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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

RESUMO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

INTRODUÇÃO


Lei das XII Tábuas , detalha da cobrança de dívidas.
Justiniano montou uma consolidação das leis Romanas. (Corpus Juris Civilis)
Fontes das obrigações são:
a) Contrato
b) Quase Contrato
c) Delito
d) Quase delito
Jus Gentium – Direito paralelo ao Romano direcionado aos Gentios.
A Grande conquista da revolução Francesa foi o Código Civil Francês.
Pothier foi um dos autores do Código Civil Francês.
Art. 1370 – Código Civil Francês
“ Certas obrigações são formados sem recurso a qualquer acordo, ou por qualquer pessoa que se compromete, ou por daquele ao qual está vinculado.
Um resultado do Estado de direito, o outro nasceu de um fato pessoal de quem é responsável.O primeiro são as obrigações adquiridas involuntariamente, como os adquiridos entre proprietários vizinhos, ou tutores e outros administradores não pode recusar o papel que lhes foi confiado.
As obrigações decorrentes de um fato pessoal de quem é responsável, resultante de quase-contratos,ou crimes ou delitos, são o tema deste título”.
Código Civil Italiano de 1942 serviu de inspiração para o atual código civil brasileiro.
Art. 1173 – Código Civil Italiano ( Fontes das Obrigações)
“As fontes das obrigações são contrato,o delito ,ou qualquer outro ato ou fato provável para produzi-los ,de acordo com o sistema jurídico”.
No Código Civil brasileiro não temos as fontes das obrigações,mas a doutrina estabeleceu a seguinte sistemática.
a) Lei
b) Contratos
c) Declarações unilaterais de vontade
d) Atos ilícitos

DEFINIÇÃO
Trata-se do dever de indenizar decorrente de fato danoso imputável à determinada pessoa.

RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL
Trata-se da obrigação de indenizar, havendo uma relação jurídica contratual por descumprimento de obrigação pactuada em contrato.
RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL
É a obrigação de indenizar dano decorrente de conduta imputável à parte que cometa ato ilícito.
Art. 186 CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927 CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Também comete ato ilícito e deve indenizar o titular de um direito que ao exerce-lo, excede os limites impostos pelo fim econômico ou social, pela boa fé ou pelos bons costumes.
Em nosso ordenamento jurídico a responsabilidade civil extracontratual caracteriza-se independente de eventual condenação na esfera penal.
Abuso de direito
" neminem laedit qui sure suo utitur" ( quem exerce direito próprio não prejudica ninguém"
Corrente subjetiva :
Critério de intencionalidade - dolosa
Critério técnico - culpa e dolo
Corrente objetivista :

Critério econômico
Critério teleológico ( finalidade)
RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTO AO FUNDAMENTO
responsabilidade civil subjetiva ( culpa ou dolo)
Responsabilidade civil objetiva (risco)
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA
É considerada como regra em nosso ordenamento jurídico, é aquela que necessita de culpa ou dolo do agente para sua caracterização. Ocorre quando presentes os seguintes requisitos (pressupostos da responsabilidade civil):



Para o direito civil brasileiro, não há diferenciação entre culpa ou dolo para fins de caracterização do dever de indenizar, ou seja, para a esfera civil é a mesma, o dever de indenizar.

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA
É aquela que se caracteriza pela conjunção da conduta, dano e nexo causal, sem a p elemento subjetivo (culpa ou dolo) do agente.
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade desenvolvida pelos autor do dano implicar risco para os direito de outrem (teoria do risco).
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA PELO FATO DE OUTREM.
Trata- se da responsabilidade prevista em lei por fato cometido por outrem, independente do elemento subjetivo (culpa ou dolo) de sua conduta. São responsáveis por atos de outrem os sujeitos tipificados no art. 932 CC.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Note que não há a verificação de culpa ou dolo pelo responsável, mas tem quedáveis conduta culposa daqueles pelos quais são os responsáveis.
Aquele que ressarcir o dano causado por outrem, pode reaver o que houver pagado daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano seja descendente seu.
RESPONSABILIDADE CIVIL POR FATO DE ANIMAL
Responde independente de culpa, o dono, ou detentor do animal pelo dano por este causado, se não provar culpa da vitima ou força maior.
Não há responsabilidade pelos animais silvestres, ainda que estes estejam em propriedade privada.Contudo se aprisionados pelo homem, incide a teoria da responsabilidade civil sobre os donos.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA POR RUÍNA DE EDIFÍCIO OU CONSTRUÇÃO.
O dono do edifício ou construção responde independente de culpa, pelos danos que resultarem de ruína por falta de reparo.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA POR QUEDA DE OBJETO DE PRÉDIO
Aquele que habitar prédio, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem acidentalmente ou forem lançadas.(independente de culpa).
No caso de condomínios, quando não for possível saber qual a unidade foi responsável, o condomínio responde como um todo.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA PELO FATO DA COISA
Comprovado que o dano foi causado em razão da coisa, aquele que detém o seu domínio responde objetivamente ( independente de culpa ou dolo). No entanto, só se cogita a responsabilidade pelo fato da coisa estadear causa sem a participação direta de seu dono ou guardião, e desde que o agente tenha de fato incorrido em culpa.
Se houve a participação direta do proprietário, a responsabilidade não se dá pelo gato da coisa, mas sim pelo próprio fato.
Exemplo: O proprietário de veiculo é responsável objetivamente por danos que seu veiculo causar à terceiros, mesmo que não tenha participado do evento danoso.contudo se quem participou do acidente foi o próprio proprietário do veiculo, a responsabilidade será apurada não pelo fatora coisa, mas sim por fato próprio.
RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTO AO AGENTE:
Direta (ação ou omissão)
Indireta (oriunda de um ato de terceiro ou fato)
Conduta lesiva (omissiva ou comissiva) ,tem que intencional ou com culpa ( Stricto Sensu)
Dano patrimonial ou moral ( lesão , diminuição  , restrição utilidade)
      Dano moral somente foi reconhecido à partir da CF 88.vem a ser a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa natural ou Jurídica.
Nexo de causalidade entre o dano e a ação ( o vinculo entre o prejuízo e a ação chama-se "nexo causal".)Deverá ser provado pelo autor da demanda.
Importante : Não confundir nexo causal com imputabilidade.
Imputabilidade diz respeito a elementos subjetivos, nexo causal diz respeito a elementos objetivos.
TEORIAS
1) Teoria da " Conditio sine qua non" ( equivalência dos antecedentes/ das condições/ teoria da condição necessária) ( criada por Von Buri)
Utilizada no direito penal e Henri de Page e Marty e Raymaud ( Bélgica) tentaram adaptar no direito civil.
2) Teoria da causalidade adequada ( Von Bar, Von kíries, Von Thur, Rumelin e Ennecerus, Demogue) - predomina no Direito Civil. O efeito deve ser proporcional a causa.
CRITÉRIOS
Critério da previsibilidade objetiva.
Critério do prognostico retrospectivo
Inversão do ônus da prova ( réu tem que provar) - Ennecerus ( CDC)
3) Teoria do dano direto e indireto ( Binding, Oertmann, Biermeyer, Mayer, Pothier, Coviello, Mosca)
Prevalece a teoria da causalidade adequada no nosso ordenamento jurídico.
CORRENTES DE PENSAMENTO JURÍDICO
 corrente monista/ unitária
Corrente Dualista/ Binária ( se subdivide em 6 outras teorias)
2.1) Teoria da extraordinariedade : fortuito são fenômenos previsíveis , mas não quanto ao momento ou lugar, força maior seria totalmente imprevisível.
2.2) Teoria da previsibilidade da irrestibilidade : fortuito fato completamente imprevisto, força maior é previsível mas inevitável.
2.3) Teoria das forças naturais e do fato de terceiro : força natural é força maior, fortuito ... ( prevalece entre os dualistas)
2.4) Teoria da diferenciação quantitativa: fortuito não pode ser previsto numa diligencia comum, força maior nem com cuidado daria pra afastar.
2.5) teoria do conhecimento : força maior é a força natural
2.6) teoria do reflexo sobre a vontade humana : fortuito consiste na relação entre um fato ...
INDENIZAÇÃO
É a recomposição do dano por quem o causou. Nosso ordenamento jurídico acolhe a teoria de que a indenização da melhor forma a recompor o lesado, medindo-se pela extensão do dano (principio da indenização integral).
Art. 944 CC. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Os bens do autor da ofensa ou violação ficam sujeitos a reparação do dano causado e se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Se a vitima tiver culpa para o evento danoso , a sua indenização será fixada , tendo em conta a gravidade de sua culpa.
No caso de homicídio, a indenização será computada, sem prejuízo de outras reparações, pelo pagamento do tratamento da vitima, seu funeral, luto da família e pela prestação de alimentos às pessoas a quem o morto sustentava, levando em conta a expectativa de vida da vitima.
No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, a indenização será pelas despesas de tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, além dos prejuízos que o ofendido prove haver sofrido.
Se da ofensa resultar defeito físico pelo qual o ofendido não possa executar seu oficio ou profissão, ou diminuição da capacidade trabalho, a indenização deverá ser além das despesas de tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá pensão correspondente aos ganhos do ofendido.
DANOS INDENIZÁVEIS



EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
São hipóteses que eliminam o dever de indenizar do agente:
legitima defesa : quando o dano vier de conduta praticada pelo agente em legitima defesa.
estado de necessidade : quando o agente estiver em estado de necessidade e nessa condição causar dano à outrem.
Por culpa de terceiro (pode existir mas não romper nexo de causalidade, por ex. Motorista embriagado invade pista e é atingido por terceiro e vem a colidir com outro veiculo).
exercício regular do direito: não pode haver dever de indenizar, uma vez que está acobertado pelo ordenamento jurídico.
culpa exclusiva da vitima ou de terceiro : quando o elemento subjetivo ( dolo ou culpa) , não seja imputado ao agente, mas sim exclusivamente à vitima ou terceiro, não há o dever de indenizar.
caso fortuito ou força maior : por serem imprevisíveis e inevitáveis não há o dever de indenizar.( art. 393 CC. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado)  baseado na corrente monista / unitária.
clausula de não indenizar : quando expresso em contrato esta clausula, não será compelido à reparação de eventual dano.Só pode ser aplicada se estivermos falando de responsabilidade contratual.

PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
NOÇÕES GERAIS EM TORNO DOS REQUISITOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Entendemos que a responsabilidade civil requer:
Existência de uma ação,comissiva ou omissiva, que se apresenta como um ato ilícito ou lícito,pois ao lado da culpa,temos o risco.A regra básica é que a obrigação de indenizar,pela prática de atos ilícitos,advém da culpa.Será ato ilícito se a ação contrariar o ordenamento jurídico,integrando a responsabilidade extracontratual (CC, arts.186 e 927), e se não cumprir obrigação contratual (CC, art.389).Mas o dever de reparar pode se deslocar para aquele que procede de acordo com a lei, hipótese em que se desvincula o ressarcimento do dano a culpa, deslocando a responsabilidade para o risco. (arts. 927 § único e 931 CC).
Ocorrência de um dano moral e/ou patrimonial causado à vitima por ato comissivo ou omissivo do agente ou de terceiro por ele imputado,responde pelo animal ou coisa a ele vinculada. Não pode haber responsabilidade civil sem dano. E além disso o dano moral é cumulável com o patrimonial.
Nexo de causalidade entre dano e ação (fato gerador da responsabilidade). Se o lesado experimentar um dano ,mas este não resultou da conduta do réu, o pedido de indenização será improcedente.Será necessária  a existência de causa excludentes de responsabilidade.
AÇÃO
Conceito de ação: 
Elemento constitutivo da responsabilidade civil ,vem a ser o ato humano, comissivo ou omissivo,ílicito ou lícito voluntário do próprio agente ou de terceiro, ou fato de animal ou coisa inanimada.
A ação poderá ser Ilícita ou lícita:
Ilícita decorre de culpa
Lícita decorre do risco
O comportamento do agente poderá ser uma comissão ou omissão:
Comissão é a pratica de um ato que não deveria se efetivar.
Omissão é a não observância do dever de agir ou da prática de certo ato que deveria se realizar.
A omissão é em regra a mais frequente,deverá ser voluntária,sendo excluídos os atos praticados sob coação,inconsciência,hipnose,delírio,ataque epiléptico,tempestades,incêndios,inundações.
Culpa como fundamento da responsabilidade civil
Em nosso ordenamento jurídico vigora a regra que o dever rescisório pela prática de atos ilícitos decorre de culpa. não havendo culpa não haverá em regra qualquer responsabilidade.
Se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.Ao titular da ação cabe optar entre acionar um ou à todos.
O ilícito tem duplo fundamento: a infração de um dever preexistente  e a imputação do resultado à consciência do agente, para sua caracterização é necessário que haja uma ação ou omissão voluntária, e que o infrator tenha o conhecimento da ilicitude de seu ato.
Definição e classificação da culpa
A culpa em sentido amplo, compreende:
O dolo que é a vontade consciente de violar o direito, com a consecução do fim ilícito.
E a culpa em sentido estrito é caracterizada pela:
Imperícia: falta de habilidade ou inaptidão para praticar certo ato;
Negligencia: é a inobservância de normas que nos ordenam agir com atenção, capacidade, solicitude e discernimento;
Imprudência: é a precipitação ou o ato de proceder sem cautela.
Não há responsabilidade sem culpa, exceto disposição legal expressa, caso em que se terá responsabilidade objetiva.
Havendo culpa a obrigação de reparar o dano è a mesma, haja dolo ou culpa. Todavia há certas hipóteses , na responsabilidade contratual, em que só o dolo ou só a culpa originam o dever rescisório.
Art. 392 CC. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Pode a culpa ser classificada:
culpa contratual : em função da natureza do dever violado, se tal dever se fundar num contrato.
Art. 389 CC. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Quem pedir indenização por culpa contratual não precisará prova-lá, cabe ao devedor provar a inexistência de culpa, caso fortuito, força maior, ou de outra causa de excludente de responsabilidade.
b) culpa extracontratual ou aquiliana: se funda na violação de preceito geral de direito , ( art. 186 e 927 CC).
Art. 186 CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927 CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Se pretender indenização pela culpa extracontratual (aquiliana), será necessário prova-lá, o ônus da prova caberá à vitima, por não existir a presunção de culpa como ocorre na relação contratual.
Quanto à sua graduação
A culpa será:
a) Grave: dolosamente houver negligencia extrema do agente.
b) Leve: quando a lesão do direito puder ser evitada com atenção comum ou diligencias própria de um bonus pater familias ( bom pai de família ).
c) Levíssima: se a falta for evitável por uma atenção extraordinária, ou especial habilidade e conhecimento singular.
Para a grande maioria dos juristas a gravidade da culpa não exerce qualquer influencia na reparação do dano.Todavia o art. 944 CC autoriza o magistrado a decidir por equidade.
Relativamente aos modos de sua apreciação
Considerara- se:
a) In concreto : quando a culpa se atém ao exame da imprudência ou negligencia do agente.
b) In abstracto: quando se faz uma analise comparativa da conduta do agente com a do homem médio ou da pessoa normal.
Quanto ao conteúdo da conduta culposa
a) Culpa in committendo ou in faciendo : se o agente pratica um ato positivo (imprudência).
b) Culpa in omittendo: comete- se uma abstenção (negligencia)
c) Culpa in eligendo: má escolha daquele a quem se confia a pratica de um ato ou adimplemento da obrigação.
d) Culpa in vigilando: decorre da falta de atenção com o procedimento de outrem, falta de vigilância pode recair sobre a coisa.
e) Culpa in custodiendo: é a falta de cautela ou atenção em relação à um animal ou objeto.
