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domingo, 1 de novembro de 2015

BELEZA FEMININA: Modelo Luana Mourato divulga Serra Talhada para o mundo

Por Paulo Cesar Gomes, professor e historiador



Luana MouratoMuito se fala sobre o tri-campeonato do concurso de Miss Pernambuco (1974/75/76), pelas belas mulheres serra-talhadenses, o que fez com que a cidade fosse conhecida com “A Capital da Beleza Feminina”. No entanto, uma beldade nascida em terras pajeuzeiras, mesmo sem a coroa de miss, leva para o mundo o charme e a elegância que antes só era reconhecida em âmbito regional.

A responsável por essa façanha é Luana Pereira Mourato. Nascida em Serra Talhada, em 1986, a modelo de carreia internacional foi descoberta após vencer o evento de moda o The Ultimate Event, realizado no estado da Paraíba, em 2002. A jovem na época não pensava em ser modelo, porém, sua vida mudou radicalmente em função da ajudinha de uma prima sua, que a escreveu no concurso.

Após a conquista, a carreira da modelo deslanchou. Luana já desfilou em passarelas da China, Coréia, Japão, Malásia, Reino Unido, Tailândia e atualmente nos Estados Unidos. Ela já foi capa de revistas e garota propaganda de várias marcas internacionais. Com os seus 1,74 m, olhos verdes e com medidas perfeitas, Luana Mourato vem conquistando um espaço que até bem pouco tempo parecia impossível para uma jovem sertaneja. Além de propagar para o planeta a grande marca da cidade de Serra Talhada, a inigualável beleza feminina.

Um forte abraço e até a próxima!


Luana crianca

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Vídeos com campanhas promocionais protagonizadas por Luana Mourato:

https://www.youtube.com/watch?v=xrjpZUNH5hw
https://www.youtube.com/watch?v=5m2byAuZ1QQ
https://www.youtube.com/watch?v=FSC8W4wXKMk

sábado, 31 de outubro de 2015

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

OPINIÃO: Pelo menos dessa vez, o choro do prefeito Luciano Duque não convenceu

Paulo César Gomes, professor e escritor

Durante essa semana o prefeito Luciano Duque (PT) foi às lágrimas durante uma entrevista em uma rádio local. Segundo o gestor, tudo não passou de um “embargo de voz”, mas o radialista Francys Maia nos confirmou o choro do petista. Vale lembrar que ele já tinha se sentido mal durante a abertura da Exposerra, em julho deste ano. O prefeito também já havia chorado publicamente, em 2012, quando estava sendo entrevistado e o estúdio da rádio foi invadido subitamente.

Na oportunidade, ele foi questionado sobre a sua responsabilidade no “escândalo do bode”. Na época, assim como essa semana, Luciano fez uma defesa da sua honestidade e de que tudo que estava passando era uma injustiça. Porém, ao contrário de três anos atrás, onde a população foi solidária com Duque, dessa vez a população viu no choro uma forma de se fazer de vítima.

O problema de Duque é o fato de que no passado os ataques contra ele vinham dos opositores, só que agora as críticas partem de pessoas que cumpriram papel importante na campanha que o conduziu à prefeitura. Termos como “traidor”, “coronel”, “sem palavra” e “perseguidor” são facilmente ouvidos da boca de ex-aliados.

O time dos ex-duquistas,  com Carlos Evandro, Socorro Brito, Tatiana Duarte, Marquinhos Dantas, Israel Silveira e Duquinho, agora recebeu o reforço de Dr. Nena Magalhães. O médico já declarou que “se Luciano fosse um grande cidadão, ele nem seria mais candidato a prefeito”.

Pelo andar da carruagem, o prefeito para ser reeleito vai precisar mais do que exibir o seu belo “sorriso”, isso porque a oposição dá sinais de que fará o possível para tirar do prefeito a sua valorizada “cadeira”.  Ao prefeito caberá equilíbrio e serenidade para conduzir o processo, e a oposição, a responsabilidade por não transformar o pleito em um vale tudo.

Um forte abraço e até a próxima!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

OPINIÃO: O dilema do PSDB diante a tentação do oportunismo barato e o ‘lulismo’ decadente

Paulo César é escritor, pesquisador e colunista do FAROL

Frente a uma onda de escândalos de corrupção que assola a política, um dilema instala-se sobre a oposição, que aparentemente supõem-se ser coerente. No entanto, finge que não vê o comportamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, enquanto líder do retrocesso político nacional e a politicagem do PMDB como reflexo da herança dos dinossauros das oligarquias, que durante anos açoitou de forma grotesca a nossa nação.

