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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Enchentes em Alagoas e Pernambuco. Obras torrenciais e chuvas planejadas.

Artigo

Riviera Francesa, Angra dos Reis, Ilha da Madeira, Blumenau, Veneza, Baviera e Pernambuco; não, não estou falando sobre destinos turísticos, mas sim sobre os inúmeros lugares onde, nos últimos anos, ocorreram chuvas devastadoras que produziram dezenas ou centenas de mortes, além de milhares de desabrigados. Basta um rápido giro pela internet para recordarmos que as chuvas e as inundações bateram recordes históricos em praticamente todos os países, nesta década. Pontes inglesas seculares sucumbiram à força das águas. Pedras de gelo do tamanho de jambos despencaram sobre telhados italianos. Plantações de arroz do sudeste asiático foram varridas, levando países populosos à fome.
As chuvas não fazem distinção entre países ricos e pobres. A diferença é a forma com que enfrentam a situação. Não é preciso explicar que cidades planejadas e uma defesa civil equipada e preparada diminuem as perdas de vida e os danos materiais, mas a grande diferença é a consciência do problema. Ele se chama aquecimento global. Para muitos um mito. Tudo bem, tem gente que acredita que o homem não foi à Lua.
A mídia européia não faz cerimônia em apontar o aquecimento global como responsável pelos eventos. O Brasil tem propostas internacionais até ousadas quanto a metas de redução de carbono, além de possuir um plano de enfrentamento das mudanças climáticas e ter papel ativo no processo de negociação para proteção do planeta. Porém, as propostas do Poder Executivo Federal parecem repercutir apenas fora de nossas fronteiras.
O que temos de concreto no nosso país? O Instituto de Pesquisas Espaciais timidamente anunciou que o toró “está de acordo com o modelo de um planeta em aquecimento”. A mídia nacional, sempre factual, aponta como culpados os seres mitológicos da climatologia, como a famigerada Zona de Convergência Intertropical, ou o terrível El Niño, mas só menciona o aquecimento global nas tevês por assinatura.
E o nosso governo? Continua a expansão urbana e industrial sobre manguezais, que são justamente as áreas de transição entre a terra e o mar. A já escassa vegetação das margens dos rios, que evitaria a erosão, o assoreamento e a subida abrupta das águas, continua desaparecendo. Os sem teto, continuam a ocupar as áreas de risco, atraídos pela concentração de riqueza em poucos municípios.
Afinal, com tudo isso, quem não sabia que a tragédia das chuvas em Pernambuco era anunciada? Urge repensarmos o planejamento de todos os nossos projetos, como SUAPE, grandes obras urbanas e os planos de ocupação. Somente no mês de novembro de 2009 o Rio Grande do Sul amargou um prejuízo de 3,5 bilhões de reais com as chuvas. Resta a Pernambuco contabilizar a tragédia, levantar a cabeça e pesar os prejuízos causados pelo clima na execução de suas futuras políticas públicas.


