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domingo, 25 de março de 2012

Em Triunfo Prefeitura e UFRPE estão monitorando mortes de peixes no lago central

A Prefeitura Municipal de Triunfo, preocupada com a mortalidade de peixes no Lago João Barbosa Sitônio, está tomando as devidas providência junto a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), através dos professores doutores gerentes do departamento do curso de engenharia de pesca e recursos pesqueiros da Universidade, Ugo Lima e Elton França, que estiveram na localidade recolhendo alguns deles para análise.

No último dia 22 de março, estiveram de volta à Triunfo para realizar, em um barco, o monitorameto de 24h com o objetivo de observar a qualidade da água, do oxigênio, do PH e da temperatura, além da coleta da mostra biológica para análise de fitoplancton e zooplancton.

Agora, alunos triunfenses do curso de engenharia de pesca farão parte do monitoramento. Também será firmado um convênio entre a UFRPE e a Prefeitura de Triunfo para ações prolongadas e diferenciadas do monitoramento biomunológico. O Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP) está sendo contatado para apoiar o projeto

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dois toques sobre CMDRS, Carlos Evandro, Sebastião e Augusto

Os efeitos eleitorais das denuncias contra o CMDRS e da rejeição das contas do prefeito Carlos Evandro:

Um debate tem sido travado por alguns observadores políticos locais, de quais seriam os efeitos das denúncias envolvendo o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e a rejeição das contas do Prefeito Carlos Evandro no desempenho eleitoral do pré-candidato a prefeito Luciano Duque (PT). Pelo equilíbrio que o petista vem mantendo e o ritmo de atividades que estão a todo vapor, e mesmo o “fogo intenso” da oposição não tendo cessado, é possível dizer que os últimos acontecimentos não abalaram o seu desempenho nas pesquisas, mas é importante ressaltar que é preciso clarear melhor a cabeça da população sobre essas questões tão polêmicas.
Por outro lado, o pré-candidato pelo PR, Sebastião Oliveira tem intensificado suas visitas à zona rural da cidade e entrevistas semanais as emissoras de rádio, principalmente as de propriedade do seu primo, o deputado Inocêncio Oliveira. O republicano também têm mantido contatos com empresários e lideranças religiosas locais, isso pode demonstrar que o pré-candidato, encontra-se com fragilidades em alguns setores, como por exemplo, na zona rural e entre seguimentos sociais que contribuem para formação da opinião do eleitorado.
Pelo andar da carruagem é possível dizer que os números que envolvem os principais protagonistas do processo eleitoral pouco mudaram do final de 2011 para cá. Esse contexto comprova uma característica que vem norteando a maioria das últimas eleições em diversos locais do país, o de que as campanhas mais agressivas não são bem vistas pela população, mesmo que em muitos casos, as denuncias do ponto de vista político e ético sejam necessárias. Em muitos casos o eleitorado está votando em campanhas propositivas e que se desenvolvem sem ataques e sem agressões.

O dilema de Augusto

A pouco mais de um ano Augusto César não tinha se quer um nome para lançar como pré-candidato do PTB para disputar a prefeitura, em vários momentos cogitou-se a possibilidade do mesmo indicar a vice do possível nome do PT. Porém com a saída de Dr. Fonseca do PT, e consequentemente a sua filiação ao PTB, o grupo de Augusto César entrou no jogo.
Mas como a política é um processo dinâmico e mutável, os diversos cenários criados fizeram com que o líder petebista ficasse em uma verdadeira “sinuca de bico”. O parlamentar sabe que pode decidir a eleição para o lado de Luciano Duque (PT) ou para o de Sebastião Oliveira (PR), mas para isso teria que abdicar da candidatura própria de Dr. Fonseca, correr o risco de rachar o seu grupo e ainda se deparar com antigos e novos desafetos.
De um lado (Luciano Duque) irá reencontrar Carlos Evandro, que foi seu vice-prefeito entre 1993-1996 e que rompeu com Augusto no final do mandato. Do outro lado (Sebastião Oliveira) irá reencontrar o seu velho companheiro de jornadas, o ex-prefeito Geni Pereira, os dois foram aliados por quase duas décadas, acabaram rompendo a pouco mais de dois anos. O mais surpreendente será ver Augusto César no mesmo palanque do Dep. Inocêncio Oliveira, já que o petebista construiu sua carreira política tendo o republicano com principal adversário.
O dilema de Augusto poderá chegar ao fim se for confirmado o convite do Senador Armando Monteiro ao prefeito Carlos Evandro para se filiar ao PTB e o mesmo aceite, dessa forma o deputado acabaria apoiando Luciano Duque que é o candidato do prefeito. Pelo jeito muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte petebista.

A pergunta que não quer calar: Quando será que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral começarão a agir no sentido de coibir as campanhas eleitorais antecipadas?

*Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 19 de março de 2012.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Um breve olhar sobre a maior eleição da história de Serra

