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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

CONQUISTA: História da banda D.Gritos leva estudante de Serra Talhada à Olimpíada de Língua Portuguesa


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Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia

As estudantes Mayara Roseno Matias, 6º Ano, e Janice Tamara Pereira Ferreira, 7º Ano, da Escola Antonio Timóteo, foram duas das quatro alunas de escolas públicas de Serra Talhada que tiveram seus textos selecionados para etapa estadual da 5ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, “Escrevendo o Futuro”.

Mayara concorreu na categoria Poema com o título: Lampião, Maria Bonita e Eu no Sertão; Janice em Memórias Literárias, com o texto: A origem da Banda D.Gritos em Serra Talhada.
A jovem Janice Ferreira, classificada na categoria Memórias Literárias, escreveu o seu texto com base no livro do escritor Paulo César Gomes, que também é professor do Antonio Timóteo e colunista do FAROL. “Meu irmão comprou o livro sobre a banda D.Gritos leu e depois me deu de presente. Eu gostei muito da história e resolvi fazer o meu texto contando a história da banda a partir do livro”, disse a estudante.

Na última quinta-feira (15) o escritor Paulo César Gomes teve um encontro emocionado com a estudante e trocaram ideias sobre o livro “D.Gritos: do Sonho à tragédia. A história da maior banda de rock do Sertão pernambucano”.

“A conquista de Janice só reforça a nossa convicção de que é preciso resgatar a verdadeira memória cultural da cidade e a literatura é uma das melhores formas de se fazer isso. Apesar da falta de apoio continuamos a nossa batalha para quem sabe um dia a nossa literatura seja vista com outros olhos pelos grandes centros nacionais”, declarou Gomes.

As alunas foram orientadas pela professora Lucidalva Batista, coordenadora do Projeto Pajeú Que Lê e Escreve. “Sentimos um enorme prazer em sermos portadores dessa maravilhosa notícia, pois é o indício de que sementes de esperança plantadas são regadas diariamente através da participação e empenho de estudantes, dos professores e da direção da escola”, disse a professora.

SAIBA MAIS

A banda D’ Gritos foi criada em 1985 e acabou de forma trágica em 1993, com a morte do cantor Ricardo Rocha, eletrocutado enquanto cantava em plena Praça Sérgio Magalhães. A trajetória do D’Gritos, marcada pelo sucesso meteórico é uma tragédia que chocou Serra Talhada e foi contada na obra D’Gritos: do Sonho à Tragédia – A História da Maior Banda de Rock do Sertão Pernambucano, de Paulo César Gomes.

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terça-feira, 13 de setembro de 2016

PROFISSÕES PERDIDAS: Bodegueiro é exemplo de persistência em Serra Talhada: ‘gosto do que faço’

Por Paulo César Gomes 


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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Durante décadas as bodegas fizeram parte do cotidiano de muitas cidades do interior. Com o passar dos anos as velhas bodegas foram sendo substituídas por mercadinhos, e velhos balcões e tamboretes trocados por grandes prateleiras, gôndolas e por caixas com computadores. No entanto, alguns persistentes comerciantes ainda insistem em manter viva a tradição das bodegas. E foi buscando coroar a profissão de bodegueiro que estivemos na companhia do Dom Juan das lentes, Alejandro García, repórter fotográfico do Farol, entrevistando um dos últimos donos de bodega de Serra Talhada.

Foi no início dos anos 70 que retornou a Serra Talhada, vendo do estado da Bahia, Arionaldo Eliodoro de Sousa, de 64 anos, o popular Ari. Ari trabalhou em uma funerária por 17 anos, mas foi como bodegueiro que ganhou notoriedade e a simpatia de crianças e idosos. “Aqui eu vendo sorvete, picolé, refrigerante, pipoca, salgadinhos, balas, doce, cigarro, recarga de créditos para celular, fogos de artifícios e bebidas alcoólicas”, comenta o bodegueiro, que mesmo convivendo com problemas cardíacos e de visão, trabalha de domingo a domingo, em jornadas diárias que podem chegar a mais de 11 horas, há 21 anos em um ponto comercial que fica localizado na rua Cornélio Soares, conhecida como a rua dos Correios.

