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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Rio São Francisco tem 63 espécies raras de peixes.


Peixes estão em 41 bacias hidrográficas na área abrangida pelo principal curso d’água do Nordeste. Metade dos animais de água doce vive em poças

Das 819 espécies raras de peixes de água doce identificadas em estudo recente, 63 estão na Bacia do Rio São Francisco, que corta o Nordeste. A partir do levantamento, a equipe indicou a necessidade de proteção de 540 áreas de bacias hidrográficas, das quais 41 se encontram na do São Francisco.

São três os critérios, segundo os estudiosos, para uma área ser considerada importante para a manutenção da diversidade de peixes. “Se sofre ameaça de obras de impacto sobre os recursos hídricos, como hidrelétricas, se não está protegida por unidades de conservação e se tem perdido cobertura vegetal”, detalha Thaís Pacheco Kasecker, da Conservação Internacional, uma das coordenadoras do estudo.

Os 41 locais identificados pelo estudo se encontram, explica Thaís, na zona de influência da Bacia do Rio São Francisco. “A área de drenagem da bacia possui 630 mil quilômetros quadrados e inclui o leito do rio principal e arredores.”

Metade das espécies de distribuição restrita que ocorrem na Bacia do São Francisco, mostra o trabalho, está em poças, e não nos rios. São os chamados rivulídeos, que dependem das chuvas para completar seu ciclo de vida. Conhecidos no Sertão como peixes-das-nuvens, eles permanecem em forma de ovos durante a estiagem e eclodem na estação chuvosa, quando se formam as poças d’água.

“Essas espécies são muito vulneráveis porque os charcos temporários onde vivem podem ser drenados ou aterrados em função da ocupação do solo, tanto na agricultura como nos processos de urbanização”, alerta Paulo Buckup, do Museu Nacional da UFRJ e presidente da Sociedade Brasileira de Ictiologia.

Já outros tipos, como o Stigichthys typhlops, são muito especializados, o que também torna um animal mais suscetível à extinção. “Vive apenas em rios subterrâneos e sua dependência em relação ao ambiente onde vivem fica evidente pelo fato de serem cegos e desprovidos de pigmentação”, informa Buckup.

Os cientistas conhecem apenas uma espécie de Stigichthys. “Se as fontes de água subterrânea secarem em virtude do consumo exagerado da água subterrânea, essa espécie única deixará de existir”, adverte o pesquisador.

Ele lembra, ainda, que outros peixes, como alguns tipos de bagres, foram descobertos por europeus no século 19, na região das cavernas calcárias de Minas Gerais, mas hoje raramente são encontrados. “Outros como alguns cascudos descritos no final do século 20 são peixes encouraçados que vivem apenas em determinados riachos na região de Belo Horizonte. A sua sobrevivência depende da existência de riachos com corredeiras de águas limpas.”

AMEAÇA

Para Cristiano Nogueira, da Universidade de Brasília, que integrou a equipe, a irrigação, comum na Bacia do São Francisco, se constitui em uma ameaça aos peixes da região. “Muitas das cabeceiras do São Francisco, especialmente aquelas no Oeste da Bahia (região de planalto responsável pela maior parcela da captação de águas para a vazão do rio), vêm sofrendo crescente pressão pela exploração de água de poços subterrâneos, nas chapadas, via irrigação do tipo pivô-central. Esse tipo de irrigação, cada vez mais usada no platô do Oeste Baiano e Minas Gerais, reduz o fluxo de água nas áreas de captação, causando menor vazão ao longo de toda a drenagem.”

Fonte: Jornal do Commercio

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quilombo de Conceição das Criolas trabalha com manejo sustentável do Caroá.

Conheça as bodegueiras, mulheres que comandam a produção de produtos naturais da caatinga. Eles são produzidos a partir de plantas, frutas e fibras. Os produtos incentivam o consumo sustentável. Você vai conhecer o Quilombo de Conceição das Criolas em Salgueiro (PE) e as bonequinhas das fibras de Caroá. A Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga é uma rede de associações que coletam, produzem e beneficiam produtos do sertão. Tudo é vendido dentro do conceito do comércio justo e solidário.
O “Ação” do sábado (10/07), fala sobre a Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga, que tem como principal objetivo incentivar a sustentabilidade da agricultura local. Ajudando Organizações Ecoprodutivas a comercializar produtos feitos a partir de plantas, frutas e fibras da caatinga, o projeto apóia 25 municípios de cinco estados do Nordeste. No estúdio, Serginho Groisman conversa com Edvalda Aroucha, coordenadora da ONG Agendha, sobre as experiências do projeto Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga. O programa mostra também a associação Quilombo da Conceição das Crioulas e Dança Trancelim.

TRIBUTO A VIRGOLINO


TRIBUTO A VIRGOLINO
A CELEBRAÇÃO DO CANGAÇO
Dia 1º de agosto/10 - (domingo) - Sítio Passagem das Pedras
Serra Talhada – Pernambuco – Brasil

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Lei da meia entrada para Professores de Autoria do vereador Zé Pereira


PROJETO DE LEI Nº 002/2009.


Institui pagamento com 50% (cinqüenta por cento) de desconto para Professores da Rede Municipal, em estabelecimentos que proporcionem cultura, lazer, esporte e entretenimento.


O PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES DE SERRA TALHADA, ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara de Vereadores de Serra Talhada aprovou em 1ª e 2ª votações, em Reuniões Ordinárias nos dias 04 e 18 maio de 2009 realizadas nos dias 04 e 18 de maio de 2009, a presente Lei e eu Sanciono.


Art. 1º - É assegurado o pagamento de 50% (cinqüenta por cento) do valor cobrado para o ingresso em casas que proporcionem eventos culturais aos professores ativos e aposentados, vinculados a instituições de ensino publicamente reconhecida no âmbito municipal.Parágrafo único: A meio-entrada corresponderá sempre à metade do valor do ingresso ainda que sobre o seu preço incidam descontos ou atividades promocionais.

Art. 2º - Consideram-se casas que proporcione eventos culturais, para os efeitos desta Lei, os estabelecimentos que realizarem espetáculos musicais, artísticos, circense, jogos de futebol, teatrais, cinematográficos, atividades sociais, recreativas e quais que outros que proporcionem lazer cultural e entretenimento artístico.

Art. 3º - A prova de condições prevista no artigo 1º, para recebimento do beneficio, será feita através de carteira funcional emitida pela Secretaria Municipal de Educação, Carteira Profissional, documento de comprovação de filiação a instituição representativa de professores ou servidores de instituições de ensino ou qualquer outro documento público que comprove o preenchimento dos requisitos previstos na presente Lei.