Imputabilidade
São imputáveis a uma pessoa todos os atos por ela praticados, livre e conscientemente. Para que haja imputabilidade é essencial a capacidade de entendimento.
Há certas circunstâncias que constituem exceções à imputabilidade, como:
a) menoridade: responsabilidade será de seus representantes legais
b) demência : responsabilidade objetiva será de seus curadores
c) anuência da vitima : o prejudicado consente na lesão a seu próprio direito, pode ser direta ou indireta.portanto não haverá ilicitude na conduta do levante.
d) exercício normal de um direito: lesão a direito alheio por um ato no exercício regular do direito, sendo assim não há imputabilidade. Exemplo: proprietário de terreno que constrói edifício prejudicando a vista do vizinho, ele está no seu direito de construir.
e) legitima defesa: é excludente de imputabilidade desde que o dano causado pelo ofensor seja em repulsa à agressão de terceiro ofendido.
f) estado de necessidade: ofensa do direito alheio para remover perigo iminente, quando as circunstancias o tornarem absolutamente necessário.A ação é licita ,mas nem sempre isenta o agente do dever de indenizar, a não ser que o dono da coisa destruída seja o culpado da situação que gerou estado de necessidade.Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro o autor terá direito a ação regressiva para reaver a importância que tiver ressarcido ao lesado.Se o culpado for o próprio dono do bem danificado não terá direito a qualquer indenização.
Exemplos : sacrifício de automóvel alheio para salvar uma vida.
Responsabilidade sem culpa
Como em alguns casos a teoria da culpa , que funda a responsabilidade na culpa, caracterizando-se pela violação de uma dever contratual ou extracontratual. A corrente objetivista desvinculou o dever de reparação do dano da idéia de culpa, baseando -se na atividade lícita ou no risco.o agente deverá ressarcir o prejuízo causado, mesmo que isento de culpa, porque sua responsabilidade é imposta por lei independente de culpa.O dever rescisório, estabelecido por lei, ocorre sempre que se positivar a autoria de um fato lesivo, sem necessidade de se indagar se houve ou não erro na conduta.
A responsabilidade objetiva funda- se no principio da equidade : aquele que lucra com uma situação deve responder pelo risco ou pelas desvantagens delas relutantes.Tem como fundamento a atividade exercida pelo agente.
É preciso deixar claro que o perigo deve resultar do exercício da atividade e não do comportamento do agente.
A responsabilidade, fundada no risco, consiste na obrigação de indenizar o dano produzido por atividade exercida.
A obrigação de indenizar é, portanto, imposta por lei a certas pessoas, independente da pratica de qualquer ato ilícito, considerando-se que determinadas atividades produzem risco ( ex. Estradas de ferro, aeronáutica,mineração etc.)
Portanto nosso ordenamento jurídico reconhece-se em determinadas hipóteses a responsabilidade objetiva.
Na responsabilidade subjetiva o ilícito é seu fato gerador de modo que o imputado deverá ressarcir o prejuízo. Se se provar que ouve dolo ou culpa na ação . Sua responsabilidade será individual, podendo ser direta (ato próprio)  ou indireta (culpa presumida em lei). Relativamente à responsabilidade indireta, o imputado responderá objetivamente por ato de terceira pessoa, ou subjetivamente por fato de animal ou coisa inanimada.
Na responsabilidade objetiva, a tivesse que gerou o dano é lícita, mas causou perigo a outrem. A vitima deverá pura e simplesmente demonstrar o nexo causal entre o dano e a ação que o produziu.
 A responsabilidade sem culpa ou objetiva, fundada na teoria do risco, decorre de:
Acidentes de trabalho, resultantes do exercício de atividades perigosas ( ex. produtos químicos ),furto de valores praticado por empregado de hotéis contra hóspedes,ato culposo de proposto ou serviçal no exercício de seu trabalho(pois o empregador responderá pelos erros e enganos daquele), queda de objetos de uma casa ou seu lançamento em lugar indevido, pagamento de cheque falsificado por banco, comportamentos administrativos prejudiciais a direito particular (ato de funcionário público),atos praticados no exercício de certos direitos ( Art. 1.285 CC. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.)
DANO
O dano é um dos pressupostos da responsabilidade civil, contratual ou extracontratual, não pode haver ação de indenização sem prejuízo.
A responsabilidade resulta em obrigação de ressarcir.Sendo imprescindível a prova real e concreta da lesão, sendo necessário a comprovação de um dano patrimonial ou moral.

O dano poderá ser :
patrimonial: compreende o dano emergente( imediata diminuição do patrimônio) e o lucro cessante (dano projetado, que deixou de ganhar).
Moral: em sentido lato (amplo), conhecido também por dano extrapatrimonial, é o prejuízo causado a algum direito personalíssimo da vítima.
A expressão Dano no ( Art. 944 CC. A indenização mede-se pela extensão do dano) , abrange não só os danos individuais,materiais ou imateriais,mas também os danos sociais,difusos,coletivos e individuais.
Para que haja danos indenizáveis,serão requisitos:
a) diminuição  ou destruição de um bem jurídico, patrimonial ou moral,pertencente a uma pessoa.
b) efetividade ou certeza do dano, pois a lesão não poderá  ser hipotética, deve ser real e efetivo.
c) causalidade , deverá haver uma relação entre a falta e o prejuízo causado.
d) subsistência do dano no momento da reclamação do lesado , se o dano já foi reparado pelo responsável o prejuízo é insubsistente.
e) legitimidade, pois a vítima,para que possa pleitear a reparação precisará ser titular do direito atingido.
f) ausência de causas excludentes de responsabilidade.
Dano Patrimonial.
Conceito: Para se definir o dano patrimonial partimos do conceito do patrimônio.
O dano patrimonial vem a ser lesão concreta,que afeta o patrimônio da vitima, consiste na perda total ou parcial.
Dano patrimonial poderá ser direto e indireto.
direto : o dano que causa imediato prejuízo no patrimônio da vitima.Exemplo: destruição de um carro.
Indireto: o dano que atinge interesses jurídicos extrapatrimoniais do lesado (direitos da personalidade),  Exemplo: despesas com tratamento de lesão corporal.
Designamos dano direto o causado à própria vitima e indireto o causado por terceiros em razão do mesmo evento danoso.
Denomina-se dano direto o prejuízo que for consequência imediata da lesão e dano indireto o que resulta da conexão do fato lesivo com o acontecimento, ( pressuposto da responsabilidade civil)
A doutrina elenca três critérios de distinção entre dano patrimonial direto e indireto:

Quanto ao prejuízo:
Direto é o dano que causa imediatamente um prejuízo.
Indireto será o dano eventualmente causado à personalidade ou mesmo ao patrimônio e pode ter ou não relação com o dano direto.

