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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

D. GRITOS: DISCO TRAUMAS (1990)




Navegantes



Nós mudamos a dimensão daquilo que restou
Da lembrança de um lírio que brilhou
Pra dar ao verde o verde que se acabou
E pelo homem que foi e não voltou
E por nós mesmos, quando ninguém chorou.


E o eco gritado de uma voz
A razão torturada por todos nós
Aqui a esperar.


Se navegamos tanto sem parar
Não é motivo pra desistir
Ficar aqui e não lutar


Se nós lutamos tanto sem ganhar
Não é motivo pra desistir
Esse é um jogo que não pode parar.


E nós chegamos a desvendar todo o mistério
De uma batalha que ninguém vai ganhar
E de uma árvore que nunca vão derrubar.


E se o negro das idéias nos caçar
Nos desculpem mas não vamos nos calar.


E o eco gritado de uma voz
A razão torturada por todos nós
Aqui a esperar.


Se navegamos tanto sem parar
Não é motivo pra desistir
Ficar aqui e não lutar


Se nós lutamos tanto sem ganhar
Não é motivo pra desistir
Esse é um jogo que não pode parar.


Coisas de Palhaço


Lutei...
Até me cansar
Tentei...
Tentei superar meus medos
Como um palhaço


Fácil...
Talvez fosse assim
Sorrir...
Pra ninguém mais
Só pra mim
Até que eu fosse como um guri


Coisas de palhaço, solidão
Árvores caídas no coração
Lágrimas de sangue, anoitecer
Sonhos que não chegam
Pra que eu não possa ver
As marcas no meu rosto
Pedras nas mãos
Uma velha história
Sem nexo, sem razão.


Coisas de palhaço
Cair e se erguer
Calcular tanta besteira
Pra não vencer
Num jogo de mentiras, envenenar
Em seus olhos, eu sabia
Queria se entregar


Coisas de palhaço, solidão.


Pelos Telhados

Andei pelos telhados

De todas aquelas casas vazias

Como um ladrão

Que ainda não sabia o que roubar

Sem entender

Talvez porque quisesse

Que aparecesse alguém

Que me fizesse parar


Assim perguntado por quê

Não havia nada

Nada havia por ali


Não queria nem saber

Só pensar em fugir

Mais nem se quer alguém havia

Para tentar me impedir

Me impedir

Me impedir

Me impedir


Fiquei ali parado

Me esperando o passar

Estava atrasado e não passei

Fiquei ali parado

Me esperando o passar

Estava atrasado e não passei


Pelos telhados eu andei

Como um desesperado

Como um fantasma

E ninguém me viu


Pelos telhados me procurei

Em plena a madrugada

Sem saber que eu estava

Bem ali atrás de mim

Atrás de mim

Atrás de mim

Atrás de mim


Pelos telhados eu andei

Como um desesperado

Como um fantasma

E ninguém me viu


Pelos telhados me procurei

Em plena a madrugada

Sem saber que eu estava

Bem ali atrás de mim

Atrás de mim

Atrás de mim

Atrás de mim


Romance de Abelhas


De onde veio? Pra ficar.
Apareceu pra me pegar, eu sei
Que sou seu escravo agora


E com foi? Não disse nada.


Medo da Verdade

Medo de esconder nossa cara

Medo de disso tudo

Medo de dizer a nós mesmo que não há saída

Procurando em toda parte alguma coisa que nos serva de escudo

A coragem exterminada por nós mesmo jaz perdida

Mais um motivo pra morre e ficar devendo o caixão

Na verdade são apenas as estrelas rolando no céu

Vou comer minhas palavras e defecar essa ilusão

Assistindo de camarote a mentira tira o vel


Na verdade são apenas as estrelas chorando no céu

Chorando ao ver milhões de crianças morrendo ao leu

Na verdade é tão difícil tira um centavo do bolso

Na verdade é tão difícil ser sóbrio e tão fácil fica louco

Tão fácil ficar louco

Tão fácil ficar louco

Tão fácil ficar louco

Tão fácil ficar louco


Mais um motivo pra morre e ficar devendo o caixão

Na verdade são apenas as estrelas chorando no céu

Vou comer minhas palavras e defecar essa ilusão

Assistindo de camarote a mentira tira o vel


Na verdade são apenas as estrelas chorando no céu

Chorando ao ver milhões de crianças morrendo ao leu

Na verdade é tão difícil tira um centavo do bolso

Na verdade é tão difícil ser sóbrio e tão fácil fica louco

Tão fácil ficar louco

Tão fácil ficar louco

Tão fácil ficar louco

Tão fácil ficar louco


Camimhos Cruzados


Os camimhos se cruzam
De cara com o meu destino
Aí é que as coisas mudam
E eu lembro que eu não sou mais menino.


Cresci tentando não sonhar
quanta amargura


Meus olhos tentando não enxergar
Que a mimha loucura foi ficar
Falando pra ninguém ouvir
Tantas besteiras
Quem é que vai sentir?


Meus passos não deixam pegadas
Mimhas luvas não deixam impressão
Os meus planos ainda não dão solução


Pra ela notar que eu quero que ela vá embora
E me deixe em paz com meu pesadelo


Então nossas vidas morrem
E por isso precisamos lutar
Enquanto alguns muitos fogem
Sem ao menos tentar alcançar


Um lugar seguro pra dormir
Encostar a cabeça
Num sentido lógico pra mentir
Dizer que o remédio é sorrir
Chorando pra ninguém ouvir
Por qualquer besteira
Quem é que vai sentir


Meus passos não deixam pegadas
Mimhas luvas não deixam impressão
Os meus planos ainda não dão solução


Pra ela notar que eu quero que ela vá embora
E me deixe em paz com meu pesadelo.