Art. 4º - O Município ficara inseto de qualquer contribuição de cunho indenizatório aos promotores de eventos citados na Lei.

Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.

Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrario.

Aprovada PEC que inclui caatinga e cerrado como patrimônio nacional

A Proposta de emenda à Constituição conhecida como "PEC da caatinga e do cerrado" foi aprovada em segundo turno, com 51 votos favoráveis e um contrário. A matéria segue para exame pela Câmara dos Deputados.
O primeiro signatário da proposta, senador Demóstenes Torres (DEM-GO) observou que a aprovação da PEC 51/03 o cerrado se transforma em patrimônio nacional, equiparando-se, assim, à floresta amazônica e ao pantanal mato-grossense, deixando de ser um "subpatrimônio". Acrescentou que sua aprovação repara um erro histórico da Assembleia Nacional Constituinte e não prejudica em nada o desenvolvimento econômico sustentável do país, na medida em que o cerrado já está integrado à cadeia produtiva, tendo se tornado grande produtor de grãos e de leite.
O senador Marco Maciel (DEM-PE) considerou que a aprovação da PEC beneficia o cerrado, e em especial a caatinga no semiárido nordestino.
A
PEC 51/03 inclui o cerrado e a caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional pela Constituição. Demóstenes avalia que a proposta visa corrigir uma falha que carece de justificativa científica e resultou na restrita divulgação da importância dessas áreas.
Pela Constituição, a floresta amazônica, a mata atlântica, a serra do mar, o pantanal mato-grossense e a zona costeira são patrimônio nacional, e sua utilização deve ser feita de forma a assegurar a preservação do meio ambiente. Demóstenes avalia, no entanto, que a importância de incluir o cerrado entre esses biomas decorre, não só do fato de ocupar cerca de um quarto do território nacional, mas, principalmente, de englobar ampla variedade de ecossistemas e elevada diversidade biológica que se manifesta na fauna e flora.
Quanto à caatinga, que ocupa cerca de 850 mil quilômetros quadrados no semiárido nordestino e interage com o cerrado, caracteriza-se por apresentar notável diversidade de fauna e flora. O autor diz que é o bioma brasileiro mais severamente devastado pela ação do homem,
"Não podemos permanecer inertes frente à dilapidação do patrimônio natural representado por essas formações vegetais. Urge superar a concepção falsa de que a proteção da Amazônia, da mata atlântica e do pantanal reveste-se de maior importância que no caso dos demais biomas", disse Demóstenes.

Fonte: Helena Daltro Pontual e Cristina Vidigal / Agência Senado

terça-feira, 6 de julho de 2010

Maradona prometeu ficar nu, mas acabou triste, despido de seu sonho de ser campeão como técnico da Argentina

O céu do Sertão de Itacuruba se abre para o universo. Cidade fica na caatinga de Pernambuco.

No Sertão do Estado, jovens estão aprendendo - dentro da sala de aula - a desvendar os mistérios do universo. A viagem é através do Centro de Observação de Cometas e Asteróides, que desenvolve pesquisas nacionais e internacionais.
São 481 quilômetros, partindo do Recife, até a cidade de céu deslumbrante, perto das águas do rio São Francisco, Itacuruba, que significa pedra furada.
Um local onde chove muito pouco. São 208 dias por ano de sol forte. No meio da Caatinga, os pesquisadores do Observatório Nacional encontraram o lugar ideal para instalar um telescópio capaz de captar imagens do universo.
Uma cúpula de fibra de vidro protege o equipamento, que funciona com bateria solar e controle remoto. Foi importado da Alemanha e custou R$ 1 milhão. Não poderia ser instalado em outro município do Nordeste.
“Aqui tem um maior número de noites possíveis, de noites abertas. Você também encontra um clima seco, com pouca chuva e, por isso, a região praticamente do semi-árido do Brasil foi recomendada. Para observar, você não pode está perto das cidades grandes ou cidade de médio porte porque a luminosidade pode atrapalhar”, explicou a pesquisadora do Observatório Nacional Teresinha Rodrigues.
O projeto Impacton é uma iniciativa de mapeamento e pesquisa de asteróides nas cercanias da terra do Observatório Nacional, um importante passo para aprimorar a trajetória dos objetos que se aproximam da terra. O telescópio científico deve começar a operar no mês que vem.
"A gente aponta o telescópio para o objeto que a gente quer. Ele vai obter uma imagem digitalizada, que depois será transferida para o Rio de Janeiro, onde serão estudadas e analisadas”, falou a coordenadora do projeto Impacton, Daniela Lázaro.
Por enquanto, não será aberto aos turistas. Na cidade de Itacuruba, onde vivem 5.000 pessoas, a notícia de um equipamento tão moderno pegou os moradores de surpresa. Nas escolas, 300 alunos estão sendo treinados para serem multiplicadores das ciências planetárias. “Alguns já estão dando respostas na rua, à pessoas, sobre as coisas que estão aprendendo aqui”, disse o professor de astronomia, Admilson Urbano.
A astronomia, a ciência que estuda os astros, tem despertado o interesse dos jovens de Itacuruba. Eles estão aprendendo o significado do sistema solar, das estrelas das galáxias. E sentem orgulho de viver na cidade que quer ganhar destaque por causa do clima favorável e privilegiado. “Eu acho que todo mundo tem curiosidade de saber algo mais, principalmente astronomia, que a gente não sabia bem o que era”, disse a estudante Mariana Leal.


Fonte:
Pe360graus

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Serra Talhada terá vernissage

Com o tema: “O Brasil não é só litoral”, o artista plástico Jorge Costa “Macalé” abre sua exposição de artes plásticas e artesanato, no dia 14 de julho 2010 às 20 horas na Casa do Artesão localizada na Concha Acústica - marco zero - de Serra Talhada.A Vernissage fica em cartaz até o dia 18 do referido mês e traz diversas telas e obras artesanais do artista que tem um estilo próprio quando o assunto é sertão e joga sua alma em tudo que faz, seja na escultura, na pintura ou nos cenários que ora idealiza e confecciona para o Centro Dramático Pajeú Cia. Teatral desse município.Jorge Costa de Queiroz, como nasceu ou só Jorge Costa - nasceu em 07 de maio de 1957 em Ilhéus - BA. É autodidata em artes plásticas e desenho, com formação técnica em arte visual e cenógrafo; suas telas retratam desde paisagens verdes e robustas a cenas do nosso sertão seco e sofrido, é um apreciador de todas as modalidades artísticas e sabe retratar os sentimentos mais diversos e as angustias mais profundas do ser humano em seu fazer artístico.Participou de várias exposições de artes em diversas cidades do Nordeste e suas obras já foram vendidas até para o exterior.Ao nosso muilti-artista que apesar de ser baiano escolheu Pernambuco para desenvolver seus trabalhos artísticos o meu parabéns e votos de muito sucesso.
Contato: 87.3831.3043; 87.9926.6545 e/ou E-mail: j_macale@hotmail.com

Por Carlos Silva

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Enchentes em Alagoas e Pernambuco. Obras torrenciais e chuvas planejadas.

