Escreva-se no meu canal

sábado, 27 de abril de 2013

Fotos do pré-lançamento do livro sobre a banda D.Gritos durante o III ENED-FIS



No dia 28 de abril será comemorado o Dia Nacional da Caatinga


Nos últimos anos, a Caatinga tem sido apontada como uma importante área de endemismo de aves sul-americanas.


No Dia Nacional da Caatinga, 28 de abril, uma voz, quase que solitária, grita por medidas urgentes para a conservação da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro.

O dono da voz é o professor e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, Marcelo Tabarelli, que há 15 anos vê a degradação desse bioma avançar, sem que haja uma atenção maior por parte dos órgãos públicos e da academia.

“A Caatinga é o patinho feio dos ecossistemas brasileiros”, afirma Tabarelli, que também é consultor voluntário da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que apoia projetos de conservação no bioma.

A crítica de Tabarelli, considerado um dos maiores estudiosos do bioma, encontra respaldo nas estatísticas oficiais. Levantamentos indicam que já foram perdidos 43% da cobertura original da Caatinga, bioma que tem apenas 1,3% de seu território inserido dentro de unidades de conservação de proteção integral.

Dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apontam ainda que 40% da região nunca foi estudada.

Nas áreas já pesquisadas, o cenário para preservação da Caatinga é preocupante, pois os estudos de modelos climáticos existentes apontam uma redução drástica de precipitação em toda a região do semiárido brasileiro, que compreende a maior parte do Nordeste do país.

“Sem chuva e com o avanço das obras de infraestrutura e da agricultura e pecuária de baixos investimentos, a Caatinga sofrerá um processo natural de desertificação”, alerta o professor.

Essa pressão antrópica piora a seca em uma região que naturalmente possui baixas médias pluviométricas anuais: as áreas centrais da Caatinga podem receber menos 500 mm de chuva por ano, com precipitação concentrada em apenas três meses, conforme dados do ICMBio.

Nascido no Rio Grande do Sul, Tabarelli teve o seu primeiro contato com a chamada “Mata Branca” (Caatinga, em Tupi) há 15 anos, quando foi morar em Pernambuco e acompanha de perto a história de muitas dessas espécies.

“A paixão foi imediata”, costuma dizer. Desde então, ele se dedica a acompanhar de perto a evolução do bioma, ao ponto de elaborar um projeto ecológico de longa duração no Parque Nacional de Catimbau, no município de Buíque, em Pernambuco.

“A Caatinga mantém uma biodiversidade rica e é uma fonte econômica importante para os milhões de moradores da região do semiárido. Faltam apenas mais ações (e rápidas) para que este bioma não fique à deriva, à mercê da sorte”, ressalta Tabarelli.

Entre as ações, Tabarelli reforça a necessidade de se promover discussões sobre a Caatinga, disseminar as suas características para órgãos públicos, academia e sociedade, além de reforçar o estímulo à pesquisa sobre esse ecossistema.

“A Caatinga é mal conhecida pela população brasileira. Ela ainda carrega a estigma de ser uma região pobre, sob todos os aspectos”, afirmou.

Além disso, ele sugere a criação de mais unidades de conservação de proteção integral e uma avaliação do modelo de desenvolvimento econômico para a região, que ainda hoje tem na lenha sua principal matriz energética.

A Caatinga ocupa cerca de 10% do território brasileiro, o equivalente a aproximadamente 844,5 mil km² numa área que compreende os estados do MaranhãoPiauíCearáRio Grande do NorteParaíbaPernambucoSergipeAlagoasBahia e norte de Minas Gerais.

O ecossistema possui vegetação do tipo savana, com a presença de árvores baixas e arbustos e dos conhecidos cactáceos, típicos de locais áridos.

É uma região que compreende uma fauna rica em aves (510 espécies), com dezenas de peixes (241) e também diversas espécies de mamíferos (178).

Alguns exemplos de animais são o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), o lagarto teju (Tupinambis tequixim) e o simpático tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), escolhido como mascote da Copa do Mundo da Fifa de 2014. Também viveu na Caatinga a já extinta ararinha-azul (Cyanopsitta spixii).

