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sábado, 18 de setembro de 2010

Dia da Árvore - 21 de setembro

No hemisfério sul, o dia 21 de Setembro prenuncia a chegada da primavera, no dia 23, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que estava adormecida pelos dias frios de inverno.
No Brasil, carregamos fortes laços com a cultura indígena que deu origem a este país; um deles é o amor e respeito pelas árvores como representantes maiores da imensa riqueza natural que possuímos. Os índios também utilizavam este período para iniciar a época de plantio, organizando-se pelo calendário lunar.
Confirmando o carinho e respeito pela natureza, no Brasil, em 24 de fevereiro de 1965, formalizou-se o dia 21 de Setembro como o Dia da Árvore - o dia que marca um novo ciclo para o meio ambiente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pirâmides de Gizé


Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior delas, com 160 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.
As pirâmides de Gizé são um dos
monumentos mais famosos do mundo. Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos. As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol. Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.

"Vista sobre a Grande Pirâmide de Gizé", Luigi Mayer, aguarela sobre papel, meados da segunda metade do século XVIII.
A
Grande Pirâmide, de 450 pés de altura, é a maior de todas as 80 pirâmides do Egito. Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões. Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos. A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos depois da construção da pirâmide.
Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do
Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente. Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.
Um velho provérbio árabe ilustra isso: "O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides riem do tempo".

Pirâmide de Gizé, litografia publicada em 1846, Biblioteca do Congresso americano.
Pouco se sabe a respeito do rei Kufu. As
lendas dizem que ele era um tirano, fazendo de seu povo escravos para a realização do trabalho. É possível, porém que os egípcios comuns considerassem uma honra e um dever religioso trabalharem na Grande Pirâmide. Além disso, a maior parte do trabalho na pirâmide ocorreu durante os quatro meses do ano quando o rio Nilo estava inundado e não havia trabalho para ser feito nas fazendas. Alguns registros mostram que as pessoas que trabalharam nas pirâmides foram pagas com cerveja.
Foram necessários 30.000 trabalhadores por mais de 20 anos para construir a Grande Pirâmide. Foram usados mais de 2.000.000 de blocos de pedra, cada qual pesando em média duas toneladas e meia. Existem muitas idéias diferentes sobre o modo de construção daquela pirâmide. Muito provavelmente os pesados blocos eram colocados sobre trenós de madeira e arrastados sobre uma longa rampa. Enquanto a pirâmide ficava mais alta, a rampa ficava mais longa, para manter o nível de inclinação igual. Mas uma outra teoria é a de que uma rampa envolvia a pirâmide, como uma escada em espiral.
Existem três passagens dentro da Grande Pirâmide, levando às três
câmaras. A maioria das pirâmides tem apenas uma câmara mortuária subterrânea, mas enquanto a pirâmide ia ficando cada vez mais alta, provavelmente Kufu mudou de idéia, duas vezes. Ele finalmente foi enterrado na Câmara do Rei, onde a pedra do lado de fora de seu caixão - chamado sarcófago - está hoje. (A câmara do meio foi chamada Câmara da Rainha, por acidente. A rainha foi enterrada numa pirâmide muito menor, ao lado da pirâmide de Kufu).
O paradeiro do corpo de Kufu é desconhecido, bem como os
tesouros enterrados com ele. A pirâmide foi roubada há alguns milhares de anos. Todos os reis do Egito foram vítimas de ladrões de túmulos - exceto um, chamado Tutankhamon (ou Rei Tut Ankh Âmon'. Os tesouros de ouro da tumba de Tutankhamon foram descobertos em meio a riquíssimos tesouros por Lord Carnavon e seu amigo Howard Carter, em 1922.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia

O filme passa-se em Goiânia. Conta a história de Vavá e seu amigo (narradores), que juntos descobrem uma peça de chumbo nas ruínas de um antigo hospital. A peça encontrada trata-se de um material radioativo (o Césio 137). Ela é vendida a Devair,o dono de um ferro velho, um amigo de Vavá. Devair e seus ajudantes quebram a peça e liberam a capsula de Césio 137. Devair, que estava maravilhado pela cor azul e brilhante que o Césio 137 emitia, resolveu mostra-lo para seus amigos, para seu irmão Ivo. Ivo mostra o pó para sua filha, Leide, que maravilhada disse ao pai sem saber o risco que aquele pó os trazia: "Papai, você é o melhor mágico do mundo!". A menina misturou o pó de Césio nas suas mãos, poucas horas depois foi jantar, e contaminou toda a comida e o pão. Já contaminada, Leide, então considerada a maior fonte de radiação do mundo naquela época, ingeriu pó de césio. A garota tinha apenas 6 anos de idade. Leide já havia se contaminado com radiação interna e externa. Pouco tempo depois, a menina começa a passar muito mal. Devair, seus ajudantes também passam mal, assim como os catadores de sucata, além de Maria Gabriela (esposa de Devair), a esposa de Ivo, e todas as outras pessoas, como o seu vizinho que jogou o pó na descarga de seu vaso sanitário, já que para ele aquele pó não éra útil (contaminando assim o esgoto, a água, e, consequentemente, mais pessoas). A esposa de Ivo resolveu levar a peça a um médico, já que ela estava preocupada com o aparecimento dos sintomas de doença depois da chegada da peça. O Médico logo desconfiou que aquilo se tratava de material radioativo. Maria Gabriela contaminou as pessoas em um ônibus lotado em que levava o césio. O médico então comunicou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que interditou a Rua 57, retirou todos os materiais radioativos, e as pessoas que sentiam sintomas de radiação, bem como os animais que tiveram que ser sacrificados. Leide e Maria Gabriela tiveram que ser internadas pela grande radiação que elas tinham. Por fim não resistiram ao sintomas e morreram, em seguida, os catadores de sucata. No enterro foram apedrejados, já que a população desinformada suspeitava que as pessoas ali enterradas (a base de uma grande quantidade de chumbo em cima), emitiriam mesmo mortas radiação pelo solo, ou pelo ar, ou por qualquer parte que fosse, os materiais, roupas, fotos pessoais das famílias, objetos pessoais e mais milhares de coisas foram enterrados em um subterrâneo, dentro de barris, latões e outros depósitos ali encontrados. Hoje o lixo está em Abadia de Goiânia (GO), permanecerá lá pelo menos mais 180 anos e bem enterrado, com uma quantidade muito grande de chumbo em cima, mas ainda a população tem seus medos. Mais pessoas morreram depois devido a radiação que sofreram, por câncer, ou por alguma mutação genética. Os pertences das pessoas contaminadas precisaram ser tratados com cuidado e seriedade. É preciso ter cuidado com essas fontes de energia nuclear e principalmente com a população como um todo. O acidente em Goiás com o césio 137 não foi o único que ocorreu no Brasil com elementos e fontes radioativas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Fotos da visita dos alunos do Colégio Francisco Mendes ao Museu de Paleontologia de Santana do Cariri
















Santana do Cariri

O pôr-do-sol da vista panorâmica oferecida pelo Pontal de Santa Cruz é um dos mais belos cartões postais que os visitantes podem levar para casa; do Pontal, os turistas podem observar a Chapada do Araripe (ver foto). O cenário é privilégio de Santana do Cariri, a 556 km da Capital, que, além do belo pôr-do-sol, destaca-se por possuir uma das maiores reservas fossilíferas do mundo. Leia mais sobre os fósseis de Santana do Cariri.
O Museu de Paleontologia reúne mais de 750 peças datadas do período cretáceo, há 65 milhões de anos atrás. No local, os turistas são acompanhados por guias mirins. Elas foram coletadas na região, em escavações nos arredores da cidade, que sedia simpósios, com destaque internacional, na área da paleontologia. Réplicas de animais pré-históricos podem ser adquiridos no museu.
Com população de aproximadamente 17,5 mil habitantes, Santana do Cariri destaca-se também pelo comércio de produtos feitos manualmente na Associação Santanense de Apoio ao Artesão. Os turistas podem comprar artesanato típico feito em renda, bordado, couro, cerâmica e pintura. Na gastronomia, destaque para a galinha à cabidela e baião-de-dois com pequi.
Museu de Paleontologia de Santana do Cariri
Endereço: rua Dr. José Augusto Araújo, 326. Telefone (85) 35451206.
Fósseis de animais e plantas do período Cretáceo (cerca de 100 milhões de anos atrás) narram a vida pré-histórica da região do Cariri. São 750 peças que compõem o acervo do Museu de Paleontologia, criado em 1991, em Santana do Cariri. O equipamento é propulsor da investigação e da divulgação científica e cultural, com centros de pesquisas e de estudos. O passeio é feito na companhia de guias mirins, que fazem relatos interessantes, cheios de referências históricas. O edifício onde funciona o museu é um patrimônio histórico da cidade. O prédio foi construído na década de 20. Os turistas encontram ainda escavações nas imediações da cidade.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os rios mais poluídos do mundo