FONTE: Blog Ciência e Meio Ambiente - Leslie Tavares

sábado, 26 de junho de 2010

Julgamento moral e cívico

A frieza das letras manifestadas por alguns defensores na instância jurídica, data vênia, muitas vezes frustra a população que aguarda um judiciário firme e comprometido com o bem público. Mas é preciso obedecer e acatar, pois, segundo se sabe, é uma análise realizada com a arte e a ciência da razão e não da emoção. Esse viés argumentativo tem tirado muito ladrão da cadeia, absolvido muitos traficantes e amparado pedófilos que são liberados e continuam machucando crianças e famílias. Essas possibilidades de contar com defensores deve e precisa continuar, pois a todos é permitido a ampla defesa e o contraditório. Lamentavelmente não se pode julgar com a emoção, razão pela qual, talvez, ainda existam muitos problemas sociais no país, pois os atos malditos coadunam com a perpetuação da impunidade. Em outros países, quem comete um erro, morre duas vezes: primeiro de humilhação, depois retirando a própria vida pela falta de dignidade em continuar convivendo com pessoas de bem. Mas no nosso querido Brasil... muitos fazem e acreditam que “não vai dar em nada”. Todavia, como diz a própria Constituição Brasileira, “todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”, está na hora de uma reação popular para o exercício prático do bem: sem armas, sem violência e sem lágrimas. Com a mesma frieza que o judiciário é peculiar em suas análises, a população, bem organizada, tem muito mais poder do que qualquer Juiz, data vênia. Basta querer e se organizar. Sem vaidades, sem trampolins, mas com ordenamento e inteligência. Especificamente sobre os parlamentares “escolhidos” pelo povo, é possível sim avançar e execrar esses bandidos que sempre são reeleitos e se dizem representantes do povo nas respectivas Assembléias. O povo pode legislar com muito mais sapiência, no momento em que mantiver viva a memória de todos, nutrindo a lembrança com a boa informação em jornais e mídia comprometidos, verdadeiramente, com a causa coletiva. Chega dessa conversa fiada de “segredo de justiça” e “blindagem privativa”. Bandido é bandido. É preciso destacar, em grande escala, os nomes daqueles que usurpam o dinheiro público, roubam a esperança de muitos e perpetuam a falsa bondade de atender os munícipes, prometendo mirabolantes projetos e recursos. Quem viaja pelo interior do Paraná pode constatar que as cidades estão empobrecidas, com poucos investimentos em infra-estrutura, muita gente desocupada e doente. Cabe-nos como cidadãos e cidadãs uma reação natural e pacífica. Analise, pense, estude a vida dos candidatos a qualquer cargo público e vote. Vote de acordo com sua inteligência e coerência. Não se pode mais admitir que a população ainda se renda aos hipócritas, mentirosos e mentirosas. Só assim será possível um julgamento moral e cívico que, certamente, não encontrará habeas corpus em qualquer jurisprudência para liberar os pérfidos e os enganadores. Façamos cada um de nós a nossa parte. Vamos ensinar a pescar e parar de assistir algumas pessoas recebendo o peixe de graça.

Por Wilmar Marçal* Wilmar Marçal é professor universitário e ex-reitor da UEL./Pr.wilmar_pr2010@hotmail.com

domingo, 13 de junho de 2010

Caatinga é a mais Ameaçada de Desertificação.

Especialistas disseram nesta terça-feira (8), em audiência pública da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, que a Caatinga é o bioma brasileiro mais ameaçado pela desertificação, e não a Amazônia. De acordo com dados do Ibama e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) citados na audiência, quase metade da Caatinga já foi destruída no País: 43% até 2002 e mais 2% entre 2002 e 2008. Os estados que mais desmatam são Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco.
Segundo os debatedores, a principal causa do desmatamento é a extração de madeira para produção de carvão vegetal. O Ibama informou que só em 2009 foi embargada a extração ilegal em 517 hectares, houve R$ 15 milhões em multas e foram apreendidos 498 metros cúbicos de madeira.
Alternativas – O pesquisador da Embrapa Iêdo Bezerra Sá informou que a lenha e o carvão vegetal são a terceira fonte de energia mais usada no País — só perdem para a energia hidrelétrica e para o petróleo e os seus derivados.
Diante dessa situação, ele apontou alternativas, como o manejo sustentável da madeira: “Há cinco anos, havia 17 programas de manejo ambiental em Pernambuco, e hoje existem 320. Outros caminhos seriam recuperar as áreas já degradadas e plantar floresta para colher, como se planta feijão e milho.”
Ele observou que seria possível manter o uso da matriz energética de lenha e carvão, mas de uma forma sustentável. Hoje, só 7% do território da Caatiga são protegidos em unidades de conservação e 0,24% em terras indígenas.
Plano – O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, falou sobre o Plano Nacional de Combate à Desertificação, que abrange uma área de 1,3 mil quilômetros quadrados ocupada principalmente pela Caatinga, mas também pelo Cerrado. A região inclui o Nordeste do País e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
“Três dos 11 estados com áreas suscetíveis de desertificação já concluíram os seus planos de ação, que contêm um conjunto não só de diretrizes, mas de iniciativas concretas”, afirmou Krakhecke.
O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) sugeriu a realização da audiência, cujo tema original era a desertificação da Amazônia — os especialistas, porém, alertaram no início do debate que esse risco é relativo principalmente à Caatinga.
Valverde avaliou que o Brasil está longe de um perfeito uso dos instrumentos disponíveis contra a desertificação. Ele apontou falhas na execução de políticas pelos órgãos ambientais, principalmente das secretarias estaduais, que considera frágeis e desarticuladas com o governo federal.
Valverde ressaltou a urgência do Zoneamento Econômico-Ecológico das áreas ameaçadas. (Fonte: Agência Câmara)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