Aves da Caatinga:

Nos últimos anos, a Caatinga tem sido apontada como uma importante área de endemismo de aves sul-americanas. Das 510 que vivem no bioma, 23 são consideradas endêmicas, sendo que a maior parte delas figura no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

Entre essas espécies em risco, um caso emblemático é o da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), ave redescoberta no final da década de 70 que faz seus ninhos em cavidades naturais de paredões e cânions.

Para contribuir para a proteção do psictacídeo, pesquisadores da Fundação Biodiversitas realizaram um projeto sobre a reprodução da ave na Estação Biológica de Canudos, na Bahia, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

O projeto acompanhou o desenvolvimento da espécie a partir do monitoramento de seus exemplares por meio de microchips, do tamanho de um grão de arroz, que são implantados na pele das aves.

O acompanhamento, realizado entre 2008 e 2012, resultou na identificação de 36 pontos nos quais a arara-azul-de-lear faz seus ninhos.

Além de identificados, os animais também passaram por uma avaliação, a partir da qual os pesquisadores conseguiram verificar a saúde dos animais e entender melhor seus hábitos de reprodução para definir ações assertivas de conservação.

Apesar de ser um projeto com longo prazo de execução, a simples presença dos pesquisadores na Estação Biológica de Canudos já inibiu o tráfico de aves na região.

O compartilhamento das informações obtidas por meio dos microchips com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está ajudando o órgão a mapear os principais locais onde as aves são capturadas.

Fonte: Maria Luiza Campos

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Professor Paulo César participou de uma mesa redonda sobre a segurança públiaca e a intervenção estatal durante o III ENED realizado pela FIS



O Professor Paulo César Gomes participou na tarde desta sexta-feira, 25, de uma mesa redonda intitulada de Segurança Pública, Intervenção do Estatal e Meio Ambiente. O professor apresentou o trabalho denominado de “A Ausência do Poder do Estado e os Atos de Brutalidade Durante o Período do Cangaço”. A mesa fez parte da programação do III ENED – Encontro de Estudantes de Direito do Vale do Pajeú, o evento foi promovido pela Faculdade de Integração do Sertão – FIS.

Serra Talhada ganha primeira área de conservação de Pernambuco


A Secretaria de Meio Ambiente e Igualdade Racial de Serra Talhada conseguiu do governo do Estado a assinatura do Decreto no. 37.823/12, onde cria o Parque Estadual Mata da Pimenteira, na zona rural do município. Esta é a primeira unidade de conservação da natureza instituída em Pernambuco pelo governo do Estado no bioma caatinga. Apesar de reconhecimento ter sido ratificado ainda na gestão Carlos Evandro, a publicação da assinatura governamental saiu no Diário Oficial do Estado (DOE) somente esta semana.

“E isso demonstra a importância de Serra Talhada no Estado na oferta das políticas de Meio Ambiente implantada no município. Para nós é uma grande conquista”, disse o prefeito Luciano Duque. A criação da unidade é fruto da iniciativa do comitê estadual da reserva da biosfera da caatinga, UFRPE, Aspan e governo do Estado. A unidade de conservação está inserida numa propriedade do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), denominada Fazenda Saco, a 3 km do centro da cidade, possuindo uma área aproximada de 887,24 hectares.

Na visão do secretário Municipal de Meio Ambiente, Euclides Ferraz, a criação do Parque Estadual Mata da Pimenteira irá ajudar o município a captar  recursos do ICMS – Ecológico, ou “ICMS Verde”. “Que será repassado para o município e desenvolver as política públicas de preservação do meio ambiente. Após esta conquista, estamos finalizando o geo-referenciamento da primeira área de unidade de conservação municipal que será a serra que dá nome ao município”, finalizou Ferraz.