O PSDB, que ainda não se recuperou de 4 derrotas consecutivas para o PT, evita a todo custo pedir a cabeça de Cunha, já que vêem que ele é o homem certo para comandar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pois bem, a posição do PSDB só expõem a verdadeiramente face tucana, a de ser um partido oportunista.

O PSDB só chegou ao poder graças ao Fora Collor – movimento que eles apenas pegaram carona – e que possibilitou que Fernando Henrique Cardoso foi elevado a condição de Ministra da Fazenda no governo Itamar Franco. O plano Real não é obra tucana, já que a Argentina aplicou o mesmo modelo anos antes, atendendo a uma ordem do FMI – Fundo Monetário Internacional.

“Enquanto isso, o PT se torna um partido medíocre a cada dia, Lula e Dilma abriram mão das transformações sociais pelos quais o partido foi fundado, para realizar um governo de colisão, privilegiando empreiteiras, banqueiros e uma legião de corruptos, que encontraram na gestão petista uma janela gigantesca para barganhar cargos e surrupiar o dinheiro público”

Ao poupar Eduardo Cunha o PSDB, de Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, prestam um grande desserviço ao país, quando poderia da uma grande contribuição no sentido de eliminar alguns corruptos da cena político. Faz se o partido não faz, algo há de errado?

Enquanto isso, o PT se torna um partido medíocre a cada dia, Lula e Dilma abriram mão das transformações sociais pelos quais o partido foi fundado, para realizar um governo de colisão, privilegiando empreiteiras, banqueiros e uma legião de corruptos, que encontraram na gestão petista uma janela gigantesca para barganhar cargos e surrupiar o dinheiro público.

O “lulismo” tornou-se um modelo político falido, que já não consegue mais seduzir as elites brasileiras, que a bem pouco tempo enriqueceram os seus cofres quando a época e vacas magras, e que agora tem que ir para as ruas bater em panelas aos domingos, já que rico não protesta no meio de semana porque suas empresas não podem parar de lucrar explorando a mão-de-obra barata dos trabalhadores do Brasil.

O impeachment como se propõe hoje é golpe. Mas, não há dúvidas de que o modelo petista/lulista de governar está superado e logo logo a direita voltará a se encastelar e a fazer o que sempre fez ao longo de mais 500 anos de história de país.

Um forte abraço até a próxima!

Publicado no portal Farol de Noticias de Serra Talhada, em 11 de outubro de 2015.

domingo, 11 de outubro de 2015

BOA NOTÍCIA: Financiamento de livro com reportagens do FAROL é aprovado na Alepe

Paulo César Gomes, professor e escritor



Após o grande número de acessos no Farol de Notícias, a série de reportagens Histórias Perdidas, escrita por mim, e registrada através de imagens captadas pelo repórter fotógrafo Alejandro García, vai virar livro. O projeto denominado “HISTÓRIAS PERDIDAS: Um resgate da memória esquecida da cidade através de textos, fotografias e depoimentos”, foi aprovado pela da ALEPE – Assembléia Legislativa de Pernambuco – e será publicado ainda esse ano.

O projeto contou com o apoio do vice-presidente da Assembléia, o deputado Augusto César (PTB). Segundo o parlamentar, esse é um projeto que merece todo a nossa atenção e da Casa Legislativa, já que trás a luz o resgate da história da nossa cidade.  “Não conheço nenhuma sociedade desenvolvida que não preserve o seu passado”, disse Augusto em conversa recente com este colunista.

O livro contará com 120 páginas e trará todas as fotos – algumas inéditas – e os textos publicados atualizados e revisados, além de fotos dos bastidores da pesquisa e depoimento dos leitores do site. O prefácio do livro será escrito pelos redatores do Farol, Giovanni Sá e Giovanni Sá Filho. Para Alejandro Garcia, nosso inseparável companheiro de aventuras, a publicação é o reconhecimento da importância de trabalho de pesquisa para a preservação da memória da cidade.

Para se chegar ao resultado final de trabalho de pesquisa foram necessários mais de sete meses de pesquisa, mais de 1000 km percorridos, entre as zonas urbana e rural do município. Foram 20 matérias, com mais 30 entrevistados e mais de 200 fotos. Tudo isso agora será imortalizado através das páginas do livro. A todos os amigos e amigas que colaboraram para o sucesso de projeto o nosso muito obrigado!