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando e Direito

 Os eleitores e as eleitoras mais atentos e atentas, estão vivenciados a cada dia, a cada hora, como se fosse um reality show, a maior eleição de todos os tempos. O ano de 2012 definitiva já está na história, não só pela profecia da civilização Maia sobre o fim do mundo, mas principalmente pela eleição municipal que se aproxima.
Essa não será uma simples eleição, não escolheremos apenas um novo prefeito, votaremos para escolher entre “o novo e o velho”. Votaremos para ratificar o poderio político do Dep. Inocêncio Oliveira ou pelo surgimento de um novo grupo político, que poderá ser personificado no candidato do PT. De um lado quase 40 anos de política e do outro, uma aliança entre um seguimento que rompeu com o Deputado e um partido que há décadas sonha em governar a segunda maior cidade do sertão pernambucano.
Nesse embate, o nome do Governador do Estado será usado de um lado e do outro, o da Presidenta da República. O Governador sonha com o Planalto e o partido da Presidente sonha em não sair de lá. Sendo assim a eleição em Serra Talhada é mais importante do que se imagina, ela faz parte de um jogo em que os principais interessados não estão apenas dentro, mas também fora do município. Em nenhuma outra cidade do interior de Pernambuco o processo pré-eleitoral é tão intenso e dinâmico como em nossa cidade. A cada dia uma nova surpresa, um novo fato! Declarações de lideranças políticas são feitas em vários veículos de comunicação, seja aqui, ou na capital, de vereador a senador da República, o assunto é o mesmo, a sucessão municipal na terra de Lampião.
Estaremos próximos de ver umas das maiores vitoria do Dep. Inocêncio Oliveira ou uma das suas maiores derrota? O Dep. Augusto César se tornará aliado do seu maior adversário ou seguirá caminho próprio como mero coadjuvante? A aliança Carlos Evandro, Luciano Duque e o PT poderá se concretizar em nova força política na cidade? E as perguntas não param por ai, será que o MCC, Marquinhos Dantas e Dr. Fonseca conseguiram demonstrar o seu potencial e sairão fortalecidos desse pleito?. Nada é mais lúcido nessa conjuntura do que espera os acontecimentos, porque nada está definido, mesmo que muitas coisas já estejam encaminhadas, muitos fatos ainda surgiram até o dia último prazo para a realização das convenções, ou quem sabe durante a campanha eleitoral, e porque não dizer no dia da eleição, 07 de outubro, até lá só nos resta acompanhar os blogs, os sites de notícias, os jornais e os programas de rádios.
Porém, é importante ressaltar que é preciso que alguns métodos antigos sejam deixados de lados, como por exemplo, a intimidação, a perseguição, as ameaças…. Essa eleição não pode e não deve entrar pra História pela prática da política de baixo nível, pelas calunias, por a utilização de instrumentos que manchem a moral e a ética da nossa sociedade. Mas vale lembrar para aqueles que insistirem em fazer o jogo sujo, que o povo não vota em quem é hipócrita ou em quem estimula a violência, ela vota em quem prega a paz e a harmonia, e não maioria das vezes naquele que é perseguido e difamado. Para refrescarmos a memória, é só nos lembramos da vitoria histórica da esperança sobre o medo, ou seja, nem tudo se vence pela força, em muitos momentos precisamos usarmos a inteligência e o bom senso!
Aproveito a oportunidade para agradecer a todos àqueles que apreciam os meus textos e também a todos aqueles que detestam. A democracia e a liberdade de expressão são praticadas dessa forma, alguns dão à cara a tapa, enquanto outros se escondem em meio a sua insignificância.

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 12 de março de 2012.

quinta-feira, 8 de março de 2012

As lideranças políticas de Serra Talhada chegaram ao fundo do poço

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Os últimos acontecimentos revelaram na sua plenitude o nível de visão e de amadurecimento das nossas principais lideranças políticas. Infelizmente elas chegaram ao fundo poço! Não chegaram a esse estágio porque estejam fazendo denúncias ou apenas se defendendo de ataques e críticas, chegaram a esse ponto porque são egocêntricos e personalistas. A nossa cidade vive um dos piores momentos no que se refere à política, pois ela é praticando da pior forma possível, com muita baixaria, acusações de todos os lados, intimidação, perseguição, e o pior de tudo, o estímulo a violência.
Imagine as pessoas que foram adotadas por nossa cidade, os nossos conterrâneos que estão em outras cidades, os jovens, as crianças, os idosos, enfim, todos aqueles que diariamente são obrigados a ver e ouvir uma enxurrada de declarações inoportunas que são publicadas em blogs e em rádios locais, todos devem estar sentido vergonha por todo esse circo montado as véspera de um momento tão importante como o das eleições municipais. Um momento que deveria ser uma exaltação a democracia, a liberdade, está preste-se a se torna uma guerra, isso porque alguns que visam apenas interesses pessoais travam uma disputa pelo poder, exclusivamente pelo poder…
Eles não estão preocupados em apresentar ou debater projetos que venham a desenvolver a cidade, preferem o confronto no campo pessoal, dessa forma acabam ignorando o desejo do nosso povo de viver em paz. O curioso disso tudo é que até pouco tempo alguns eram aliados fieis e outros eram adversários históricos, e agora guerreiam em lados opostos, talvez essa metamorfose política seja uns dos ingredientes que possa explicar como esse mar de lama tomou conta da política de Serra Talhada.
Porém, é bom ressaltar que se toda essa metamorfose ocorreu em tão pouco tempo, é possível que logo logo novas mudanças ocorram, com novos objetivos e novas intrigas. Para nossos políticos nada é impossível, afinal de conta eles são mestres na arte da hipocrisia e da demagogia. Por outro lado é importante que a impressa exerça seu papel de informar ouvindo sempre todos os lados, sem se esquecer de que nem só de sensacionalismo vive a notícia, é necessário que se construa pautas construtivas e positivas.
Nesse processo é preciso também que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público comecem a agir no sentido de impedir as campanhas antecipadas, pois elas acontecem abertamente e sem nenhum controle. Mas não podemos esquecer de chamar a responsabilidade todas as nossas lideranças políticas, para que os mesmo procurem acalmar as suas respectivas militâncias, porque do contrário o germe da discórdia irá contaminar mais pessoas. A liderança que não pecar por omissão e por não tentar buscar elevar o debate, acabará pecando por estimular o confronto e a violência.
Nesse momento é preciso esquecer os sonhos e os desejos individuais, é preciso pensar no bem estar da população, em uma campanha limpa, em uma disputa política saudável, em um confronto de ideias, enfim, em uma Serra Talhada desenvolvida, com paz e harmonia!