Ficou pronto o livro sobre a banda D.Gritos de autoria do Professor Paulo César



Ficou pronto! Depois de 1 ano de pesquisa finalmente ficou pronto o livro sobre a banda D.Gritos. A proveito a oportunidade para agradeço a todos os amigos e amigas que acreditaram nesse projeto desde o início e que contribuíram de forma decisiva para sua realização, destacando em especial:
A toda a minha família;
A Célia Rocha, Jéssica Rocha e Julian Rocha;
A Camilo Melo, Jorge Stanley, Gisleno Sá, Noroba, Derivan Calado, Nilsinho, Edésio Espedito e Elton Mourato;
A Giovanni Sá, Giovanni Sá Filho (Farol de Notícias) e ao Pr. Cústodia Sá;
A Helena Conserva, Nildo Gomes, Roberto de Carvalho (Beto Gomes), Álvaro Severo, Petrônio de Lorena, Aluísio Nunes, Tiburtino Carvalho, Rai de Serra, Leo Godoy, Carlo Cândido, Orlando Lima e Reverton Lima;
A Nilson Senna, Iranildo Marques e Evânia Nogueira;
Aos amigos da “maganagem” Anderson Pablo, Renato Medeiro, Tiago F. Santos, Arnaldo Júnior (Arnaldinho), Damião Nunes (Nino de Dé), Jonas Viturino Neto (Jonas Bin Bin), e Emanuel Lucena (Manú);
A José de Souza Pequeno Filho (Zé Pequeno), Ariosvalber de Souza Oliveira (Valber) e ao Professor Luciano Mendonça de Lima (UFCG);
Aos colegas do 6o. do curso de Direito (Noite) e aos Professores da FIS;
Aos colegas Professores e funcionários da Escola Antônio Timóteo e do Colégio Francisco Mendes;
Aos meus alunos e ex-alunos da Escola Antônio Timóteo e Colégio Francisco Mendes, em especial a Ranielly Batista e Valesca Kehrle Rodrigues;
Aos patrocinadores Ivanilda (Vila Bela delicatessen), Gisleno Sá (E.G.- Revestimento Fumê), Zé Pereira (Secretario de Agricultura Familiar), Cleonice Maria (Fundação Cultural Cabras de Lampião), Anildomá Willams de Souza (Secretario de Cultura e Turismo), Tarcísio Rodrigues (Fundação Casa da Cultura de Serra Talhada), Sinézio Rodrigues (Vereador), Renata e Michelly (Salão de Beleza Rechelly).

MAREMOTOS: terremotos no mar

Maremotos são terremotos ocorridos nas placas litosféricas sob o mar, as chamadas placas oceânicas. Portanto, o epicentro de um maremoto fica localizado no mar. Teoricamente ele não provocaria vítimas como um terremoto que ocorre na placa continental e cujo epicentro localiza-se em região populosa. 
     
     Contudo, o grande problema do maremoto é que ele gera os tsunamis ou ondas gigantescas, que podem atingir até mais de 20 metros de altura. Essas ondas começam sobre a falha que provocou o maremoto e são geradas por um deslocamento de água, que nem é tão grande na região epicentral do sismo. Em alto mar essas ondas viajam com grande velocidade, mas com amplitude pequena e comprimento de onda de centenas de metros (8) , o que faria, portanto, um barco apenas oscilar. Entretanto, ao atingir regiões costeiras, onde a profundidade do mar é pequena, a velocidade das ondas diminui e a sua energia fica então acumulada em uma extensão menor de água, provocando aumento na altura da onda e transporte de quantidades incríveis de água para dentro do continente ou ilha. 
     
     Tsunamis podem também ser gerados por explosões vulcânicas, como o que foi provocado pelo vulcão Krakatoa na Indonésia em 1883 e que atingiu 40 m de altura, prejudicando grandes extensões costeiras circunvizinhas. Contudo, não são apenas as regiões próximas do maremoto é que podem sofrer com os tsunamis. Em 1960, um terremoto ocorrido na costa do Chile provocou um tsunami que alcançou o Japão. Isto é possível porque a velocidade de um tsunami em alto mar é comparável à de um avião. 
     
     
     
     No Brasil não ocorrem grandes terremotos nem maremotos ou erupções vulcânicas. Será porque Deus é Brasileiro? 
     
     Como foi dito anteriormente, terremotos, maremotos e vulcões ocorrem com mais freqüência nas bordas das placas litosféricas. Entretanto, sismos em menor número e variadas magnitudes também podem ocorrer no centro de uma placa. Deste modo, no Brasil, situado no centro da placa Sul Americana, os sismos não são de magnitude e intensidade elevadas e nem tampouco tão freqüentes como na região das bordas de placas. Contudo, atualmente não se pode dizer que o nível de atividade sísmica no território brasileiro seja desprezível. O aumento de estações sismográficas tem permitido registrar muitos tremores de terra, percebidos ou não pelas pessoas. Têm ocorrido no Brasil sismos naturais e também os chamados induzidos. 
     
