Escreva-se no meu canal

segunda-feira, 15 de março de 2010

Manejo florestal garante sobrevivência na caatinga o ano inteiro

No Sertão de Pernambuco, agricultores estão descobrindo que preservar a natureza é um bom negócio. Retirar madeira da caatinga sem destruir a vegetação tornou-se uma forma de garantir renda para a família nas épocas de estiagem.
Na comunidade rural da fazenda Pipocas, em Floresta, moram catorze famílias. Como a região é uma das mais secas do País, agricultura apenas não é suficiente para garantir o sustento. Foi nessas circunstâncias que o manejo florestal surgiu, ajudando a melhorar a vida de todos por lá.
Os homens se preparam para um dia de trabalho, aprontando o carro de boi, a carroça e as ferramentas indispensáveis: foice e machado. O destino é uma área de caatinga fechada e, no local definido, árvores começam a ser cortadas imediatamente.
À primeira vista, o corte das madeiras parece ser um desmatamento criminoso como outro qualquer, mas isso é só uma impressão. A retirada de cada galho de caatinga é planejada: espécies nativas, protegidas por lei, como a aroeira e a baraúna, por exemplo, não podem ser destruídas em hipótese alguma.
No manejo florestal, a área é dividida em lotes. Cada um é explorado por um ano e depois fica quinze anos preservado para a regeneração da mata. Os agricultores receberam orientações de engenheiros florestais do Ministério do Meio Ambiente.
“Essa é uma técnica utilizada para uma melhor utilização da caatinga, cortando de forma separada, em áreas separadas, onde uma é cortada e as outras preservadas. Favorecendo assim o homem do campo. Isso para que no período em que não haja chuva, eles possam utilizar esse bioma, a caatinga, de uma forma ordenada e sustentável, ajudando assim a natureza e o homem do campo”, explica o engenheiro florestal Danilo Soares (foto 3).
O manejo está ajudando a preservar a mata nativa e aumentando a renda da comunidade. “Significa uma média de quatrocentos reais por mês. Não é um valor muito alto, mas é o suficiente para a família aqui no campo ir sobrevivendo”, assegura o agricultor Jaílson de Lemos.
Em outra comunidade rural, no município de Serra Talhada, também no Sertão, os agricultores fazem o manejo da caatinga e, além de retirar a madeira, aprenderam a produzir carvão. Eles construíram fornos feitos de barro e tijolo (foto 4), tudo dentro da lei.
Num dos assentamentos foram construídos seis fornos para a produção de carvão. Cada um deles é administrado por seis famílias. A atividade se tornou fundamental para garantir o sustento de todos durante os longos períodos de estiagem.
“A gente vende o carvão e paga uma conta que estava devendo, compra uma roupa que o filho está precisando... Melhorou muito depois que começamos a fazer o manejo”, diz o agricultor Severino Nunes de Lima Filho.
(Fonte: pe360graus)

sábado, 13 de março de 2010

A BÚSSOLA









A bússola, mais conhecida pelos marinheiros como agulha, é sem dúvida o instrumento de navegação mais importante a bordo. Ela teve sua origem na China do século IV a.C. Sua adaptação e reconhecimento no Ocidente aconteceu cerca de 1.500 anos depois. A primeira referência deste instrumento na Europa aparece em um documento de 1190, chamado "De Naturis Rerum". As primeiras bússolas chinesas não utilizavam agulhas . Eram compostas por um prato quadrangular representando a Terra. O "indicador"(objeto que indica a direção), com forma de concha, era de pedra imantada e a base (prato), de bronze. Um círculo no centro do prato representava o céu e a base quadrada, a terra.

Foi Flávio Gioia que em 1302 alterou a bússola para ser usada a bordo, usando a agulha sobre um cartão com o desenho de uma rosa-dos-ventos. Os rumos ou as direções dos ventos têm origem na antigüidade. Na Grécia começaram com dois, quatro, oito e doze rumos. No início do século XVI surgem já 16 e na época do Infante D. Henrique já se usavam rosas-dos-ventos com 32 rumos. Primeiramente o rumo era associado à direção dos ventos e só mais tarde aos pontos cardeais. Em certas rosas-dos-ventos, no local que indicava o Leste, aparecia desenhada uma cruz que mostrava a direção da Terra Santa. A declinação de uma agulha é a diferença que uma bússola marca entre o norte geográfico e o norte magnético.

