Escreva-se no meu canal

domingo, 15 de abril de 2012

Banda D’Gritos parte II, a musicalidade que marcou

                                   (Apresentação no palco do Cine Art, em Serra Talhada)

Ao contrário do que acontece com a maioria dos grupos musicais, a banda D. Gritos começou sem quer ninguém soubesse tocar nenhum instrumento. Mas, mesmo diante da falta de conhecimento, Camilo Melo e Ricardo Rocha, desafiaram a lógica e se aventuraram pelo mundo da música.

Em meados da década de 80, as rodas de violão em Serra Talhada aconteciam na Praça Sergio Magalhães (banco da divá), na Concha Acústica e em frente a Escola Irmã Elizabeth. Nesses locais era comum a presença de Dema, João Grudi e Zé Orlando, ainda moleques, Camilo Melo e Ricardo Rocha, já participavam desses movimentos. Infleenciados por esse cenário musical alternativo Camilo começou aprendeu a tocar violão e aproveitou para ensinar a Ricardo os primeiros acordes.

Nesse período Camilo cômpos a música “Escravo de Ninguém (Porra)”, que começou a ser tocada por ele e Ricardo em festas de aniversários e em apresentações em escolas. Essas apresentações rederam a dupla o apoio e a presença de amigos e admiradores que já começavam a cantar as músicas do repertório. Outro integrante da banda que entrou sem saber tocar foi Jorge Stanley, que teve que improvisar uma bateria pra poder aprender. Ele estudou muito, eram mais de 6 hoaras diarias tocando e sempre ouvindo som produzido pelo baterista Neil Peart da banda Rush. Logo ele já estava tocando em pé e de costas e também cantando, além dessas vertentes artísticas, ele foi peça fundamental em vários arranjos da banda.

Outros músicos, mesmo que de forma passageira, também contribuíram de forma decisiva para a musicalidade e o sucesso da banda ao longo dos anos, entre eles podemos citar: Cleóbulo Ignácio (Binga) e Paulo Rastafári (vocal), Jairo Ferreira, Doda, Toinho Harmonia, César Rasec, Derivan Calado e Elton Mourato (baixo, guitarra solo e base), Girleno Sá (violão e guitarra) e Nilsinho (percussão).

A Banda D.Gritos foi muito influenciada por grupos nacionais como os Paralamas do Sucesso, Titãs, RPM, Biquíni Cavadão, e a nível internacional por bandas como Pink Floid e Smith, e regionalmente por Alceu Valença, Zé Ramalho, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, mais a grande referência foi a maior banda de Rock de todos os tempos, os The Beatles. Um fato interessante era que Ricardo Rocha era fã de carteirinha de Michel Jackson, chegando a ganhar um concurso de imitação do rei do pop.

Mesmo com todas essas referências, o trabalho do D. Gritos é único, ele é singular, pois não existe nenhuma semelhança musical com qualquer outra banda ou cantor. A maioria das músicas são composições de Camilo e outras e parceria com Ricardo, mas há também músicas solos inéditas de Ricardo e também em algumas em parceria com Jorge Stanley.

Entre as músicas gravadas como: “Escravos de Ninguém (Porra)”, “Barriga de Rei”, “Grilos”, “Quando Será Minha Vez”, “Medo da Verdade” possuem um forte conteúdo político e social. Já “Loucos (Mayra)”, “Eu Sei”, “Romance Entre Abelhas” e “Coisas de Palhaços” são reflexos dos conflitos sentimentais e amorosos dos integrantes do grupo, uma pequena amostra do da versatilidade e criatividade dos músicos.

Há duas músicas em especial que mostram o potencial de Camilo e Ricardo em reproduzir o sentimento momentâneo e a transcrição de um projeto de vida. São elas: “Fogão de Lenha” e “Navegantes”. “Fogão de Lenha” foi uma resposta a uma pergunta preconceituosa, e de certa forma racistas, feita por um repórter do Diário de Pernambuco aos roqueiros pajeuzeiros e a outra “Navegante”, um resumo dos desafios, das dúvidas, das certezas e incertezas, dos sonhos e das batalhas vividas ao longo de oito anos de existência da banda.

