Outro conjunto de historiadores da segunda metade do século XX, e que
perdura até hoje, permitirá que analisemos uma outra situação. Trata-se do caso
de uma "Escola" que se estabelece não no interior de um paradigma
teórico, mas no interior de uma modalidade histórica ou na conexão entre duas
ou mais modalidades históricas.
Uma modalidade histórica - que em nossa conceituação chamaremos de "campo
histórico" - corresponde a uma espécie de especialização ou direcionamento
no interior da prática historiográfica. No próximo bloco de textos, definiremos
o que é um "campo histórico", e também discutiremos diversos
"campos da história" - tais como a História Política, a História das
Mentalidades, a História Cultural, a História Econômica, e a própria
Micro-História, para dar apenas alguns exemplos de campos históricos.
"Campo Histórico" é um conceito que também se agrega aos esforços de
trazer uma identidade ao trabalho
dos vários historiadores. Abordamos este tema no livro O Campo da História
(Petrópolis: Vozes, 2011, 8a edição). Neste livro, ressaltamos que os diversos
trabalhos historiográficos não se localizam propriamente no interior de um
único campo histórico; geralmente, eles se situam em uma conexão de campos
históricos. Posso desenvolver um trabalho que se situe na confluência da
História Política, da História Cultural, e da História Oral, por exemplo. Mas
deixaremos para desenvolver melhor esta ideia mais adiante (ver também http://ning.it/dI096W).
Por ora, o importante é salientarmos o fato de que, nas últimas décadas do
século XX, surgiu na Itália um grupo de historiadores que desenvolveu uma
perspectiva nova, uma nova maneira de fazer a História. Tratava-se de reduzir a
escala de observação do historiador para enxergar os processos históricos não
mais à distância, como ocorria com os modelos mais generalizantes da História
Econômica trabalhada com a perspectiva de uma História Serial, ou ainda com as
teses elaboradas de acordo com o modelo braudeliano influenciado pelo
Estruturalismo. Com a Micro-História, propunha-se observar de perto a vida
cotidiana, as redes de relações interindividuais, os detalhes e indícios que
muitas vezes passavam desapercebidos, o impacto dos grandes processos históricos
na vida concreta dos indivíduos, para além de observar com inusitado interesse
o indivíduo anônimo que muitas vezes era apagado da história tradicional.
Essa nova maneira de trabalhar
ficou conhecida como "Micro-História", e privilegiava a análise
intensiva das fontes. Carlo Ginzburg se referiu a este novo modelo como um
"paradigma indiciário", mais próximo do modo de trabalho dos
investigadores criminais, dos psicanalistas, ou dos médicos que buscam
compreender a doença através da análise intensiva dos sintomas por ela
produzidos (1991, p.143-179). Com a Micro-História, as trajetórias e histórias
de vida de indivíduos anônimos podiam adquirir especial interesse, mas não
simplesmente para resgatar estas vidas anônimas, mas sim porque elas poderiam
revelar aspectos menos evidentes de grandes processos ou acontecimentos
históricos. Para utilizar uma metáfora que evoquei no meu livro "O Campo
da História" (Petrópolis: Editora Vozes, 2011, 8a edição), a
Micro-História buscava "enxergar algo do Oceano a partir de uma gota
d'água". A "gota d'água" podia ser um indivíduo obscuro, uma
pequena vizinhança, um ritual exótico, uma corriqueira prática social, o
entrelaçado formado pelas vidas dos habitantes de uma pequena aldeia, ou mesmo
um inventário mais cuidadoso de práticas sociais que permitisse reapreender
parte significativa de toda uma cultura mais ampla.
Não foi por acaso que os micro-historiadores, particularmente interessados
nesta leitura intensiva das fontes e na apreensão de detalhes significativos
que pudessem revelar algo que escapava da macro-história tradicional, tenham
chamado atenção para a riqueza de determinadas fontes como os processos de
inquisição e os processos criminais. Fontes como estas punham em diálogo
inúmeros agentes sociais (através das figuras do réu, dos acusadores, das
testemunhas, dos investigadores) que normalmente não teriam voz na documentação
oficial. Carlo Ginzburg, um dos mais notórios micro-historiadores italianos,
pôs-se a seguir através de fontes processuais - no livro "O Queijo e os
Vermes" - um obscuro moleiro italiano do século XVI que havia sido
perseguido, processado e condenado pela Inquisição. Queria enxergar através
deste moleiro, ou melhor - através do processo inquisitorial que a ele dava
visibilidade - questões culturais de alcance mais amplo, bem como aspectos
relacionados à circularidade entre âmbitos culturais diversificados.