No pequeno espaço separado por um balcão e cercado por prateleiras cheias de produtos, Ari atende seus clientes fiéis, a maior parte da zona rural. No estabelecimento é possível ver que o proprietário ainda usa a velha caderneta de anotar ‘os fiados’ – caderno com os nomes de quem compra a prazo. Foi com o dinheiro ganho na sua bodega que Ari comprou a sua casa, e por isso não se incomoda que o lugar seja chamado de bogeda. “Pode chamar de qualquer coisa. O importante é que gosto do que faço, e faço com honestidade”, disse o Arionaldo.

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Mais um cidadão vítima da violência

Ari já foi roubado duas vezes em momentos em que teve que sair da bodega para trocar dinheiro em um comércio vizinho. Em outra oportunidade foi assaltado por um elemento que usava uma arma branca. A situação mais dramática foi vivida na noite de 28 de julho de 2012, quando ele reagiu a uma tentativa de assalto e por um milagre não acabou sendo atingido por tiros. Apesar da idade, Ari travou uma briga com o assaltante, que acabou sendo imobilizado por moradores da rua e preso pela polícia.

Esse episódio abalou bastante o emocional do velho comerciante, que apesar do susto continuou tocando o seu comércio com muita coragem e determinação. “Esse foi um dos momentos mais tristes que já vive. Não gosto nem de me lembrar dessa história!”, desabafou o Ari da bodega.

A paixão pelo Sport Club do Recife

Ari começou a torcer pelo ‘Leão da Ilha’ em 1973, no dia em que Sport jogou contra o Santa Cruz na partida inaugural do estádio “O Pereirão”. Nessa partida o rubro negro perdeu para o tricolor, mas o rubro-negro acabou ganhando mais um torcedor para a sua legião de fanáticos admiradores. “Daquele dia para cá e a minha paixão até hoje. Só vou deixar de torcer pelo Sport quando eu morrer”.

O bodegueiro já teve a felicidade de assistir uma partida do time do coração no estádio do Arruda, e mais uma vez o seu time saiu derrotado. No entanto, ele se vangloria de ter visto o time saindo de campo sendo aplaudido de pé pela torcida, pois segundo ele, “jogamos demais, dominamos o jogo, mas naquele dia o goleiro do Santa Cruz pegou até pensamento”. O momento mais marcante para ele foi a conquista de 1987, o título do campeonato brasileiro, “esse título é polêmico, mas é nosso”, disse o apaixonado rubro-negro.

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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

OPINIÃO: Analisando os números das últimas pesquisas em Serra Talhada, descubra erros e virtudes dos candidatos

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Os resultados anunciados nessa terça-feira (6) pelos Institutos Múltipla e Opinião, mesmo com algumas contradições, merecem algumas reflexões. A primeira é a de que as desistências de Dr. Fonseca (PR), Dr. Nena (PTB) e de Marquinhos Dantas (optou por ser candidato a vice), sepultou o discurso de enfrentamento ao prefeito Luciano Duque (PT).

Esse vácuo possibilitou que o prefeito se consolidasse na liderança da corrida eleitoral, já que seus opositores Victor Oliveira e Otoni Cantareli são marinheiros de primeira viagem e ainda não se deram conta de que as pessoas esperam um pouco mais deles. Somam-se a ausência de um embate mais forte dos opositores, as inúmeras inaugurações feitas no apagar das luzes. Tudo isso ajudou a alavancar o discurso de que o prefeito ‘fez’. A ideia do ‘fez’ pelo jeito está pegando, bem como a transferência dos votos de Dr. Nena/Augusto César e a definição dos votos dos indecisos, estão beneficiando Duque.

Por outro lado, Victor Oliveira vem tendo dificuldades porque sua coordenação política patina na estratégia, isso porque ainda não desvendou o segredo do jogo. Um dos maiores erros é insistir em falar sobre a origem e a volta do candidato a cidade. Essa temática já passou. Ele (Victor) agora é candidato, com registro na Justiça Eleitoral, essa legitimidade ele já tem. Falta agora dizer o que quer fazer como prefeito. Falta a Victor Oliveira apontar os erros e os equívocos do seu adversário.