O Pássaro Com Uma Asa Só

Pássaro com asa só

Tendo voar

Não conseguiu

Lutava com que tinha em ser

Gritava com suas lágrimas

Não conseguiu


Como se pedisse ao vento

Me ajude pelo menos a subir

Mesmo que depois eu venha a cair


Seus olhos brilhavam ao ver

Todos os outros lá no céu

E no sorriso molhado de uma lágrima

Sonhava com aquele futuro

Sem o seu

Voar

Até morre

Voar

Até não poder


Nunca mais com seu peso

E desaparecer


Como se pedisse ao vento

Me ajude pelo menos a subir

Mesmo que depois eu venha a cair

Voando

Com uma asa só

Voando

Com uma asa só




A Canção de Um Soldado

Quando eu caminhei de pés descalços

Sobre os espinhos flutuei

Apesar do medo de pisar em falso

Eu nunca duvidei da dor vermelha

Do sangue que eu derramei

Eu não queria ir oh!oh!oh!

Eu não queria ir oh!oh!oh!


Eu queria por minha cara na chuva

Para espantar um pouco essa embriaguez

Eu não queria sonhar com as balas

Que nunca couberam no porta-luvas

Meu bem tentei

Mas você sabe que eu não sei brigar

Você sabe que eu não sei


Nossas vidas têm um sentido

Depois que se morre

Não se corre mais perigo

Para toda dúvida há uma resposta

A resposta de um doido

É outro doido na porta

A resposta de um doido

É outro doido na porta


Quando eu procurei entre os meus passos

Eu juro que não achei

Alguém que me carregasse nos braços

Porém só encontrei a dor vermelha

Do sangue que eu derramei

Eu não queria ir oh!oh!oh!

Eu não queria ir oh!oh!oh!


Eu queria por minha cara na chuva

Para espantar um pouco essa embriaguez

Eu não queria sonhar com as balas

Que nunca couberam no porta-luvas

Meu bem tentei

Mais você sabe que eu não sei brigar

Você sabe que eu não sei brigar

Você sabe que eu não sei brigar

Você sabe que eu não sei brigar



Traumas

Tantos camimhos falsos

Eu passei

No asfalto das desilusões

Eu andei

Todo o meu egoísmo

Eu superei

Com remorso por todas às vezes

Que eu não liguei


Eu não preciso de armas para lutar

As mimhas palavras me ferem mais,

Mas, se a justiça é para me julgar

Se eu estiver errado sou capaz

De saber pedir perdão

E sair da contramão

E saber pedir perdão

E sair da contramão


Eram tantos mistérios quer não tinha fim

Insônia, suplicio, loucura, um destino fatal

Encontro almas cresciam dentro de mim

Eu meu sonhos demônios gritavam

Você não é normal


Eu não preciso de armas para lutar

As mimhas palavras me ferem mais, mais!

Se a justiça é para me julgar

Se eu estiver errado sou capaz

De saber pedir perdão

E sair da contramão

E saber pedir perdão

E sair da contramão


Eu não preciso de armas para lutar

As mimhas palavras me ferem mais, mais!

Se a justiça é para me julgar

Se eu estiver errado sou capaz

De saber pedir perdão

E sair da contramão

E saber pedir perdão

E sair da contramão


O Primeiro Sorriso de Um Atormentado

Meu relógio parou

Já faz muitos dias

Minha vida mudou

Quando eu nasci

Minha praia ficou sem sol

Meu mundo ficou sem luz

Foi então que eu vi

O quanto Jesus sofreu na cruz


Vai, não vai!

Fica aqui

Vai, não vai!

Mais fique perto de mim

Junto às flores que eu plantei

Junto ao jardim

Que eu mesmo destrui

Junto às flores que eu plantei

Junto ao jardim

Que eu mesmo destrui


Meu irmão gritou

Eu esqueci de ouvir

Meu avô morreu

Eu nem se que notei

Os meus pais me jogaram na rua

Porque eu não tinha mesma cor

Me sentia uma piada sem graça

E sempre passava

Onde sempre passei


Vai, não vai!

Fica aqui

Vai , não vai!

Mais fique perto de mim

Junto às flores que eu plantei

Junto ao jardim

Que eu mesmo destrui

Junto às flores que eu plantei

Junto ao jardim

Que eu mesmo destrui


Vai, não vai!

Fica aqui

Vai , não vai!

Mais fique perto de mim

Junto às flores que eu plantei

Junto ao jardim

Que eu mesmo destrui

Junto às flores que eu plantei

Junto ao jardim

Que eu mesmo destrui


O gongo suou

Quando eu tentei reagir

Então foi a nocaute

Eu meu ringue

Derrotado por mim

No sonho feito criança

Sonhado, sonhando sem querer

Foi então que eu vi

O quanto Jesus sofreu na cruz

Então ergui minhas mãos para o céu

E senti os olhos de Deus

E pela primeira vez

Me vi sorrir

Me vi sorrir!


O Barquinho Azul

Era uma vez um barquinho azul
Que não levava ninguém
Nem pro norte nem pro sul


Era uma vez um barquinho azul
Um barquinho azul cheio de merda.


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