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domingo, 21 de setembro de 2014

As falhas de Armando e o voto em homenagem a Eduardo Campos podem eleger o governador de PE

Por Paulo César Gomes, professor, escritor e pesquisador serra-talhadense


armando, câmara














A eleição para governador em Pernambuco é uma das mais emblemáticas do país, principalmente depois que ocorreu o acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos (PSB). A tragédia mudou o rumo da disputa e tirou de Armando Monteiro (PTB) uma eleição certa. No entanto, é preciso que se diga que a coordenação de campanha do petebista têm cometido erros bisonhos – um belo exemplo é a coletiva de imprensa convocada para falar sobre o uso do cesna por Câmara -, que acabou beneficiando o desconhecidíssimo Paulo Câmara (PSB). O socialista é tão consciente da sua situação de anonimato junta à população que faltando duas semanas para o pleito ele ainda precisa se apresentar: “Muito prazer. Eu sou Paulo Câmara!”. Só falta ele dizer de onde veio e para onde vai!

Na verdade, os pernambucanos vão votar é Paulo Câmara como forma de homenagear Eduardo Campos e a campanha de Armando ainda não foi capaz de quebrar esse vínculo, ou seja, desconstruir o significado desse voto, desmitificar a relação entre criador e criatura, mas vale lembrar que ficará pior se por ventura nessa conjuntura resolverem atacar o legado deixado por Campos. Soma-se a isso o fato de que a campanha de Monteiro continua falando no nome do falecido ex-governador. O que deixa no ar uma sensação de que indiretamente Armando beneficia Paulo quando fala em Eduardo, já que Paulo era o candidato do ex-governador.

 Por outro lado, fica nítida a falta de emoção no guia e nas manifestações de rua da campanha de Armado, além disso, faltam gestos que identifiquem o candidato como vitorioso, assim como um slogan ou um “jingle” que caia nas graças do eleitorado e mude o rumo da campanha. Do jeito que a coisa vai Paulo Câmara será eleito sem ser conhecido por pelo menos 50% do estado. Um fato inusitado que mostrará a fragilidade da população na hora de votar. E se confirmado esse prognóstico, os políticos serratalhadenses que saíram mais desgastados com a derrota serão os deputados Augusto César (PTB) e Manoel Santos (PT), e o prefeito Luciano Duque (PT). Os três terão muitas dificuldades para formarem palanques capazes de derrotarem Sebastião Oliveira (PR) em 2016.


Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!

Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 21 de setembro de 2014.

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