*Paulo César é professor especialista em História Geral

terça-feira, 10 de abril de 2012

Textos de autoria do Prof. Paulo César para o Jornal Desafio em 2002, entre eles destaca-se o sobre a morte do ex-Prefeito Tião Oliveira


D. Gritos, 27 anos de um sonho que terminou em tragédia

Paulo Cesar

Navegantes (Camilo Melo/Ricardo Rocha)

Nós mudamos a dimensão daquilo que restou
Da lembrança de um lírio que brilhou
Pra dar ao verde o verde que se acabou
E pelo homem que foi e não voltou
E por nós mesmos, quando ninguém chorou.
E o eco gritado de uma voz
A razão torturada por todos nós
Aqui a esperar.

Se navegamos tanto sem parar
Não é motivo pra desistir
Ficar aqui e não lutar
Se nós lutamos tanto sem ganhar
Não é motivo pra desistir
Esse é um jogo que não pode parar.

E nós chegamos a desvendar todo o mistério
De uma batalha que ninguém vai ganhar
E de uma árvore que nunca vão derrubar.
E se o negro das idéias nos caçar
Nos desculpem mas não vamos nos calar.

E o eco gritado de uma voz
A razão torturada por todos nós
Aqui a esperar.

Se navegamos tanto sem parar
Não é motivo pra desistir
Ficar aqui e não lutar
Se nós lutamos tanto sem ganhar
Não é motivo pra desistir
Esse é um jogo que não pode parar.
D'Gritos em sua terceira formação

Há 27 anos surgiu em Serra Talhada um grupo que revolucionou o cenário musical do interior de Pernambuco e do Nordeste, era a banda D. Gritos, formada por jovens serratalhadenses, eles quebram tabus e superam preconceitos culturais e sociais que predominavam na época. Com letras fortes e autênticas eles conquistaram a juventude da época.

Foram três discos gravados, sendo que apenas um foi lançado, Barriga de Rei, os outros foram Traumas e Navegantes. Mesmo sem apoio financeiro, a banda D.Gritos conseguiu vencer o Festival de Música Popular em Salgueiro, realizar shows em varias cidades de Pernambuco, Paraíba, Ceará e outros estados do Nordeste.

O sucesso obtido com músicas como “Escravos de Ninguém (Porra)”, “Loucos (Mayra)” e “Barriga de Rei” proporcionou ao grupo apresentações em emissoras de TV em Recife-PE e em Campina Grande-PB, além de matérias em jornais de grande circulação como o Diário de Pernambuco.

Os D. Gritos conseguiram ao longo do tempo escrever uma história muito peculiar, algo intenso e marcante, tanto no contexto musical regional, onde há uma preferência pelo forró, como pelas atitudes e as letras extremamente politizadas de Camilo Melo e Ricardo Rocha. Eles cantavam em alto bom tom: “Deixe o trem passar. Não arranquem os trilhos”(Grilos), era uma forma de expressar a vontade em conseguir o almejado reconhecimento e o sucesso a nível nacional.

A banda liderada por Camilo Melo, Ricardo Rocha, Jorge Stanley e que contou com a participação de outros integrantes como Cleóbulo Ignácio (Binga), Jairo Ferreira, Doda, Noreoba, Toinho Harmonia, Paulo Rastafári, Nilsinho, Gisleno Sá, César Rasec, Derivan Calado e Elton Mourato, construiu em pouco mais de oito anos um legando musical inigualável, uma história para ser registrada e nunca mais esquecida!

Um dos grandes destaques da banda foi à parceira musical de Camilo e Ricardo, juntos compuseram várias músicas de sucesso, sendo que a última, “Homem Pó”, foi um prenúncio da fatalidade que marcou a história do grupo.