Artigo

Riviera Francesa, Angra dos Reis, Ilha da Madeira, Blumenau, Veneza, Baviera e Pernambuco; não, não estou falando sobre destinos turísticos, mas sim sobre os inúmeros lugares onde, nos últimos anos, ocorreram chuvas devastadoras que produziram dezenas ou centenas de mortes, além de milhares de desabrigados. Basta um rápido giro pela internet para recordarmos que as chuvas e as inundações bateram recordes históricos em praticamente todos os países, nesta década. Pontes inglesas seculares sucumbiram à força das águas. Pedras de gelo do tamanho de jambos despencaram sobre telhados italianos. Plantações de arroz do sudeste asiático foram varridas, levando países populosos à fome.
As chuvas não fazem distinção entre países ricos e pobres. A diferença é a forma com que enfrentam a situação. Não é preciso explicar que cidades planejadas e uma defesa civil equipada e preparada diminuem as perdas de vida e os danos materiais, mas a grande diferença é a consciência do problema. Ele se chama aquecimento global. Para muitos um mito. Tudo bem, tem gente que acredita que o homem não foi à Lua.
A mídia européia não faz cerimônia em apontar o aquecimento global como responsável pelos eventos. O Brasil tem propostas internacionais até ousadas quanto a metas de redução de carbono, além de possuir um plano de enfrentamento das mudanças climáticas e ter papel ativo no processo de negociação para proteção do planeta. Porém, as propostas do Poder Executivo Federal parecem repercutir apenas fora de nossas fronteiras.
O que temos de concreto no nosso país? O Instituto de Pesquisas Espaciais timidamente anunciou que o toró “está de acordo com o modelo de um planeta em aquecimento”. A mídia nacional, sempre factual, aponta como culpados os seres mitológicos da climatologia, como a famigerada Zona de Convergência Intertropical, ou o terrível El Niño, mas só menciona o aquecimento global nas tevês por assinatura.
E o nosso governo? Continua a expansão urbana e industrial sobre manguezais, que são justamente as áreas de transição entre a terra e o mar. A já escassa vegetação das margens dos rios, que evitaria a erosão, o assoreamento e a subida abrupta das águas, continua desaparecendo. Os sem teto, continuam a ocupar as áreas de risco, atraídos pela concentração de riqueza em poucos municípios.
Afinal, com tudo isso, quem não sabia que a tragédia das chuvas em Pernambuco era anunciada? Urge repensarmos o planejamento de todos os nossos projetos, como SUAPE, grandes obras urbanas e os planos de ocupação. Somente no mês de novembro de 2009 o Rio Grande do Sul amargou um prejuízo de 3,5 bilhões de reais com as chuvas. Resta a Pernambuco contabilizar a tragédia, levantar a cabeça e pesar os prejuízos causados pelo clima na execução de suas futuras políticas públicas.


FONTE: Blog Ciência e Meio Ambiente - Leslie Tavares

sábado, 26 de junho de 2010

Julgamento moral e cívico

A frieza das letras manifestadas por alguns defensores na instância jurídica, data vênia, muitas vezes frustra a população que aguarda um judiciário firme e comprometido com o bem público. Mas é preciso obedecer e acatar, pois, segundo se sabe, é uma análise realizada com a arte e a ciência da razão e não da emoção. Esse viés argumentativo tem tirado muito ladrão da cadeia, absolvido muitos traficantes e amparado pedófilos que são liberados e continuam machucando crianças e famílias. Essas possibilidades de contar com defensores deve e precisa continuar, pois a todos é permitido a ampla defesa e o contraditório. Lamentavelmente não se pode julgar com a emoção, razão pela qual, talvez, ainda existam muitos problemas sociais no país, pois os atos malditos coadunam com a perpetuação da impunidade. Em outros países, quem comete um erro, morre duas vezes: primeiro de humilhação, depois retirando a própria vida pela falta de dignidade em continuar convivendo com pessoas de bem. Mas no nosso querido Brasil... muitos fazem e acreditam que “não vai dar em nada”. Todavia, como diz a própria Constituição Brasileira, “todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”, está na hora de uma reação popular para o exercício prático do bem: sem armas, sem violência e sem lágrimas. Com a mesma frieza que o judiciário é peculiar em suas análises, a população, bem organizada, tem muito mais poder do que qualquer Juiz, data vênia. Basta querer e se organizar. Sem vaidades, sem trampolins, mas com ordenamento e inteligência. Especificamente sobre os parlamentares “escolhidos” pelo povo, é possível sim avançar e execrar esses bandidos que sempre são reeleitos e se dizem representantes do povo nas respectivas Assembléias. O povo pode legislar com muito mais sapiência, no momento em que mantiver viva a memória de todos, nutrindo a lembrança com a boa informação em jornais e mídia comprometidos, verdadeiramente, com a causa coletiva. Chega dessa conversa fiada de “segredo de justiça” e “blindagem privativa”. Bandido é bandido. É preciso destacar, em grande escala, os nomes daqueles que usurpam o dinheiro público, roubam a esperança de muitos e perpetuam a falsa bondade de atender os munícipes, prometendo mirabolantes projetos e recursos. Quem viaja pelo interior do Paraná pode constatar que as cidades estão empobrecidas, com poucos investimentos em infra-estrutura, muita gente desocupada e doente. Cabe-nos como cidadãos e cidadãs uma reação natural e pacífica. Analise, pense, estude a vida dos candidatos a qualquer cargo público e vote. Vote de acordo com sua inteligência e coerência. Não se pode mais admitir que a população ainda se renda aos hipócritas, mentirosos e mentirosas. Só assim será possível um julgamento moral e cívico que, certamente, não encontrará habeas corpus em qualquer jurisprudência para liberar os pérfidos e os enganadores. Façamos cada um de nós a nossa parte. Vamos ensinar a pescar e parar de assistir algumas pessoas recebendo o peixe de graça.