     A distribuição de estações sismográficas no País ainda não é uniforme, mas a atividade sísmica registrada no território brasileiro tem sido significativa, destacando-se a sismicidade (9) da região Nordeste, com a seqüência de sismos de João Câmara no Rio Grande do Norte que se tornou mais intensa em 1986, os ocorridos em Palhano no Ceará e as dezenas de pequenos tremores no Estado de Pernambuco, ocorridos em julho de 2002. A região Sudeste também tem apresentado um nível significativo de sismicidade, inclusive com alguns dos maiores sismos já ocorridos no Brasil, como o de Mogi Guaçu no Estado de São Paulo em janeiro de 1922, com magnitude 5,2 e o sismo na plataforma continental do Espírito Santo em fevereiro de 1955, com magnitude 6,3. 
     
     Apesar do homem não conseguir evitar os terremotos, sua interferência na natureza já provocou a ocorrência de sismos. De acordo com a literatura no assunto, têm sido induzidos sismos pelas seguintes atividades humanas: injeção sob pressão de fluidos na rocha, enchimento de lagos artificiais em usinas hidrelétricas, explosões nucleares, atividades de extração de óleo, escavações de minas de carvão. No Brasil, têm havido também casos de indução de abalos sísmicos pela perfuração e exploração de poços profundos para água subterrânea. 
     
     Contudo, felizmente, mesmo ocorrendo tremores de terra naturais e os também provocados pela ação do homem na natureza, no Brasil, de fato, não há vulcões, furacões e nunca houve grandes danos por terremotos. 
     
     Assistindo pela televisão os danos provocados pela fúria dos tsunamis, conseqüentes do maremoto ocorrido no Oceano Índico nesta semana, e que atingiram vários países, podemos até acreditar que Deus seja mesmo Brasileiro! 
     

o que são terremotos?



     Profa. Dra. Tereza Higashi Yamabe 

    
     Terremotos ou abalos sísmicos ou tremores de terra, são termos utilizados para identificar um evento sísmico, conforme o seu "tamanho". Desta forma, o termo terremoto é reservado para eventos grandes, geralmente aqueles com perdas humanas e grandes estragos.
    
     Terremotos são ocorrências de falhas ou fraturas na rocha; ou seja, a rocha trinca, com ou sem deslocamento relativo entre os blocos. Portanto, independente do tamanho dos sismos, a ocorrência de um terremoto não significa que houve uma explosão no interior da Terra, e sim, uma rachadura na rocha. A extensão dessa rachadura, pequena ou grande, é que define se o sismo é apenas um tremor de terra ou um terremoto.
    
     A fratura ou falha acontece porque a força de resistência da rocha se torna menor do que a força que é nela aplicada. A força pode ter sido aplicada na rocha durante um intervalo de tempo que pode ser até de milhões de anos. Quando então a rocha “não suporta mais” ela se quebra, liberando instantaneamente toda a energia nela acumulada. A energia liberada transforma-se em ondas elásticas (1) que se propagam em todas as direções, como as ondas que se formam na superfície da água em uma bacia, quando nela cai um pingo. Quando essas ondas sísmicas atingem a superfície terrestre, elas são percebidas pelas pessoas na forma de um tremor. Elas também caminham para o interior da Terra e podem até atravessá-la toda e atingir a superfície do outro lado, muito longe de onde foram geradas. Quando atingem a superfície da Terra podem ser registradas pelas estações sismográficas, instaladas pelo mundo afora.
    
     A partir desses registros é possível obter informações sobre a estrutura terrestre abaixo da superfície. Por isso é que se diz que o registro das ondas sísmicas é como uma radiografia do interior da Terra. Desta forma, as informações tais como densidade e espessura das diferentes camadas de rocha, que compõem o Planeta Terra, têm sido obtidas a partir dos estudos sismológicos.
    