Confira as fotos de algumas das reportagens


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Foto: Alvaro Severo 

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Foto: Alejandro García

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Foto: Alejandro García


Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, 11 de outubro de 2015.

OPINIÃO: A disputa entre azulões e cabeças vermelhas só serve para confundir o eleitor

Paulo César Gomes é professor e escritor

Faltando um ano para a eleição que irá definir os rumos de Serra Talhada até 2020, as ruas da cidade começam a serem tomadas por adesivos que sugerem que a disputa será novamente polarizada entres os “azulões” e “cabeças vermelhas”. Vale lembrar que tudo está correndo solto sem nenhuma restrição da justiça eleitoral. Essa disputa teve origem em 1992, quando a distribuição de bonés vermelhos pelo então candidato a prefeito Augusto César, fez com que os comícios e arrastões fossem dominados por uma multidão de pessoas com a cor vermelha na cabeça e que logo forma apelidadas de “cabeças vermelhas”. Augusto acabou vencendo e impondo uma derrota histórica sobre o grupo do ex-deputado Inocêncio Oliveira. Dessa forma, os cabeças vermelhas viraram símbolos de oposição a Inocêncio.

Os cabeças vermelhas viveram o seu ápice em 2000, na vitória esmagadora de Geni Pereira sobre o também ex-prefeito Carlos Evandro. A resposta dos “azulões” veio nas eleições de 2004 e 2008, com as vitorias de Carlão sobre Geni. No entanto, a eleição mais emblemática dos azulões foi a de 1996, quando Tião Oliveira foi eleito para seu terceiro mandato para prefeito da cidade. Essa disputa foi marcada pela distribuição de um kit com camisa, pão e R$ 20,00, na véspera do pleito. A cidade que dormiu vermelha amanheceu azul literalmente. Em 2012, o embate foi travado entre a “onda vermelha” e os azulões, já que tanto Augusto César e Geni Pereira, cabeças vermelhas históricos viraram a casaca.

Estranhamente os petistas querem ressuscitar os cabeças vermelhas, que agora aparece imponente pisando na estrela do PT, isso só mostra que ainda não existe uma identidade política definida por esse grupo recém formado. Na verdade, essa história de cores é só mais uma forma de rotular as pessoas com relação a suas opções, além de mobilizar os grupos, que acabam sendo manipulados e se esquecem de apreciar as propostas de cada candidato.

Certa vez o deputado Augusto César declarou que a eleição de Serra Talhada é como a disputa do pastoril, ou o cidadão é vermelho ou é azul. Em parte, ele tem razão, já que a ideia é transformar a campanha em “um grande espetáculo”, que acaba envolvendo as pessoas em um clima de paixão e emoção. Porém, é preciso advertir que a paixão pode cegar, e as conseqüências serem sentidas durante quatro anos!

Um forte abraço e até a próxima!

Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, 04 de outubro de 2015.

domingo, 4 de outubro de 2015

MEMÓRIA: O acaso levou Serra Talhada a se tornar tricampeã do Miss Pernambuco

Por Paulo Cesar Gomes 

No próximo ano Serra Talhada irá comemorar o feito histórico, os 40 anos do tricampeonato do concurso de Miss Pernambuco, um caso raro em se tratando de uma cidade do interior, um feito que talvez seja único no país.

A história dessa passagem gloriosa da nossa cidade e principalmente das nossas mulheres, teve início meio por acaso. Em 1974, os Diários Associados, responsáveis na época pela realização do Concurso de Miss Pernambuco, resolveram inovar e enviaram olheiros as cidades do interior. Sendo assim, o jornalista Ricardo Pinto foi incumbido de tal missão.

Foto de Cilene Aubry
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Logo que chegou a Serra Talhada, o jornalista visitou a casa do então presidente do CIST (Clube Intermunicipal de Serra Talhada), José Aubry da Costa, mais conhecido Zé Aubry. No entanto, aquela visita se tornou um momento impar na história da cidade e de uma jovem serra-talhadense, e porque não dizer de todas as mulheres serra-talhadenses.