Por Wilmar Marçal* Wilmar Marçal é professor universitário e ex-reitor da UEL./Pr.wilmar_pr2010@hotmail.com

domingo, 13 de junho de 2010

Caatinga é a mais Ameaçada de Desertificação.

Especialistas disseram nesta terça-feira (8), em audiência pública da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, que a Caatinga é o bioma brasileiro mais ameaçado pela desertificação, e não a Amazônia. De acordo com dados do Ibama e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) citados na audiência, quase metade da Caatinga já foi destruída no País: 43% até 2002 e mais 2% entre 2002 e 2008. Os estados que mais desmatam são Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco.
Segundo os debatedores, a principal causa do desmatamento é a extração de madeira para produção de carvão vegetal. O Ibama informou que só em 2009 foi embargada a extração ilegal em 517 hectares, houve R$ 15 milhões em multas e foram apreendidos 498 metros cúbicos de madeira.
Alternativas – O pesquisador da Embrapa Iêdo Bezerra Sá informou que a lenha e o carvão vegetal são a terceira fonte de energia mais usada no País — só perdem para a energia hidrelétrica e para o petróleo e os seus derivados.
Diante dessa situação, ele apontou alternativas, como o manejo sustentável da madeira: “Há cinco anos, havia 17 programas de manejo ambiental em Pernambuco, e hoje existem 320. Outros caminhos seriam recuperar as áreas já degradadas e plantar floresta para colher, como se planta feijão e milho.”
Ele observou que seria possível manter o uso da matriz energética de lenha e carvão, mas de uma forma sustentável. Hoje, só 7% do território da Caatiga são protegidos em unidades de conservação e 0,24% em terras indígenas.
Plano – O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, falou sobre o Plano Nacional de Combate à Desertificação, que abrange uma área de 1,3 mil quilômetros quadrados ocupada principalmente pela Caatinga, mas também pelo Cerrado. A região inclui o Nordeste do País e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
“Três dos 11 estados com áreas suscetíveis de desertificação já concluíram os seus planos de ação, que contêm um conjunto não só de diretrizes, mas de iniciativas concretas”, afirmou Krakhecke.
O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) sugeriu a realização da audiência, cujo tema original era a desertificação da Amazônia — os especialistas, porém, alertaram no início do debate que esse risco é relativo principalmente à Caatinga.
Valverde avaliou que o Brasil está longe de um perfeito uso dos instrumentos disponíveis contra a desertificação. Ele apontou falhas na execução de políticas pelos órgãos ambientais, principalmente das secretarias estaduais, que considera frágeis e desarticuladas com o governo federal.
Valverde ressaltou a urgência do Zoneamento Econômico-Ecológico das áreas ameaçadas. (Fonte: Agência Câmara)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

V FESTIVAL DE VIOLEIROS DE SERRA TALHADA

SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS

Estamos dando os últimos retoques para o III SEMINÁRIO SERTÃO, BEATOS E CANGACEIROS, que se realizará nos dias 18 e 19 de junho/10, aqui em Serra Talhada, sertão pernambucano, terra que viu nascer o Rei do Cangaço.

Convidados e temas:
Adriano Marcena - A Casa de Couro:Simbologia do Chapeu de Cangaceiro.
Vera Ferreira e Antonio Amaury - De Virgolino A Lampião e o Centenário de Maria Bonita;
Profº. Tarcisio Alves - Beato José Lourenço e a Religiosidade do Sertanejo.
Rosa Bezerra - A Manipulação da Imprensa e o Rei do Cangaço.

Além das palestras, haverá passeio histórico, seguindo o roteiro:
Museu do Cangaço: Saída em comboio para a Rota NAS PEGADAS DE LAMPIÃO, guiado pelo pesquisador e escritor lampiônico, Anildomá Willans de Souza:
Pedras onde incidiu o primeiro confronto armado entre Zé Saturnino e os irmãos Ferreira. Escombros da antiga Casa Grande da Fazenda Pedreira, de José Saturnino; Sítio Passagem das Pedras, onde nasceu Lampião.
Apresentação do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião.

EM TEMPO: Será disponibilizado transporte gratuito para as pessoas interessadas, desde que previamente agendada.

Realização:
FUNDAÇÃO CULTURAL CABRAS DE LAMPIÃO. PONTO DE CULTURA ARTES DO CANGAÇO. SEBRAE.

FONTE: http://www.cabrasdelampiao.com.br/agenda.php

domingo, 6 de junho de 2010

Palestra do Prof. Paulo César na comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente

No último dia o2/06, o Colégio Francisco Mendes comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, um dos destaques foi a Palestra do Professor Paulo César Gomes. O evento foi relizado na Câmara de Vereadores.

Paulo Cesar recebe homenagem da Câmara de Vereadores de Serra Talhada


Em sessão itinerante da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, realizada no último dia 28/o5, no Bairro da Cachichola, vários moradores foram homenageados, entres eles o Prof. Paulo César Gomes, que foi por dois mandatos presidente da Associação de Moradores da referida comunidade.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