O cabo da concha indicava o sul. A concha é uma representação simbólica da Ursa Maior. A base continha caracteres chineses que assinalavam os oito pontos principais: norte, sul, leste, oeste, nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste. A introdução da agulha aumentou a precisão da leitura. Foi nessa época que os chineses introduziram os primeiros marcadores e indicadores, elementos fundamentais da ciência moderna. A Lo Pan é um instrumento complexo, desenvolvido através dos séculos, pelos chineses, para que os praticantes pudessem fazer precisos cálculos de tempo e espaço em sua ciência. O cálculo da direção pode ser efetuado com uma Lo Pan ou com uma bússola normal. Não existe diferença. A Lo Pan apenas nos indica um cálculo mais preciso, e algumas facilidades em relação às direções e as características do local.

Ao longo do tempo veio a verificar-se que a declinação variava com o tempo e o lugar. Também foi D. João de Castro o primeiro a descobrir o desvio de uma agulha, ou seja, o efeito que massas de ferro próximas tem sobre uma bússola. Este efeito obrigou a cuidados com o posicionamento da bússola perto de peças da artilharia, âncoras e outros ferros. Esta foi uma das razões para que os morteiros, as caixas que protegem as bússolas, fossem, no início, de madeira.Durante o século XVI as bússolas portuguesas tinham, pelo menos desde 1537, um sistema de balança para manter o morteiro horizontal. O morteiro era colocado numa coluna de madeira, mais tarde de metal, a bitácula, à frente da roda do leme. A bitácula contêm um sistema chamado cardan que permite que o morteiro se mantenha na horizontal apesar das oscilações do barco.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Estações do Ano








As estações do Ano.

Todo mundo já sabe que durante o ano ocorrem quatro estações: Primavera, verão, outono e inverno.
As estações do ano acontecem por causa da inclinação da terra em relação ao sol. O movimento do nosso planeta em torno do sol, dura um ano. Esse movimento recebe o nome de translação e a sua principal conseqüência é a mudança das estações do ano.
Se a Terra não se inclinasse em seu eixo, não existiriam as estações. Cada dia teria 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. E como o eixo do planeta terra forma um ângulo com seu plano orbital, existe o verão e o inverno, dias longos e dias curtos. Durante o Verão, os dias amanhecem mais cedo e as noites chegam mais tarde. Ao longo dos três meses desta estação, o sol se volta, lentamente para a direção norte e os raios solares diminuem sua inclinação. No início do Outono, os dias e as noites têm a mesma duração: 12 horas. Isso é porque a posição do sol está exatamente na linha do Equador.
Porém, o sol, vai continuar se distanciando aparentemente para norte. A partir daí, os raios solares atingem o mínimo de inclinação no início do Inverno, e, ao contrário do Verão, os dias serão mais curtos e as noites mais longas.
Então, o Sol vai começar a se deslocar na direção sul. Começando então a Primavera e os dias e as noites terão a mesma duração.
Portanto, as estações do ano e a inclinação dos raios solares variam com a mudança da posição da Terra em relação ao Sol. Quando o Pólo Norte se inclina em direção ao Sol, o hemisfério Norte se aquece ao calor do verão. Seis meses mais tarde, a Terra percorreu metade de sua órbita. Agora o Pólo Sul fica em ângulo na posição do Sol. É verão na Austrália e faz frio na América do Norte.
As quatro estações:

Outono : De 21 de março a 21 de junho
Do latim: autumno. Também conhecido como o tempo da colheita, pois é nesta época que ocorrem as grandes colheitas. Os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já estão bem maduras e começam a cair no chão. Os jardins e parques ficam, coberto de folhas de todos os tamanhos e cores.
Isto por que os países lá do hemisfério norte precisam se preparar para o inverno que está chegando. É necessário armazenar bastante comida para nada possa faltar!

Inverno: De 21 de junho a 23 de setembro
Do latim: hibernu, tempus hibernus, tempo hibernal. Associado ao ciclo biológico de alguns animais ao entrar em hibernação e se recolherem durante o período de frio intenso. Estação que sucede o Outono e antecede a Primavera.
O inverno é a estação mais fria do ano. Os dias são curtos e por isso escurece mais cedo.
No sul do Brasil é comum ver a neve cair, cobrindo o chão e as plantas. Já nas outras regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, é a chuva quem dá o ar da sua graça.
Como a temperatura cai nessa fase, as pessoas tendem a passar mais tempo dentro de casa, principalmente debaixo das cobertas!