O episódio nos remete aos contos de fadas, já que a filha do anfitrião adentrou a sala onde se encontrava o jornalista. A garota de 18 anos, loira, olhos verdes, cabelos longos e de 1m e 63 cm de altura, entrou descalça e sem maquiagem. A sua beleza genuína chamou a atenção de Ricardo Pinto, que naquele instante não encontrava apenas uma candidata, mas a futura Miss Pernambuco.

Esse foi o início do reinado de Cilene Aubry (Cilene Aubry Bezerra da Costa) e da soberania da beleza serra-talhadense, que durou até 1976.  Apesar da resistência da família ela acabou sendo inscrita no concurso e sendo eleita Miss Pernambuco, em 24 de maio de 1974, num evento realizado no Ginásio Geraldão, no Recife.  A conquista de Cilene foi celebrada por toda a cidade com muita euforia e festa, a jovem foi homenageada, entre outras coisas, com um hino.

Da esquerda para a direita, Isolda Lira Cabral, Miss Caruaru, terceiro lugar; Cilene Aubry, Miss Serra Talhada, primeiro; e Angélica Moura Lins, Miss Gravatá, segundo lugar. Fonte: Diário de Pernambuco.

Cilene e demais candidatas. Fonte. Diario de Pernambuco.

Um ano depois, a cidade novamente estava em festa para receber outra miss, dessa vez a eleita foi Fátima Mourato (Maria de Fátima Mourato). A bela Fátima abdicou da coroa para se casar com o Major José Ferreira dos Anjos, popularmente chamado na cidade de Ferreirinha.

Fátima Mourato. Foto: Revista Fatos & Fotos.   

Fatima Mourato. Foto . Revista Fatos & Fotos.

Em 1976, foi à vez de Matilde Souza Terto (Tida), ser coroada a Miss Pernambuco. Cerca de 25 mil pessoas, que se faziam presente ao Geraldão, foram testemunha do inédito tricampeonato de Serra Talhada. No ano seguinte a representante da cidade foi Marta Lúcia, que infelizmente terminou na 21ª colocação, o que desestimulou a cidade a enviar representantes para o concurso. Somente em 2001 a cidade voltou a disputar o concurso com Poliana Oliveira. Posteriormente foi representada por Catarina Rodrigues, Natália Oliveira, Gabriela Leal, Malena Lopes, e em 2016, por Tallita Martins.

Matilde Terto – Foto: Revista Manchete
Matilde Terto . Foto. Revista Manchete

As pessoas que tiveram informações sobre essa importante passagem da cidade e que tiverem intenção de contribuir para essa pesquisa, poderão entrar em contato pelo e-mail pcgomes-st@bol.com.br ou pelo facebook https://www.facebook.com/professorpaulocesargomes.

Um forte abraço e até a próxima!

Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 04 de outubro de 2015.

Opinião: A ida de Fonseca para o PR definiu o rumo de Augusto, ‘Sebá’ e Duque

Paulo César Gomes é escritor e professor

Estamos chegando ao fim do primeiro grande momento que antecede o pleito de 2016, já que a meia noite do dia 2 de outubro se encerra o prazo de filiação e troca de partido. Sempre lembrando que a maioria dos partidos estão subordinados as decisões superiores – Brasília e Recife –, isso quer dizer que alguns partidos que agora estão optando por algum grupo, poderão no meio do caminho tomar outro rumo.

Como já havíamos antecipado aqui no Farol, Fonseca Carvalho deixou o PTB e desembarcou no PR. Essa até agora foi a mais significativa mudança do quadro eleitoral, e de quebra resolveu dois problemas, o de Sebastião Oliveira (PR), que não conseguiu emplacar o nome do irmão, Waldemar Oliveira, e o de Augusto César (PTB), que agora têm o caminho livre para indicar o vice na chapa à reeleição do prefeito Luciano Duque (PT).

O cenário atual favorece o prefeito petista, já que o mesmo controla a máquina do município e poderá usá-la para promover a sua gestão. Outro ponto a favor, é o fato de que segundo os dados estatísticos, a maioria dos prefeitos que se candidataram ao segundo mandato consecutivo foram reeleitos. O ponto fraco do prefeito não é a imagem negativa do PT a nível nacional, até por que ela pouco foi usada pela gestão e o discurso da nacionalização do debate nunca funcionou em eleição em Serra Talhada.