Homem Pó (Camilo Melo/Ricardo Rocha)


Sentado estava o homem
Pensando e observando ao seu redor
Viu que havia medo
E as pessoas e seus segredos
Não estavam sós.

E procurava...
Mesmo com as armadilhas sob o pó.

Pó que cobre a terra
Terra que engole homens
Homens que se matam sem dó.

Vidas que nasciam
Vidas que morriam
Vidas que apenas se escondiam.

Veja seus filhos
Que criarão os seus filhos
Filhos de um homem que morre
Veja seus netos
Que criarão os seus netos
Netos de um homem que morre.

Em pé ficou o homem
Lembrou que há vários dias estava ali
Lembrou de seus três filhos em casa esperando
Pelo pai, homem sentado, que morre.

Correu desesperado
Não sabia onde morava
O nome de seus três filhos esqueceu.

E quase maluco
Em seus últimos minutos
Olhou pra terra e viu que era pó.

Veja seus filhos
Veja seus netos.

A música é inédita mais pode ser encontrada na internet: http://palcomp3.com/camilomelo/#!/homem-po



Trajetória interrompida

A trajetória de sucesso da banda foi interrompida de forma trágica em 29 de agosto de 1993, quando realizavam o show de abertura da Festa de Setembro e de forma inesperada veio a falecer Ricardo Rocha com apenas vinte e três anos. A melhor narração dos fatos ocorridos naquela noite foi feita por Giovanni Sá, de forma poética e emocionada ele escreveu:

“O show transcorria na mais profunda relação de amor com o público. Já se passava um pouco mais da meia-noite, depois de dedicar uma canção carinhosa a um amigo que partira sem retorno, ao som da canção NAVEGANTES, “o menino maluquinho” caía no palco pra não mais se levantar e decretava ali a sua IMORTALIDADE. O companheiro Ricardo Rocha, tombava sob a luz dos holofotes coloridos e os aplausos de um público apaixonado, no meio dos seus companheiros inseparados. A BANDA D’GRITOS emudecia atônica, era difícil acreditar. A vida que levava sempre era cheia de desafios, afinal, ser músico em Serra Talhada nunca foi fácil.

Aquela madrugada será inesquecivel, por ser perfeita e tão belo, aquele show, alguem assistia ao show do “menino maluquinho”. Tamanha beleza e alegria tinham que ser divididas entre os mortais e as estrelas, que com certeza, acabaram de receber mais uma nessa imensa cosntelação de estrelas.” (Trechos do TRIBUTO AO COMPANHEIRO “Crônica do Show Anuciado”, Jornal Desafio, setembro de 1993).

Com a morte de Ricardo chegou ao fim os D.Gritos, a maior banda de rock pop do interior pernambucano, era o fim de um sonho de jovens sertanejos que encontraram na música uma forma de se expressar, demosntrando as suas revoltas, suas frutações e ilusões. Porém musical da banda venceu o tempo, e uma prova disso é que elas continuam sendo executadas diariamente em rádios de todo o interior nordestino.

Em 2010 a Prefeitura Municipal e a Fundanção Casa da Cultura promoveram um Tributo a Banda D.Gritos, pela primeira vez em mais de dezessete anos alguns ex-integrantes do grupo (Camilo Melo, Jorge Stanley, Gisleno Sá, Cesar Rasec e Nilsinho) voltaram ao palco e a som de “Escravos de Ninguem (Porra)” fizeram uma viagem no tempo. O destino de forma irônica colocou todos juntos no mesmo local onde ocorreu a tragedia com Ricardo Rocha.

O reencontro histórico da banda D.Gritos só veio a comprovar que “eles mudaram a dimenssão daquilo que restou”, que eles são “o lirio que brilhou” e que o “eco gritado de uma voz” continua navegando pelo tempo, como se fosse uma eterna melodia!