O planeta Terra concedeu ao homem paisagens magníficas e uma imensa variedade de recursos naturais. Originalmente, Deus criou um perfeito equilíbrio entre os reinos da natureza e o homem, mas a exploração econômica, a devastação, o consumismo e a crescente produção capitalista, especialmente a partir da Revolução industrial, violaram todas as regras naturais. O resultado mais claro e evidente deste desequilíbrio é o estado de alguns rios em várias partes do mundo. A situação global reforça o alerta sobre o nosso Rio São Francisco:

Rio Citarum , Indonésia
O crescimento populacional e urbano desordenado o transformaram em um rio de lixo, com impactos diretos na pesca e na saúde da população ribeirinha.

Rio Yamuna , Índia
O Rio Yamuna o maior afluente do Rio Ganges, é um dos rios mais poluídos do mundo na atualidade. Nele, 58% dos resíduos da capital indiana, Nova Delhi, são despejados diariamente.

Rio Buganga, Bangladesh

Rio amarelo Lanzhou, China
O Rio Amarelo é o segundo mais extenso rio da China e é a principal fonte de água para milhões de pessoas no norte da China,ele é altamente poluído devido ao derrame de petróleo.

Rio Marilao, Filipinas
Plásticos,chinelos, carcaças de cachorros é umas das coisas que você pode encontrar nesse rio, apesar do governo fazer várias campanhas no local as famílias ainda continuam jogando lixo sem se incomodar com tal sujeira.


Rio Ganges, Índia
O Ganges é o rio mais sagrado para os hindus que emerge da geleira Gangotri. Estima-se que 2 milhões de pessoas banham diariamente e ritualmente no rio, que banha várias cidades, principalmente Calcutá. Apesar de não ser seguro por conter muitos resíduos químico, esgoto, lixo e grande quantidade de cadáveres nele jogados, o povo hindu não se incomoda.


Rio Songhua, China
Totalmente contaminado por Benzeno, tendo como principal consequência a gigantesca mortandade de peixes. O rio já foi condenado pelas autoridades
ambientais.

sábado, 21 de agosto de 2010

FOTOS DA COMEMORAÇÃO DO DIA DO ESTUDANTE - ESCOLA ANTONIO TIMÓTEO 2010

Folclore reúne lendas, superstições, dança e música

Lendas são histórias cheias de fantasia contadas de geração para geração.
Divulgação Você certamente já deve ter ouvido falar no Saci Pererê, na Cuca e no Caipora do Sítio do Pica Pau Amarelo, não é? Eles fazem parte de um grupo bem maior de personagens do folclore brasileiro. Além deles, existem a Mula sem Cabeça, o Curupira, o Lobisomem, o Boto cor de rosa e a sereia Iara. O Dia do Folclore é comemorado neste sábado (22).Mas esse conjunto de tradições não se resume aos personagens. Há músicas, brincadeiras, mitos, contos, superstições, artesanato e festas populares com danças folclóricas, como baião, frevo, maracatu e quadrilha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

OS MAIORES RIOS EM EXTENSÃO DO MUNDO

1. Amazonas 6.992 6.915.000 219.000 Oceano Atlântico Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela

2. Nilo 6.650 3.349.000 5.100 Mar Mediterrâneo Sudão, Etiópia, Egito, Uganda, Tanzânia, Quênia, Rwanda, Burundi, Eritréia, República Democrática do Congo