     O tamanho ou magnitude de um sismo é a medida da energia liberada e é definida pela escala de magnitude Richter. Fala-se normalmente que essa escala vai de zero a nove, entretanto, ela não tem limites inferior ou superior, pois os valores da escala são relativos a um padrão. O fato é que nunca houve nenhum terremoto, registrado, cuja magnitude tenha ultrapassado o valor nove nessa escala, mas nada impede que haja um. Em termos de energia liberada, um sismo com magnitude sete, por exemplo, na Escala Richter significa até mais de dez vezes de energia a mais do que outro sismo de magnitude seis.
    
     O que um terremoto provoca na superfície da Terra, tal como, tremor sentido pelas pessoas, rachaduras nas paredes ou no solo desabamentos de edificações, etc., pode ser medido como sua intensidade , na escala denominada Mercalli Modificada, que varia de I a XII graus. Desta forma, intensidade I significa que ninguém sentiu o tremor ou, em condições especiais, animais ficam inquietos e o terremoto é classificado de intensidade XII quando provoca danos totais, com grandes rachaduras no solo desabamentos e mortes.
    
    
    
     Terremotos : por que e onde ocorrem ?
    
     Os eventos sísmicos podem ser fenômenos naturais, que independem da ação do homem. Podem também ser provocados pelas atividades humanas, que alteram ou modificam a natureza. Para falar desses fenômenos, naturais ou induzidos, é interessante saber por que e onde eles ocorrem.
    
     A Terra é uma "bola", um pouco achatada nos seus pólos, formada por camadas de rochas de variadas espessuras e tem quase 13.000 km de diâmetro. A "casca" da Terra ou sua camada sólida mais externa, conhecida como litosfera (2) terrestre, é quebrada em várias partes, como a casca trincada de um ovo cozido. Ou ainda, é como a capa de uma bola de futebol que é formada de várias partes costuradas, com a diferença de que na bola esses pedaços têm tamanhos iguais. Na litosfera terrestre essas partes têm tamanhos variados e são chamadas de placas litosféricas.
    
     Essas placas sólidas, com espessura média de 100 km , movimentam-se umas em relação às outras, em conseqüência da movimentação térmica do magma abaixo delas.
    
     Por que ocorre a movimentação térmica abaixo das placas litosféricas? Sendo a Terra um corpo quente, com temperatura provavelmente acima de 5.000 °C no seu núcleo, o calor flui do seu interior para a superfície (3) . Desta forma, o magma, que é essencialmente rocha fundida e está localizado imediatamente abaixo da litosfera, apresenta movimentos ascendentes e descendentes, em função da diferença detemperatura entre a base e o topo dessa camada (4) .
    
     Esses movimentos ascendentes e descendentes, formando círculos de convecção térmica, também ocorrem na água dentro de uma caneca sobre o fogo: a parte inferior recebe o calor primeiro, fica agitada com o aumento da temperatura e sobe, empurrando a água mais fria para baixo. Os movimentos circulares de sobe e desce funcionam como se fossem 'rodinhas'. Imagine a fileira de rodinhas que ficam sob uma esteira ou escada rolantes. Quando as rodinhas giram para a direita, a esteira movimenta-se para a direita e quando elas giram para a esquerda, a esteira vai para a esquerda. Portanto, quem faz o papel das rodinhas que movimentam as placas litosféricas são os processos convectivos dentro do magma. A velocidade relativa das placas varia de cerca de dois a dezessete centímetros ao ano. Parece pouco? Então imagine esse movimento durante milhões e milhões de anos.
    
     A movimentação dessas placas é importante porque tem provocado a modificação completa da superfície física da Terra há milhões de anos. Tem mudado a posição relativa dos continentes (5) e é responsável pela ocorrência dos terremotos e vulcões, até fazendo surgir ou desaparecer ilhas. Aliás, foi através do mapeamento dos pontos da superfície onde ocorrem os terremotos (6) e vulcões é que foi possível definir as bordas das placas litosféricas.
    
     As bordas dessas placas são os locais onde ocorre a maioria dos terremotos e vulcões. Assim, as ilhas que formam o Japão e as Filipinas, ou a costa leste das Américas, por exemplo, estão localizadas em regiões de bordas de placas, o que explica a ocorrência freqüente de terremotos e erupções vulcânicas nesses locais. Explica também porque não temos no Brasil, localizado na parte central da Placa Sul Americana, muitos desses fenômenos naturais chamados tectônicos (7) .
    