Vídeos da banda no youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=_hpr2o3txL0&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=tPXQyKbtn1Q&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=nDk9oN0z_dc&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=GPsKkczxM-g&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=xB5qgXrvhe0&feature=endscreen&NR=1


P.S.: Esses um esboço de um trabalho de pesquisa que estou desenvolvendo sobre a Banda D.Gritos, as pessoas que quiserem contribuir com informações, histórias, fatos inusitados, depoimentos, recortes de jornais, fotos e vídeos da banda podem enviar para o e-mail pcgomes-st@bol.com.br


*Paulo César é professor e especialista em História Geral



2ª Formação


Acima, 1ª Formação da banda

Festival de Música de Salgueiro

 
Fotos do acervo pessoal de Camilo Melo

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Serrinha, um retrato do descaso e oportunismo político

A Barragem de Serrinha é um intrigante caso no qual se verifica o descaso com a aplicação do dinheiro público em obras faraônicas. A obra que tive o seu inicio no final da década de 1950 e foi inaugurada em 1996, mesmo não estando concluída, vem sendo ressuscitada a cada eleição, apenas com objetivo explícito de angariar votos dos inocentes eleitores locais.
A Barragem de Serrinha tinha tudo pra ser uma obra propulsora do desenvolvimento econômico e social da região do alto Pajeu, com a implantação de projetos nas áreas da agricultura irrigada e pesca, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida de centenas de famílias.
O problema é que a obra foi e continua sendo usada como uma plataforma política eleitoreira, nada é feito de concreto para que águas do seu reservatório sejam efetivamente utilizadas. Vários são os factoides criados em torno da alocação de recursos federais para a efetivação de projetos no entorno do açude. Para não sair da rotina, o tema voltou a ser lembrando agora em 2012, são as velhas promessas políticas que recheiam o eterno discurso do deputado Inocêncio Oliveira, provavelmente quem mais se beneficiou politicamente com as idas e vindas da emblemática obra.
Nessa história os maiores prejudicados são os agricultores ribeirinhos e a população em geral, pois acabam perdendo uma importante ferramenta para o desenvolvimento da região. Por outro lado, os nossos políticos se deleitam com a lentidão e o descaso dos órgãos públicos federais, que de forma singular ignoram o fato de que em pleno sertão nordestino existe uma barragem com um grande volume de água e que não é praticamente usada.
Essa situação só vem a comprovar que o fenômeno da seca não é o responsável pelo atraso econômico do Nordeste, os verdadeiros responsáveis são nossos gloriosos e eternos “coronéis”, que assistem de camarote a desgraça econômica, social e cultural da maioria da nossa sociedade que é formada por inúmeros excluídos que habitam o campo e a cidade.

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito
Publicado em 03 de abril de 2012 pelo site Farol de Notícias de Serra Talhada

quarta-feira, 28 de março de 2012

O que falta para o entreposto da Trasnordestina em ST?