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 04 de março de 2012.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Uso do dinheiro público para fins particulares



A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantindo a aplicabilidade da Lei do Ficha Limpa para as eleições deste ano, significou um avanço no sentido de banir do cenário eleitoral os políticos que administraram ou administram de forma danosa o erário público.
Infelizmente a Lei foi alterada em seu texto original, por parlamentares que se preocuparam mais em legislar em causa própria do que a atender ao um pedido da sociedade. O movimento popular pela aprovação da Lei do Ficha Limpa espalhou-se em todo o território nacional, levando o debate em torno do combate a corrupção, algo só visto no “Fora Collor”.
Segundo dados de órgãos internacionais, o Brasil é um dos países em que se verifica o maior número de episódios comprovados de corrupção, isso nos leva a crê que os nossos políticos confundem, em muitos casos, o público com o privado. Então estaria ai origem de todo o mal? Será que construir uma cascata fabulosa, um castelo ou o usar dinheiro público em passeios familiares e em farras em motéis, não seriam formas de usar “o público” para fins particulares?
Na verdade a criatividade dos nossos políticos é algo digno de filmes “hollywoodianos”, já se escondeu dinheiro em cueca e em meias, até apostas em jogos da loteria federal foram usados como forma de lavar dinheiro de origem ilícita. Sendo assim concluirmos que a Lei do Ficha Limpa logo será ultrapassada, que novos métodos pra se desviar verbas públicas serão criados, e que novamente a população irá se manifestar de forma veemente para que a guerra de combate à corrupção não seja em vão.
O problema não é só o fato de que as leis no Brasil não são cumpridas pelas elites e pelos políticos, o grande desafio está no fato de que a nossa população ainda não aprendeu a votar, isso se comprova quando verificamos que Paulo Maluf, Jáder Barbalho, Fernando Collor e tantos outros envolvidos em escândalos de corrupção, ainda coseguem se eleger e se mantém no topo da elite política, ou seja, a Lei é dura, mas o voto não!

Paulo César, professor especialista em História Geral

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Professores denunciam esquema de “gestão-panelinha” em escolas do Estado

Por Giovanni Sá

Mais um fiasco do Governo do Estado vem provocando desconforto em pais, alunos e professores serra-talhadenses. O Processo de Eleições Diretas (PED) para as escolas públicas estaduais não funciona desde 2005, criando espécies de gestões vitalícias na administração de centros educacionais na Capital do Xaxado.
O governador Eduardo Campos (PSB) substituiu a prática democrática da escolha dos diretores escolares através do voto pela indicação. O resultado foi imediato: na maioria dos colégios surgiram ”panelinhas” de gestores, que se transformaram em “correia de transmissão” da gestão socialista.
“A coisa funciona da seguinte forma: um gestor que sai indica uma pessoa da sua confiança. A própria Gerência Regional de Educação (GRE) pede ao diretor o substituto com este perfil. Ou seja, vão se criando “panelinhas” em detrimento ao processo democrático”, lamenta o professor Paulo César Gomes, da Rede Estadual de Ensino. As eleições diretas sempre foram uma bandeira de luta do movimento sindical, relembra ele. Entretanto, com a ascensão de Eduardo Campos no cenário político, os sindicalistas praticamente abandonaram a proposta.

Caminho inverso

Até em Serra Talhada o processo de eleição direta nas escolas municipais está em andamento. Neste ano, 23 centros educacionais irão realizar votações com a participação de alunos, pais e professores. A previsão é que o prcesso se realize no próximo mês de maio. “Foi um compromisso assumido pelo prefeito Carlos Evandro com a categoria. Estamos trabalhando o edital em sintonia com a Secretaria de Educação. Mas o anúncio será feito pelo próprio prefeito”, comemora Sinézio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinstet).

FONTE: FAROL DE NOTÍCIAS  

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sentença "O Celular do Carpinteiro"




Processo Número: 0737/05
Quem Pede: José de Gregório Pinto
Contra quem: Lojas Insinuante Ltda, Siemens Indústria Eletrônica S.A e Starcell Computadores e Celulares.