3. Yangtze (Chang Jiang) 6.380 1.800.000 31.900 Mar da China Oriental China

4. Mississippi - Missouri 6.270 2.980.000 16.200 Golfo do México Estados Unidos (98,5%), Canadá (1,5%)

5. Ienissei - Angara - Selenga 5.550 2.580.000 19.600 Mar de Kara Rússia, Mongólia

6. Ob - Irtich 5.410* 2.990.000 12.800 Golfo de Ob Rússia, Cazaquistão, China
7. Huang He (Amarelo) 4.667 745.000 2.110 Mar de Bohai
(Balhae) China


8. Amur (Heilong) 4.368* 1.855.000 11.400 Mar de Okhotsk Rússia, China, Mongólia

9. Congo (Zaire) 4.371 3.680.000 41.800 Oceano Atlântico República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Angola, República do Congo, Tanzânia, Camarões, Zâmbia, Burundi, Rwanda

10. Lena 4.260 2.490.000 17.100 Mar de Laptev Rússia


11. Mackenzie - Peace - Finlay 4.241 1.790.000 10.300 Mar de Beaufort Canadá

12. Níger 4.167 2.090.000 9.570 Golfo da Guiné Nigéria (26,6%), Mali (25,6%), Níger (23,6%), Argélia (7,6%), Guiné (4,5%), Camarões (4,2%), Burkina Faso (3,9%), Costa do Marfim, Benin, Chade


13. Mekong 4.023 810.000 16.000 Mar da China Meridional Laos, Tailândia, China, Camboja, Vietnã, Mianmar

14. Paraná (Rio da Prata) 3.998 3.100.000 25.700 Oceano Atlântico Brasil (46,7%), Argentina (27,7%), Paraguai (13,5%), Bolívia (8,3%), Uruguai (3,8%)

