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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Lixo reduz beleza de Tamandaré

Os shows no fim de semana atraem um público que chega a quintuplicar a população de Tamandaré, a 82 quilômetros do Recife, no Litoral Sul do Estado. Essa invasão de turistas acaba agravando problemas que se repetem todo verão: acúmulo de lixo, som alto em carros estacionados no calçadão, animais soltos na praia e jet skis passeando perigosamente próximo aos banhistas. Ontem, com a faixa de areia apinhada de gente, eram muitos os incomodados com a situação.Era raro o metro quadrado livre de canudos, copos descartáveis, garrafas plásticas, latinhas ou embalagens de comida na Praia de Tamandaré, a mais popular do município. Perto dos veranistas Gabriel Melo, 28 anos, Etienne Galiza, 36, e Luzia Farias, 22, um monte de lixo chamava a atenção de quem passava pela orla. “Nesta época de shows fica bem pior”, reclama Etienne. “Frequento Tamandaré desde criança e tenho acompanhado a degradação ao longo dos anos”, desabafa Gabriel.
Para quem resolveu visitar o balneário pela primeira vez, ver tanta sujeira foi uma ingrata surpresa. “Isso prejudica a imagem da cidade”, lamenta o instalador de móveis Josivaldo Severino da Silva, 28, que estreava nas areias de Tamandaré com amigos da Várzea, bairro da Zona Oeste do Recife. A dona de casa Flávia da Silva, 34, do mesmo grupo, conta que não viu nenhum funcionário da limpeza urbana ontem pela manhã. “Continua sujo, do jeito que estava quando chegamos.”Barraqueiros cadastrados esquivam-se da responsabilidade. O dono do quiosque Valmiré Bar admite que não distribui sacolas nem lixeiros para que os clientes depositem a sujeira. “Isso é responsabilidade da prefeitura. Isso aí vai ficar acumulado até amanhã ou depois, quando vierem limpar.” Por outro lado, ele critica a falta de educação de banhistas que insistem em jogar sobras na areia.Nas vias principais da cidade, como a Avenida Doutor Leopoldo Lins e a Rua São José, placas da prefeitura alertam para a proibição de som alto, animais na areia e comércio ambulante ilegal. Porém há quem ignore as regras, como os donos de dois carros estacionados à beira-mar ontem. Por volta das 11h30, os aparelhos de som de um Fiat Uno com placa de Gravatá e de uma Toyota Bandeirante, de Caruaru, ensurdeciam quem se instalou ao redor.“Está muito barulhento, não dá nem para conversar”, queixava-se o comerciário Marco Aurélio de Souza, 39, do Recife. A esposa dele, Jaqueline Ribeiro, 40, disse que, no sábado, a fiscalização fechou o cerco aos automóveis ligados com decibéis acima do permitido. O problema é que a operação não se repetiu ontem pela manhã na orla.Para outros veranistas, no entanto, a norma que limita o volume dos alto-falantes é exagerada. “Tem gente que não quer só tomar banho de mar, quer se divertir ouvindo um som também. Não acho certo impedirem isso”, opina o motorista Sílvio Araújo, 28, morador de Caruaru, no Agreste.Animais circulando pela areia é outra regra burlada. Das 10h30 às 12h, a reportagem do JC contou sete cachorros na Praia de Tamandaré. A proibição é justificada pelo risco de transmissão de doenças por urina ou fezes dos cães que ficam na areia.Segundo o secretário de Infraestrutura de Tamandaré, Iracildo Soares de Lacerda, a coleta de lixo é realizada diariamente, com 50 funcionários. “Só que, muitas vezes, torna-se impossível atender à demanda de imediato. Temos uma população de cerca de 20 mil pessoas e isso chega a quase 100 mil nos fins de semana de verão”, justifica. Para o secretário, está faltando educação e consciência ecológica entre os frequentadores, que deveriam evitar jogar sujeira no chão.Sobre o som alto, Lacerda explica que existe policiamento ostensivo todos os dias. “Estamos controlando e intensificando as visitas aos pontos com problemas para que não mais aconteça”, garante.

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