     A cordilheira dos Andes delimita a borda oeste da Placa Sul Americana enquanto a sua borda leste situa-se ao longo da parte central do Oceano Atlântico, onde também existe uma cordilheira no fundo do mar, formada pelo afastamento das placas Sul Americana e Africana. Quando essas placas se afastam, rochas derretidas são expelidas do interior da Terra, como as erupções vulcânicas. Sendo as águas no fundo do mar muito frias, resfriam rapidamente essa lava, que se solidifica e forma novo assoalho oceânico.
    
     O afastamento de placas litosféricas, e a formação de nova "casca" da Terra, é contrabalanceado pela colisão de placas e "desaparecimento" de parte da velha "casca". Por isso que é que a "Bola Terra" não tem aumentado de tamanho. Um exemplo onde placas estão colidindo é a costa oeste da América do Sul. Essa colisão entre a placa sul americana e a oceânica, denominada Placa de Nazca, provoca uma compressão que tem determinado o "enrugamento" da placa continental com a formação da Cordilheira dos Andes e também um "mergulho" de parte da placa oceânica por baixo da continental.
    
     Desta forma, o efeito dos movimentos convectivos ou dos círculos de convecção térmica no material magmático é tal que partes ascendentes do movimento de dois círculos vizinhos provocam o afastamento de placas. Por outro lado, partes convectivas descendentes provocam a colisão das placas.
    
    
     Na figura, Estrutura da Terra e a tectônica das placas, é possível visualizar os efeitos do movimento litosférico e do material magmático subjacente: afastamento dos continentes, formação de assoalho oceânico, mergulho de uma placa sob outra, formação de montanhas continentais e submarinas, formação de ilhas, etc.. Toda essa movimentação provoca a ocorrência de terremotos e maremotos, onde as rochas estão sólidas, e as erupções vulcânicas, tanto continentais quanto as oceânicas.



Iluminismo ou Esclarecimento foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder darazão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o Iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). Príncipes reinantes, muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do Iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias de governo. O Iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimentoContra-Iluminismo ganhou força.
O centro do Iluminismo foi a França, onde foi baseado nos salões e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784)e Jean Le Rond d'Alembert com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais se espalharam para os centros urbanos em toda a Europa, nomeadamente InglaterraEscócia, os estados alemães, Países BaixosRússiaItáliaÁustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em colônias europeias, onde influenciou Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana. Os ideais políticos influenciaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791.

Globalização




globalização surgiu após a Guerra Fria  tornando-se o assunto do momento, aparecendo nos círculos intelectuais e nos meios de comunicação, tornando possível a união de países e povos, essa união nos dá a impressão de que o planeta está ficando cada vez menor. Um dos mais importantes fatores que contribui para a união desses povos é, sem dúvida, a Internet. É impossível falar de globalização sem falar da Internet, que a cada minuto nos proporciona uma viagem pelo mundo sem sair do lugar. Dentro da rede conhecemos novas culturas, podemos fazer amizades com pessoas que moram horas de distância, trabalhamos e ainda podemos nos aperfeiçoar cada vez mais nos assuntos ligados a nossa área de interesse, através dela, milhões de negócios são fechados por dia.

A globalização não é uma realização do presente, vem de longa data. Tudo começou há muito tempo quando povos primitivos passaram a explorar o ambiente em que viviam. No século XV os europeus viajavam pelos mares a fim de ligar Oriente e Ocidente, a Revolução Industrial foi outro fator que permitiu o avanço de países industrializados sobre o restante do mundo.

No final dos anos 70, os economistas passaram a usar o termo “globalização” fora das discussões econômicas facilitando as negociações entre os países. Nos anos 80, começaram a ser difundidas novas tecnologias que uniam os avanços da ciência com a produção, por exemplo: nas fábricas, robôs ligados aos computadores aceleravam (e aceleram) a produção, ocasionando a redução da mão-de-obra necessária, outro exemplo são as redes de televisão que facilitam ainda mais a realização de negócios, com as suas transmissões em tempo real.