Primavera: De 23 de setembro a 21 de dezembro.
Do latim: primo vere, no começo do verão.
Ah, essa é a estação mais florida do ano! Representa a época primeira, a estação que antecede o Verão.
Com o fim do inverno, os voltam a ser mais longos e quentes. Este é o período em que os animais se reproduzem e constroem seus ninhos. Os insetos como as borboletas e abelhas, voam de flor em flor em busca néctar que as flores possuem.
A temperatura não é tão baixa e nem tão alta fazendo da primavera uma época muito agradável.

Verão: De 21 de dezembro a 21 de março.
Do latim vulgar: veranum, veranuns tempus, tempo primaveril ou primaveral.
Chegou o Verão, a estação mais quente do ano. Muito calor e dias bem longos. As temperaturas estão lá em cima. Relativo a primavera. Estação que sucede a Primavera e antecede o Outono.
As árvores estão verdes e carregadas de frutas. Neste período a Terra recebe mais chuva por causa da vaporização das águas. O céu fica, ás vezes, fica nublado com pesadas nuvens que são o acúmulo de águas dos rios e dos mares transportadas para a atmosfera em forma de vapor.
O verão é uma estação muito gostosa, com a chegada das férias e um clima de alegria no ar.

Bilbiografia:
BRANCO, S. M.;Um passeio pelas estações do ano. Editora Moderna. 48p.

quinta-feira, 11 de março de 2010

CANGAÇO MOVIMENTA SERRA TALHADA EM MARÇO

A cidade de Serra Talhada está com a agenda movimentada. Nos próximos dias 20 e 21 de março, o município se transformará em um grande palco para várias manifestações culturais, na Área de Alimentação da Feira Livre da cidade. Além de apresentações musicais, com banda de pífanos e grupo de xaxado, haverá encenações teatrais, como “A Chegada de Lampião no Inferno”. O evento comemora os 15 anos da Fundação Cultural Cabras de Lampião, que conta ainda com feira de artesanato e cordéis.Já no dia 1º de maio, acontece o I Festival de Músicas do Cangaço. O ritmo pode ser rock, hip hop, blues, forró ou qualquer outro, mas o tema das canções deve ser, obrigatoriamente, o cangaço. Até 25 de março, as inscrições podem ser feitas através do site (www.cabrasdelampiao.com.br) ou do e-mail (festivaldemusicasdocangaco@gmail.com). O evento é realizado pela Fundação Cultural Cabras de Lampião e Ponto de Cultura Artes do Cangaço, em parceria com a Chesf/Governo Federal e Fundarpe/Governo de Pernambuco.Para os admiradores da dança popular pernambucana, o Museu do Cangaço, também em Serra Talhada, oferece oficinas de maracatu, frevo, coco, ciranda e, claro, o xaxado. As inscrições estão abertas até o dia 15 deste mês, para cursos trimestrais, gratuitos.A cidade também participa, de 11 a 14 de março, em Brasília, da II Conferência Nacional de Cultura. O evento reúne agentes culturais, produtores, artistas, intelectuais de todo Brasil.

FONTE: Nill Júnior

terça-feira, 9 de março de 2010

Documentário vencedor do Oscar alerta contra matança de golfinhos






By: Jorge Cruz Jr.

A maioria das pessoas adora golfinhos. Eles são bonitos, inteligentes, engraçados, carinhosos. Estão sempre sorrindo, não é verdade? Pois é, prepare-se para ver toda essa imagem ser desconstruída – e justamente pelas pessoas que mais gostam de golfinhos na face da Terra. “O sorriso do golfinho é a maior enganação da Natureza”, diz uma delas em determinado momento. Essa é apenas uma das surpresas que o documentário vencedor do Oscar (e da maioria dos festivais dos quais participou) revela.
“A Cova” conta a história de um grupo de ambientalistas que têm como missão alertar o planeta para a matança de cetáceos a partir do litoral de Taiji, no Japão.