É importante perceber que a Micro-História logo se difundiu para além dos
círculos italianos, e transformou-se em uma nova modalidade historiográfica. Na
verdade, esta nova maneira de trabalhar também já começava a ser experimentada
em outros países, e deve-se ter cuidado em atribuir a origem da Micro-História
ao círculo de historiadores aos quais nos referiremos como "Escola dos
Micro-Historiadores Italianos". Mas o fato é que estes historiadores
italianos abraçaram esta nova perspectiva - a de uma "micro-História que
frequentemente vinha combinada ou com a História Cultural, ou com a História
Política, ou mesmo com a História Econômica - e, a partir desta nova
pespectiva, passaram a colocar em prática um novo programa de ação. Tinham
também a sua revista, os "Cadernos Históricos". Apresentavam-se em
eventos, organizavam grupos de discussão, dialogavam com bastante frequência
uns com os outros, e é por isto que podemos nos referir a eles como uma
"escola".
Entre os micro-historiadores italianos, o nome mais conhecido no Brasil é o de
Carlo Ginzburg (n.1939), cujos livros já estão todos traduzidos para o
português. Outro nome importante,e igualmente conhecido no Brasil, é o de
Giovanni Levi (n.1939). Pode-se citar ainda Edoardo Grendi, um autor importante
para a elaboração de conceitos valiosos para a Micro-História. A maioria dos
micro-historiadores italianos que constituiu uma "ecola
historiográfica" a partir da revista "Quaderni Historici",
incluindo Ginzburg e Giovanni Levi, está ainda bem atuante, e publicando obras
importantes que têm renovado a perspectiva da Micro-História.
Deixaremos para esclarecer a modalidade da "Micro-História" mais
adiante, mas desde já podemos remeter a um artigo publicado sobre o assunto:
Outras indicações para leitura:
BARROS, José D'Assunção. "Micro-História" in O Campo da História.
Petrópolis: Editora Vozes, 2011, 8a edição. p.152-179.
BARROS, José D'Assunção. "O olhar micro-historiográfico no Brasil".
Revista do IHGB, a-165, n°424, jul/set. 2004.
GINZBURG,Carlo. “O inquisidor como antropólogo” In A Micro História e outros
ensaios. Lisboa: DIFEL, 1991 [original: 1989]
GINZBURG, Carlo. “Sinais: raízes de um paradigma indiciário” In Mitos,
Emblemas, Sinais, São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p.143-179
GINZBURG,Carlo. O Queijo e os Vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987
[original: 1975]
LEVI, Giovanni. "Sobre a Micro-História" in BURKE,Peter (org.) A
Escrita da História - novas perspectivas. São Paulo: Unesp. 1992. p.133-161.
LIMA, Henrique Espada. A Micro-História Italiana - escalas, indícios e
singularidades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
PESAVENTO, Sandra. “Esta história que chamam micro” In: Questões de teoria e
metodologia da história. Porto Alegre: Edurgs, 2000, p. 228-229.
REVEL, Jacques (olrg.). Jogos de Escala - a experiência da microanálise. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 1998.
O movimento dos
Annales pode ser adequadamente descrito como uma escola historiográfica, embora
também exista uma polêmica sobre a adequação ou não do conceito de
"escola" para definir este movimento de historiadores franceses que
se inicia na primeira metade do século XX. De todo modo, os Annales não
constituem um paradigma - como o Historicismo, o Positivismo ou o Materialismo
Histórico - e sim um grupo de historiadores com orientações teóricas e
metodológicas diversificadas, mas que desenvolveram um programa de ação
emcomum, além de construírem uma identidade coletiva e estabelecerem com a
célebre "Revista dos Annales" um veículo importante para a produção
dos trabalhos dos historiadores ligados ao grupo.
Neste texto de reflexão sobre a "Escola dos Annales", lançaremos mais
perguntas do que procuraremos respondê-las, de modo a trazer inicialmente uma
idéia do conjunto de polêmicas que se constrém, ainda hoje, em torno deste
movimento historiográfico Depois de lançarmos esta série de perguntas iniciais,
seguidas de algumas considerações, registraremos o link de dois textos que
poderão ser lidos para uma melhor compreensão sobre a fundação deste movimento
e sobre a sua história subsequente.