Sem um discurso duro, consistente e objetivo, a população vai entender que arriscar não vale a pena, e por isso vai votar no atual prefeito. Para Victor vencer, ele precisar construir a imagem de um grande político e gestor junta a população, assim como, precisar desconstruir a imagem que Luciano Duque tenta emplacar nos últimos meses.

Muita coisa ainda pode acontecer, mas se o candidato do PR não começar a crescer, veremos o prefeito petista rindo a toa e dizendo em alto e bom som que a vitória mais expressiva da história foi dele e que dessa vez ele não precisou ser carregado nos ombros por ninguém.

Um forte abraço e até a próxima!

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

OPINIÃO:Serra Talhada faz uma campanha sem criatividade e apática que pode ter respostas nas urnas

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Faltando 30 dias para os serra-talhadenses irem às urnas  escolherem os seus representantes, o que se ver é uma grande apatia por parte dos eleitores. Por diversas razões os candidatos ainda não conseguiram empolgar.

A falta de criatividade nos “jingles” (a maioria são de péssimo gosto), nos materiais de propaganda (sem atratividade), nas propostas de campanha ( repetitivas e muitas vezes utópicas), dos discursos dos candidatos (fracos e sem qualidade) e nos guias eleitorais (sonolentos e sem criatividade), fazem com que a população que anda desacreditada da política apenas observe a movimentação das coligações.

O clima de festa se resume apenas aos integrantes de cada grupo político. A realidade fica evidente aos percebermos que poucos são os moradores que colocaram adesivos ou bandeiras em suas casas. E os que já colocaram são porque possuem ou mantém algum tipo de vínculo com algum candidato, seja candidato a prefeito ou a vereador. Até nas carreatas e porta a portas as mesmas caras sempre estão presentes, ou seja, o povo ainda não aderiu à campanha de nenhum dos candidatos.

A que se destacar que as últimas pesquisas apontam para um alto índice de indecisos. Se essa indiferença se mantiver a tendência é que tenhamos a maior abstenção da história de Serra Talhada, bem como um número surpreendente de votos brancos e nulos. Cabem as coordenações de campanha inovar e deixarem de lado essa identificação dos votos através de cores partidárias ou de grupos políticos. A população espera mais do que isso, e certamente dará o seu recado nas urnas.

Um forte abraço e até a próxima!

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

31 de agosto de 2016. Um golpe para a história!



Um golpe para a história! Essa é a expressão que resume o que o Brasil assistiu neste triste dia 31 de agosto. Um golpe para a história! A retirada do mandato da presidente de Dilma Rousseff entra para a história do Brasil como um golpe. Golpe que foi orquestrado pelos setores mais conservadores do país, em uma aliança entre os grandes grupos econômicos, partidos de direita, políticos envolvidos em corrupção e seguimentos da grande mídia nacional.
            Não basta dizer que o impeachment é uma ferramenta constitucional, é preciso explicar que essa ferramenta foi usada para fins meramente políticos, e não para moralizar o Brasil. Se fosse assim ela teria os seus direitos cassados, o que não ocorreu. A decisão de hoje joga uma pá de terra no mais importante direito de um cidadão, que é o voto. Nesse caso, foram 54 milhões de brasileiros que votaram em um projeto de governo. Dez milhões de pessoas nas ruas não podem ser mais importantes do que o voto de 54 milhões.
            É verdade que o governo Dilma cometeu inúmeros erros, bem como o de Lula, a começar pela aliança com setores que agora os traíram. Mas é verdade também que as camadas mais baixas tiveram uma ascensão popular até então nunca vista. Também é preciso ressaltar que os casos de corrupção envolvendo o PT são inaceitáveis, principalmente vindos de um partido que pregava a ética na política. Entretanto é preciso dizer que o PMDB de Michel Temer, PSDB de Aécio Neves e PSB de Paulo Câmara também estão melados com a lama da corrupção.
            Dizer que o STF legitimou o impeachment é um equívoco sem precedente, pois o STF não possui legitimidade constitucional para julgar um Presidente da República. O que o STF fez foi apenas legitimar o rito, já que cabia ao parlamento a competência de admitir e julgar o processo. O papel do STF nesse caso será o de analisar se o mérito do processo é procedente, ou seja, confirmar se as pedalas fiscais e os decretos assinados sem autorização do congresso são de fato crimes de responsabilidade, já que essa matéria é até então sem tipificação. Caso o STF absolva Dilma, teremos a confirmação de que houve um golpe.
            O pior de tudo é ver um presidente assumir sem um mandato popular, sem que a população tenha respaldado o seu plano de governo. Um presidente fraco, covarde, usurpador, traidor e golpista. Um presidente que não é conhecido pelo povo e que vive a sombra da beleza da esposa e da ingenuidade do filho.
            É lamentável ver que o voto no dia de hoje perdeu o seu valor. Quer os interesses econômicos e políticos se sobreponham aos interesses sociais. Que as políticas públicas voltadas para educação, moradia, distribuição de renda, de inclusão social e de gênero sejam deixadas em um plano inferior.
            O dia de hoje passará para a história como um golpe! Um golpe que delimitará quem é quem nesse país. Um golpe pautará as próximas eleições e os embates sociais. Infelizmente o golpe dividiu e não uniu o país, mas ainda assim é preciso acreditar que o futuro nos pertence e que certamente iremos nos reencontrar com o que é de fato um Brasil justo e democrático.