O documentário está longe de ser panfletário ao extremo. Possui cenas fortes bem pontuais, uma cronologia perfeita, intervenções didáticas rápidas e funciona bem como filme. Não enche a cabeça do espectador de estatísticas – até porque 23.000 golfinhos sendo exterminados por ano no Japão e a venda dos animais por 150 mil dólares cada já é assustador o suficiente.
O Governo do Japão, alvo de boa parte da artilharia dos realizadores de “A Cova”, construiu uma tese fajuta de que baleias e golfinhos são os culpados pela diminuição da quantidade de peixes no mar para justificar a vista grossa.

Mas a saúde do ser humano também corre risco por conta dessa matança, já que a substituição da carne de baleia pela de golfinho (sem o consumidor saber) faz com que muita gente ingira altas doses de mercúrio, provocando a doença de Minamata (responsável por uma morte lenta e dolorida).
Até as ONGs voltadas para a preservação da vida marinha são alvo de crítica da produção. Absurdamente, a defesa de grande parte dessas entidades se limita aos cetáceos de grande porte, como as baleias.

Ao contrário de “Terráqueos” (2005), referência entre os documentários sobre maus-tratos aos animais, o tom mais direto e elegante desse filme de Louie Psihoyos e Fisher Stevens acaba por se mostrar mais eficaz. Difícil não se encantar com o mundo que revelam as belas imagens do oceano, a partir de câmeras de profundidade e equipamento de captação de som, criados para registrar o fundo do mar. Mas também envolvem com cenas saídas de filmes de espionagem, em missões secretas para captar cenas da matança.
É impossível ficar impassível diante da cena (que não é inédita) do mar mudando de azul para vermelho, diante do massacre imperdoável perpetrado pela humanidade.

Inimigo número dois da equipe, após os caçadores japoneses? O aquário gigante Sea World, da Flórida, que mantém diversos golfinhos em cativeiro. Um responsável pelo aprisionamento desses animais? O seriado de televisão “Flipper”. Um dos líderes das filmagens do documentário, Ric O’ Barry, deve toda sua fama e fortuna justamente ao programa. Era ele quem adestrava os bichos que interpretavam o célebre golfinho. Agora, tenta compensar o que causou.
O ex-treinador de “Flipper” passou os últimos 35 anos de sua vida lutando contra as consequências da série – a imagem do golfinho amigo do homem, que está sempre feliz dentro de um aquário barulhento.
Um Oscar mais que merecido que, no final, pode ajudar a preservar uma espécie animal no planeta. O filme ainda não tem previsão de estreia no Brasil, mas vale a pena conhecer desde já o projeto (pelo site http://www.takepart.com/thecove).

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher. Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos. Estás enfermo? O toque da mulher é curativo. Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher. Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza.Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida.Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano. Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza, e admiram a dádiva que é ser mulher!

Lucia Helena dos Santos

quinta-feira, 4 de março de 2010

Revolução Pernambucana

No começo do século XIX, Olinda e Recife, as duas maiores cidades pernambucanas, tinham juntas cerca de 40 000 habitantes (comparados com 60 000 habitantes do Rio de Janeiro, capital da colônia). O porto do Recife escoava a produção de açúcar de centenas de engenhos da Zona da Mata e de algodão. Além de sua importância econômica e política, os pernambucanos tinham participado de diversas lutas libertárias. A primeira e mais importante tinha sido a Insurreição Pernambucana, em 1645. Depois, na Guerra dos Mascates, foi aventada a possibilidade de proclamar a independência de Olinda.
As idéias
liberais que entravam no Brasil junto com os viajantes estrangeiros e por meio de livros e de outras publicações, incentivavam o sentimento de revolta entre a elite pernambucana, que participava ativamente, desde o fim do século XVIII, de sociedades secretas, como as lojas maçônicas. Em Pernambuco as principais foram a Areópago de Itambé, a Patriotismo, a Restauração, a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente, que serviam como locais de discussão e difusão das "infames idéias francesas". Nas sociedades secretas, reuniam-se intelectuais religiosos e militares, para elaborar planos para a revolução.