História das Copas do Mundo


De quatro em quatro anos, seleções de futebol de diversos países do mundo se reúnem para disputar a Copa do Mundo de Futebol.
A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA ( Federation International Football Association).
A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 16 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.
Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da
Segunda Guerra Mundial.
Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.
O Brasil sentiria o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na copa disputada na
Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a taça.
Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores ( Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.
Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o Brasil chegaria novamente a final, porém perderia o título para o pais anfitrião: a França.
Em 2002, na Copa do Mundo do Japão /
Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.
Em 2006, foi realizada a Copa do Mundo da Alemanha. A competição retornou para os gramados da Europa. O evento foi muito disputado e repleto de emoções, como sempre foi. A Itália sagrou-se campeã ao derrotar, na final, a França pelo placar de 5 a 3 nos pênaltis. No tempo normal, o jogo terminou empatado em 1 a 1.
Em 2010, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo será realizada no continente africano. A
África do Sul será a sede do evento.
Em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, pois foi em 1950 que ocorreu a última copa no Brasil.
Curiosidades sobre a História da Copa do Mundo de Futebol
- O recorde de gols em Copas é do francês Fontaine com 13 gols;
- O Brasil é o único país que participou de todas as Copas do Mundo;
- O Brasil é o país com mais títulos conquistados: total de cinco;
- A Itália foi quatro vezes campeã mundial. A Alemanha foi três vezes, seguida das bi-campeãs Argentina e Uruguai. Inglaterra e França possuem apenas um título cada;
- A Copa do Mundo é o segundo maior evento esportivo do planeta;
- As Copas do Mundo da França (1998) e Japão / Coréia do Sul (2002) foram as únicas que tiveram a participação de 32 seleções. A Copa do Mundo da Alemanha 2006 teve o mesmo número de seleções participantes.
Os campeões de todos os tempos
Uruguai (1930) / Itália (1934) / Itália (1938) / Uruguai (1950) / Alemanha (1954) / Brasil (1958) / Brasil ( 1962) / Inglaterra ( 1966) / Brasil (1970) / Alemanha (1974) / Argentina (1978) / Itália (1982) / Argentina (1986) / Alemanha (1990) / Brasil (1994) / França (1998) / Brasil (2002), Itália (2006).
Sugestões de leitura:
- Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo - Paulo Vinicius Coelho, Panda Books
- Moderno Almanaque das Copas do Mundo - Gláucia Parreira, Yendis
- Copas do Mundo: Histórias e Estatísticas - Luiz Fernando Baggio Monclar, Axcell Books
- Brasil em Copas do Mundo - Barbosa Filho, Panoramas do Saber.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nelson Mandela


Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Há 122 anos foi assinada a Lei Áurea


Dia 13 de maio de 1888, naquele momento a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel, com intuito de libertar os povos escravizados. Porém, as heranças de um regime escravocrata e patriarcal não desapareceram e permanecem até hoje, 13 de maio de 2010. O trabalho escravo é uma realidade para milhares de trabalhadores da área rural e também da urbana. As características do escravismo deram lugar ao sistema capitalista, que pressupõe a existência do trabalhador livre e despojado dos meios de produção. A prática escravista sobreviveu e se mantem forte pela desregulamentação das relações entre o capital e o trabalho, causado pelo sistema neoliberal.Dados alarmantes descobertos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deixam claro que quase metade dos patrões, ou empregadores, como muitos chamam, flagrados pelo Ministério do Trabalho entre os anos de 2003 e 2007 não responde pelo crime na Justiça. Não existe nenhum preso que cumpre essa pena no país. Mesmo sendo o último país independente do continente americano a abolir a escravidão, o Brasil se recusa a punir os responsáveis em manter trabalhadores escravos.Os 343 empregadores flagrados pelo Ministério do Trabalho, que viraram alvo da Justiça Federal, no período de tempo descrito anteriormente, são acusados de manter 9.812 trabalhadores rurais em condições subumanas. Os indicadores da impunidade parecem não ter fim. As informações levantadas pelo Congresso em Foco foram confrontadas com balanço publicado em 2009 pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF) em relação ao trabalho escravo.Dois dados do levantamento traz a falta de controle e de comunicação entre as ações do Grupo Móvel e a atuação do MPF, encarregado de ajuizar ações criminais contra os empregadores flagrados explorando o trabalho escravo: não há informação sobre o andamento de qualquer medida em relação a 108 empregadores, e em outras 63 ocorrências não há sequer citação dos donos das fazendas ou empresas rurais no documento da PFDC.Até agora, 93 patrões flagrados pela fiscalização do governo federal, estão sendo investigados por procedimentos investigativos no MPF, segundo a PFDC. O órgão também destaca que as 38 denúncias foram arquivadas por não ter sido caracterizada a prática de redução a condição análoga à de escravo. Tendência a não resolução dos casos A lentidão nos processos que tramitam na Justiça e sobre os que ainda não foram propostos pelo MPF pode ser agravada e aumentar a tendência da prescrição. Pela segunda vez, o STF discute se a competência para julgar estes casos é da Justiça Federal ou da Justiça Estadual. O MTE, pasta à qual o Grupo Móvel está subordinado, afirma que o "suposto conflito de competência com a Justiça Estadual sem dúvida atrasou muito a propositura das ações".