A globalização envolve países ricos, pobres, pequenos ou grandes e atinge todos os setores da sociedade, e por ser um fenômeno tão abrangente, ela exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. As coisas mudam muito rápido hoje em dia, o território mundial ficou mais integrado, mais ligado, por exemplo, na década de 50, uma viagem de avião cruzando o Oceano Atlântico durava 18 horas, hoje a mesma rota pode ser feita em menos de 5 horas. Em 1865, a notícia da morte de Abraham Lincoln levou 13 dias para chegar na Europa, mas hoje, ficamos sabendo de tudo o que acontece no mundo em apenas alguns minutos.

Não podemos negar que a globalização facilita a vida das pessoas, por exemplo o consumidor foi beneficiado, pois podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade, porém ela também pode dificultar. Uma das grandes desvantagens da globalização é o desemprego. Muitas empresas aprenderam a produzir mais com menos gente, e para tal feito elas usavam novas tecnologias fazendo com que o trabalhador perdesse espaço.

A necessidade de união causada pela Globalização fez com que vários países que visavam uma integração econômica se unissem formando os chamados blocos econômicos (ALCANAFTA e Tigres Asiáticos, por exemplo), o interesse dessa união seria o aumento do enriquecimento geral.

Não podemos esquecer também que, hoje em dia, é essencial o conhecimento da língua inglesa. O inglês, que ao longo dos anos se tornou a segunda língua de quase todos nós, é exigido em quase todos os campos de trabalho, desde os mais simples como um gerente de hotel até o mais complexo, como um grande empresário que fecha grandes acordos com multinacionais.

Para encarar todas estas mudanças, o cidadão precisa se manter atualizado e informado, pois estamos vivendo em um mundo em que a cada momento somos bombardeados de informações e descobertas novas em todos os setores, tanto na música, como na ciência, na medicina e na política.

D.GRITOS: Pré-lançamento de livro sobre a maior banda de rock do Pajeú é nesta 6ª


Farol de Noticias

O livro sobre a maior banda de rock do Sertão do estado, a D’ Gritos, de Serra Talhada, acontece nesta sexta-feira (26), às 21h, no estacionamento da FIS (Faculdade de Integração do Sertão), durante o III ENED – Encontro de Estudantes de Direito do Vale do Pajeú.
Escrito pelo professor e historiador Paulo César Gomes, a obra D.Gritos: do Sonho à Tragédia (210 pág. Desafio Art & Gráfica), resgata toda a trajetória musical da banda até o seu fim, com a morte do vocalista Ricardo Rocha, eletrocutado enquanto cantava na Praça Sérgio Magalhães, no centro da cidade.

O lançamento oficial será no dia 18 de maio, na Concha Acústica, quando ex-integrantes dos D.Gritos deverão se apresentar como nos bons e velhos tempos. Entre eles Jorge Stanley, Noroba, Gisleno Sá e Edésio Espedito, além da banda Lampiônicos. O livro já encontra se a venda pelos telefones (87) 3831-6270, (87) 9938-0839, (87) 9668-3435.


PERFIL DO AUTOR

Paulo César Gomes é professor de História, Geografia e Sociologia na Escola Antônio Timóteo desde 2006, filiado a ANPUH (Associação Nacional de História) – Seção Pernambuco, e colunista do site Farol de Notícias. Concluiu o curso de Técnico em Contabilidade no Colégio Municipal Cônego Tôrres, em 1994, e a Licenciatura Plena em História na FAFOPST (Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada), em 2006.

Em 2009 concluiu a especialização em História Geral na FAFOPST e atualmente é aluno do curso de Direito da FIS (Faculdade de Integração do Sertão). Lecionou também no Colégio Francisco Mendes entre os anos de 2009 e 2011.