15. Murray - Darling 3.750 3.490.000 767 Oceano
Antártico Austrália

Derretimento amplo e rápido da calota polar do Ártico assusta os cientistas

Andrew C. Revkin

A camada de gelo que cobre o Ártico diminuiu tanto neste verão que as ondas por um breve período marulharam ao longo de duas rotas navais árticas que durante muito tempo existiram apenas na imaginação dos navegadores, a Passagem do Noroeste, no Canadá, e a Rota do Mar do Norte, na Rússia.
De maneira geral, o gelo flutuante sofreu uma redução sem precedentes em um século ou mais, segundo várias estimativas.
Agora o período de seis meses de escuridão retornou ao Pólo Norte. No frio cada vez mais intenso, o novo gelo já está se formando sobre vastas áreas do Oceano Ártico. Perplexos com as mudanças presenciadas no verão, os cientistas estão estudando as forças que transformaram uma área 2,6 milhões de quilômetros quadrados superior à média da banquisa (banco de gelo) ártica em mar aberto - o equivalente a seis Estados da Califórnia (ou a aproximadamente 10,5 Estados de São Paulo) -, na primeira vez que se registra este fenômeno desde que satélites começaram a fazer tais medições em 1979.
Em uma recente reunião de especialistas em gelo marinho na Universidade do Alasca em Fairbanks, o geofísico Hajo Eicken resumiu a situação da seguinte forma: “O nosso estoque de reserva parece estar desaparecendo”.
Os cientistas também andam nervosos com as conseqüências do verão nos anos vindouros, e com a capacidade da comunidade de pesquisas de prever essas conseqüências.
Para complicar o cenário, a drástica mudança ártica foi resultado tanto da movimentação do gelo quanto do derretimento, segundo a opinião de vários especialistas. Um novo estudo, liderado por Son Nghiem, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, e que foi publicado nesta semana no periódico científico “Geophysical Research Letters”, utilizou satélites e bóias para revelar que desde 2000 os ventos empurraram grandes quantidades de gelo antigo e espesso da região ártica central para além da Groenlândia. Segundo os autores do trabalho, os blocos finos que se formaram no mar aberto resultante derreteram-se com maior rapidez, ou puderam ser empilhados pelos ventos e expelidos da região de forma similar.
O ritmo da mudança excedeu em muito aquilo que era esperado com base em quase todas as simulações usadas para determinar de que maneira o Ártico responderá às concentrações crescentes de gases causadores do efeito estufa vinculados ao aquecimento global. Mas isso pode ser interpretado de duas formas. Os modelos são demasiadamente conservadores? Ou eles estão desprezando influências naturais que podem causar amplas oscilações na quantidade de gelo e na temperatura, minimizando portanto a importância do lento aquecimento subjacente?
O mundo está prestando mais atenção do que nunca a essas questões.
A Rússia, o Canadá e a Dinamarca, motivados em parte por anos de aquecimento e pelo encolhimento da banquisa ártica deste ano, intensificaram a retórica e as ações no sentido de garantir a posse de rotas marítimas e das riquezas do fundo do mar.
Os defensores da redução das emissões de gases de efeito estufa citam o derretimento da banquisa como prova de que as atividades humanas estão provocando um fenômeno que conduzirá a uma calamidade global.
Porém, os especialistas no Ártico dizem que as coisas não são assim tão simples. Mais de uma dúzia de especialistas disseram em entrevistas que a redução extrema da calota polar revelou a existência de pelo menos tantos fatos que continuam sendo um mistério em relação ao Ártico quanto outros que podem ser explicados. Mesmo assim, muitos desses cientistas dizem que estão se convencendo de que o sistema está se deslocando rumo a um estado novo e mais aquoso, e que o aquecimento global causado pelos humanos está desempenhando um grande papel nisso tudo.
Os especialistas estão tendo dificuldades em descobrir quaisquer registros da Rússia, do Alasca ou de outras regiões que indiquem uma retração tão generalizada do gelo ártico nas eras recentes, algo que fortalece a hipótese de que os seres humanos podem ter desequilibrado a balança climática. Muitos cientistas afirmam que o último aquecimento substancial registrado na região, que alcançou o seu apogeu na década de 1930, afetou principalmente as áreas próximas à Groenlândia e à Escandinávia.
Alguns cientistas que há muito duvidavam de que uma influência humana pudesse ser nitidamente discernida na alteração climática no Ártico agora concordam que é difícil atribuir esse fenômeno a qualquer outro fator.
“Costumávamos argumentar que grande parte da variação ocorrida até o final da década de 1990 foi induzida por mudanças nos ventos, alterações naturais que não estão obviamente relacionadas ao aquecimento global”, explica John Michael Wallace, cientista da Universidade de Washington. “Mas as alterações nos últimos anos nos fazem questionar tal explicação. Estou muito mais aberto à idéia de que podemos ter ultrapassado um ponto a partir do qual as mudanças tornam-se essencialmente irreversíveis”.
Os especialistas afirmam que a redução da calota polar deverá ser ainda maior no próximo verão, já que o congelamento neste inverno está iniciando-se com um enorme déficit de gelo. Pelo menos um pesquisador, Wieslaw Maslowski, da Escola de Pós-graduação Naval em Monterey, na Califórnia, acredita que, a partir de 2013, o planeta terá um Oceano Ártico completamente azul.