Com informações do Portal Vermelho

FOTOS DO PROJETO COPA 2010 - COLÉGIO FRANCISCO MENDES







terça-feira, 11 de maio de 2010

Seleção brasileira para a Copa do Mundo

Tabela da Copa do Mundo

Maria Bonita - 100 anos


Segundo o depoimento de um contemporâneo do Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e de sua companheira, Maria Bonita, referindo-se a esta, disse: “nenhum retrato dela dava conta da opulenta e graciosa beleza possuída por aquela mulher de temperamento silenciosamente afoito”. Bem vemos que a companheira de um dos principais mitos nacionais não era o que chamamos de pessoa fotogênica. Creio que o relato desse cangaceiro foi o que conseguiu apreender com racional propriedade e intuitiva perspicácia um fenômeno que tinge desde sempre a história do cangaço, a saber: o da polêmica de se considerar como detentora de uma beleza fora do comum, que se sobrepunha às demais mulheres integrantes de grupos de errantes bandoleiros das caatingas, incluindo-se no rol a tão decantada formosura de Lídia (Lídia Pereira de Souza), companheira de Zé Baiano e de Dada (Sérgia Ribeiro da Silva), companheira de Corisco .
Considerar Maria Gomes de Oliveira, nascida no distrito de Malhada da Caiçara, município de Paulo Afonso (*08.09.1911), Bahia, como detentora de assombrosa beleza, é, no mínimo, resultado de exarcebada admiração. O que parece fazer sentido é que se torna muito difícil uma caracterização, a partir de dados concretos, ou seja, de elementos concernentes à compleição física (dentro do que se convencionou como o belo feminino). Inútil repisar a fala fluida das narrativas relacionadas àquela que se incorporou ao cangaço em 1930, com apenas 19 anos, pouco se importando com o que iam dizer, ao abandonar marido e casa, tendo sido pioneira, pois até então não se tinha conhecimento de mulheres nos agrupamentos de bandoleiros. E não esquecer um dado muito importante: quem entrava no Cangaço não podia sair. Era um caminho sem volta, labirinto com apenas entrada.Haja coragem para se viver em risco constante e submetido a um código de leis e moral diferentes da DOXA.
Se usarmos a técnica de nos determos nas partes em detrimento do todo, fica meio complicado de se achegar ao nosso objeto de estudo. Então façamos o contrário. A verdade, menino, parece ser o inverso: apenas uma visão que comporte a totalidade, tendo em vista uma visão do conjunto, sendo este resultado de um amálgama no qual encontram-se fundidos o temperamento e o modus vivendi que, por se turno, se somará a alguns traços físicos tidos em terras do sertão como atributos da boniteza de uma mulher. Não raro sucede esse fenômeno a alguns indivíduos.Com efeito, mesmo não se enquadrando nos padrões de beleza estabelecidos pelas classes dominantes e pelo bombardeamento constante das mídias, alguns conseguem possuir algo indefinível – ou não passível de ser submetido aos nossos esquemas mentais apreendedores do “belo”, desde sempre repassados de geração a geração .
Destarte, tomo a liberdade de usar a noção de “it” como categoria analítica. It é uma espécie de “aquilo”; um quê acometido pela presença de alguém ou de algo, refutador de categorias consideradas como as “normais” e que fundam nossas expectativas mentais, socialmente produzidas, quase que impostas de goela abaixo. Como sinônimo de it posso arrolar “encanto”, “donaire”, condão”. Se quiserem, posso dizer só um exemplo. Vejamos o caso da atriz Fernanda Montenegro. Alguém poderia considerá-la bonita? Dificilmente, porém não há como não admitir que uma beleza de outra ordem ali se instalou, fulgurando por meio de ângulos retos no rosto, do tom de voz categórico, dos olhos quebrantados pela presença de um passado pleno de vivências e rastros de sóbria melancolia, enfim, um planeta sem vida arrodeado por inúmeros satélites de envergadura, texturas, cores e brilhos de muitas qualidades.Falo de uma coisa que irrompe de dentro para fora, que sai das vísceras e contamina a epiderme, engendrando uma aura de mágica e indefinível porque indecifrável atmosfera, banhando o corpo e a alma, fundindo, estes, num só e absoluto monólito capaz de elevar o indivíduo a um patamar de destaque face à média dos seus semelhantes. Assim, mais ou menos: aquele tipo de gente que quando chega em qualquer ambiente não precisa nem abrir a boca, proclamando seu timbre de voz, para se fazer notar e espalhar curiosidade nas cabeças presentes.Usando livremente as idéias da antropologia do imaginário do francês Gilbert Durand, esse tipo de gente inscreveria-se no entorno semântico da louca da casa (“la fole du logis”). Isso mesmo, como a história do velho tio vindo de longe dizendo: “esse menino é diferente dos outros”. Por que é mais bonito? Não, porque detém algo de mágico no donaire da postura física e sobretudo no olhar.
Au dèla de uma tentativa de explicação que leve em conta aspectos não racionais, não podemos esquecer dos traços físicos propriamente ditos da inolvidável Maria Déa. Segundo relatos de contemporâneos, tinha cerca de 1,58m, altura suficiente para integrá-la num padrão de normalidade de altura das mulheres, bem diferente de Inacinha, companheira do cangaceiro Gato, mulher pequena. Outra referência para se comparar é Cristina, companheira do cangaceiro chamado Português, considerada como alta diante da estatura média das mulheres do Nordeste. Contudo, a força expressiva maior parecia advir do fato de ter pernas grossas e bem torneadas, coisa muito valorizada na estética sertaneja; é logo no que se fala quando se começa a discorrer acerca do físico de uma mulher .
O segundo elemento era o contorno da boca: lábios carnudos e corados, em permanente expectativa de luxúria numa mulher morena, acaboclada, atributo também reputado como valor numa região em que se despreza a pessoa de pele negra ou “cabra (os que têm traços de negros, porém são claros, com “cabelos ruins”, também conhecidos pejorativamente como “amarelos”). Sim, não podemos esquecer os olhos oblíquos que, juntando-se a um queixo “insolente” (de quem não se intimida com nada: nem com gente, nem com situações), delineiam uma composição bandeando-se para áreas semânticas que remetem a temperamento forte, passional, o que chamam de pessoas “positivas” (pouco dadas a representar socialmente, não afeitas à hipocrisia). E ainda: tinha uma dentadura perfeita, coisa também valorizada em terras sertanejas e alhures.Os poucos minutos de filmes que a retratam, feitos por Benjamin Abraão, deixa transparecer uma mulher elegante no pisar firme o solo agreste da caatinga, de postura reta ao caminhar, seguida por um cão. A maneira como retirava, elegantemente, com graciosas mãos, o chapéu de massa, demonstra um domínio do corpo que poucos são capazes de possuir, o mesmo ocorria nas cenas que penteava os longos cabelos de Lampião, ao mesmo tempo em que ataviava-se pondo trancelins, perfume ou anéis nos dedos.