Quanto à vítima.
Pode ser diretamente a pessoa lesada ou os terceiros que de alguma forma experimentaram a lesão.
Quanto à causa.
Pode ser diretamente relacionado à lesão ou resultar da conexão do fato lesivo com outro acontecimento

Dano emergente e lucro cessante:
Os danos emergentes também são chamados de positivos, Representam uma redução atual, concreta sobre o patrimônio da vítima.
Os lucros cessantes são chamados, também, de frustrados ou negativos. Trata-se das vantagens econômicas que o credor deixou de auferir por causa do prejuízo sofrido.
Dano Moral
Dano moral, em sentido lato (amplo), conhecido também por dano extrapatrimonial, é o prejuízo causado a algum direito personalíssimo da vítima.poderá ser atribuído tanto a pessoa natural quanto jurídica.
Enquanto no patrimonial fala-se em indenização, ressarcimento (restabelecer o patrimônio financeiro lesado), o dano moral não tem preço (atinge bens invaloráveis – nossa integridade moral, psíquica, nossa honra). Não se fala em indenização e sim em compensação. Sua natureza é, portanto, compensatória.

Teorias do Dano moral - Evolução doutrinária
É possível distinguir, doutrinariamente, três fases da evolução doutrinária de dano moral:

a) Irreparabilidade (corrente negativa) : dano moral não poderia ser indenizado porque não haveria meios para quantificar.
b) Não cumulação (corrente afirmativa limitada) : reconhece a possibilidade de indenização por danos morais porém nega a possibilidade de sua cumulação com os danos patrimoniais.
c) Cumulação (afirmativa ampla): evolução da teoria da não cumulação, como acabamos de ver. Foi pacificada no Direito Brasileiro com a Súmula 37 do STJ: são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
Fixação dos danos morais.
A indenização por danos morais deve atender a um duplo critério: penalizar e educar. Os parâmetros de reparação adotados pela jurisprudência brasileira são:

Fixação da obrigação de reparação por danos morais.

Delimitação da reparação devida : Situação econômica do agente, Gravidade da extensão do dano.

Observância da função desestímulo à reincidência.

Dano moral em caso de morte

Recai sobre a família por ex. filho que ajudava a mãe etc.

Dano Estético

Dano estético é o prejuízo extrapatrimonial decorrente da violação de direito físico da personalidade que proporciona um desvalor social da imagem ou da integridade física da vítima. Pode-se admitir que seria uma modalidade de dano indireto.
São exemplos: mutilação de membros, cicatrizes (ainda que em locais escondidos), perda de cabelos, sombrancelhas, dentes, voz, etc.


NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE DANO E A AÇÃO QUE O PRODUZIU.

A responsabilidade civil não pode existir sem a causalidade entre o dano e a ação que o provocou,chamado nexo causal.
Sendo o nexo causal um dos pressupostos da responsabilidade civil,ele deverá ser provado pelo autor da demanda.

Nexo de causalidade e imputabilidade

Não há de se confundir nexo causal com imputabilidade,pois a imputabilidade diz respeito a elementos subjetivos e o nexo causal a elementos objetivos.


Responsabilidade do Produtor por fato do produto ou por fato do serviço.
Vicio X Defeito
Defeito : problemas que envolvem a segurança do consumidor.
Vicio: produto que não cumpre o seu papel.
O prazo para o fabricante consertar o bem é devido quando é vicio.
Avião cai: defeito do serviço ( fato do serviço)
Carro sem freio : defeito do produto ( fato do produto)
Maionese estragada em restaurante: defeito do serviço ( fato do serviço)
Adquiriu 1 kilo de queijo, mas veio 800 grs.: é vicio do produto

Conceito : Defeito que sucinta o dano não é o defeito estético, mas o defeito substancial que envolve a segurança.
Defeitos podem ser:
De criação ou de concepção: ex. Rebate do banco traseiro do Fox, Eixo traseiro do Fiat Estilo que saia.
De produção ou de fabricação : ex.carro que saem com defeito ( série que foi utilizado material inferior)
De informação : ex. Manual de instruções não especifica os cuidados de utilização.
Art.12 CDC ( produtos)
Independente de culpa : responsabilidade objetiva.
Art.14 CDC ( serviços )
Defeitos no serviços de hotelaria, guarda de veículos, energia elétrica, transmissão de internet.
Para os dois artigos temos a clausula geral de responsabilidade objetiva.( respondem independente de culpa)

Três hipóteses de isenção de responsabilidade:
Ficar provado que não foi o fabricante que colocou o produto no mercado. ( ex. Tênis falsificado)
Sendo provada a inexistência ou defeito
Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro ( mal uso)
Art.12 § 3º CDC
Responsabilidade civil das pessoas Jurídicas e de direito público.
Profissional liberal : Considera se profissional liberal pessoa física que desempenhe atividade  ou ocupação de nível  superior em favor de outrem caracterizada pela ausência de vínculos hierárquicos e pela natureza predominante técnica e intelectual.
CDC
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. (responsabilidade objetiva)
§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. (responsabilidade subjetiva como exceção)
Responsabilidade do Estado : pessoas Jurídicas de direito público
Art.41 CC ( São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código
Constituição Imperial  de 1924.
"Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolavel, e Sagrada: Elle não está sujeito a responsabilidade alguma."
Em contrapartida, encontra-se no Capítulo VI, do mesmo título, ao definir as responsabilidades do Ministério:
O que vale hoje em dia o que vale é a teria do risco administrativo.
Existe a responsabilidade do Estado por atos legislativos , por atos da autoridade judiciaria.
Art. 630 CPP .O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
§ 1º - Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.
Art. 322 CP .Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
Exercício arbitrário ou abuso de poder
Art. 350 CP.Ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder:
Sempre vai caber ação regressiva do Estado contra o funcionário
Art. 175 CF.Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Art. 37.CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte.


Modelo de Petição de Defesa Trabalhista no que Tange a Horas Extras, Locação de Veículos, Necessidade da Comissão de Conciliação Prévia

EXMO. SR. DR. JUIZ ª VARA DO TRABALHO DE yyyyyyyyyyy - xx
Processo nº xxxxxxxx













xxxxxxxxxxxxLTDA., pessoa jurídica de direito privado com sede em Belo Horizonte - MG, à Rua xxx xxxx, Bairro xx xxx, CEP xxxx-020, inscrita no CGC/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, vem, respeitosamente, por seu advogado infra-assinado, nos autos da Reclamatória Trabalhista movida por xxxx xxxx DE xxx, processo em epígrafe, apresentar DEFESA, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.


PRELIMINARMENTE

Urge ressaltar, que a presente demanda não pode ter seu mérito apreciado, uma vez que falta ao Autor o pressuposto processual insculpido no art. 625-D da Consolidação das Leis do Trabalho.

Com efeito, conforme demonstra a documentação em anexo, os sindicatos representativos das partes formalizaram e instituíram a Comissão de Conciliação Prévia, nos termos da Lei nº 9.958/00.

Entretanto, o Autor afrontando o dispositivo legal, não submeteu seus pleitos ao crivo da Comissão, faltando-lhe, portanto, pressuposto para o ajuizamento do presente feito.

O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, vem, reiteradamente, corroborando este entendimento, in verbis:


COMISSÃO PRÉVIA DE CONCILIAÇÃO. Não comprovado com a inicial que a parte tenha levado sua demanda, primeiramente, ao crivo das Constituições Prévias de Conciliações, mister extinguir o feito, sem julgamento do mérito (artigo 267, IV), em face da ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo. (TRT 3ª R. - 3T - RO/0991/01 Rel. Juiz Paulo Maurício Ribeiro Pires - DJMG 27/03/2001 P.16).


EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO - POSSIBILIDADE - ART. 625-D/CLT - LEI 9958/00 (COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA) - NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL E DIREITO DE AÇÃO - INEXISTÊNCIA - COISA JULGADA FORMAL E MATERIAL - A extinção do processo sem julgamento de mérito, em quaisquer das hipóteses legalmente previstas no CPC (art. 267), de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, não significa que o julgador furtou-se a realizar a prestação jurisdicional. Isto porque, a decisão de extinção do processo sem julgamento de mérito também sentença, restringindo-se a atividade jurisdicional ao exame de matéria preliminar que, se não ultrapassada, prejudica o exame de mérito da ação. (TRT 3ª R. - 1T - RO/0246/01 Rel. Juiz José Eduardo de Resende Chaves Júnior - DJMG 30/03/2001 P.06).


EMENTA: COMISSÕES PRÉVIAS DE CONCILIAÇÃO. O artigo 625-A da CLT faculta a instituição de Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária com representantes dos empregados e dos empregadores, com a finalidade de tentar a conciliação dos conflitos individuais do trabalho. No entanto, entendo que, uma vez instituída, na localidade da prestação de serviço, a Comissão Prévia de Conciliação, qualquer demanda de natureza trabalhista deverá submeter-se a ela, salvo motivo relevante devidamente comprovado, sob pena de extinção do processo sem julgamento do mérito por ausência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo. o que se infere do artigo 625-D da CLT e seu § 3º. Assim, a conciliação prévia constitui, como, aliás, já ocorre nos dissídios coletivos, um pré-requisito da ação, não se podendo deixar de enfatizar a sua importância como meio de solução pacífica dos conflitos individuais.
(TRT 3ª R. - 2T - ROPS/1546/01 Rel. Juíza Cristiana Maria Valadares Fenelon - DJMG 22/05/2001 P.06).


EMENTA: COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. OBRIGATORIEDADE. PRESSUPOSTO PROCESSUAL. Tem-se que o artigo 625-D, da CLT, contém norma de cunho imperativo, ou seja, existindo a Comissão de Conciliação, e não sendo esta de uso facultativo pelas normas que lhe instituíram, constitui-se em pressuposto processual a prévia tentativa de conciliação junto à referida Comissão. Tal não ocorrendo, correta a extinção do processo, sem julgamento do mérito, nos termos do artigo 267, IV, do CPC. (TRT 3ª R 5T RO/12478/01 Rel. Juiz Emerson José Alves Lage DJMG 24/11/2001 P.17).



Pelo exposto, requer a extinção deste processo, com fulcro no art. 267, IV, do Código de Processo Civil, condenando o Autor ao pagamento de custas processuais.



DOS FATOS E FUNDAMENTOS

Do Pacto Laboral


O Autor foi admitido na Reclamada em xxx/10x/xxxx e teve seu contrato rescindido em xxx/03/xxxxxx, conforme documentação em anexo.

Recebeu correta e tempestivamente todas as parcelas rescisórias, conforme comprova o TRCT em anexo.



Do real salário do reclamante

O real e maior salário do reclamante foi o valor de R$ xxxx,00 (xx e xxx reais), conforme faz prova o Contrato de Trabalho, Recibos Salariais, Ficha de Registro de Empregado e TRCT em anexo.


Em relação a absurda assertiva do Reclamante, o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, já se manifestou, exigindo prova inequívoca e robusta de pagamento para sua configuração, O QUE NÃO OCORREU, vejamos a jurisprudência:



Salários - Pagamento “Por Fora” - Prova.
A alegação de pagamento “por fora” exige, para seu acolhimento, robusta demonstração, tornando impossível o deferimento com fulcro apenas em indícios . (RO/4071/94 - Juiz Pedro Lopes Martins, pub. 03/02/95)



Remuneração - Pagamento “Por Fora”- Prova.
O ônus de provar que havia pagamento por fora, para compor o conjunto remuneratório é do empregado. A prova deve ser firme e convincente e não por mera alegação. (RO/2583/92 - Juiz Agenor Ribeiro, pub. 26/03/93)



Além da rígida e inexorável inexistência de prova de constatação de pagamento “por fora”, tal condenação, que por absurdo venha a ocorrer, deve ser limitada ao período que a prova produzida pelo reclamante venha a comprovar.




Da Locação de Veículo Particular

Urge esclarecer a este Culto Juízo, que o Reclamante alugava seu veículo particular para a empresa, uma vez que exerciam trabalho externo em seu próprio carro.

Assim, pela locação do veículo dos reclamante, carro este que o mesmo utilizava em seu trabalho e lazer, a empresa pagou o valor de R$ xxxx,00 (vxxxxx reais) por dia, pela efetiva utilização em serviço (Vide Contrato e Recibos em anexo).

Assim, por questão de lógica jurídica, esta verba tinha como contraprestação a locação civil de bem móvel (veículo) - Instituto de Direito Civil - que o reclamante além de utilizar para seu próprio uso, utilizava para a prestação laboral.

Outrossim, também por obviedade, a parcela tem por escopo indenizar o empregado por despesas que o mesmo possui utilizando seu veículo para trabalhar, tais como combustíveis, lubrificantes, desgaste de peças, depreciação, etc. Assim, procura-se com esta parcela ressarcir tais despesas.

Destarte, inexoravelmente, tal parcela tem natureza jurídica indenizatória, como por várias vezes decidiu o E. TRT da 03ª Região, in verbis:

Processo: RO/15299/94
Turma: 4t
Data publicação: 17/10/1995
Relator: Juiz Márcio Túlio Viana
Data alteração: 13/11/1995
Ementa:
Locação de veiculo - desfiguração - relação de emprego - pela definição do artigo 1188, do código civil, a locação de coisa não compreende a prestação de serviços. Se o locador também prestava trabalho, este e objeto de ajuste distinto, que se presume ser o contrato de trabalho. O veículo e mero instrumento de trabalho, e nada impede que o empregado utilize ferramenta de sua propriedade.

Processo: RO/5650/98
Turma: 2t
Data publicaçãoo: 22/01/1999
Relator: Juiz Eduardo Augusto Lobato
Data alteração: 01/02/1999
Ementa:
Ajuda de custo de quilometragem - a verba paga a título de ajuda de custo, em razão de despesas com veículo de propriedade do empregado, tem natureza juridica indenizatória e não salarial, principalmente quando o valor se prestava a cobrir as despesas com consumo de combustível e com a depreciação do carro. (grifos acrescidos)

Processo: RO/5084/84
Turma: 3t
Data publicação: 14/06/1985
Relator/revisor: Juiz Ney Proenca Doyle
Data alteração: 27/03/95
Ementa: ajuda de custo - salário - tendo por objeto ressarcir despesas de locomoção, na execução do serviço, não tem caráter salarial e, sim, indenizatório, porquanto constitui um pagamento para que o serviço possa ser executado e não um pagamento pelo serviço prestado. Ainda que seja paga mensalmente, não integra o salário.


Ressalte-se que conforme comprova os recibos em anexo, todos os dias que o Autor utilizou seu veículo particular para trabalhar, lhe foi corretamente pago o aluguel nos exatos termos do Contrato de Locação de Veículo em anexo.


CONCLUSÃO SOBRE A REMUNERAÇÃO PAGA AO RECLAMANTE

Pelo exposto, conclui-se que o Reclamante recebia por mês em média R$ xxxxx,00, composto de salário mais locação de veículo particular (R$ xxx,00 X número de dias trabalhados).