Os pontos negativos são a falta de uma imagem consolidada junto à população, uma identificação com o que foi conseguido por Carlos Evandro. De alguma forma isso acaba impedindo que a popularidade do prefeito decole. O segundo é como explicar para a população a sua ruptura com o padrinho Carlão. Só para refrescar a memória, existem diversas gravações onde a campanha do então candidato Luciano Duque afirmava que Carlos Evandro foi o melhor prefeito da história de Serra Talhada. Então, quem mudou? O atual ou o ex-prefeito? Quem traiu quem? Certamente essas perguntas irão dominar a pauta da campanha.

Pelo lado da oposição os dilemas de Sebastião persistem, ser ou não ser candidato? Nesse momento é importante que as definições comecem a ficar mais claras, já que é preciso compactar o grupo. Sempre é bom lembrar que as cobranças feitas pelos aliados de Sebastião sobre a sua falta de atenção com a base é um item negativo. Ele agora é o líder. E todo líder tem que fazer sacrifícios se quiser manter a posição frente às tropas. Uma tropa sem voz de comando tende a debandar.

Desta forma, cabe a Sebastião definir se seu nome está no jogo ou fora dele, ou se vai de fato começar a construir a unidade em torno do nome de Fonseca, isso porque o que se tem visto é que esse bloco é muito heterogêneo, a começar pelos primos pereiras: Carlos Evandro e os irmãos Geni e Gilson Pereira. Ainda sobre a oposição, é preciso destacar que, atualmente, os pré-candidatos Marquinhos Dantas, Israel Silveira, Ricardo Valões e Ary Amorim, estão um pouco ofuscados, isso porque atuam de forma isolada, mesmo que todos tenham espaço na mídia, ambos ainda não construíram bases concretas para consolidarem as suas candidaturas.

O ideal para esse setor da oposição era se juntar em G4 (grupo) e atuarem de forma coletiva, já que poderiam atrair pré-candidatos a vereadores, visto que essa é uma chapa proporcional de grande porte e que poderá garantir de duas a três cadeiras na Câmara. Por outro lado, eles também sairiam da sombra da liderança do secretário Sebastião Oliveira. Mesmo que teoricamente entendesse que duas chapas de oposição beneficiam a reeleição do prefeito, é preciso que se analise o fato de que todos que fazem parte desse segundo bloco de oposição estiveram no palanque do prefeito. Ou seja, eles acabam tirando votos do prefeito. O que pode ser decisivo para o resultado final das eleições.

Um forte abraço e até a próxima!

Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 27 de setembro de 2015.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

OPINIÃO: O Pacto Pela Vida está na UTI porque o material humano não foi valorizado

Por Paulo César Gomes, Professor e historiador serra-talhadense

O Pacto Pela Vida foi ao longo do governo Eduardo Campos (PSB) enaltecido por diversos setores da sociedade, tanto no Brasil como no exterior. No entanto, o programa está hoje na UTI, já que não consegue dar respostas positivas frente ao aumento crescente da violência no estado. A priori o problema está na grave crise financeira que afeta o funcionamento da máquina do estado. Porém, é preciso que se diga que o programa sempre trabalhou priorizando os números, sem que o material humano fosse de fato valorizado.

É evidente que uma das grandes ações de combate a violência consiste na prática da prevenção e da repressão ao banditismo. Só que não podemos esquecer que os policias civis e militares, que são a mola mestre da estrutura funcional da segurança pública, foram ao longo da gestão Eduardo Campos extremamente desvalorizados, sem contar que as delegacias e as viaturas foram sucateadas.

Vários são os casos de policias militares, que em função da rotina estressante, sofrem com problemas depressivos, e ainda assim estão na ativa. Bem como os policiais civis que trabalham sem coletes a prova de bala e sem outros equipamentos essenciais. Esses são alguns dos diversos itens que contribuem para o declinou do Pacto Pela Vida.

Fica evidente que o problema da Segurança Pública não é apenas uma questão de números estáticos ou de cumprimento de metas, e nem tão pouco um mero jogo de marketing político.  É preciso que se invista na melhoria da máquina estatal e na valorização dos policiais, pagando bons salários e fornecendo estrutura para que eles possam desempenhar suas funções com qualidade.

Por outro lado, é necessário que políticas públicas sejam elaboradas para reprimir e inibir a origem da violência. Principalmente no que se refere aos jovens, que independentes da classe social, estão cada vez mais expostos as drogas. Se o jovem pobre usa “crack”, o jovem rico usa cocaína e “ecstasy”,  ou seja, a violência não é fruto apenas uma questão de classe social. Na prática, isso quer dizer que é preciso combater o tráfico de drogas em todas as esferas sociais.