Durante a semana passada foi anunciado pela aliança Transnordestina Logística S.A e Odebrecht Infraestrutura, que os trabalhos de montagem da superestrutura da Ferrovia Transnordestina em de Serra Talhada começam no próximo dia 10 de abril. Essa notícia comprova que as obras da ferrovia continuam a todo vapor, porém uma pergunta fica no ar: e o entreposto vai ou não vai ser construído em Serra Talhada?
Essa discussão sobre o entreposto foi levantada em 2010 quando o vereador Zé Pereira apresentou um requerimento, que foi subescrito e aprovado por todos os vereadores, solicitando do Ministério da Integração Nacional e da Casa Civil, a inclusão de um entreposto em Serra Talhada, no projeto de construção da Transnordestina. Cópias do requerimento foram enviadas para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (o cargo era ocupado na época pelo atual ministro Fernando Bezerra Coelho) e para os Deputados Federais Inocêncio Oliveira, Pedro Eugênio, Fernando Ferro, Mauricio Rands (atualmente ele é Secretário de Estado), Gonzaga Patriota, Fernando Bezerra Filho e Armando Monteiro Neto (atualmente ele é Senador da República).
Paralelamente foi realizado um abaixo-assinado e uma reunião entre a construtora Odebrecht, a CDL, Câmara de Vereadores e a Prefeitura Municipal, na ocasião se discutiu a viabilidade da construção de um entreposto na cidade, tanto do ponto de vista estrutural do projeto como a importância para economia local e para todo o vale Pajeu. A discussão parecia que estava andando, porém, passados mais de dois anos, o assunto caiu no esquecimento. Vários outros projetos de menor, maior ou igual importância entraram na pauta política, desde a retomada de projetos na Barragem de Serrinha, passando pela Faculdade de Medicina, até chegar na ampliação do Aeroporto. Todos esses projetos são importantes, sendo que o único que está em andamento é o da obra da Transnodestina.
Então, diante dessa situação, é preciso que as atenções se voltem para a construção do entreposto, para esse a reivindicação seja concretizada, porque se ela não for incluída agora no projeto, provavelmente não teremos outra oportunidade e certamente ficaremos apenas a ver o trem. Em um momento em que se promove um verdadeiro carnaval somente para que seja feita a assinatura de uma ordem de serviço, e que audiências e mais audiências são realizadas de Recife a Brasília, apenas para gera fatos políticos, sendo que a sua maioria não passam de factoides, poderíamos aproveitar o momento para conseguirmos algo real e material, que beneficiaria não só a nossa população, mas também dezenas de cidades da região.
O que nos deixa em dúvida é se o problema para que a construção do entreposto seja realizado é por questões geográficas (o relevo ou a hidrografia da região), por falta de verbas, ou na verdade falta é vontade política? Caso seja vontade política, só resta a indignação e revolta contra os nossos gloriosos e onipresentes líderes políticos. Ao que parece o prestígio dos nossos políticos é equivalente à força de vontade que eles tem em resolver os problemas concretos, reais e urgentes que a nossa cidade tanto precisa.
*Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 27 de março de 2012.

domingo, 25 de março de 2012

Em Triunfo Prefeitura e UFRPE estão monitorando mortes de peixes no lago central

A Prefeitura Municipal de Triunfo, preocupada com a mortalidade de peixes no Lago João Barbosa Sitônio, está tomando as devidas providência junto a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), através dos professores doutores gerentes do departamento do curso de engenharia de pesca e recursos pesqueiros da Universidade, Ugo Lima e Elton França, que estiveram na localidade recolhendo alguns deles para análise.

No último dia 22 de março, estiveram de volta à Triunfo para realizar, em um barco, o monitorameto de 24h com o objetivo de observar a qualidade da água, do oxigênio, do PH e da temperatura, além da coleta da mostra biológica para análise de fitoplancton e zooplancton.

Agora, alunos triunfenses do curso de engenharia de pesca farão parte do monitoramento. Também será firmado um convênio entre a UFRPE e a Prefeitura de Triunfo para ações prolongadas e diferenciadas do monitoramento biomunológico. O Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP) está sendo contatado para apoiar o projeto

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dois toques sobre CMDRS, Carlos Evandro, Sebastião e Augusto

Os efeitos eleitorais das denuncias contra o CMDRS e da rejeição das contas do prefeito Carlos Evandro:

Um debate tem sido travado por alguns observadores políticos locais, de quais seriam os efeitos das denúncias envolvendo o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e a rejeição das contas do Prefeito Carlos Evandro no desempenho eleitoral do pré-candidato a prefeito Luciano Duque (PT). Pelo equilíbrio que o petista vem mantendo e o ritmo de atividades que estão a todo vapor, e mesmo o “fogo intenso” da oposição não tendo cessado, é possível dizer que os últimos acontecimentos não abalaram o seu desempenho nas pesquisas, mas é importante ressaltar que é preciso clarear melhor a cabeça da população sobre essas questões tão polêmicas.
Por outro lado, o pré-candidato pelo PR, Sebastião Oliveira tem intensificado suas visitas à zona rural da cidade e entrevistas semanais as emissoras de rádio, principalmente as de propriedade do seu primo, o deputado Inocêncio Oliveira. O republicano também têm mantido contatos com empresários e lideranças religiosas locais, isso pode demonstrar que o pré-candidato, encontra-se com fragilidades em alguns setores, como por exemplo, na zona rural e entre seguimentos sociais que contribuem para formação da opinião do eleitorado.
Pelo andar da carruagem é possível dizer que os números que envolvem os principais protagonistas do processo eleitoral pouco mudaram do final de 2011 para cá. Esse contexto comprova uma característica que vem norteando a maioria das últimas eleições em diversos locais do país, o de que as campanhas mais agressivas não são bem vistas pela população, mesmo que em muitos casos, as denuncias do ponto de vista político e ético sejam necessárias. Em muitos casos o eleitorado está votando em campanhas propositivas e que se desenvolvem sem ataques e sem agressões.

O dilema de Augusto

A pouco mais de um ano Augusto César não tinha se quer um nome para lançar como pré-candidato do PTB para disputar a prefeitura, em vários momentos cogitou-se a possibilidade do mesmo indicar a vice do possível nome do PT. Porém com a saída de Dr. Fonseca do PT, e consequentemente a sua filiação ao PTB, o grupo de Augusto César entrou no jogo.
Mas como a política é um processo dinâmico e mutável, os diversos cenários criados fizeram com que o líder petebista ficasse em uma verdadeira “sinuca de bico”. O parlamentar sabe que pode decidir a eleição para o lado de Luciano Duque (PT) ou para o de Sebastião Oliveira (PR), mas para isso teria que abdicar da candidatura própria de Dr. Fonseca, correr o risco de rachar o seu grupo e ainda se deparar com antigos e novos desafetos.
De um lado (Luciano Duque) irá reencontrar Carlos Evandro, que foi seu vice-prefeito entre 1993-1996 e que rompeu com Augusto no final do mandato. Do outro lado (Sebastião Oliveira) irá reencontrar o seu velho companheiro de jornadas, o ex-prefeito Geni Pereira, os dois foram aliados por quase duas décadas, acabaram rompendo a pouco mais de dois anos. O mais surpreendente será ver Augusto César no mesmo palanque do Dep. Inocêncio Oliveira, já que o petebista construiu sua carreira política tendo o republicano com principal adversário.
O dilema de Augusto poderá chegar ao fim se for confirmado o convite do Senador Armando Monteiro ao prefeito Carlos Evandro para se filiar ao PTB e o mesmo aceite, dessa forma o deputado acabaria apoiando Luciano Duque que é o candidato do prefeito. Pelo jeito muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte petebista.

A pergunta que não quer calar: Quando será que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral começarão a agir no sentido de coibir as campanhas eleitorais antecipadas?

*Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 19 de março de 2012.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Um breve olhar sobre a maior eleição da história de Serra