Paulo César Gomes, Professor, Historiador e Pesquisador serra-talhadense.

pcgomes-st@bol.com.br

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

OPINIÃO: Mesmo representando 54% do eleitorado, força da mulher ainda é subestimada em Serra Talhada; confira os dados

Por Paulo César Gomes, professor, escritor e colunista do Farol

No último mês de julho Serra Talhada retomou para o si o título de “Capital da Beleza Feminina”, uma honraria que reflete a importância da mulher para nossa história, não só pelo quesito beleza. Mas por buscar através da formas mais singelas as alternativas para superarem o machismo explícito que domina a cidade.

Infelizmente, as mulheres serra-talhadenses ainda são impedidas de ocuparem espaços relevantes na política local, um bom exemplo é a forma como a vice-prefeita, Tatiana Duarte, foi tratada durante os quatros anos de mandato. Ela foi posta na condição de “vice decorativa”, sem ter voz e nem vez. Justamente ela que foi a primeira mulher a ocupar o cargo.

O curioso é que as mulheres representam 54,06% do eleitorado em Serra Talhada, o que significa dizer que 29.242 estão aptas a votarem. Outro dado interessante é que 7.414 mulheres possuem o ensino médio completo (o antigo 2º Grau), enquanto apenas 4.950 homens concluíram essa etapa de nível educacional. As mulheres também lideram o quesito nível superior, onde 2.726 já possuem o diploma universitário, enquanto apenas 1.257 homens conseguiram concluir um curso superior.

Os dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) nos levam a crer que as mulheres possuem mais qualidades para votarem com consciência do que os homens. No entanto, o que vemos na prática é que o sexo feminino está excluído do universo da política local. Para os “caciques”, o lugar da mulher é no meio da rua, segurando bandeiras e distribuindo panfletos nos porta a portas.

A realidade é ainda mais cruel quando percebemos que as mulheres que disputam vagas para a Câmara de Vereadores são apenas 32, a exata quantidade exigida por lei para que uma chapa seja registrada na Justiça Eleitoral.

Muitas delas dão o nome apenas para compor as chapas, o que levam elas a terem uma votação baixa, o que leva elas posteriormente se tornarem motivo de ironias e de gozação. Das 32 candidatas apenas três parecem possuir fôlego para vencer a “macharia” que domina a Câmara de Vereadores. Vera Gama, Alice de Izivaldo e Tatiana Duarte vão ter que suar a camisa para conseguir uma das 17 cadeiras.

Já na disputa majoritária a vitória feminina parece ser bastante difícil, isso por que a chapa de Otoni Catarelli, que tem na vice a professora Maraisa, vem encontrando bastante dificuldade para emplacar a campanha nas ruas. Mas Maraisa pode se orgulhar de um fato marcante. Mesmo sendo uma professora, possui um patrimônio maior que o do prefeito da cidade.