Da real jornada de trabalho – Horas Extras

A jornada de trabalho do reclamante era a seguinte:

De 2ª a 6ª feira: de 07:30 às 17:30 horas, com 01:13 hora de almoço, conforme comprova o Contrato de Trabalho e Cartões de Ponto.

Entretanto, devido a peculiaridades do serviço, cumpriu outras jornadas (por exemplo: de 2ª a 6ª feira: de 07:00 às 16:00 horas; de 2ª a 6ª feira de 08:00 às 17:00 horas com 02 sábados por mês, com 01:30 hora de almoço entre outras).

Outrossim, cumpre ressaltar que apesar da existência de cartões de ponto (em anexo) os mesmos não refletem com rigor a realidade, pois, não havia qualquer fiscalização na jornada de trabalho dos Autor.

Saliente-se que nunca ultrapassou a 2640 (duas mil seiscentos e quarenta) horas no período de 12 meses. Isto é, como sua jornada mensal era de 220 horas e a Convenção Coletiva permite a compensação de horas e o Banco de Horas, no período de sua validade (12 meses) o Autor não trabalhou mais que 2640 horas, o que acarreta a improcedência do pedido de horas extras.


Ademais, Culto Juiz, o Reclamante exercia trabalho externo, fora das dependências da empresa e sem fiscalização, fazendo instalações telefônicas nas ruas, nos termos do art. 62 da CLT, o que acarreta a improcedência do pedido de horas-extras.


Pertinente ressaltar o entendimento jurisprudencial, in verbis:

“EMENTA: Tratando-se de serviço externo, sem controle pelo empregador da jornada, não há que se falar em horas extras” (TRT 03ª R. – 3T- RO/0169/86 – Rel. Juiz Ney Proença Doyle – DJMG 06/06/86)


“Executando o empregado, serviço essencialmente externo, surge a impossibilidade material da efetiva fiscalização e controle, bem como a aferição do tempo realmente dedicado às atividades da empresa, sendo indevidas horas extras.” (TRT, 02ª Região, 02ª Turma, 02930331440, in DOE-SP de 11-01-95, p.67)


Tribunal Regional do Trabalho - 3ª Região.
Primeira Turma
RO/7437/90
Rel. Juiz Aguinaldo Paoliello
DJMG 14/06/1991 P. )
EMENTA: HORAS EXTRAS-INTERVALO PARA REFEIÇÕES - SERVIÇO EXTERNO O intervalo para refeições se presume, principalmente em serviço externo, longe do controle efetivo do empregador, que somente anotava horas de início e término da jornada. A prova de que não havia intervalo, em função de tarefas excessivas, do empregado, em tais casos. Recurso ordinário provido parcialmente.


Tribunal Regional do Trabalho - 3ª Região.
Primeira Turma
RO/11370/91
Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo
DJMG 25/09/1992 P. )
EMENTA: horas extras - jornadas em serviço externo - em serviço não fiscalizado nem fiscalizável não há falar em horas extras. A possibilidade de horas extras em serviço externo depende de prova de que as tarefas atribuídas ao empregado não poderiam ser desempenhadas em horário normal.


O Colendo Tribunal Superior do Trabalho, em caso semelhante ao em tela, assim se manifestou, in verbis:


Origem: TST
Decisão: 06/12/1999
Tipo: ERR num: 303642 ano: 1996 região: 09
Embargos em recurso de Revista
Órgão julgador: Subseção Especializada em Dissídios Individuais
Fonte: DJ 04/02/2000 PÁG. 73
Relator: Ministro Rider Nogueira de Brito
Ementa: Horas Extras – trabalho em atividade externa
A inexistência de controle da jornada de trabalho do empregado que trabalha em atividade externa, afasta o direito a horas extras, em face da dificuldade de se apurar o quantitativo dessas horas extraordinárias, independente de haver sido cumprida a determinação constante do inciso I, do artigo 62 da CLT, qual seja, a anotação dessa condição na CTPS e no registro do empregado.



Desta forma, MM. Julgador, o reclamante não laborou extraordinariamente, pois, se eventualmente ultrapassou o horário normal de trabalho, as horas realizadas foram devidamente compensadas no horário normal, utilizando-se das hipóteses previstas nas cláusulas terceira e quarta da Convenção Coletiva de Trabalho denominada “Compensação e/ou Prorrogação de Jornada de Trabalho e Do Banco de Horas”.

Outrossim, se eventualmente trabalharam em sábados ou domingos, estes dias foram devidamente compensados com folgas durante a semana.


Do ônus da prova

Mais uma vez ressaltemos a Consolidação que dispõe no art. 818:

“A prova das alegações incumbe a parte que as fizer”

O Mestre Valentin Carrion ensina categoricamente in Comentários à CLT:

“ O trabalho em horário extraordinário é fato constitutivo”

Mais uma vez os Autores não se desincumbiram de provar a sua absurda alegação de trabalho extraordinário, o que demonstra a sua improcedência.

Ademais, é uníssono o entendimento de que cabe ao Autor provar indubitavelmente a existência de horas extras, vejamos a manifestação do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

HORAS EXTRAS - COMPROVAÇÃO - ÔNUS DA PROVA
“Horas extras - Apresentação de cartões de ponto. O entendimento desta Corte é no sentido de que a obrigação de comprovar as horas extras é do empregado, não gerando presunção de veracidade da jornada alegada na inicial o fato da empresa não ter juntado aos autos espontaneamente os cartões de ponto. Revista improvida ( Acórdão unânime da 1ª Turma do TST - RR 198.605/95.5 - 2ªR - Rel. Min. Regina Rezende Ezequiel - j.16.10.96 - Recte.Termomecânica São Paulo S/A; Recda: Ana Rosa Zanini - DJU 1 29.11.96, p. 47.449 - ementa oficial) - grifos nossos

No mesmo entendimento o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, in verbis:

Processo: ro/8411/92
Turma: 4t
Relator/revisor:Juiz Israel kuperman
Data alteração: 24/02/95
Ementa: horas extras - prova - a prova da existência de horas extraordinárias, cujo ônus cabe ao empregado, deve ser robusta e concludente não permitindo qualquer duvida. Quando ele não se desincumbe desse ônus, impõe o indeferimento de sua pretensão. (grifos acrescidos)


Destarte, improcedentes os pedidos “12 e 13” da exordial.



Das Férias, 13º salários,FGTS, saldo de salários

Todas as parcelas rescisórias e salariais foram corretas e tempestivamente pagas, bem como, as férias, 13º salários e os recolhimentos de FGTS, tudo conforme documentação em anexo.

Destarte, improcedentes os pedidos da exordial.



Do adicional de periculosidade

Não condiz com a verdade a afirmação de que o reclamante exercia atividades em situação de risco.

Como pode ser comprovado pericialmente a atividade do reclamante não tinha perigo algum, haja vista que manuseava redes de telecomunicações que estão em uma distância segura de redes de eletricidade.

Destarte, conforme comprovado na jurisprudência abaixo colacionada, é improcedente o pedido de adicional de periculosidade.


TST
Acórdão num: 341440 decisão: 02 12 1998
Tipo: RR num: 341440 ano: 1997 região: 04 uf: RS
Segunda turma
Fontedj data: 05 02 1999 partes recorrente: Alberto Bregão Souto.
Recorrida: Companhia Riograndense de Telecomunicações - CRT
Relator Ministro Valdir Righetto
Ementa: Adicional de Periculosidade (lei sete mil trezentos e
Sessenta e nove de oitenta e cinco).
Não há que se falar em pagamento de adicional de periculosidade a empregado de companhia telefônica, quando este tenta equiparar-se à categoria dos eletricitários, para usufruir do benefício.
recurso a que se nega provimento. (grifos acrescidos)


Destarte, improcede os pedidos “10 e 11” da exordial.