Causas imediatas
Situação da região: presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública. Criação de novos impostos por Dom João provocando a insatisfação da população pernambucana.
Nordeste: grande seca que havia atingido a região em
1816
acentuando a fome e a miséria; além disso, houve queda na produção do açúcar e do algodão, que sustentavam a economia pernambucana (esses produtos começaram a sofrer concorrência do algodão nos EUA e do açúcar na Jamaica).
Influências externas: divulgação das ideias liberais e de independência (
ideais iluministas
), estimulando as camadas populares de Pernambuco na organização do movimento de 1817.
A crescente pressão dos abolicionistas na Europa vinha criando restrições gradativas ao
tráfico de escravos, que se tornavam mão-de-obra cada vez mais cara, já que a escravidão era o motor de toda a economia agrária pernambucana
.
Objetivos do movimento: independência do Brasil; proclamação da república;

O decorrer da revolução
O movimento iniciou com ocupação do Recife, em 6 de março de 1817. No regimento de artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado, reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Depois, na companhia de outros militares rebelados, tomou o quartel e ergueu trincheiras nas ruas vizinhas para impedir o avanço das tropas monarquistas. O governador Caetano se rendendo
.
O movimento foi liderado por
Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca
. Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República.
Em
29 de março foi convocada uma assembléia constituinte, com representantes eleitos em todas as comarcas, foi estabelecida a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; o catolicismo foi mantido como religião oficial, porém havia liberdade de culto ( o livre exercício de todas as religiões ); foi proclamada a liberdade de imprensa (uma grande novidade no Brasil); abolidos alguns impostos
; a escravidão entretanto foi mantida.
À medida que o calor das discussões e da revolta contra a opressão portuguesa aumentava, crescia, também, o sentimento de
patriotismo dos pernambucanos, ao ponto de passarem a usar nas missas a aguardente (em lugar do vinho) e a hóstia feita de mandioca (em lugar do trigo), como forma de marcar a sua identidade. Pelas ruas do Recife se ouvia, aqui
e ali, o seguinte verso

Quando a voz da pátria chama
tudo deve obedecer;
Por ela a morte é suave
Por ela cumpre morrer
se todos nos juntarmos
conseguiremos vencer
Expansão e queda
As tentativas de obter apoio das províncias vizinhas fracassaram. Na Bahia, o emissário da revolução,
José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, o Padre Roma, foi preso ao desembarcar e imediatamente fuzilado por ordem do governador, o conde dos Arcos. No Rio Grande do Norte, o movimento conseguiu a adesão do proprietário de um grande engenho de açúcar, André de Albuquerque Maranhão, que depois de prender o governador, José Inácio Borges, ocupou Natal e formou uma junta governativa, porém não despertou o interesse da população e foi tirado do poder em poucos dias. O jornalista Hipólito José da Costa foi convidado para o cargo de ministro plenipotenciário da nova república em Londres, mas recusou.
Tropas enviadas da Bahia avançaram pelo sertão pernambucano, enquanto uma força naval, despachada do Rio de Janeiro, bloqueou o porto do Recife. Em poucos dias 8000 homens cercavam a província. No interior, a batalha decisiva foi travada na localidade de Ipojuca. Derrotados, os revolucionários tiveram de recuar em direção ao Recife. Em 19 de maio as tropas portuguesas entraram no Recife e encontraram a cidade abandonada e sem defesa. O governo provisório, isolado, se rendeu no dia seguinte.
Apesar de sentenças severas, um ano depois todos os revoltosos foram anistiados, e apenas quatro haviam sido executados.

Auxílio externo
Em maio de 1817,
Antônio Gonçalves Cruz, o Cruz Cabugá, desembarcou na Filadélfia com 800 mil dólares na bagagem com três missões:
Comprar armas para combater as tropas de
D. João VI
Convencer o governo americano a apoiar a criação de uma república independente no Nordeste brasileiro.
Recrutar alguns antigos revolucionários franceses exilados em território americano para, com a ajuda deles, libertar
Napoleão Bonaparte, exilado na Ilha de Santa Helena, que seria transportado ao Recife, onde comandaria a revolução pernambucana. Depois retornando a Paris para reassumir o trono de imperador da França.
Porém na data de chegada do emissário aos Estados Unidos, os revolucionários pernambucanos já estavam sitiados pelas tropas monarquistas portuguesas e próximas da rendição. Quando chegaram ao Brasil os quatro veteranos de Napoleão recrutados (
conde Pontelécoulant, coronel Latapie, ordenança Artong e soldado Roulet), muito depois de terminada a revolução, foram presos antes de desembarcar.
Em relação ao governo americano, Cruz Cabugá chegou a se encontrar com o secretário de Estado,
Richard Rush, mas somente conseguiu o compromisso de que, enquanto durasse a rebelião, os Estados Unidos autorizariam a entrada de navios pernambucanos em águas americanas e que também aceitariam dar asilo ou abrigo a eventuais refugiados, em caso de fracasso do movimento.