Direito do Trabalho - Trabalho Eventual


Para definição de Trabalho Eventual, é necessário observar a não habitualidade na prestação de serviços. Dispõe a CLT que a relação de emprego, além de ser marcada pelos requisitos da "onerosidade", "pessoalidade" e "subordinação jurídica", deve-semostrar de forma habitual, contínua, não eventual. Assim a atividade será exercida conforme as finalidades cotidianas da empresa.No caso do trabalhador eventual, observa-se que este realiza apenas serviços esporádicos, diversos dos fins comuns da empresa, não se caracterizando qualquer espécie de habitualidade. São várias as teorias que procuram explicar as diferenças entre empregado e trabalhador eventual. A teoria do eventual caracteriza o trabalhador admitindo na empresa para um determinado evento, o trabalhador cumpre a sua obrigação e será desligado, ou seja, sem nenhum vínculo empregatício. Para a teoria dos fins, empregado é o trabalhador cuja atividade coincide com os fins normais da própria empresa. O eventual seria o que presta serviços que não estão em sintonia com os objetivos do empregador. Então o “trabalhador ocasional”, esporádico, que trabalha de vez em quando, ao contrário do empregado que é um “trabalhador permanente”. É o caso, por exemplo, do pintor que faz reparos em um muro. Trata-se de mera prestação de serviços, de competência do juízo cível para processamento e julgamento. A alínea g do inciso V do art.12 da Lei nº 8.212/91 indica o que vem a ser o trabalhador eventual: “aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego”. Ao se falar em eventualidade, ou em ausência de continuidade na prestação de serviços já se verifica que inexiste relação de emprego, pois o traço marcante do contrato de trabalho é a continuidade.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O valor histórico de Lampião




Lampião: figura histórica que buscou no crime uma maneira de superar o descaso das autoridades da época.



O trabalho com as revoltas do período oligárquico sempre despertam uma interessante discussão no momento em que demonstram o descompasso existente entre o Estado e as classes populares da época. A utilização da máquina pública como instrumento atrelado aos interesses da elite agro-exportadora promoveu a criação de sérios problemas sociais que se manifestaram através de diferentes revoltas que surgiram no campo e nos centros urbanos do país.

Entre todas essas revoltas, o cangaço desperta o interesse dos alunos ao tratar da polêmica figura de Lampião. Sendo ele um personagem histórico popular, acabou tendo sua trajetória atrelada a determinados discursos que concedem certo heroísmo à sua figura. Grosso modo, colocam o cangaço e seu “representante maior” como partes integrantes de um movimento dotado de uma ação política que agride as elites e protege os menos favorecidos.

Contudo, essa representação de um Lampião engajado parte de falas que imputam um determinado valor distanciado de pesquisas e documentos que dão voz à questão do cangaço. A historiadora Maria Isaura de Queiroz, por exemplo, autora do livro “História do Cangaço” demonstra que Lampião era uma figura comprometida com seus interesses particulares e não reafirmava em nenhum momento lutar em prol de um determinado grupo social em detrimento de outro.

Um exemplo dessa perspectiva pode ser vista em uma “carta de cobrança” onde o cangaceiro ameaçava as autoridades locais em troca de dinheiro. No livro Quem foi Lampião, do autor Frederico Pernambucano de Mello, há a reprodução de uma carta do cangaceiro onde dizia:

“Eu pretendo é dinheiro. Já foi um aviso aí para os senhores, se por acaso resolver me mandar a importância que vos pedi, eu evito a entrada. Porém, não vindo esta importância eu entro aí...” (1993, p.142, Adaptado)

Utilizando esse documento, podemos perceber que as ações criminosas de Lampião não tinham qualquer pretensão de promover alguma espécie de justiça social. Outra passagem em que essa mesma perspectiva pode ser exposta em sala de aula refere-se a outro evento em que Lampião foi convocado para lutar contra as forças da Coluna Prestes, um movimento de militares que pretendia derrubar o regime oligarca empreendendo a formação de um levante que percorreria diferentes cidades do país.

A participação de Lampião na luta contra os militares da Coluna e o bilhete do próprio cangaceiro mostra um descompasso entre a forma com que Lampião agiu e a representação de sua trajetória. Para demonstrar essa diferença, o professor de História pode trabalhar em parceria com o professor de Inglês oferecendo aos alunos a tradução e a interpretação da canção “Lampião”, da banda Eyes of Shiva. Na letra, de 2004, temos um exemplo desse processo de heroicização do cangaceiro nordestino.

Dessa maneira, o professor demonstra como as noções do passado perpassam por diferentes opiniões em que um mesmo fato ou personagem é compreendido de maneiras distintas. Ao não reconhecer os limites impostos pelo Estado e pelas leis, o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, acabou sendo uma conseqüência extrema ao descaso de governos alheios aos problemas sociais do país.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...