Enquanto a professora do ensino fundamental declarou possuir uma casa no valor de R$ 40 mil, o prefeito declarou um patrimônio que não condiz com a arrecadação salarial de quem já foi por 3 anos secretário de governo, 8 anos vice-prefeito e 3 anos e 8 meses prefeito. Bem que o prefeito Luciano Duque poderia abrir mão do salário. Quem sabe assim a coisa ficaria bem menos demagógica.

Diante do exposto é preciso que se diga que está na hora das mulheres serra-talhadenses ocuparem os seus lugares na história. Derrubando as barreiras e vencendo os preconceitos. Exercendo um papel que não é o de serem coadjuvantes, mas de protagonistas na cena política de Serra Talhada.

Um forte abraço e até a próxima!

domingo, 21 de agosto de 2016

Foto da primeira grande reforma feita na Praça Sérgio Magalhães em Serra Talhada

Paulo Cesar Gomes - Professor, Escritor e Pesquisaor

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Foto da Praça Sergio Magalhães logo após a sua primeira reforma, que ocorreu nas vésperas das comemorações dos 100 anos de emancipação política da cidade. No centro é possível identificar o famoso “tanque de água” e o abrigo que ficava no final da praça. Merece destaque o volume de água no Rio Pajeú e na Lagoa Maria Timóteo, bem como as poucas moradias que existiam no bairro Bom Jesus.

A outra grande reforma feita na Praça ocorreu na década de 70, desde então não foi feita nenhuma grande mudança na estrutura física do local. É importante registrar que os últimos bancos da praça que foi construída nos anos 50, encontram-se instalados no pátio do Colégio Municipal Cônego Tôrres sem que exista nenhuma identificação.  Assim como tantas outras imagens, essa foto também é de um fotógrafo desconhecido.  Qualquer informação sobre o autor deve ser enviado para o e-mail pcgomes-st@bol.com.br .

domingo, 14 de agosto de 2016

PROFISSÕES ESQUECIDAS: O ex-agricultor que ganha a vida entre bolas e chuteiras e ainda alimenta sonhos


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Por Paulo César Gomes, especial para o Farol- Fotos: Alejandro Garcia

Francisco de Assis Ribeiro da Silva, de 53 anos, conhecido popularmente como Chico Caxixola, tem uma história de vida cheia de altos e baixos. O ex- agricultor, que sobreviveu durante anos fazendo redes de pescar, encontrou no mundo do futebol a sua grande chance de mudar de vida. Porém, ao contrário do que se imagina, ele não se tornou um craque dos gramados, mas um profissional que ganha à vida consertando bolas e chuteiras.

A vida de Chico Caxixola começou a mudar em 1999, quando ele estava desempregado e já tinha um filho pequeno em casa e sua esposa estava grávida. Foi em meio ao desespero de não ter o que dar a família que ele pediu a Deus que lhes mostra-se um caminho. “Não tinha emprego. Ai eu disse: Meu Deus me amostre um meio! Ai um dia estava jogando uma pelada e um cara que tava jogando do meu lado perdeu o solado da chuteira e gritou: quem coloca solado de chuteira! Ai disse: Eu! Mesmo sem nunca ter colocado eu arrisquei acabei aprendendo. Graças a Deus, hoje não falta um trocado. Antes quando trabalhava na roça era mais difícil”, relata Chico.

Ao longo desses 17 anos, Caxixola foi juntando dinheiro e hoje já possui uma casa própria. Por semana ele conserta de 20 a 30 chuteiras e de 50 a 60 bolas. Ele leva em média 25 minutos para colocar a sola de uma chuteira que chega há durar oito meses. O conserto de uma chuteira varia entre a R$ 15 e a R$ 35. Um dos grandes desafios da profissão do ex-agricultor são os constantes avanços tecnológicos do mercado esportivo, que entre outras coisas, já produz bolas sem costuras. No entanto, Chico Caxixola, como um bom empreendedor adverte os clientes sobre os perigos dessas novas bolas.