Vou direto ao assunto.
O marceneiro José de Gregório Pinto, certamente pensando em facilitar o contato com sua clientela, rendeu-se à propaganda da Loja Insinuante de Coité e comprou um telefone celular, em 19 de abril de 2005, por suados cento e setenta e quatro reais.
Leigo no assunto, é certo que não fez opção por fabricante. Escolheu pelo mais barato ou, quem sabe até, pelo mais bonitinho: o tal Siemens A52. Uma beleza!
Com certeza foi difícil domar os dedos grossos e calejados de marceneiro com a sensibilidade e recursos do seu Siemens A52, mas o certo é que utilizou o aparelhinho até o mês de junho do corrente ano e, possivelmente, contratou muitos serviços. Uma maravilha!
Para sua surpresa, diferente das boas ferramentas que utiliza em seu ofício, em 21 de junho, o aparelho deixou de funcionar. Que tristeza: seu novo instrumento de trabalho só durou dois meses. E olha que foi adquirido legalmente nas Lojas Insinuante e fabricado pela poderosa Siemens.....Não é coisa de segunda-mão, não! Consertado, dias depois não prestou mais... Não se faz mais conserto como antigamente!
Primeiro tentou fazer um acordo, mas não quiseram os contrários, pedindo que o caso fosse ao Juiz de Direito.
Caixinha de papelão na mão, indicando que se tratava de um telefone celular, entrou seu Gregório na sala de audiência e apresentou o aparelho ao Juiz: novinho, novinho e não funciona. De fato, o Juiz observou o aparelho e viu que não tinha um arranhão.
Seu José Gregório, marceneiro que é, fabrica e conserta de tudo que é móvel. A Starcell, assistência técnica especializada e indicada pela Insinuante, para surpresa sua, respondeu que o caso não era com ela e que se tratava de “placa oxidada na região do teclado, próximo ao conector de carga e microprocessador.” Seu Gregório: o que é isto? Quem garante? O próprio que diz o defeito diz que não tem conserto....
Para aumentar sua angústia, a Siemens disse que seu caso não tinha solução neste Juizado por motivo da “incompetência material absoluta do Juizado Especial Cível – Necessidade de prova técnica.” Seu Gregório: o que é isto? Ou o telefone funciona ou não funciona! Basta apertar o botão de ligar. Não acendeu, não funciona. Prá que prova técnica melhor?
Disse mais a Simens: “o vício causado por oxidação decorre do mau uso do produto.” Seu Gregório: ora, o telefone é novinho e foi usado apenas para falar. Para outros usos, tenho outras ferramentas. Como pode um telefone comprado na Insinuante apresentar defeito sem solução depois de dois meses de uso? Certamente não foi usado material de primeira. Um artesão sabe bem disso.
O que também não pode entender um marceneiro é como pode a Siemens contratar um escritório de advocacia de São Paulo, por pouco dinheiro não foi, para dizer ao Juiz do Juizado de Coité, no interior da Bahia, que não vai pagar um telefone que custou cento e setenta e quatro reais? É, quem pode, pode! O advogado gastou dez folhas de papel de boa qualidade para que o Juiz dissesse que o caso não era do Juizado ou que a culpa não era de seu cliente! Botando tudo na conta, com certeza gastou muito mais que cento e setenta e quatro para dizer que não pagava cento e setenta e quatro reais! Que absurdo!
A loja Insinuante, uma das maiores e mais famosas da Bahia, também apresentou escrito de advogado, gastando sete folhas de papel, dizendo que o caso não era com ela por motivo de “legitimatio ad causam”, também por motivo do “vício redibitório e da ultrapassagem do lapso temporal de 30 dias” e que o pobre do seu Gregório não fez prova e então “allegatio et non probatio quasi non allegatio.”
E agora seu Gregório?
Doutor Juiz, disse Seu Gregório, a minha prova é o telefone que passo às suas mãos! Comprei, paguei, usei poucos dias, está novinho e não funciona mais! Pode ligar o aparelho que não acende nada! Aliás, Doutor, não quero mais saber de telefone celular, quero apenas meu dinheiro de volta e pronto!
Diz a Lei que no Juizado não precisa advogado para causas como esta. Não entende seu Gregório porque tanta confusão e tanto palavreado difícil por causa de um celular de cento e setenta e quatro reais, se às vezes a própria Insinuante faz propaganda do tipo: “leve dois e pague um!” Não se importou muito seu Gregório com a situação: um marceneiro não dá valor ao que não entende! Se não teve solução na amizade, Justiça é para isso mesmo!
Está certo Seu Gregório: O Juizado Especial Cível serve exatamente para resolver problemas como o seu. Não é o caso de prova técnica: o telefone foi apresentado ainda na caixa, sem um pequeno arranhão e não funciona. Isto é o bastante! Também não pode dizer que Seu Gregório não tomou a providência correta, pois procurou a loja e encaminhou o telefone à assistência técnica. Alegou e provou!
Além de tudo, não fizeram prova de que o telefone funciona ou de que Seu Gregório tivesse usado o aparelho como ferramenta de sua marcenaria. Se é feito para falar, tem que falar!
Pois é Seu Gregório, o senhor tem razão e a Justiça vai mandar, como de fato está mandando, a Loja Insinuante lhe devolver o dinheiro com juros legais e correção monetária, pois não cumpriu com sua obrigação de bom vendedor. Também, Seu Gregório, para que o Senhor não se desanime com as facilidades dos tempos modernos, continue falando com seus clientes e porque sofreu tantos dissabores com seu celular, a Justiça vai mandar, como de fato está mandando, que a fábrica Siemens lhe entregue, no prazo de 10 dias, outro aparelho igualzinho ao seu. Novo e funcionando!
Se não cumprirem com a ordem do Juiz, vão pagar uma multa de cem reais por dia!
Por fm, Seu Gregório, a Justiça vai dizer a assistência técnica, como de fato está dizendo, que seu papel é consertar com competência os aparelhos que apresentarem defeito e que, por enquanto, não lhe deve nada.
À Justiça ninguém vai pagar nada. Sua obrigação é fazer Justiça!
A Secretaria vai mandar uma cópia para todos. Como não temos Jornal próprio para publicar, mande pelo correio ou por Oficial de Justiça.
Se alguém não ficou satisfeito e quiser recorrer, fique ciente que agora a Justiça vai cobrar.
Depois de tudo cumprido, pode a Secretaria guardar bem guardado o processo!
Por último, Seu Gregório, os Doutores advogados vão dizer que o Juiz decidiu “extra petita”, quer dizer, mais do que o Senhor pediu e também que a decisão não preenche os requisitos legais. Não se incomode. Na verdade, para ser mais justa, deveria também condenar na indenização pelo dano moral, quer dizer, a vergonha que o senhor sentiu, e no lucro cessante, quer dizer, pagar o que o Senhor deixou de ganhar.
No mais, é uma sentença para ser lida e entendida por um marceneiro.

Conceição do Coité, 21 de setembro de 2005
Gerivaldo Alves Neiva
Juiz

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Novos tempos, velhas políticas!


Paulo César é especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Vivemos uma nova fase política em terras “brasilis”, temos uma presidenta disposta a fazer uma faxina ética, na economia tudo é um mar de rosas, iremos promover os maiores eventos esportivos do planeta (Copa do Mundo e Olimpíadas), tudo conspira para nos tornamos um dos maiores países do novo milênio. Mesmo diante desse cenário extremamente promissor algo anda errado.
O país que conviveu com uma Ditadura Militar por mais de duas décadas, período em que várias vidas foram brutalmente exterminadas em nome da liberdade, começa-se a resgatar práticas políticas antes abomináveis. O curioso disso é que certas iniciativas partem daqueles que mais defenderam a volta da democracia.
É contraditório que o partido que surgiu em meio a greves de trabalhares em pleno regime militar, seja o primeiro a desclassifica a mais importante e o último instrumento reivindicatório da classe trabalhadora. É como se alguns dirigentes petistas nunca tivessem promovido ou participado de uma greve, ou ainda, como se todas as que eles promoveram tivessem sido “civilizadas”.
Greve é uma disputa de interesses, e como qualquer embate mexe com o emocional, sendo assim alguns certamente irão perde a razão e cometerão excessos. Greve não é coisa de outro mundo, basta olharmos as recentes greves gerais em países europeus e nos Estados Unidos, com certeza em alguns desses movimentos encontraremos excessos, mas não podemos tira o mérito e a importância das suas reivindicações.
Condenar o direito constitucional do trabalhador a greve, é o mesmo que voltarmos aos tempos de chumbo. Querer criar instrumentos para controlar a imprensa, é o mesmo que defender a censura. Não há dúvidas de que alguns políticos não estão preparados para o poder, ou talvez o poder seja muito grande para alguns político de alma pequena. Porque não se justifica tamanho retrocesso, tanto a nível nacional, como estadual.
Em Pernambuco o processo é mesmo, muda o partido, mas não a prática. Isso quer dizer que mesmo que o estado esteja em largo processo de desenvolvimento econômico, as práticas políticas são as piores possíveis. O tudo poderoso Eduardo Campos, o Dudu Beleza, ou melhor, Dudu Malvadeza, deita e rola, não respeita ninguém. Paga o pior salário de professor do país, não respeita os servidores públicos, trata com violência os estudantes e persegui os jornalistas que ousam mostrar a verdade.
É uma pena que a maioria dos jornais, sindicatos, movimentos sociais e alguns partidos estejam não mão desse estelionatário político, pois de democrático ele não tem nada, sua postura é equivalente a de um CORONEL, egocêntrico, vingativo e perseguidor. Pelo estado a fora, muitos seguem esse CORONEL, praticando a mesma política e idolatrando as suas façanhas ditatoriais.
O bom da vida e da política é que nada é para sempre, assim como absolutismo chegou ao fim com Revolução Francesa e o Nazismo foi derrotado pelas forças aliadas, os ares dos novos tempos continuaram soprando e as velhas práticas políticas irão ruir, e juntos cairão todos aqueles que acham e acreditam que democracia é um processo único é pessoal, mal se lembram eles que a democracia é como foi dito por Aristóteles, é feita do povo e para o povo!