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando e Direito

 Os eleitores e as eleitoras mais atentos e atentas, estão vivenciados a cada dia, a cada hora, como se fosse um reality show, a maior eleição de todos os tempos. O ano de 2012 definitiva já está na história, não só pela profecia da civilização Maia sobre o fim do mundo, mas principalmente pela eleição municipal que se aproxima.
Essa não será uma simples eleição, não escolheremos apenas um novo prefeito, votaremos para escolher entre “o novo e o velho”. Votaremos para ratificar o poderio político do Dep. Inocêncio Oliveira ou pelo surgimento de um novo grupo político, que poderá ser personificado no candidato do PT. De um lado quase 40 anos de política e do outro, uma aliança entre um seguimento que rompeu com o Deputado e um partido que há décadas sonha em governar a segunda maior cidade do sertão pernambucano.
Nesse embate, o nome do Governador do Estado será usado de um lado e do outro, o da Presidenta da República. O Governador sonha com o Planalto e o partido da Presidente sonha em não sair de lá. Sendo assim a eleição em Serra Talhada é mais importante do que se imagina, ela faz parte de um jogo em que os principais interessados não estão apenas dentro, mas também fora do município. Em nenhuma outra cidade do interior de Pernambuco o processo pré-eleitoral é tão intenso e dinâmico como em nossa cidade. A cada dia uma nova surpresa, um novo fato! Declarações de lideranças políticas são feitas em vários veículos de comunicação, seja aqui, ou na capital, de vereador a senador da República, o assunto é o mesmo, a sucessão municipal na terra de Lampião.
Estaremos próximos de ver umas das maiores vitoria do Dep. Inocêncio Oliveira ou uma das suas maiores derrota? O Dep. Augusto César se tornará aliado do seu maior adversário ou seguirá caminho próprio como mero coadjuvante? A aliança Carlos Evandro, Luciano Duque e o PT poderá se concretizar em nova força política na cidade? E as perguntas não param por ai, será que o MCC, Marquinhos Dantas e Dr. Fonseca conseguiram demonstrar o seu potencial e sairão fortalecidos desse pleito?. Nada é mais lúcido nessa conjuntura do que espera os acontecimentos, porque nada está definido, mesmo que muitas coisas já estejam encaminhadas, muitos fatos ainda surgiram até o dia último prazo para a realização das convenções, ou quem sabe durante a campanha eleitoral, e porque não dizer no dia da eleição, 07 de outubro, até lá só nos resta acompanhar os blogs, os sites de notícias, os jornais e os programas de rádios.
Porém, é importante ressaltar que é preciso que alguns métodos antigos sejam deixados de lados, como por exemplo, a intimidação, a perseguição, as ameaças…. Essa eleição não pode e não deve entrar pra História pela prática da política de baixo nível, pelas calunias, por a utilização de instrumentos que manchem a moral e a ética da nossa sociedade. Mas vale lembrar para aqueles que insistirem em fazer o jogo sujo, que o povo não vota em quem é hipócrita ou em quem estimula a violência, ela vota em quem prega a paz e a harmonia, e não maioria das vezes naquele que é perseguido e difamado. Para refrescarmos a memória, é só nos lembramos da vitoria histórica da esperança sobre o medo, ou seja, nem tudo se vence pela força, em muitos momentos precisamos usarmos a inteligência e o bom senso!
Aproveito a oportunidade para agradecer a todos àqueles que apreciam os meus textos e também a todos aqueles que detestam. A democracia e a liberdade de expressão são praticadas dessa forma, alguns dão à cara a tapa, enquanto outros se escondem em meio a sua insignificância.

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 12 de março de 2012.