“Eu aviso logo a quem vai comprar. Se furar perdeu a bola. Tem umas bolas que vem boa. Têm outras que são tudo ruim, vem com a câmara de ar toda reciclada que não tem como colocar um remendo, e aí o camarada compra e quando fura fica no prejuízo”, explica Caxixola.

PROIBIÇÃO E FALTA DE APOIO NÃO SÃO OBSTÁCULOS PARA O TRABALHO SOCIAL

O ex-agricultor relata com tristeza o fim de um trabalho social que desenvolvia nas áreas do rio Pajéu, em um campo que ficava nas proximidades da ponte que dar acesso ao bairro da Caxixola. “A gente passou mais de 10 anos treinando uma turma de 50 meninos em um campo nas áreas do rio. A gente tirava o lixo dos arredores e mantinha tudo direito e ai veio um doutor e disse que era dono do terreno (leito do rio) e pediu pra gente não jogar mais ali”, desabafa Chico.

Mesmo diante da atitude arbitrária do suposto proprietário das áreas do rio Pajeú – área pública que pertence a União -, o rapaz não desistiu. Pouco tempo depois ele conseguiu com a autorização de Onquinha Novaes um terreno para construir um campo de várzea nas proximidades da linha férrea da Transnordestina e a 300 metros do CEU das Artes do bairro. Aliás, esse é um dos únicos campos de várzea existentes na área urbana de Serra Talhada, o outro é conhecido como o “voo da morte”, e fica no bairro da Borborema.

“Lá no nosso campo joga uns 60 meninos. Eu pego as chuteira abandonas pelos campos que a gente joga, conserto e dou aos que não tem com que jogar. Infelizmente falta apoio, por isso a gente faz um apelo a quem quiser ajudar com qualquer coisa que ligue para número (87) 9.9636-7578”, encerra Chico Caxixola. O homem que enfrentou as adversidades com coragem, busca na sua história um ingrediente a mais para semear esperança para adolescentes que vivem a margem da sociedade. Um forte abraço e um feliz dia dos pais para todos os faroleiros e faroleiras!

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OPINIÃO: Analisando pesquisa Múltipla, colunista do Farol diz que guia eleitoral pode mudar o jogo em Serra Talhada

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Pesquisa Farol/Múltipla revela um cenário extremamente tranquilo no caminho da reeleição do prefeito Luciano Duque (PT). Um dos fatores que levaram o prefeito a subir mais de 10% em relação à última pesquisa foi sem dúvidas a adesão de Dr. Nena (PTB) e Augusto César (PTB) ao palanque petista.

Por outro lado, a falta de um discurso mais consistente de oposição de Victor Oliveira (PR) fez com que ele (Victor) não crescesse no mesmo ritmo do prefeito. Um bom exemplo é o discurso forte adotado´por Dr. Nena – antes de renunciar a candidatura -em relação a Duque, que o colocou em segundo lugar nas pesquisas, superando os republicanos Dr. Fonseca – que desistiu da candidatura – e o próprio Victor.

Posto tudo isso é possível dizer que essa “segurança” administrativa que paira sobre o prefeito está até agora decidindo o jogo a favor dele, ao mesmo tempo em que seu principal opositor ainda é desconhecido da grande maioria da população. Sendo assim, os inícios da campanha de rua e do guia eleitoral no rádio ainda podem mexer no cenário eleitoral.

Ao PT cabe cautelar e serenidade. E ao PR cair em campo. Se possível colocar candidato a prefeito e o vice para fazerem campanhas separadas. Outro detalhe é referente ao PC do B, representado por Otoni Cantareli, que precisa engrossar o discurso, caso contrário não conseguirá eleger um vereador.

Um forte abraço e até a próxima!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Imagens do encontro histórico entre Tallita Martins e Matilde Terto;

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Por Paulo César Gomes, especial para o Farol / Fotos: PC Gomes

Um encontro histórico! Essa é a síntese do evento promovido pelo produtor do concurso Miss Pernambuco, Miguel Braga, que reuniu no último dia 9 em seu apartamento, duas gerações que representam a história de Serra Talhada e do estado de Pernambuco no quesito beleza. De um lado a exuberância e a maturidade de uma mulher realizada e muito feliz, representada por Matilde Terto (Miss Pernambuco 1976) e do outro a meiguice e o carisma de uma jovem determinada e cheia de sonhos, retratada na imagem de Tallita Martins (Miss Pernambuco 2016).