Do Desconto Indevido

A Reclamada nunca procedeu a nenhum desconto dos Reclamantes.

Destarte, improcede o pedido “14” da exordial.


DOS PEDIDOS

Pelo exposto, já impugnados todos os pleitos especificadamente, requer à Vossa Excelência que julgue IMPROCEDENTES todos os pedidos da exordial.


Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, requerendo desde já o depoimento pessoal dos Autores, novas provas documentais e testemunhais.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

yyyyyyyyyyyyyy, z de xxxx de xxxx



xxxxxxxx

OAB/yyy  no. xxx.xxxx

domingo, 10 de agosto de 2014

DIREITO DE RESPOSTA: Carta aberta ao prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque

CARTA ABERTA DE UM CIDADÃO SERRA-TALHADENSE
AO PREFEITO LUCIANO DUQUE

 
pc 3
Senhor prefeito,


Venho a público responder às questões equivocadas e desnecessárias levantadas pelo representante do poder executivo, durante entrevista à rádio A Voz do Sertão AM, na manhã da última sexta-feira, dia 8 de agosto. Relembre – IPTU: Duque avisa que SPC pode ser acionado e critica colegas do PT que são contra aumento.

Durante a entrevista o prefeito deixou clara a sua falta de preparo para lidar com as críticas, além da evidente necessidade em criar inimigos, seja entre os cidadãos comuns ou até mesmo com seguimentos da imprensa local.

Talvez seja por isso que a sua gestão anda até agora patinando, sem rumo algum e sem comando. No entanto, o meu objetivo é apenas esclarecer dois pontos exposto pelo prefeito.

1- O desserviço prestado ao encabeçar uma campanha pelo não pagamento do IPTU 2014.

O prefeito sabe que vivemos em um país democrático onde é a liberdade de expressão e de manifestação são garantidas pela Constituição Federal, que também assegura, dadas as dividas proporções, a desobediência civil, ou seja, é legítimo que os moradores de Serra Talhada se neguem a pagar o IPTU 2014, até porque o próprio prefeito sabe, ou pelo menos deve tentar saber, que os valores cobrados pelo município referente ao IPTU do corrente ano são desproporcionais e ilegais – alguns tiveram reajustes superiores a 300 % – porque entre outras coisas, não foram feita às devidas vistorias nos imóveis, conforme determina o Art. 33, do Código Tributário Nacional, para que a base de cálculo fosse o real valor venal.

Assim como também é ilegal a cobrança de taxa de limpeza pública e conservação de vias e logradouro, conforme decisão do STJ. O fato é tão escandaloso que a TV Asa Branca, à  filiada da Rede Globo, exibiu reportagem com os moradores da cidade indignados com o aumento, o que só vem a comprovar que o aumento é impopular.

Na verdade, o prefeito é quem anda prestando um grande desserviço – e não o cidadão Paulo César – à população de Serra Talhada ao implementar uma medida tão desastrosa como essa, pois se não houver revisão dos valores o problemas vai se repetir pelos anos seguintes, levando os contribuintes a se sacrificarem em função da incompetência administrativa da atual gestão a qual o senhor deveria estar à frente.

Por isso prefeito Luciano Duque, EU NÃO VOU PAGAR O IPTU 2014 enquanto não forem refeitos os cálculos e conclamo a todas as pessoas conscientes de Serra Talhada a fazerem o mesmo! Vamos exercer nossos direitos e mostrar ao prefeito a verdadeira força do povo serratalhadense!

 2- “Esse cidadão” foi à expressão usada pelo prefeito para se referir a minha pessoa, e por isso gostaria de dizer ao Sr. Luciano Duque, que Paulo César Gomes, é um cidadão de caráter, digno e honrado, que não anda rastejando igual a um réptil ou se camuflando igual a um camaleão para sobreviver.

“Esse cidadão”, senhor prefeito, apesar da origem humilde, estudou e estuda, e por isso conseguiu colocar no currículo um curso superior, uma especialização e a aprovação em vários concursos públicos.

O homem Paulo César não foi criado como um “playboyzinho mimado” que vivia destruindo o patrimônio da família, pois desde pequeno aprendi que temos que lutar por dias melhores, independente da classe social ou opção política, por isso nunca tive meu nome investigado pela polícia e nem sou taxado de traidor.
O militante político Paulo César nunca foi de aceitar injustiça, seja ela qual for e onde for. “Esse cidadão”, senhor prefeito, sempre esteve de um único lado e nunca precisei viver debaixo das asas dos coronéis, ao contrário do senhor.

E para concluir, gostaria de dizer ao prefeito que ao invés de atacar um cidadão comum, deveria explicar à população as centenas de perguntas que pairam sobre a sua estranha gestão.
Entre elas, as justificativas para a exoneração de um secretário a cada dois meses. Afinal, quem estava errado, os ex-secretários ou o senhor?

Também deveria explicar aonde foram aplicados o cerca de R$ 2,7 milhões para o Fundo Municipal de Educação (FME), que não foram repassados nos seus primeiros seis meses, ou então dizer quando vai sair do papel o anel viário? E quando vai pagar o 14º salário do funcionalismo?

Com a palavra o ilustríssimo Prefeito de Serra Talhada.

Serra Talhada, 10 de agosto de 2014.

Paulo César Gomes
Cidadão serratalhadense com muito orgulho

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

'Crocodilo monstro' é flagrado devorando tubarão em rio australiano

Do G1, em São Paulo
Um crocodilo de mais de cinco metros de comprimento chocou turistas ao devorar um tubarão-touro no rio Adelaide, no Parque Nacional Kakadu, no Território do Norte, na Austrália, na última terça-feira (5).Veja imagens no YouTube.

Crocodilo de mais de cinco metros oi flagrado na terça-feira (5) devorando um tubarão-touro no rio Adelaide (Foto: Reprodução/YouTube/InterestingLatestNews)

Crocodilo de mais de cinco metros oi flagrado na terça-feira (5) devorando um tubarão-touro no rio Adelaide (Foto: Reprodução/YouTube/InterestingLatestNews)

O duelo foi visto por 25 passageiros que estavam em uma embarcação de turismo. O momento em que o grande crocodilo devorava o tubarão foi registrado por Andrew Paice, que está viajando pela Austrália com a mulher e a filha.

domingo, 3 de agosto de 2014

OPINIÃO: A presença feminina no futebol de Serra Talhada e as primeiras transmissões radiofônicas

Por Paulo Cesar Gomes - Professor, escritor e pesquisador serra-talhadense

O mundo do futebol sempre foi dominado pelos homens, principalmente nas primeiras décadas do século XX. Porém, o sexo frágil foi lentamente rompendo as barreiras que separavam da bola e dos gramados. No que se refere a Serra Talhada, os espaços sempre foram restritos, principalmente em função do machismo e da falta de apoio para a formação de equipes femininas.

Por esses motivos, encontrar registros sobre a presença de mulher no futebol local é quase impossível. As raras fotos encontradas apontam a caracterização de uma mulher vista apenas como figurante, ou no mínimo, coadjuvante.

Um dos raros registros é do time do Odeon Futebol Clube, criado por Zé Ribeiro na década de 40. Na fotografia são identificadas duas mulheres.  A primeira do esquerdo é Nenén, aparentemente a porta bandeira parece ser esposa de algum dos jogadores ou de algum dos diretores do clube.  A outra moça do lado esquerdo é Gerusa, que também não se sabe nada sobre o seu vínculo com a equipe.