Podemos dizer que o movimento dos Annales – ao lado do Materialismo Histórico e
das contribuições da Hermenêutica Historicista – constitui uma das influências
mais impactantes e duradouras sobre a Historiografia Ocidental . O impacto dos
Annales sobre a historiografia ocidental como um todo, e sobre a historiografia
brasileira em particular, está apoiado por uma parte efetiva de contribuições
extremamente inovadoras para a historiografia, mas também por uma parte não
menos significativa de “mito” construído pelos primeiros líderes do movimento
em sua ascensão ao domínio do território institucional. Em função desta dupla
característica – contribuição efetivamente inovadora e “mito da inovação” -
algumas ambigüidades iniciais merecem ser pontuadas.
Teriam os Annales representado, de fato, a “Nova História” contra uma “Velha
História”, tal como postularam os primeiros fundadores do movimento, e também
os seus refundadores e herdeiros? Se representaram de fato uma “Nova História”,
teriam sido eles os único setor da historiografia de sua época que pôde se
autoperceber como uma “Nova História”? E quanto aos setores estigmatizados
pelos primeiros annalistas como uma “Velha História”, estavam todos mesmo
mergulhados, na sua inteireza, em uma “velha história” totalmente retrógrada e
inadaptada aos novos tempos? Estas perguntas podem ser colocadas provocativamente
a respeitos dos Annales, e algumas delas se expressam em ambigüidades
relacionadas à própria designação do movimento.
Frequentemente, quase como um sinônimo para o movimento dos Annales ou para o
tipo de historiografia que este movimento pretende ter inaugurado, é empregada
a expressão “Nova História” em seu sentido ampliado, o que inclui tanto a
Escola dos Annales propriamente dita como a corrente à qual, a partir dos anos
1970, muitos se referem também como Nouvelle Histoire, mas agora em sentido
mais restrito. Para dar um exemplo, o uso ampliado da expressão Nouvelle
Histoire é encaminhado pelo historiador mineiro José Carlos Reis no seu ensaio
“O surgimento da Escola dos Annales e o seu programa”, incluído na coletânea de
textos deste autor sobre A Escola dos Annales (2000). Por outro lado, uma vez
que os mais recentes historiadores da Nouvelle Histoire muito habitualmente
reivindicam uma herança historiográfica que remete às duas primeiras gerações
dos Annales, não é raro o uso da expressão “Escola dos Annales” de modo a
abarcar as diversas gerações de historiadores que tem como referência a Revista
dos Annales, sendo este o uso que lhe empresta ohistoriador inglês Peter Burke
em seu ensaio de 1990 intitulado “A Escola dos Annales”.
Outra das ambigüidades relativas a este grande movimento historiográfico
encabeçado pelos historiadores franceses também se expressa no fato de que
autores diversos costumam lidar por vezes com periodizações distintas sobre o
movimento. François Dosse estabelece uma ruptura em 1968 entre os Annales e o
que seria chamado em sentido estrito de Nouvelle Histoire (1987). Iggers, na
sua obra Novas Direções na Historiografia Européia (1971), prefere enfatizar
uma ruptura que teria ocorrido em 1945, separando a “história tendencialmente
qualitativa” dos primeiros tempos dos Annales e a “história conjuntural
quantitativa” que passaria a predominar em seguida, particularmente no período
sob a égide de Fernando Braudel.
É ainda bastante complexo e polêmico o estudo sobre as influências que os
Annales teriam recebido de outros movimentos e correntes historiográficas, seja
se considerarmos o estudo relativo à influência de autores diversos nos grandes
fundadores dos Annales, seja se nos voltarmos para os estudos que se relacionam
à identificação de correntes e aportes teóricos que teriam influenciado e
permitido a constituição dos Annales como movimento bem estruturado e
triunfante na historiografia francesa. Para dar um exemplo, o diálogo e o
contraste dos Annales com o Materialismo Histórico têm suscitado reflexões
diversas, havendo aquelas que buscam resgatar as influências do Marxismo para a
visão histórica estruturante dos Annales – tal como Burguière em seu artigo
Histoire et Structure – outros que procuram pontuar mais claramente as
diferenças, e ainda os que buscam estabelecer uma relação mais complexa entre
estes dois importantes campos de contribuições historiográficas, como é o caso
do livro de Aguirre Rojas intitulado "Os Annales e a Historiografia
Francesa" (2000).