Consequências
Debelada a revolução, foi desmembrada de Pernambuco a comarca de Rio Grande (atual Rio Grande do Norte), tornando-se província autônoma. Essa havia sido anexada ao território pernambucano ainda na segunda metade do
século XVIII, juntamente a Ceará e Paraíba, que também se tornaram autônomas ainda no período colonial, em 1799.
Também a comarca de
Alagoas, cujos proprietários rurais haviam se mantido fiéis à Coroa, como recompensa, puderam formar uma província independente.
Apesar dos revolucionários terem ficado no poder menos de três meses, conseguiram abalar a confiança na construção do império americano sonhado por D. João VI, a coroa nunca mais estaria segura de que seus súditos eram imunes à contaminação das idéias responsáveis pela subversão da antiga ordem na Europa
.

Data Magna
Em
2007, o dia 6 de março foi declarado a Data Magna de Pernambuco, por conta da Revolução Pernambucana.

Caatinga devastada: Pernambuco na lista dos que mais desmatam

O Coordenador do Comitê Estadual da Caatinga em Pernambuco, Elcio Barros,
comenta o desmatamento da caatinga e as preocupações do Comitê na preservação deste bioma exclusivamente brasileiro.


Da lista de 10 municípios brasileiros que mais desmataram a caatinga em seis anos (entre 2002 e 2008), quatro estão no Ceará (Acopiara, Tauá, Boa Viagem e Crateús), quatro na Bahia (Bom Jesus da Lapa, Campo Formoso, Tucano e Mucugê) e dois em Pernambuco (Serra Talhada e São José do Belmonte).
O coordenador-geral do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga do Estado de Pernambuco, Elcio Alves de Barros e Silva, aponta uma siderúrgica fechada no ano passado em São José do Belmonte como uma das principais causas recentes do desmatamento na região. “A empresa, autuada várias vezes pelo Ibama, acabou fechando há oito meses”, revela.
Elcio Alves também aponta o avanço do polo gesseiro como uma ameaça ao bioma. “As consequências do uso da lenha nas calcinadoras estão se expandindo para além dos limites da região do Araripe”, constata. Isso porque a cobertura vegetal nessa área já é inferior a 2%. “O resultado é uma pressão sobre outras regiões.”
Para frear o desmatamento no Semiárido, ele sugere a criação de unidades de conservação. “Atualmente menos de 1% da caatinga está protegido em Pernambuco. E o que a ONU recomenda é, pelo menos, 10%.” O comitê, informa, está identificando áreas consideradas importantes para a conservação da biodiversidade na região.
Elcio Alves recomenda, ainda, programas de educação ambiental. Devido à situação de pobreza, a população da área rural ainda utiliza lenha para cozinhar.
Em relação à iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, o especialista lembra que antes as atenções eram voltadas para a Amazônia e a mata atlântica. “Ainda bem que Carlos Minc está mudando isso. Ações como essas chamam a atenção para a importância da caatinga e a necessidade de proteger o que resta dela.”EMISSÕES
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a emissão média anual de dióxido de carbono (CO2), durante esse período, devido ao desmatamento da caatinga foi de 25 milhões de toneladas.

Fonte: Blog Ciência & Meio Ambiente

terça-feira, 2 de março de 2010

História do Dia Internacional da Mulher







História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e
legislativo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Biomas em perigo. Desmatamento pode acabar com 95% da Amazônia até 2075 e provocar o desaparecimento da caatinga.