Publicado no Farol de Notícias de Serra Talhada, em 13 de fevereiro de 2012.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A importância da oposição na política

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Em todas as nações onde se vivência a prática democrática o papel da oposição é reconhecido pela sua importância. No Brasil o papel que caberia a oposição é feito, em grande, pela imprensa, pois é a partir dela que a população toma conhecimento dos desvios de conduta dos políticos e alerta para os prejuízos econômicos, sociais e culturais de ações desenvolvidas de forma equivocada por órgãos e agentes públicos, principalmente os que têm origem no poder executivo e legislativo.
Infelizmente a oposição no Brasil vive uma crise de identidade, padece de discurso e da falta de poder de mobilização junto à sociedade. Essa crise atingiu também os movimentos sociais, que em sua maioria, abandonaram bandeiras históricas em nome da governabilidade. Em quanto os políticos que hoje são “oposição” não vêem à hora de voltar ao poder, os movimentos sociais se submetem a disciplina imposta por partidos que se dizem de esquerda, e que só pensam em utilizar o aparelho sindical para fins pessoais ou eleitoreiros.
No cenário estadual a situação é ainda pior, já que o governador deita e rola, sem enfrentar oposição. E o pior é que boa parte da imprensa está comprometida e não se esforça em fiscaliza e denunciar as diversas arbitrariedades cometidas pelo Sr. Eduardo Campos. É impressionante como não se divulga nada sobre os péssimos salários pagos aos servidores do estado em todos os seguimentos, sejam da saúde, segurança pública e principalmente da educação. Em Pernambuco se paga o PIOR SALÁRIO DE PROFESSOR DO BRASIL!
As rodovias estaduais encontram-se em péssimo estado, em algumas delas não se encontra 1 cm de asfalto. A Saúde é uma negação, os hospitais estão super lotados, com falta de médicos e de equipamentos de qualidade. O Pacto Pela Vida é uma grande falácia, basta olhar os jornais e verificar a quantidades de crimes que são cometidos do litoral ao sertão, o tráfico de drogas e os assaltos a bancos se multiplicam. Talvez se tivéssemos uma oposição qualificada e determinada poderíamos viver é outro cenário, mesmo que não tivéssemos o melhor do governador do Brasil.
Em nível local a coisa é ainda pior, pois o grau de politização é muito pequeno, não se pode fazer uma analise crítica do mandato de um deputado (federal e estadual), de um prefeito ou de um vereador, sem que a discussão seja levada para o campo pessoal. Esse tipo de postura reduz o debate e impede que algumas questões éticas e estratégicas não sejam vistas com o devido respeito.
Ao longo da história verificamos que em lugares em que não existiu oposição, a população pagou um alto preço, pois se tornaram reféns de políticos demagogos e em muitos casos acabaram sendo governados por ditadores. Um país, um estado, uma cidade sem oposição, é um espaço propício para o surgimento da pior espécie de político. O político autoritário, prepotente e egocêntrico, aquele que não consegui ver além do seu umbigo.
A importância da oposição não pode ser medida apenas no período eleitoral, a sua importância vai mais além, ela se da em todos os momentos da prática política. É ilusão acreditar que a política pode ser vista apenas por um anglo, a política é muito mais ampla e dinâmica, e nesse contexto o olhar da oposição poder no fornecer outros anglos de visão. Em nome da construção de uma sociedade democrática precisamos valorizar e respeitar a prática política feita pela oposição. Essa oposição tem que ser política, e não aquela feita por oportunistas, carreiristas e demagogos.

Publicado no Farol de Notícias de Serra Talhada, em 07 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Indignado com Estado, jornalista espalha na internet ‘Carta Aberta ao Governador de PE’