Para combater a violência de fato, é preciso que se invista na educação, em modelo de  habitação popular menos excluídos – o modelo atual só está criando guetos -, nas práticas esportivas, na cultura e no lazer, que se dê oportunidade aos jovens e adolescentes de se mostrarem como realmente são, com suas potencialidades, personalidades, criatividade e rebeldia, fatores que são ignorados e reprimidos por governantes e a sociedade em geral, e que se fossem evidencias certamente ajudariam a ressuscitar o Pacto Pela Vida.


Um forte abraço e até a próxima!


Aproveito a oportunidade para publicamente agradecer aos amigos e amigas, familiares, colegas de trabalho, alunos e ex-alunos, que se solidarizaram comigo em face ao fato lamentável ocorrido na semana passada. Gostaria de registrar as incitavas do professor Jean Charles, de Nilson Senna e dos editores do Farol Notícias, bem como a do Secretário de Transporte Sebastião Oliveira, que mesmo diante do abismo que no separa teve uma atitude muito digna.

A todos o meu muito obrigado!

Prof. Paulo César Gomes


Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 20 de setembro de 2015.

Histórias Perdidas: Os cemitérios esquecidos e o registro da cólera em Serra Talhada


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Reportagem: Paulo César Gomes- Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia
Sempre que se fala em cemitério um sentimento triste invade o nossos pensamentos, no entanto, para alguns historiadores os cemitérios revelam mais que isso. Segundo essa nova corrente historiográfica, os cemitérios são locais de onde se podem encontrar diversas fontes que podem ajudar a reconstruir a memória esquecida de uma cidade.
Baseando-se nessa linha de pensamento, estivemos ao lado do nobre repórter fotográfico do Farol, Alejandro García, pesquisando e fotografando a história dos cemitérios esquecidos de Serra Talhada.
O CEMITÉRIO DA CÓLERA
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No século 19, foi construido o Cemitério da Cólera neste local


Pouca gente sabe que onde hoje está localizada a empresa Tupan Construções, na Avenida Miguel Nunes de Souza, foi um cemitério. Essa história teve origem no século XIX, quando Serra Talhada foi acometida por duas epidemias de Cólera-morbo, onde morreram dezenas de pessoas. Por uma questão de higiene e precaução, em 1863, um cemitério foi providenciado para que as vítimas fossem sepultadas em covas bastante profundas. Até a década de 1960 ainda encontravam se cruzes do antigo cemitério.

O CEMITÉRIO VELHO E O ‘CURRAL DE LORENA’

Não se sabe ao certo quando erguido o primeiro cemitério da cidade, muito se fala que já existiu um onde hoje funciona a casa paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Penha. O que se tem de registro é encontrado no livro do ex-prefeito Luiz Lorena, “Serra Talhada. 250 anos de história. 150 anos de Emancipação Política.” Segundo o livro, em 1891, em função do faturamento, foi construído o antigo cemitério. “A prefeitura construiu, entre faveleiras e cardeiros, um cemitério na hoje Rua Joaquim Conrado”(LORENA, p.99).

A cidade cresceu bem rapidamente e o antigo cemitério foi cercado de casas e o seu crescimento ficou impossibilitado. Foi então que em 1957, o então prefeito Luiz Lorena, resolveu erguer a atual cemitério em uma área de 10.000m2, no bairro Bom Jesus.
Segundo o ex-prefeito, os seu adversários apelidaram o cemitério de “o curral de Lorena”.  A nova necrópole já foi ampliada por duas vezes.

O antigo campo santo foi demolido em meados dos anos de 1990, após um intenso debate na sociedade, já que várias pessoas eram contra a demolição em função do valor histórico do centenário cemitério. Existem pouquíssimos registros das construções existentes no local.

Ironicamente onde antes existiam restos mortais, hoje existe um espaço para salvar vidas, no caso especifico o Hemope. No entanto, é preciso que se diga que existiam outros locais pertencentes à União que poderiam ter sido usados para a construção do órgão. Infelizmente, como se pode ver, muitas das memórias da cidade estão se perdendo com o tempo em função da falta de preocupação das autoridades em preservá-las.

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O cemitério velho foi derrubado para dar espaço ao Hemope


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Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 13 de Setembro de 2015.