quinta-feira, 8 de março de 2012

As lideranças políticas de Serra Talhada chegaram ao fundo do poço

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Os últimos acontecimentos revelaram na sua plenitude o nível de visão e de amadurecimento das nossas principais lideranças políticas. Infelizmente elas chegaram ao fundo poço! Não chegaram a esse estágio porque estejam fazendo denúncias ou apenas se defendendo de ataques e críticas, chegaram a esse ponto porque são egocêntricos e personalistas. A nossa cidade vive um dos piores momentos no que se refere à política, pois ela é praticando da pior forma possível, com muita baixaria, acusações de todos os lados, intimidação, perseguição, e o pior de tudo, o estímulo a violência.
Imagine as pessoas que foram adotadas por nossa cidade, os nossos conterrâneos que estão em outras cidades, os jovens, as crianças, os idosos, enfim, todos aqueles que diariamente são obrigados a ver e ouvir uma enxurrada de declarações inoportunas que são publicadas em blogs e em rádios locais, todos devem estar sentido vergonha por todo esse circo montado as véspera de um momento tão importante como o das eleições municipais. Um momento que deveria ser uma exaltação a democracia, a liberdade, está preste-se a se torna uma guerra, isso porque alguns que visam apenas interesses pessoais travam uma disputa pelo poder, exclusivamente pelo poder…
Eles não estão preocupados em apresentar ou debater projetos que venham a desenvolver a cidade, preferem o confronto no campo pessoal, dessa forma acabam ignorando o desejo do nosso povo de viver em paz. O curioso disso tudo é que até pouco tempo alguns eram aliados fieis e outros eram adversários históricos, e agora guerreiam em lados opostos, talvez essa metamorfose política seja uns dos ingredientes que possa explicar como esse mar de lama tomou conta da política de Serra Talhada.
Porém, é bom ressaltar que se toda essa metamorfose ocorreu em tão pouco tempo, é possível que logo logo novas mudanças ocorram, com novos objetivos e novas intrigas. Para nossos políticos nada é impossível, afinal de conta eles são mestres na arte da hipocrisia e da demagogia. Por outro lado é importante que a impressa exerça seu papel de informar ouvindo sempre todos os lados, sem se esquecer de que nem só de sensacionalismo vive a notícia, é necessário que se construa pautas construtivas e positivas.
Nesse processo é preciso também que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público comecem a agir no sentido de impedir as campanhas antecipadas, pois elas acontecem abertamente e sem nenhum controle. Mas não podemos esquecer de chamar a responsabilidade todas as nossas lideranças políticas, para que os mesmo procurem acalmar as suas respectivas militâncias, porque do contrário o germe da discórdia irá contaminar mais pessoas. A liderança que não pecar por omissão e por não tentar buscar elevar o debate, acabará pecando por estimular o confronto e a violência.
Nesse momento é preciso esquecer os sonhos e os desejos individuais, é preciso pensar no bem estar da população, em uma campanha limpa, em uma disputa política saudável, em um confronto de ideias, enfim, em uma Serra Talhada desenvolvida, com paz e harmonia!

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 04 de março de 2012.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Uso do dinheiro público para fins particulares



A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantindo a aplicabilidade da Lei do Ficha Limpa para as eleições deste ano, significou um avanço no sentido de banir do cenário eleitoral os políticos que administraram ou administram de forma danosa o erário público.
Infelizmente a Lei foi alterada em seu texto original, por parlamentares que se preocuparam mais em legislar em causa própria do que a atender ao um pedido da sociedade. O movimento popular pela aprovação da Lei do Ficha Limpa espalhou-se em todo o território nacional, levando o debate em torno do combate a corrupção, algo só visto no “Fora Collor”.
Segundo dados de órgãos internacionais, o Brasil é um dos países em que se verifica o maior número de episódios comprovados de corrupção, isso nos leva a crê que os nossos políticos confundem, em muitos casos, o público com o privado. Então estaria ai origem de todo o mal? Será que construir uma cascata fabulosa, um castelo ou o usar dinheiro público em passeios familiares e em farras em motéis, não seriam formas de usar “o público” para fins particulares?
Na verdade a criatividade dos nossos políticos é algo digno de filmes “hollywoodianos”, já se escondeu dinheiro em cueca e em meias, até apostas em jogos da loteria federal foram usados como forma de lavar dinheiro de origem ilícita. Sendo assim concluirmos que a Lei do Ficha Limpa logo será ultrapassada, que novos métodos pra se desviar verbas públicas serão criados, e que novamente a população irá se manifestar de forma veemente para que a guerra de combate à corrupção não seja em vão.
O problema não é só o fato de que as leis no Brasil não são cumpridas pelas elites e pelos políticos, o grande desafio está no fato de que a nossa população ainda não aprendeu a votar, isso se comprova quando verificamos que Paulo Maluf, Jáder Barbalho, Fernando Collor e tantos outros envolvidos em escândalos de corrupção, ainda coseguem se eleger e se mantém no topo da elite política, ou seja, a Lei é dura, mas o voto não!

Paulo César, professor especialista em História Geral

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...