Um relatório chamado "Assessment of the Risk of Amazon Dieback" e conduzido pelo Banco Mundial avaliou o risco de parte da floresta amazônica entrar em colapso devido à conjunção de três fatores: desmatamento, mudanças climáticas e queimadas. Segundo ele, em 2025, cerca de 75% da floresta seriam perdidos. Em 2075, só restariam 5% de florestas no leste da Amazônia.
O estudo, que contou com a colaboração dos pesquisadores brasileiros do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) Carlos Nobre e Gilvan Sampaio, trabalha com o conceito de "Amazon Dieback", termo que ainda não tem tradução exata para o português e que representaria uma redução da biomassa da floresta. "Podemos dizer que é o risco de colapso de parte da floresta. O nível, o ponto a que chega a floresta que, mesmo que você faça reflorestamento, ela não retorna", explica Sampaio.
De acordo com a análise, o risco de colapso de parte da floresta é maior no leste da Amazônia, região que compreende o Pará e Maranhão. "Em nossos estudos, avaliamos que, principalmente no leste da Amazônia, com a mudança do clima mais a mudança no uso da terra, você não conseguirá mais sustentar ali uma floresta de pé, como é o caso da floresta amazônica. Você teria uma floresta com, digamos, menos biomassa acumulada, que poderia ser semelhante à uma savana", diz Sampaio.
O efeito combinado do clima e desmatamento, nessa região, pode resultar em uma forte diminuição da área de floresta no bioma.
No sul da Amazônia, região que compreende o Mato Grosso e sul do Pará, o relatório indica crescimento da área de savana, principalmente devido à atuação das queimadas. O noroeste da Amazônia é a área que sofre menor impacto, já que compreende a parte mais preservada da floresta.
Além disso, a soma dos impactos de mudanças climáticas, desmatamento e queimadas da Amazônia resultaria em consequências negativas em outras regiões do País. O estudo identifica uma mudança no regime de chuvas que atingiria o Nordeste brasileiro, intensificando o desaparecimento da caatinga na região e aumentando as áreas de semideserto.
Segundo Sampaio, a pesquisa não traça propostas para evitar o "dieback" da Amazônia. "Não fizemos recomendações. Na verdade, as recomendações são aquelas que já conhecemos: diminuir as emissões de gases de efeito estufa e controlar o desmatamento".
Fonte: estadao.com.br

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Dia internacional da mulher com TEATRO

A data será comemorada em Serra Talhada e Floresta com as produções teatrais do Centro Dramático Pajeú-CDPST, Dia 06 (sábado) às 19 horas no Auditório do Cônego Torres, terá 3 mulheres, 1 homem, 3 histórias formando o espetáculo Elas... & ele! Uma comédia musical. Premiado em 2008 com 4 estatuetas no Premio melhores do ano. As mulheres vividas pelas jovens atrizes Gilvânia Santos, Kátia Alves e Débora Karoline, retratam o cotidiano da mulher, sua intimidade com o marido e com o mundo a sua volta.Em Floresta o espetáculo será o mais recente do CDPST a produção trágico/cômica: NeuRosE - A cidade e seus sentidos; no qual a senhora Maria Filomena Ferreira de Souza leva a platéia a uma reflexão bem humorada da vida nas cidades, sua beleza e seus transtornos, o lado positivo e o negativo. A encenação será às 18 horas do dia 07 de março (domingo) véspera do dia D para as mulheres femininas dessas duas cidades no Cine Teatro Recreio; entrada 5,00 (mulher paga 3,00).Para o sábado o ingresso custa 3,00 reais e pode ser adquirido com Carlos Silva na Casa da Cultura ou com o pessoal do Marial e EJC da Paróquia do Rosário, ressalto aqui que o espetáculo será beneficente, toda a renda será em prol da realização em outubro de um congresso da Juventude Marial Vicentina, ou seja, além de está comemorando o dia internacional da mulher com algo diferente você ainda estará colaborando com esse evento religioso que trará muitos benefícios aos jovens de Serra Talhada.
FONTE: http://cdpsteatro.blogspot.com

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Porto de Galinhas - PE

Segundo a história, antes de receber o atual nome, a praia de Porto de Galinhas chamava-se "Porto Rico", até que a partir de 1850 começasse a aportar na área navios, trazendo escravos contrabandeados da África para trabalhar no cultivo da Cana-de-açúcar, os mesmos, vinham nos porões encobertos por engradados de galinhas D'angola, prato predileto dos senhores de engenho (Corte). Assim sendo, a tripulação dos navios e os escravistas em terra, criaram uma senha com uma palavra chave para anunciar a chegada de mais escravos. O brado era dado da seguinte forma: "Tem galinha nova no porto". A palavra "nova" era a chave que significava uma nova remessa de escravos, por causa desses acontecimentos, o lugar ficou conhecido como Porto de Galinhas, que hoje é o maior pólo turístico do litoral pernambucano.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...