Basicamente, as águas árticas podem estar se comportando de maneira semelhante àquelas em torno da Antártica, onde uma vasta calota de gelo marítimo forma-se a cada inverno austral, para quase desaparecer no verão (em um reflexo das diferenças de geografia e dinâmica nos dois pólos, houve um ligeiro aumento da área de gelo marinho em torno da Antártica nas últimas décadas).
Embora águas desimpedidas no Ártico possam significar um boom para a navegação, a pesca e a exploração de petróleo, uma oscilação anual drástica entre períodos com e sem gelo pode ser um golpe particularmente duro para os ursos polares.
Muitos cientistas especializados no Ártico alertam que ainda é muito cedo para começar a mandar navios porta-contêineres para o topo do mundo. “Variações naturais poderiam passar por uma reversão, e contrabalançar a mudança provocada pelos gases causadores de efeito estufa, talvez até estabilizando o gelo por algum tempo”, afirma Marika Holland, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, em Boulder, no Colorado.
Mas ela acrescenta que tal fenômeno não seria duradouro. “Cedo ou tarde as variações naturais reforçariam novamente a mudança provocada pelos seres humanos, talvez levando a uma retração ainda mais rápida da banquisa”, opina Holland. “Assim, eu não assinaria nenhum contrato de navegação para a região para os próximos cinco ou dez anos. Mas talvez ou fizesse para as próximas duas ou três décadas”.
Embora os especialistas discordem quanto aos detalhes, muitos deles concordam que o desaparecimento do gelo marinho neste ano foi provavelmente causado por forças conjugadas, tais como a presença na atmosfera de vapor d’água e nuvens que aprisionam o calor e a influência dos céus ensolarados de junho e julho no aquecimento do oceano. Outros fatores importantes foram os ventos quentes que se deslocaram da Sibéria em torno de um sistema de alta pressão atmosférica estacionado sobre o oceano. Os ventos não só teriam derretido o gelo fino, mas também empurraram blocos de gelo para o mar aberto, onde as correntes marinhas e os ventos puderam empurrá-los para fora do Oceano Ártico.
Mas provavelmente houve a influência de um outro fator, que remonta a aproximadamente 1989. Naquela época, um alteração periódica nos padrões de ventos e pressão atmosférica sobre o Oceano Ártico, denominada Oscilação Ártica, firmou-se em um padrão cuja tendência foi impedir que durante anos o gelo seguisse um movimento circular, de forma que a banquisa ficasse mais espessa, e em vez disso possibilitou que os blocos de gelo deslocassem-se para o Atlântico Norte.
“O novo estudo da Nasa sobre os antigos blocos de gelo empurrados para fora do Ártico se baseia em medições prévias que demonstraram que a proporção de blocos espessos e duráveis de pelo menos dez anos de idade diminuiu de 80% na primavera de 1987 para apenas 2% na primavera deste ano”, afirma Ignatius G. Rigor, especialista em gelo da Universidade de Washington e autor do novo estudo liderado pela Nasa.
Sem a grossa camada de gelo, capaz de resistir a meses de sol contínuo de verão, uma maior área de mar aberto, que é mais escuro, e de gelo fino, absorve energia solar, contribuindo para o derretimento e atrasando o congelamento de inverno.
O gelo mais fino e recém-formado é também mais vulnerável ao derretimento provocado pelo calor mantido próximo à superfície do oceano por nuvens e vapor d’água. Talvez seja aí que a influência crescente dos seres humanos sobre o sistema climático global possa estar exercendo a maior influência regional, segundo Jennifer A. Francis, da Universidade Rutgers.
Outros especialistas no Ártico, incluindo Maslowski, de Monterey, e Igor V. Polyakov, da Universidade do Alasca em Fairbanks, também acreditam na influência do aumento de fluxos de água mais quente que penetram no Oceano Ártico através do Estreito de Bering, entre o Alasca e a Rússia, e das correntes profundas que correm para o norte, vindas do Oceano Atlântico, nas proximidades da Escandinávia.
Uma legião de cientistas especializados no Ártico afirma que é muito cedo para saber se o efeito do aquecimento global já colocou o sistema em uma condição na qual o gelo marinho, durante os verões, ficará rotineiramente limitado a algumas poucas rotas fechadas no norte do Canadá.
Mas na universidade em Fairbanks - onde os sinais do aquecimento no norte incluem crateras formadas pelo derretimento da permafrost (camada de terra congelada) em torno do centro de pesquisa do Ártico, pertencente à instituição -, Eicken e outros especialistas estão tendo dificuldades em identificar uma situação capaz de reverter essa tendência.
“Pode até ser que o Ártico conte com um outro trunfo escondido para ajudar o gelo a retornar”, diz Eicken. “Mas, com base em tudo o que conhecemos neste momento, os meios capazes de possibilitar o retorno do gelo são bastante limitados”.


Tradução: UOL.

The New York Times

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mensagem do Dia do Estudante.

"Prezados Estudantes! "

A cada ano, de energia renovada e cheios de esperança, nos preparamos para, de alguma forma, auxiliarmos na transformação de nosso País em uma grande nação. E hoje, especialmente, apostamos antes de mais nada na sua capacidade de criar e transformar a realidade.
Não basta ter sonhos para realizá-los. É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nossos sonhos.

Feliz Dia do Estudantes!

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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