V FESTIVAL DE VIOLEIROS DE SERRA TALHADA

SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS

Estamos dando os últimos retoques para o III SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS, que se realizará nos dias 18 e 19 de junho/10, aqui em Serra Talhada, sertão pernambucano, terra que viu nascer o Rei do Cangaço.

Convidados e temas:
Adriano Marcena - A Casa de Couro:Simbologia do Chapeu de Cangaceiro.
Vera Ferreira e Antonio Amaury - De Virgolino A Lampião e o Centenário de Maria Bonita;
Profº. Tarcisio Alves - Beato José Lourenço e a Religiosidade do Sertanejo.
Rosa Bezerra - A Manipulação da Imprensa e o Rei do Cangaço.

Além das palestras, haverá passeio histórico, seguindo o roteiro:
Museu do Cangaço: Saída em comboio para a Rota NAS PEGADAS DE LAMPIÃO, guiado pelo pesquisador e escritor lampiônico, Anildomá Willans de Souza:
Pedras onde incidiu o primeiro confronto armado entre Zé Saturnino e os irmãos Ferreira. Escombros da antiga Casa Grande da Fazenda Pedreira, de José Saturnino; Sítio Passagem das Pedras, onde nasceu Lampião.
Apresentação do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião.

EM TEMPO: Será disponibilizado transporte gratuito para as pessoas interessadas, desde que previamente agendada.

Realização:
FUNDAÇÃO CULTURAL CABRAS DE LAMPIÃO. PONTO DE CULTURA ARTES DO CANGAÇO. SEBRAE.

FONTE: http://www.cabrasdelampiao.com.br/agenda.php

domingo, 6 de junho de 2010

Palestra do Prof. Paulo César na comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente

No último dia o2/06, o Colégio Francisco Mendes comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, um dos destaques foi a Palestra do Professor Paulo César Gomes. O evento foi relizado na Câmara de Vereadores.

Paulo Cesar recebe homenagem da Câmara de Vereadores de Serra Talhada


Em sessão itinerante da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, realizada no último dia 28/o5, no Bairro da Cachichola, vários moradores foram homenageados, entres eles o Prof. Paulo César Gomes, que foi por dois mandatos presidente da Associação de Moradores da referida comunidade.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

