área de lazer, onde se tomava banho e se jogava bolas nas suas areias, além do que durante boa parte do século XX as sua águas foram usadas para o consumo humano, mas agora, diante dessa recente informação, conclui-se que o Pajeú também tem importância singular para a história das religiões evangélicas no Brasil.


ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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