por Simão Mairins, jornalista do Cartaz de Cinema e Portal Administradores.
Responde também pelo blog Ócio Hiperativo
por Simão Mairins, jornalista do Cartaz de Cinema e Portal Administradores.
Responde também pelo blog Ócio Hiperativo
Excelentíssimo senhor governador de Pernambuco, Eduardo Henrique Accioly Campos, estou em auto-exílio na Paraíba, mas nunca me desmembrei das raízes que me prendem às terras áridas do nosso chão. E um desses laços é o título de eleitor que, em outubros alternados, me faz viajar 600 km para votar, bem como acompanhar diariamente o que os meus eleitos andam fazendo. Agora chegou a hora de cobrar.
Não sou daqueles que esquecem em quem votou. Em sua primeira campanha para governador, confesso até que não consegui superar a desconfiança que tinha do seu jeitão aglutinador (que colocou as turmas de Severino Cavalcanti e Inocêncio Oliveira sob suas asas) e, no primeiro turno, votei em branco. No segundo, entretanto, deixei essa picuinha de lado e me rendi ao convincente programa, ao sentimental apelo à memória do seu avô, Miguel Arraes, e à falta de outra opção.
Na segunda campanha, votei sem pensar duas vezes. E, embora eu seja avesso a esses ufanismos de dizer que alguém é o melhor do mundo em alguma coisa, coloco sua administração alguns níveis acima da mediocridade com a qual a maior parte do Brasil se acostumou. Apesar de todos os problemas estruturais e vícios que ainda persistem, Pernambuco é um lugar melhor, sim.
Dar à nossa terra um certo ar de potência, entretanto, não dá ao senhor o direito de autorizar ou, em outra hipótese, fazer vista grossa para a forma criminosa com que estudantes e alguns trabalhadores vêm sendo tratados por, entre outras coisas, cobrarem uma promessa de campanha sua (aquela de reduzir os impostos para baratear a passagem de ônibus e metrô, lembra? O Youtube não esqueceu).
Polícia prende estudante em protesto: http://www.youtube.com/watch?v=GMDv88hecmM
O nosso sistema de transporte – para ficarmos no assunto em questão – é burro e viciado, sem alternativas e sem perspectivas nas quais possamos confiar no sentido de vermos uma melhora real em um prazo aceitável. Na capital e sua região metropolitana, bem como nas grandes cidades do interior, onde os trabalhadores precisam de transporte público para colocar a mão na massa e fazer a economia funcionar, os ônibus são praticamente a única opção, compondo um esquema monopolista em que os empresários do setor ditam as regras das quais o povo é obrigado a viver refém.
Manifestantes são mesmo desbocados, têm coragem de deitar no meio da Conde da Boa Vista para parar o trânsito e não têm muito medo de bala, não. Eu sei que um ou outro esquentado deve ter feito besteira, como sempre faz. Mas quando a massa se move é assim. A turma toda pode ir com flores, mas na hora em que o cacetete dança e o arsenal pega fogo, os paus e pedras surgem do nada e quem tem coragem de arremessar arremesa.
Mas pode ter certeza, governador, que a arruaça maior do nosso estado é silenciosa e, para ela, nenhum efetivo nunca foi deslocado. Ela é feita, por exemplo, lá naquele recanto da rua da Aurora onde dificilmente o sol brilha e, na surdina, nossos deputados costumam efetivar a indecência do crime legal. Nos escritórios das empreiteiras que superfaturam obras que nunca terminam. E, claro, nas salas de reuniões onde – anualmente – o “poder público” e os tubarões dos transportes decidem com quantas cifras vão chicotear o povo.
As camisetas vermelhas estão sujas, as bandeiras pegaram fogo, a garganta ficou engasgada, as pernas andam meio bambas, as costas doem, algumas lágrimas caíram e todos tiveram que recuar. Mas há cada vez mais corações revoltados, até os mais duros. E nenhuma barricada fica de pé quando o amor se apaixona por uma causa. Vá para o lado do povo, governador, enquanto há tempo.
Foto: André Nery/Facebook.com/FolhaPE
Excelentíssimo senhor governador de Pernambuco, Eduardo Henrique Accioly Campos, estou em auto-exílio na Paraíba, mas nunca me desmembrei das raízes que me prendem às terras áridas do nosso chão. E um desses laços é o título de eleitor que, em outubros alternados, me faz viajar 600 km para votar, bem como acompanhar diariamente o que os meus eleitos andam fazendo. Agora chegou a hora de cobrar.
Não sou daqueles que esquecem em quem votou. Em sua primeira campanha para governador, confesso até que não consegui superar a desconfiança que tinha do seu jeitão aglutinador (que colocou as turmas de Severino Cavalcanti e Inocêncio Oliveira sob suas asas) e, no primeiro turno, votei em branco. No segundo, entretanto, deixei essa picuinha de lado e me rendi ao convincente programa, ao sentimental apelo à memória do seu avô, Miguel Arraes, e à falta de outra opção.
Na segunda campanha, votei sem pensar duas vezes. E, embora eu seja avesso a esses ufanismos de dizer que alguém é o melhor do mundo em alguma coisa, coloco sua administração alguns níveis acima da mediocridade com a qual a maior parte do Brasil se acostumou. Apesar de todos os problemas estruturais e vícios que ainda persistem, Pernambuco é um lugar melhor, sim.
Dar à nossa terra um certo ar de potência, entretanto, não dá ao senhor o direito de autorizar ou, em outra hipótese, fazer vista grossa para a forma criminosa com que estudantes e alguns trabalhadores vêm sendo tratados por, entre outras coisas, cobrarem uma promessa de campanha sua (aquela de reduzir os impostos para baratear a passagem de ônibus e metrô, lembra? O Youtube não esqueceu).
Polícia prende estudante em protesto: http://www.youtube.com/watch?v=GMDv88hecmM
O nosso sistema de transporte – para ficarmos no assunto em questão – é burro e viciado, sem alternativas e sem perspectivas nas quais possamos confiar no sentido de vermos uma melhora real em um prazo aceitável. Na capital e sua região metropolitana, bem como nas grandes cidades do interior, onde os trabalhadores precisam de transporte público para colocar a mão na massa e fazer a economia funcionar, os ônibus são praticamente a única opção, compondo um esquema monopolista em que os empresários do setor ditam as regras das quais o povo é obrigado a viver refém.
Manifestantes são mesmo desbocados, têm coragem de deitar no meio da Conde da Boa Vista para parar o trânsito e não têm muito medo de bala, não. Eu sei que um ou outro esquentado deve ter feito besteira, como sempre faz. Mas quando a massa se move é assim. A turma toda pode ir com flores, mas na hora em que o cacetete dança e o arsenal pega fogo, os paus e pedras surgem do nada e quem tem coragem de arremessar arremesa.
Mas pode ter certeza, governador, que a arruaça maior do nosso estado é silenciosa e, para ela, nenhum efetivo nunca foi deslocado. Ela é feita, por exemplo, lá naquele recanto da rua da Aurora onde dificilmente o sol brilha e, na surdina, nossos deputados costumam efetivar a indecência do crime legal. Nos escritórios das empreiteiras que superfaturam obras que nunca terminam. E, claro, nas salas de reuniões onde – anualmente – o “poder público” e os tubarões dos transportes decidem com quantas cifras vão chicotear o povo.
As camisetas vermelhas estão sujas, as bandeiras pegaram fogo, a garganta ficou engasgada, as pernas andam meio bambas, as costas doem, algumas lágrimas caíram e todos tiveram que recuar. Mas há cada vez mais corações revoltados, até os mais duros. E nenhuma barricada fica de pé quando o amor se apaixona por uma causa. Vá para o lado do povo, governador, enquanto há tempo.
Foto: André Nery/Facebook.com/FolhaPE