As duas misses serra-talhadenses conversaram bastante e fizeram muitas poses para uma reportagem da página digital do Diário de Pernambuco. Conversando com o FAROL, Matilde Terto não escondeu a emoção em encontrar a sua sucessora. “Fiquei muito feliz com a vitória de Tallita, ela é uma menina de ouro. Farei o que for possível para que ela conquiste o Miss Brasil”, declarou Terto.

Bastante entusiasmada, Tallita se derreteu em elogios a sua conterrânea. “Ela é muito linda! É impressionante como ela conserva os seus traços dos tempos de miss e como ela é super alto astral”, reforçou a Miss Pernambuco, que durante o último final de semana visitou Serra Talhada, confessou que ficou muito emocionada ao encontrar com uma admiradora de 100 anos de idade. “Nossa! Foi uma surpresa encontrar com ela. O sonho dela era encontrar com uma miss e usar a coroa. Eu fiquei feliz por realizar o sonho dela”, relatou Martins.

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domingo, 7 de agosto de 2016

VIAGEM AO PASSADO: Nos bons tempos, o CIST era tratado como um patrimônio da sociedade serra-talhadense



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Na foto pode se ver a grandiosidade do CIST – Clube Intermunicipal de Serra Talhada-, que durante décadas foi o ponto de encontro da sociedade serra-talhadense. No entanto, um legado de mais de 60 anos se perde em meio às ruínas, talvez se houvesse um interesse em preservá-lo o processo de tombamento do local já deveria ter sido iniciado.

Em cidades de médio e grande porte, clubes como o CIST são tombados pelos órgãos de proteção ao patrimônio público com a finalidade de proteger a arquitetura, a cultura e a memória histórica da cidade.

A foto é da década de 1950, foi tirada da torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, porém, como na maioria das fotos que registram a história de Serra Talhada, o autor é desconhecido. Para maiores informações, por favor, entrar em contato pelo pcgomes-st@bol.com.br.

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CHEGADA DA MISS PE: Tallita é homenageada na Câmara de Vereadores de Serra Talhada; veja fotos


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Foto: Farol de Notícias / Manu Silva

Após enfrentar uma verdadeira maratona que incluiu um reencontro com a família; visita ao colégio onde cursou o ensino médio; almoço com os produtores; consulta médica; passagem rápida no salão de beleza e poses para muitas fotos com fãs; a Miss Pernambuco, Tallita Martins, foi recepcionada no final da tarde desta sexta-feira (5) pelo prefeito do município, Luciano Duque, no Posto 411. De lá, a Miss Pernambuco desfilou em carro aberto por ruas da cidade. Durante o percurso ela foi seguida por uma carreata que relembrou os tempos áureos dos anos 70, década em que a cidade conquistou o tri-campeonato do concurso estadual com Cilene Aubry (1974), Fátima Mourato (1975) e Matilde Terto (1976).

Durante o trajeto, Tallita foi ovacionada pela população, que aglomerada em esquinas e canteiros das avenidas, aplaudia com entusiasmo a vencedora do título máximo da beleza pernambucana. Entre os sons dos fogos de artifícios e buzinas, era possível ouvir gritos de alguns admiradores da jovem: Parabéns! Linda! Rainha! Ela, com seu jeito simples de ser, retribuía o carinho recebido com sorrisos e o tradicional aceno com a mão feito pelas misses. Após a carreta a Miss foi homenageada na Câmara de Vereadores.

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No plenário da Casa Legislativa, Tallita posou para várias fotos mostrando ser uma jovem atenciosa e alegre. Em meio à mesa formada por autoridades locais estava Miguel Braga, produtor do concurso de Miss Pernambuco há 26 anos. O evento também contou com a presença de outras misses, entre elas, Poliana Oliveira, Katarina Rodrigues, Gabriela Leal e Malena Lopes, que apesar de não terem conquistado a faixa e a coroa do concurso regional, também deram as suas parcelas de contribuição ao representarem a cidade com orgulho e determinação.