História das Copas do Mundo


De quatro em quatro anos, seleções de futebol de diversos países do mundo se reúnem para disputar a Copa do Mundo de Futebol.
A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA ( Federation International Football Association).
A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 16 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.
Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da
Segunda Guerra Mundial.
Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.
O Brasil sentiria o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na copa disputada na
Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a taça.
Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores ( Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.
Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o Brasil chegaria novamente a final, porém perderia o título para o pais anfitrião: a França.
Em 2002, na Copa do Mundo do Japão /
Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.
Em 2006, foi realizada a Copa do Mundo da Alemanha. A competição retornou para os gramados da Europa. O evento foi muito disputado e repleto de emoções, como sempre foi. A Itália sagrou-se campeã ao derrotar, na final, a França pelo placar de 5 a 3 nos pênaltis. No tempo normal, o jogo terminou empatado em 1 a 1.
Em 2010, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo será realizada no continente africano. A
África do Sul será a sede do evento.
Em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, pois foi em 1950 que ocorreu a última copa no Brasil.
Curiosidades sobre a História da Copa do Mundo de Futebol
- O recorde de gols em Copas é do francês Fontaine com 13 gols;
- O Brasil é o único país que participou de todas as Copas do Mundo;
- O Brasil é o país com mais títulos conquistados: total de cinco;
- A Itália foi quatro vezes campeã mundial. A Alemanha foi três vezes, seguida das bi-campeãs Argentina e Uruguai. Inglaterra e França possuem apenas um título cada;
- A Copa do Mundo é o segundo maior evento esportivo do planeta;
- As Copas do Mundo da França (1998) e Japão / Coréia do Sul (2002) foram as únicas que tiveram a participação de 32 seleções. A Copa do Mundo da Alemanha 2006 teve o mesmo número de seleções participantes.
Os campeões de todos os tempos
Uruguai (1930) / Itália (1934) / Itália (1938) / Uruguai (1950) / Alemanha (1954) / Brasil (1958) / Brasil ( 1962) / Inglaterra ( 1966) / Brasil (1970) / Alemanha (1974) / Argentina (1978) / Itália (1982) / Argentina (1986) / Alemanha (1990) / Brasil (1994) / França (1998) / Brasil (2002), Itália (2006).
Sugestões de leitura:
- Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo - Paulo Vinicius Coelho, Panda Books
- Moderno Almanaque das Copas do Mundo - Gláucia Parreira, Yendis
- Copas do Mundo: Histórias e Estatísticas - Luiz Fernando Baggio Monclar, Axcell Books
- Brasil em Copas do Mundo - Barbosa Filho, Panoramas do Saber.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nelson Mandela


Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Há 122 anos foi assinada a Lei Áurea


Dia 13 de maio de 1888, naquele momento a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel, com intuito de libertar os povos escravizados. Porém, as heranças de um regime escravocrata e patriarcal não desapareceram e permanecem até hoje, 13 de maio de 2010. O trabalho escravo é uma realidade para milhares de trabalhadores da área rural e também da urbana. As características do escravismo deram lugar ao sistema capitalista, que pressupõe a existência do trabalhador livre e despojado dos meios de produção. A prática escravista sobreviveu e se mantem forte pela desregulamentação das relações entre o capital e o trabalho, causado pelo sistema neoliberal.Dados alarmantes descobertos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deixam claro que quase metade dos patrões, ou empregadores, como muitos chamam, flagrados pelo Ministério do Trabalho entre os anos de 2003 e 2007 não responde pelo crime na Justiça. Não existe nenhum preso que cumpre essa pena no país. Mesmo sendo o último país independente do continente americano a abolir a escravidão, o Brasil se recusa a punir os responsáveis em manter trabalhadores escravos.Os 343 empregadores flagrados pelo Ministério do Trabalho, que viraram alvo da Justiça Federal, no período de tempo descrito anteriormente, são acusados de manter 9.812 trabalhadores rurais em condições subumanas. Os indicadores da impunidade parecem não ter fim. As informações levantadas pelo Congresso em Foco foram confrontadas com balanço publicado em 2009 pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF) em relação ao trabalho escravo.Dois dados do levantamento traz a falta de controle e de comunicação entre as ações do Grupo Móvel e a atuação do MPF, encarregado de ajuizar ações criminais contra os empregadores flagrados explorando o trabalho escravo: não há informação sobre o andamento de qualquer medida em relação a 108 empregadores, e em outras 63 ocorrências não há sequer citação dos donos das fazendas ou empresas rurais no documento da PFDC.Até agora, 93 patrões flagrados pela fiscalização do governo federal, estão sendo investigados por procedimentos investigativos no MPF, segundo a PFDC. O órgão também destaca que as 38 denúncias foram arquivadas por não ter sido caracterizada a prática de redução a condição análoga à de escravo. Tendência a não resolução dos casos A lentidão nos processos que tramitam na Justiça e sobre os que ainda não foram propostos pelo MPF pode ser agravada e aumentar a tendência da prescrição. Pela segunda vez, o STF discute se a competência para julgar estes casos é da Justiça Federal ou da Justiça Estadual. O MTE, pasta à qual o Grupo Móvel está subordinado, afirma que o "suposto conflito de competência com a Justiça Estadual sem dúvida atrasou muito a propositura das ações".


Com informações do Portal Vermelho

FOTOS DO PROJETO COPA 2010 - COLÉGIO FRANCISCO MENDES







ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...