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O eterno vale dos esquecidos

 
A mais de quinze anos o Jornal de Desafio publicava uma matéria, de autoria de Giovanni Sá, intitulada “O vale dos esquecidos”, o foco central estava ligado aos diversos problemas enfrentados pelos moradores do bairro do Mutirão, merecendo destaque a falta de saneamento básico e a urbanização.
Passados tantos anos, o conteúdo daquela matéria continua extremamente atual, tudo porque aquela comunidade continua sendo esquecida. Os problemas existentes são os mesmos de outrora, falta saneamento básico, urbanização, programa sociais que possam amenizar os graves problemas que atormentam aquele bairro, mas falta principalmente respeito.
O Mutirão é um retrato fiel do que os nossos gloriosos e dignos políticos pensam e praticam, eles que buscam exclusivamente a realização de suas fantasias e desejos políticos, mesmo que sejam obscenos e pervertidos. Pra eles quanto maior é a miséria, maior é o lucro político. Por isso que vários são os que se propõem a serem os salvadores do “vale dos esquecidos”.
É impressionante como uma comunidade é tão lembrada em períodos eleitorais, são tantos os apertos de mãos, entregas de feiras, promessas de empregos, promessas de melhorias, milhões de reais em investimentos…. É como se o Mutirão fosse virar um paraíso! Mas basta passar a eleição para que a realidade continue sendo vista e sentida, de forma cruel e humilhante, por cada morador daquela comunidade.
Os moradores estão fazendo a parte deles, provocam reuniões com autoridades ligadas a órgão do governo estadual, políticos, imprensa e órgãos da justiça, porém nada sai do papel, ou melhor, fica no discurso. Atualmente dois deputados estaduais disputam o controle da importante obra de urbanização que vai mudar a história daquela região. Obra que vêm sendo anunciada a mais de seis anos. O problema é que nem os moradores e nem os demais serra-talhadenses acreditam que essa obra sai em sua totalidade em tão pouco tempo, mesmo sabendo que esse é um eleitoral.
Isso se deve a boa vontade dos políticos, que realizam os projetos em generosas parcelas, com intuito de usufruir de cada metro de esgoto, de cada centímetro de cano ou de cada paralelepípedo colocada em uma rua, transformando pequenos e singelos gestos em bandeira política e em uma máquina de fazer votos. Mas até quando os esquecidos irão assistir a essa novela sem fim? Será que eles terão que abandonar suas casas e renegar as suas vidas para deixarem de serem usados como objeto de manipulação e interesse político?
A solução desse problema não é tão difícil assim, além da vontade política, basta que o melhor governo do país, aquele que cuida muito bem das rodovias estaduais, da saúde, da segurança e da educação pública, assuma o seu papel de executor, e determine a imediata conclusão das obras. Diante desse cenário de total degeneração, cabe ao senhor Governador do Estado à resolução do problema, afinal de contas, ele têm o poder e está acima do bem e do mal.
O importante disso tudo é a busca da valorização e o resgate da dignidade de todos os moradores e moradoras do bairro do Mutirão. Não podemos esperar por mais uma eleição para que os problemas sociais lá existentes sejam novamente jogados nas nossas caras ou que surja um novo salvador do “vale dos esquecidos”. Os problemas daquele bairro são também de todos os serra-talhadenses, por isso precisamos expressar nossa indignação e cobrar das autoridades competentes uma postura decente e de respeito, porque só assim poderemos evitar o surgimento de novos “vale dos esquecidos”.

Paulo César é professor especialita em História Geral e bacharelando em Direito

Os donos da verdade



A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão, porém, na prática política, a verdade é usada em outros sentidos, principalmente é um período em que a disputa eleitoral é extremamente acirrada.
A nossa cidade vivência diariamente uma enxurrada de “pseudos” fatos reais, divulgados por variados instrumentos de comunicação, cada seguimento tentar dar um furo de reportagem, diante desse quandro só nos restar indagar: quem está com a verdade?
A pergunta surge em função da quantidade de informações vinculadas por sites, blogs, programas de rádio, jornais, revistas e como não citar, há já tradicional central de boatos. O problema em responder a questão gira em torno de quanto se paga para se divulgar uma notícia, mesmo que ela não passe de uma leve brisa matinal, mas que em alguns casos causam uma repercussão desnecessária e sem propósito construtivo.
O que se percebe no cenário político local é que a maioria das possíveis candidaturas detêm uma estrutura de informação invejável, inclusive buscam direcionar programas de rádios, materias em jornais e também forjam blogueiros sem conteúdo. O pior de tudo é que quando verificamos a fonte, a origem da noíticia e o seu divulgador, percebemos que são poucos os que têm credibilidade, porque na realidade eles são usados como peça de um jogo nocivo e egocêntrico, tudo pratocinado pelos donos da verdade.
Então como podemos destinguir a verdade das várias verdades? Bastar analisarmos que a boa informação não é um comercial pago, a verdadeira informação é aquela que têm como principal objetivo informa e levantar questões de interesse da sociadade, a notícia não precisa ser recheada de aplausos ou de críticas pejorativas e preconceitosas, ela precisa ser condizente com a verdade dos fatos, principalmente as vesperas de uma eleição bastante polarizada.
Diante disso é preciso que os políticos deixem de pensar apenas no seu umbigo, ou quem sabe no seu pratimônio evolutivo, e procurem elevar o debate eleitoral, no sentido de convencer a sociedade sobre os seus projetos para solucinar os problemas existentes no município.
Enquanto aos veículos de comunicação, só nos resta lembrar que em vários países do mundo em que impera os governos totalitários, não existe imprensa livre, caso queiramos ser mais objetivos, é só verificarmos a nossa história recente, nos períodos do Estado Novo e na Ditadura Militar em que a censura existia, o que era divulgado atendia exclusivamente aos interesses dos poderosos e das elites dominantes. Sendo assim nossos jornalistas, radialistas e blogueiros, precisam entender qual é o seu papel na sociedade; informar com imparcialidade, honestidade e veracidade.
Em uma sociedade democrática precisamos ouvir e ver as diversas face de um acontecimento, mas em hipótese alguma poderemos ou devemos ser manipulados por falsa notícias, por matérias fabricadas e por discursos raivosos de quem se auto denomina o senhor da verdade.
A impressa é livre, autonoma e independente, porém, é preciso ressaltar que a verdade não é mercadoria para ser comercializada. A História da Humanidade é uma prova de que todos aqueles que manipularam e se reivindicaram de serem donos da verdade receberam o mesmo fim, o lixo da História!