Em sua fala na tribuna, a nova Miss Pernambuco agradeceu o apoio de todos os serra-talhadenses e os amigos, bastante emocionada ela expressou a sua gratidão aos pais, avós e a Romildo Duarte. Ao encerrar o seu discurso Tallita Martins demonstrou que esta muito focada na tarefa de trazer o título de Miss Brasil para Pernambuco, para ilustrar tal postura ele fez uma junção entre o hino de Serra Talhada e o de Pernambuco, “a rosa do Sertão vai representar com muito orgulho a terra dos altos coqueiros. Quero trazer o título de Miss Brasil para Pernambuco!”, concluiu a bela serra-talhadense.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

OPINIÃO: Pernambuco precisa abraçar Tallita Martins para que ela possa conquistar o Miss Brasil

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Fotos: Orlando Teles / Alejandro García

Por Paulo César Gomes, professor, escritor e colunista do Farol

Passado um pouco da euforia com o titulo de Miss Pernambuco, conquista que não ocorria desde 1976, agora é hora de por em prática a “tática girafa”, pés no chão e cabeça nas nuvens. Pois bem, temos então a Miss Pernambuco Tallita Martins como a nossa representante no concurso nacional, com possibilidades reais de ser eleita a Miss Brasil. A nossa jóia sertaneja tem uma trajetória vencedora que é pouco comum as demais misses, já que ela vem vencendo etapa por etapa com muito talento e carisma.

Aos 17 anos Tallita foi eleita Miss Estudantil, aos 19 Miss Serra Talhada, e agora aos 20 anos conquista a coroa de rainha da beleza estadual. É inegável a sua predestinação para vencer desafios. Porém, a cada passo que dá é necessária que uma nova sintonia seja criada, uma nova estrutura de ideias e conjunturas seja concretizada para projeta-la além das demissões territoriais do nosso estado. Ela agora é a Miss Pernambuco! Tallita agora tem que ser abraçada por todo o estado. E o primeiro passo nesse sentido tem que ser dado pelos seus conterrâneos. Sendo assim, este sonhador inveterado propõe algumas ideias no sentido de tornar Tallita uma miss com projeção nacional.

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Um dos primeiros passos é a criação de um site com todas as informações sobre ela, vida, carreira profissional, álbum de fotos, vídeos, entrevistas, links para as redes sociais e outras ferramentas que possam popularizar sua imagem. Principalmente, sua identidade como uma autêntica pernambucana, uma mulher que conhece o estado do Sertão ao Litoral. Nessa perspectiva é preciso que se divulgue tudo que ela faça em blogs, jornais da capital e nas emissoras de rádio e Tv. Tudo isso já pode começar a ser feito a partir de Serra Talhada, através dos sites de noticiais, das rádios e das retransmissoras da Tv Jornal e da Tv Globo.

Nessa estratégia algumas personalidades cumprem papel importante. O secretário Sebastião Oliveira tem a obrigação de agendar uma audiência de Tallita com o governador do estado. O deputado Augusto César tem o dever de organizar uma solenidade na Assembleia Legislativa de Pernambuco e a apresentação de uma Moção de Aplauso. O prefeito Luciano Duque e a Câmara de Dirigentes Lojistas devem se comprometer com o envio de pelo menos dois ônibus com serra-talhadenses para o Miss Brasil que será realizado em outubro.

No restante, ela será muito bem preparada pelos produtores Miguel Braga e Romildo Duarte. Agora não basta torcer, é preciso participar! Tallita Martins agora representa a mais bela bandeira e o mais lindo hino desse país. Ela traz no sangue a valentia de um povo com histórico de lutas e conquistas. E por que não dizer: Tallita também sintetiza a força, a garra, a determinação, a simplicidade e a beleza das mulheres pernambucanas!

Boa sorte Tallita Martins, a sua cidade e o seu estado estão torcendo por você!

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