Odeon de Serra Talhada
Foto do time do Odeon Futebol Clube – década de 40
Em pé: Nenén, Antônio de Sá, Manoel de Constância, Amaury, Walfredo, Ivanildo, Luiz, Felinto, Manoel Carvalho e Geruza // Agachados e sentados: Chico de João Gomes, Genildo, Areinha, Zé de Lucas, Luciano e Zé de Carcanha.

 Já na década de 70, com a construção do estádio Pereirão e a ascensão do Comercial Esporte Clube, a presença das mulheres passou a ser vista com mais frequência nas arquibancadas. Era comum as famílias assistirem aos jogos nos finais de semana, sempre acompanhados de crianças e adolescentes.

No entanto, algumas presenças não eram muito bem vistas, como a de Nivalda – a mais popular dona de cabaré da época – e as suas “meninas”. Mesmo sendo fies torcedoras do Comercial, Nivalda e companhia, precisavam ser isoladas pela polícia em um canto do estádio, uma forma de distinguir os estilos de vida conflitantes.

Nivalda em entrevista para o Globo Repórter - 1977

Bar de Nivalda
Fotos do Bar de Nilvada – década de 70

Apesar do choque cultural existente, o espaço feminino ainda continuou delimitado e difícil de ser conquistado. A mulher só era vista como protagonista em jogos quando ocorriam eventos importantes. Em desses jogos foi registrado a entrada da Miss Pernambuco de 1974, a serra-talhadense Cilene Aubry, entrado em campo junto com os capitães do time Comercial e da equipe adversária. A primeira mulher a conseguir ter voz e vez dentro de um time foi Lia Lucas. Ela ocupou um lugar de destaque no Comercial.
Cilene Aubry em partida do Comercial 001
Foto de Cilene Aubry entrado em campo junto com os capitães do time Comercial e da equipe adversária e atrás do lado esquerdo Lia Lucas – 1974

O tempo passou e somente nos anos 90 encontramos um time de futebol feminino, e pelo incrível que pareça, surgiu justamente em um pequeno e até então esquecido bairro da cidade. Foi no bairro da Cachichola que as jovens do Palmeiras fizeram história, apesar da falta de apoio, elas conquistaram vários títulos locais em quase três de existência.

Time femino do Palmeras da cachichola 30.03.970001

Foto do time feminino do Palmeiras da Cachichola – 1997

 A RÁDIO A VOZ DO SERTÃO AM E AS PRIMEIRAS TRANSMISSÕES ESPORTIVAS

A Rádio A Voz do Sertão entrou em operação no dia 08 de janeiro de 1978, e desde então vem acompanhado os desenvolvimento do futebol profissional e amador da cidade. A rádio pioneira da cidade foi responsável por transmitir para praticamente todo território nacional os jogos do Comercial.

Segundo a radialista e ex-diretor da rádio José Honório, a primeira equipe esportiva da A Voz do Sertão tinha como comandante o grande Otávio Jr., que também era comentarista ao lado de Milton Baiano, e Wilsom de Souza e Gilberto Santos, eram os repórteres, o narrador era Wanderley Galdino, o plantão esportivo era feito José Honório. Em meados de setembro de 1979, Zé Honório passou a ser narrador e Gildo Godoy o comentarista, e as reportagens a cargo de Gilberto Santos e João Filho, o plantão ficou por conta de Roberto Nascimento.

Na época os jogos eram transmitidos com linhas da TELPE e era usada uma mesa portátil para transmitir os jogos. No Pereirão a emissora disponha de uma linha exclusiva, mas quando os jogos eram fora, era preciso solicitar duas linhas a TELPE com uma antecedência de 72h., já para as partidas fora do estado as linhas usadas eram da EMBRATEL.

Quando indagado sobre o período em que narrou jogos do Comercial, Zé Honório não disfarça a emoção. “Narrei vários jogos do Comercial. Era um time imponente, quase imbatível quando jogava em seus domínios. É difícil dizer qual jogo foi mais emocionante, pois foram muitos. Contra os três grandes da capital pernambucana, Madureira e São Cristóvão, do Rio de Janeiro (amistosos). Mas teve um que me lembro bem, pois foi muito marcante. Foi um amistoso contra o Ceará, que terminou empatada em 1 x 1, que Fio Maravilha jogou pelo Comercial e fez jogadas inesquecíveis.

Para ele existiram grandes jogadores que vestiram a camisa do time alvirrubro em suas diferentes fases. “É difícil dizer qual o melhor time do Comercial, mas muitos jogadores fizeram a diferença em épocas distintas, como os goleiros Edson I, Edson II e Beto do Batukão, Bria, Paulo Moura, Messias, Gula, Lula, Batista, Willams, Toninho, Colorado, Puritó, Grego. E tantos outros como o inesquecível Mimi, que pra mim, junto com Bria e Gula, eram jogadores diferenciados” conclui Honório.

Jose Honorio
Foto de Zé Honório

Outro radialista que também guarda grandes recordações da época transmissões esportiva é Nildo Gomes, que no final do anos 70 desistiu de fazer um teste de locutor que organizado pelo Otávio Jr.  porque viu uma fila quilométrica em frente ao prédio da emissora.

Após mais de cinco anos fora da cidade, Nildo Gomes, procurou José Honório, que na época já era o diretor da rádio A Voz do Sertão, para fazer um teste, a autorização foi dada e jovem Nildo e participou ao vivo de um programa de esportes da emissora falando sobre o jogo amistoso festivo entre o Náutico e o Botafogo – RJ, que seria realizado no final de semana seguinte no estádio “Pereirão”. José Honório gostou da participação de Gomes e o convidou para fazer os comentários e também trazer notícias diárias para o programa.

Nildo Gomes acabou sendo escalado para atuar como repórter na abertura da jornada esportiva durante a transmissão do confronto entre alvirrubros e alvinegros.  No entanto a grande para ele ainda estava por vir. “Por volta dos 30 minutos do 2º tempo um fato marcante aconteceu.

O locutor Wilson Marques que fazia o plantão no estúdio anunciou que a Rádio Tupi do Rio de janeiro entrava a partir daquele momento em cadeia com a rádio A Voz do Sertão e passaria a transmitir os minutos finais da partida”. Para o radialista estrear ao vivo e por tabela, mesmo que durante poucos instantes, em um link com uma rádio que atingia todo o território nacional foi uma grande surpresa.

Nildo apresentando show da cantora Amelinha na campanha de Miguel Arraes governador - Serra Talhada 1986 (1)
Nildo Gomes apresentado a cantora Amelinha no famoso comício de Miguel Arrares na Rua dos Correios em 1986


Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!



Publicado pelo portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 03 de agosto de 2014.

Fim à 'revista vexatória'

Da revista ISTO É - Paulo Moreira Leite


A reação indignada de familiares dos presos da AP 470 contra a chamada “revista vexatória” na entrada dos presídios do País estimulou a Secretaria de Direitos Humanos a debater o tema no Congresso. O ritual é conhecido: nos dias de visita a parentes que cumprem pena, mulheres e filhas de prisioneiros são despidas e apalpadas nas partes íntimas, em frente umas das outras.

Ao longo dos anos o assunto foi denunciado em inúmeras ocasiões. Filha da advogada Therezinha Zerbini, fundadora do movimento pela anistia durante o regime militar, a também advogada Eugênia Zerbini levou quatro décadas para conseguir denunciar o tratamento, constrangedor e desrespeitoso, que sofria durante visitas à mãe, companheira de cela de Dilma Rousseff, na década de 1970.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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