1- Outrora havia nas cidades do interior o costume de algumas mulheres cortarem a parte inferior de uma fotografia, recusando o fato de terem pernas finas. Duas coisas odiadas pelas mulheres de antigamente: perna fina e peito grande; tanto é que se especulava, na família, a quem ‘puxou” tão graves defeitos.
A graça das suas maneiras permitia entrever uma mulher cujos sentidos estavam sempre em estado de alerta, prontos e prestos a compreender ou decifrar signos que se lhe apareciam à vista, não é a toa a sua tão decantada intuição, capaz de extrair das forças físicas da natureza oráculos e deduções lógicas, capazes de contribuir para livrá-la de perigos ou se apoderar de uma situação em proveito próprio, com enorme senso de oportunidade (o que os gregos chamavam KAIRÓS).
O certo é que toda uma série de significados achegam-se para reforçar o núcleo central do mito, que como todo mundo sabe, detém uma poderosa força centrípeta, atraindo para si todo e qualquer signo que possa vir a reforçar o eixo semântico principal. Nesse sentido, o mito de Maria, como a Bonita teria “chupado” muito da constelação de signos que orbitavam em torno de Lampião. Mesmo que dispusesse de atributos próprios que a tornavam autônoma enquanto mulher, sobretudo no que diz respeito à bravura e a coragem de abandonar seu marido Zé de Nenén para levar uma vida nômade e perigosa ao lado de um bando de homens que circunscreveram suas próprias leis, paralelas ao status quo de então.
Vejam bem, embora fotografada quase sempre ladeada por homens, em nenhum momento parece perder uma espécie de senso de autoridade que lhe era inerente. Ora, uma mulher saída das brenhas do interior, bem que poderia deter uma atitude mais retraída quando do encontro com pessoas mais urbanas e cosmopolitas, o que quero dizer é que não era beradeira. Era justo o contrário: firma-se de cabeça erguida e queixo empinado, como a desafiar de maneira insolente o expectador. Mais também podemos conjecturar uma outra coisa, é que, no fundo, a companheira de Lampião não ligava mesmo para nada nem para ninguém. Erguia-se face a si com uma elevada auto-estima que a fazia esplender no meio de qualquer grupo de gente que se encontrasse. Acreditava em suas potencialidades e em seus tinos e palpites.Tinha a exata consciência do limite de tempo, de quem vive a desdenhar do modo de vida instituído, que desde sempre todos seguem, cumprindo como se fosse parte de uma ordem natural, e não como simples instituição humana.
Quanto às fotografias feitas sentadas, permanece com uma aura de solenidade e hieratismo, porejando um misto de ingenuidade e digno estar-se à vontade no seu corpo. É assim como se tivesse plena consciência do seu lugar histórico e da importância que a posteridade lhe outorgaria, como um dos principais signos da emancipação feminina, mesmo que nunca tenha articulado um discurso acerca da condição da mulher.O certo é que pulsa como um signo de forte poder de sugestão no imaginário do país, mormente da região Nordeste. Com efeito, nos retratos atestamos um indefectível sorriso feminino, composto mais pelos olhos do que pelos lábios e dentes, pleno de graça e autoconfiança, puxado a uma certa timidez, aureolado de um suave encantamento que os seres de bom sangue passam. Há quem fale da existência de uma coisa chamada “inconsciente ótico”, sendo bem mais perceptível nas fotografias em preto e branco, fazendo evocar no observador certos símbolos do imaginário que funcionam como estruturas antropológicas, remetendo a áreas partilhadas por toda uma coletividade, aqui, no nosso caso, discorremos acerca de alguns elementos capazes de configurar uma unidade: o aparente recato, o magnetismo, o hieratismo que circunscreveram a beleza de uma mulher que não se enquadrava nos padrões tidos como belos pela maioria.Esse comedido refinamento de que aludi a pouco, não impediu que vez ou outra, consoante a ocasião, o comportamento tenha sido tisnado, explodindo num aluvião de impropérios e mesmo até partindo para a agressão física, como sucedeu muitas vezes com Maria Bonita, expressas em cenas de ciúme ou vingança contra inimigos.
Enfim, o mito com sua lógica própria parece querer demonstrar sua despótica autonomia face aos eventos históricos; embora ainda não se passaram nem 70 anos da morte de Maria Déa, e tudo já parece muito longínquo, tudo já integra um tempo que tem mais a ver com fatos cujos contornos são indecisos e povoados de lacunas e hipérboles. Não devemos esquecer o fato extremamente elucidatório de que ainda lhe sobrevive uma filha: Expedita . A fornalha do mito requer combustível de outra espécie para queimar seus arquétipos e metáforas, tendo em vista a necessidade humana de fábulas e espelhos. É como se fosse uma espécie de lenha servindo para alimentar as chispas simbólicas configuradoras das estruturas da alma espírito e do conseqüente funcionamento do espírito humano que ardem nas trempes do cotidiano.Por não dispormos de documentos ou relatos da época, seguimos um percurso através de lacunas que muitas vezes nem começam nem terminam, contentando-nos em inferir possíveis significados a signos que orbitam em torno do mito da primeira mulher a fazer parte de um bando de cangaceiros. Com efeito, podemos nos apropriar daquilo detectado por Max Weber em certos fenômenos sociais centrados em indivíduos, e que chamou com propriedade “autoridade carismática”. Quando tentamos explicar os possíveis contornos de uma beleza que não se prova muito por si, mas que demanda elementos extra-estéticos ou sócio-antropológicos para sua consecução, a categoria de Weber parece lançar luz sobre o fato de se gabar a beleza de uma mulher que não era nem tão bonita assim. Agora é bom lembrar de uma versão que fala dessa fama, a de “bonita”, como difundida pela mídia da época, ou seja, não surgiu no ceio do próprio cangaço. Bem, parece que o carisma de Lampião respingava sobre sua companheira.O Rei do Cangaço como personificação de um arquétipo presente desde sempre no inconsciente coletivo, sugeria a presença do sumo-sacerdote, pleno de magnetismo, do guerreiro não temeroso da morte ou do patriarca de um clã.
Maria Bonita foi a banda feminina desse arquétipo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