Paulo César é especialista em História Geral e bacharelando em Direito

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Político tão inocente e um patrimônio tão invejável

O inocente e a inocência

Ainda quando criança, aprendemos que ser inocente é ser ingênuo, é o mesmo que não saber o que é certo ou errado, esse período é conhecido como a fase da inocência. (In)felizmente o ser humano evolui e deixa para traz a inocência, passar a ser um ser evoluído, apesar das limitações, sejam culturais, sociais ou políticas.
Na política o processo não acompanha a evolução das espécies difundida por Charles Darwin, principalmente em se tratando das regiões com maior número de analfabetos, mas infelizmente no sertão ainda continuam reinado, e de forma absoluta. Nessa região sofrida ainda impera o último dos descendentes da filosofia da ditadura militar, na maioria do país eles foram derrotados, mas em algumas regiões como o Nordeste, eles continuam reinando.
Esse tipo de elemento é protagonista da política nacional, e mesmo que a fase da inocência política tenha passado, ele ainda se reivindica da inocência. É como se na política não houvesse a evolução. Todos são inocentes até o votos comprados provem contrário!
Será que o político não evolui? Será que o poder não seduz? Até quando a inocência prevalecerá? São perguntas que surgem sem resposta, mas que nos deixam de “orelha em pé”. Como pode um político tão inocente possuir um patrimônio invejável? Será fruto da inocência? Ou será que o mesmo é inocente?
O certo é que nós, meros humanos, mesmo que a fase da inocência tenha passado, não somos capazes de construir tão patrimônio, privilégio exclusivo do nosso dignifico representante político. É importante ressaltar que patrimônio com esse quilate não seria conseguido por inocente em décadas de trabalho. Porém alguém como muito inocência consegue! Mesmo que o povo mais simples sofra com o “analfabetismos”, com a exclusão social, e ele continua inocente! Acima do bem e do mal!
Um dia quem sabe a política irá evoluir, assim como as espécies, não para criar elementos oportunistas, mas para estimular o surgimento de homens e mulheres de bem. Pessoas que possam ocupar o poder não para se beneficiar do poder, mas para provar que a política pode sim evoluir, na direção de construir uma sociedade democrática e participativa, onde os interesses pessoais e econômicos são deixados de lado, e o que importará será o coletivo.
Nada mais justo do que sonharmos com a evolução, marca única da nossa espécie, mesmo que alguns não queiram, ou fazem de conta que não evoluíram. A evolução é necessária, isso quer dizer que todos os grandes impérios caíram, e não adiantará o argumento que de todos, ou simples alguns são inocente, porque a Nova História é implacável, não aceita esse tipo de herói, na Nova História o vencedor é o humilde, mesmo que inocente, porem verdadeiro, e não aquele que usa da inocência para ser herói, ou procura divulgar que é e sempre será inocente e acima de tudo e todos!

Paulo César é especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Publicado no site Farol de Noticías de Serra Talhada no dia 09 de janeiro de 2012.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Os desejos dos provincianos para 2012

Neste momento em que se aproximamos do fim de 2011 e o ano novo bate a nossa porta, os provincianos de norte a sul, de leste a oeste, preparam os seus pedidos e relacionam seus desejos para 2012.
Nesse clima de reflexão e esperança relacionamos os principais sonhos do povo provinciano:
Que não tenhamos mais óbitos por falta de atendimento médico no HOSPAM;
Que o heliporto do HOSPAM seja usado por helicópteros para salvar vidas e não apenas como uma jogada de marketing;
Que o Pacto Pela Vida deixe de ser só um pacto e se torne não prática um instrumento de combate a violência em nosso estado;
Que os professores de Pernambuco deixem de receber o pior salário do Brasil;
Que a cultura seja valorizada com o surgimento de um espaço de qualidade para apresentações de teatro, de dança e de outras atividades artísticas;
Que o rio Pajeu não seja mais hostilizado como depósito de lixo e resíduos de esgotos;
Que não ocorram mais assaltos aos nossos museus, a cada episódio desse um pouco da nossa história é jogada fora;
Que as obras do bairro do Mutirão finalmente sejam concluídas;
Que finalmente comecem as obras da Faculdade de Medicina, do Terminal Rodoviário, do Centro de Convenção, do Parque Industrial e de todas as outras obras que só existem no papel e no discurso de alguns políticos;
Que a FAFOPST volte a nos dar orgulho recebendo notas significativas em avaliações nacionais;
Que de fato haja transparência nas contas públicas;
Que o povo, com o voto livre e independente, possa escolher a melhor opção para governar a nossa cidade a partir de 1º. de janeiro de 2013;
Que o processo eleitoral ocorra em clima de paz e harmonia, e que os candidatos busquem apresentar suas propostas para melhorar a cidade, deixando de lado o aliciamento e a compra de votos;
Que o Farol de Notícias continue nos iluminado com informações de qualidade, coerentes e transparentes, e também abrindo espaços para elevar o nível do debate sobre as questões políticas, sociais, educacionais e culturais que envolvem a nossa terra.
Enfim, esperamos que em 2012 a política provinciana dê um salto de qualidade, que busque se sintonizar com a realidade e com os desejos do povo, não de forma demagógica e oportunista, mas com trabalho, sinceridade e honestidade.
Um forte abraço a todos os provicanos, provincianas, faroleiros, faroleiras e um Feliz 2012!
Viva a democracia! Viva o Farol de Notícias! Viva a Cidade Provinciana!

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...