HISTÓRIAS PERDIDAS: Fósseis de animais pré-históricos são encontrados em Serra Talhada


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Reportagem: Paulo César Gomes- Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia

Os sertões nordestinos um dia já foram habitados por animais pré-históricos, entre as várias cidades nas quais foram encontrados fósseis que comprovam o fato está Serra Talhada.

No capítulo de hoje da série de reportagens “História Perdidas”, trazemos a tona os fósseis de animais pré-históricos encontrados no povoado da Fazenda São Miguel, mas precisamente na lendária Fazenda Pedreira, que pertenceu a José Saturnino, o primeiro inimigo de Lampião.

FAZENDA SÃO MIGUEL RESPIRA CULTURA E HISTÓRIA

Localizada a pouco mais de 30 km do centro de Serra Talhada, a Fazenda São Miguel tem nas suas origens a mistura entre os povos indígenas, mais precisamente os das tribos tapuias que incluem-se os tamaqueus, koripós, kariri, paru, brankararu, pipipã, tuxá, trucá, umã e atikum, e os escravos.

A comunidade é um dos mais importantes pontos da cultura e da história de Serra Talhada. Além de ser a região onde nasceu Lampião e Zé Saturnino, o povoado também é o berço do cantor e compositor Assissão e de João Paulino, um renomado maestro da música nacional.

Em São Miguel também se encontra o Museu do Trio Nordestino e o famoso Clube da Fazenda, onde se realiza um dos melhores São João do interior do estado, sendo inclusive tema de música.

Andando pela região é possível encontrar o Sitio Passagem das Pedras – local onde nasceu Lampião, as ruínas da casa de José Saturnino, as pedras onde ocorreu o primeiro confronto armado entre Lampião e Zé Saturnino, a Pedra do Sino, as Três Pedras, a Pedra do Risco e a Lagoa do Tapuio.  Esse último ponto é o foco principal da nossa reportagem.

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OS FÓSSEIS DE ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICO ENCONTRADOS NA LAGOA DO TAPUIO


Para contarmos essa aventura contamos com a colaboração do vereador Pinheiro de São Miguel, que é neto de Zé Saturnino e profundo conhecedor das histórias que envolvem a Fazenda Pedreira, entre elas, a da Lagoa do Tapuio.

Segundo o vereador, em 1958, o seu pai Antônio Alves de Barros, também conhecido como Pinheiro, mandou escavar a lagoa já que aquele foi um ano de seca.
“Nessa escavação foram encontrados ossos muito grandes. Só um presa chegou a pesar mais de 13kg”, conta o parlamentar.

No entanto, por falta de conhecimento sobre a importância do fóssil, o pai de Pinheiro de São Miguel acabou doando boa parte dos ossos a um Padre. “Nos anos 60 apareceu um padre da ciade de Pesqueira e meu pai deu vários ossos a ele, principalmente os maiores. Anos depois, a minha irmã esteve em um museu no Rio de Janeiro e viu os ossos que haviam sido doados, só que identificados com o nome da cidade de Pesqueira”, relata o vereador.

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A lagoa já foi visitada por professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e já foi tema de matérias de emissoras de TVs, no entanto, pouco foi feito pelos órgãos competentes para preservar os restantes dos fósseis que ainda restam na localizada. “Durante a seca de 1993, outra escavação foi feita e mais ossos apareceram. Acreditamos que ainda existam mais fósseis no local”, explica Pinheiro de São Miguel. Ele tem um projeto para tornar a fazenda em uma reserva florestal.


Enquanto se aguarda o reconhecimento governamental da importância de preservação a lagoa, fósseis ainda são encontrados em grade quantidade no local. Ao que tudo indica os fósseis são do Pleistoceno (período que vai de 1,8 milhão a 11.000 anos atrás) e seriam de uma preguiça gigante (Eremotherium laurillardi), o animal fazia parte da megafauna e podia atingir quase o tamanho de um fusca.

De acordo com especialista esse tipo de fóssil é relativamente comum em cacimbas e lagoas, pois certamente os animais procuravam esses locais para beber água.
Mesmo sem se sentir uma certeza sobre a causa da morte dos animais, acreditasse que nesses pontos eles podem ter sido atacados ou morreram de causas naturais. 

Um forte abraço a todos e até a próxima!

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Vereador Pinheiro luta pela preservação do sítio histórico


Publicado no portal Farol de Noticias de Serra Talhada, em 06 de setembro de 2015.

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