História do apartheid na África do Sul

A África do Sul foi colonizada pelos neerlandeses e britânicos do século XVII em diante. Como acontecia normalmente no caso de colónias na África, os colonizadores Europeus dominavam os nativos através de controle político e militar e do controle da terra e da riqueza.
Depois da
Guerra dos Bôeres entre os independentistas bôeres e os ingleses, foi criada a União Sul-Africana em 1910, com o estatuto de Domínio do Império Britânico. Embora o sistema colonial fosse essencialmente um regime racista, foi nesta fase que se começaram a forjar as bases legais para o regime do apartheid. Por exemplo, na própria constituição da União, embora fosse considerada uma república unitária, com um único governo, apenas na Província do Cabo os não-brancos que fossem proprietários tinham direito ao voto, porque as províncias mantinham alguma autonomia.
Uma das primeiras leis adoptadas foi o "Regulamento do Trabalho da População Nativa" ("The Native Labour Regulation Act", em
inglês) de 1911, segundo a qual era considerado um crime - apenas para os "africanos", ou seja, os "não-brancos", a quebra dum contrato de trabalho. Ainda no mesmo ano, foi promulgada a "Lei da Igreja Reformada Neerlandesa" ("The Dutch Reformed Church Act"), que proibia os negros de se tornarem membros de pleno direito daquela igreja.
Mais importante ainda foi a "Lei da Terra" ("Natives Land Act") de
1913, que dividiu a África do Sul em áreas onde só negros ou brancos podiam ter a posse da terra: os negros, que constituíam dois terços da população, ficaram com direito a 7,5 % da terra, enquanto os brancos, que eram apenas um quinto da população, ficaram com direito a 92,5 % da terra; os mestiços ("coloured") não tinham direito à posse da terra. Esta lei determinava igualmente que os "africanos" só poderiam viver fora das suas terras quando empregados dos brancos. Passou também a ser ilegal a prática usual de ter rendeiros negros nas plantações.
Nos anos que se seguiram à vitória do
Partido Nacional nas eleições gerais de 1948, um grande número de leis foram aprovadas, instituindo ainda mais a dominação da população branca sobre outras raças.
As principais leis do apartheid foram as seguintes:
Lei de Proibição de Casamentos Mistos (
1949)
Tornou crime um
casamento entre uma pessoa branca e uma não-branca.
Emenda à Lei de Imoralidade (
1950)
Tornou ato criminoso uma pessoa branca ter
relações sexuais com uma pessoa de raça diferente.
A Lei de Registro Populacional (1950)
Requeria que todos os
cidadãos se registrassem como negros, brancos ou mestiços.
A Lei de Supressão ao Comunismo (1950)
Bania qualquer
partido de oposição ao governo que o governo decidisse catalogar como "comunista".
Lei de Áreas de Agrupamento (Group Areas Act de
27 de Abril de 1950)
Barrou o acesso de pessoas de algumas raças de várias áreas
urbanas
Lei da Auto-determinação dos Bantu (Bantu Self-Government Act, de
1951)
Estabelecia as chamadas “Homelands” (conhecidas para o resto do mundo como “
Bantustões”) para dez diferentes tribos “africanas” (de negros), onde eles podiam residir e ter propriedades.
Lei de Reserva de Benefícios Sociais Separados (
1953)
Proibiu pessoas de diferentes raças de usar as mesmas instalações públicas como
bebedouros, banheiros e assim por diante.
Lei de Educação Bantu (1953)
Trouxe várias medidas explicitamente criadas para reduzir o nível de
educação recebida pela população negra.
Lei de Minas e Trabalho (
1956)
Formalizava a
discriminação racial no emprego.
Lei de Promoção do Auto-Governo Negro (
1958)
Criou "pátrias" nominalmente independentes para pessoas negras. Na prática, o governo sul-africano tinha uma influência forte sobre um
bantustão.
Lei de Cidadania da Pátria Negra (
197)
Mudou o estatuto dos nativos das 'pátrias' de forma que eles não fossem mais considerados cidadãos da África do Sul, não tendo assim mais nenhum
direito associado a essa cidadania.
Em
21 de Março de 1960, 5.000 pessoas negras congregadas em Sharpeville demonstraram contra o requerimento para negros portarem as identidades (sob as regras estipuladas na Lei da Licença). A polícia abriu fogo nos protestantes, matando 69 e ferindo 180. Todas as vítimas eram negras. A maioria delas foi baleada nas costas. O Coronel J. Pienaar, o oficial da polícia encarregado no dia, foi visto dizendo que: "Hordas de nativos cercaram a delegacia. Meu carro foi acertado com uma pedra. Se fazem essas coisas, eles devem aprender a lição do modo difícil."
Esse evento ficou conhecido como o
Massacre de Sharpeville. Como conseqüência, o governo baniu o Congresso Nacional Africano (CNA) e o Congresso Panafricanista (PAC).
O evento levou a uma grande mudança nas táticas do ANC, mudando de meios pacíficos para meios violentos. Apesar de suas unidades terem detonado bombas nos edifícios do governo nos anos seguintes, o ANC e o PAC não eram ameaças ao Estado, que tinha o monopólio de armamento moderno.
A
Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 1761 em 6 de Novembro de 1962 que condenou as políticas racistas do apartheid sul-africano e pediu que todos os países-membros da ONU cortassem as relações militares e econômicas com a África do Sul.
Em
1964, Nelson Mandela, líder do ANC, foi condenado a prisão perpétua.
Em
1974 o governo aprovou o Decreto de Mídia Afrikaans que forçava todas as escolas a usarem o africânder quando ensinassem aos negros matemática, ciências sociais, geografia e história nas escolas secundárias. Punt Janson, o vice-ministro de educação bantu disse: "Eu não consultei o povo Africano na questão da língua e não vou consultar. Um Africano pode achar que 'o chefe' apenas fala Afrikaans ou apenas fala Inglês. Seria vantajoso para ele saber as duas línguas".
Essa política foi profundamente impopular. Em
30 de Abril de 1976, crianças da escola primária Orlando West no Soweto entraram em greve, recusando-se a ir às aulas. A rebelião espalhou-se por outras escolas em Soweto. Os estudantes organizaram um protesto em massa para 16 de Junho de 1976, que acabou com violência - a polícia respondendo com balas às pedras jogadas pelas crianças. O incidente disparou uma onda de violência generalizada por toda a África do Sul, custando centenas de vidas.
Internacionalmente, a África do Sul ficou isolada. Inúmeras conferências aconteceram e as resoluções das
Nações Unidas foram aprovadas condenando-a, incluindo a Conferência Mundial Contra o Racismo em 1978 e 1983. Um imenso movimento de cerceamento de direitos iniciou-se, pressionando os investidores a se recusarem a investir em empresas da África do Sul ou empresas que fizessem negócios com a África do Sul. Os times esportivos da África do Sul foram barrados de participarem de eventos internacionais, e o turismo e a cultura sul-africanos foram boicotados.
Esses movimentos internacionais, combinados com problemas internos, persuadiram o governo Sul-Africano que sua política de linha-dura era indefensável e em
1984 algumas reformas foram introduzidas. Muitas das leis do apartheid foram repelidas, e uma nova constituição foi introduzida que dava representação limitada a certos não-brancos, apesar de não estendê-las à maioria negra. A violência continou até os anos 1980.
Os anos mais violentos dos anos 80 foram os de
1985 a 1988, quando o governo P. W. Botha começou uma campanha para eliminar os opositores. Por três anos a polícia e os soldados patrulharam as cidades sul-africanas em veículos armados, destruindo campos pertencentes a negros e detendo, abusando e matando centenas de negros. Rígidas leis de censura tentaram esconder os eventos, banindo a mídia e os jornais.
Em
1989, F. W. de Klerk sucedeu a Botha como presidente. Em 2 de Fevereiro de 1990, na abertura do parlamento, de Klerk declarou que o apartheid havia fracassado e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o ANC, seriam retiradas. Nelson Mandela foi libertado da prisão. De Klerk seguiu abolindo todas as leis remanescentes que apoiavam o Apartheid.
Mandela torna-se presidente nas primeiras eleições presidenciais livres em muitos anos. Em
15 de Abril de 2003, o seu sucessor, presidente Thabo Mbeki anunciou que o governo da África do Sul pagaria 660 milhões de Rand (aproximadamente 85 milhões de dólares norte-americanos) para cerca de 22 mil pessoas que haviam sido torturadas, detidas ou que haviam perdido familiares por consequência do apartheid. A Comissão da Verdade e Reconciliação, formada para investigar os abusos da era do apartheid, havia recomendado ao governo pagar 3000 milhões de rands em compensação, pelos cinco anos seguintes.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...