De igual maneira, há uma tendência em se enfatizar as inovações dos Annales,
particularmente por oposição a todo um paradigma historiográfico que já havia
sido inaugurado pelo Iluminismo desde o século XVIII. Mas isto não exclui
também aqueles que, como Gemelli em seu artigo de 1987 sobre Os Annales no
Segundo Pós-Guerra – procuram enxergar a influência da racionalidade Iluminista
como a grande vertente de influência nos Annales. Há mesmo os que – com vistas
a criar um contraste em relação a algumas das correntes que surgem no ambiente
da pós-modernidade – esmeram-se em mostrar que há um grande e único paradigma
Iluminista, que inclui não apenas os Annales como também o Materialismo
Histórico, dando a perceber que entre estas duas contribuições historiográficas
haveria mais semelhanças que diferenças. Este é o caso, por exemplo, do ensaio
de apresentação de Ciro Flamarion Cardoso ao livro Domínios da História, que
procura dicotomizar a grande produção historiográfica ocidental em termos de
dois grandes “paradigmas rivais” (1986).
Os Annales constituem um paradigma, como propõem Gemelli (1987) ou Stoianovitch
(1976) em seus ensaios? Estão imersos no conjunto de variações e contribuições
atinentes a um paradigma mais amplo, como propõe Ciro Flamarion Cardoso ao integrar
a Escola dos Annales a um moderno paradigma iluminista? Existiria apenas um
único paradigma dos Annales, ou mais de um, como propôs Jacques Revel em um
artigo escrito em 1979 para a própria Revista dos Annales, com o título “Os
paradigmas dos Annales”? Ou será que, ao invés de um “paradigma” ou conjunto
integrado de paradigmas, os Annales constituem um Movimento ou Escola, tal como
sugerem François Dosse e Peter Burke em perspectivas bem diferenciadas um do
outro? Se é uma Escola, até que ponto existirão inovações suficientemente
decisivas para que se possa atribuir aos Annales uma contribuição realmente
transformadora para a Historiografia Ocidental, tal como propõe José Carlos
Reis nas suas diversas análises sobre as radicais e inovadoras contribuições
que emergem da instituição pelos Annales de um novo Tempo Histórico (REIS,
1994)? Por outro lado, se os Annales constituíram uma Escola ou um Movimento,
quais os seus limites temporais: teriam se esgotado nas duas primeiras
gerações, ou prosseguem pelas gerações posteriores de historiadores franceses
que reivindicam a herança de Bloch, Febvre e Braudel?
Há ainda uma série de outras polêmicas que emergem deste fascinante movimento
que apresenta como figuras de proa nomes como o de Lucien Febvre, Marc Bloch e
Fernando Braudel. Até que ponto existe uma ruptura entre a Escola dos Annales
propriamente dita e a chamada Nouvelle Histoire que continua a se afirmar nas
últimas décadas do século XX? Os historiadores ligados à Nouvelle Histoire são
herdeiros dos Annales – tal como propõe Peter Burke em seu livro “A Escola dos
Annales – a Revolução Francesa da Historiografia” (1989) – ou inversamente, tal
como propõe François Dosse, há muito mais uma ruptura entre a Escola dos
Annales e esta outra corrente, que também tem seu principal lugar de ação na
célebre Revista dos Annales, e que a partir das últimas décadas do século XX
tende a desenvolver o que foi por alguns chamado de “Uma História em Migalhas”
(DOSSE, 1987)?
Estas perguntas, que não podem ser respondidas todas no espaço que teremos para
esta síntese, permitem que vislumbremos a complexidade que envolve a temática
das contribuições historiográficas proporcionadas pela escola dos Annales. Para
além do importante diálogo bibliográfico que já existe em torno dos Annales, é
fundamental considerar, antes de tudo, as fontes que revelam diretamente o
pensamento historiográfico dos historiadores dos Annales. Emergem aqui obras já
clássicas, como A Apologia da História, de Marc Bloch, os Combates pela
História, de Febvre (1965), os ensaios de Fernando Braudel incluídos na obra A
Escrita da História (1969), o ensaio Território do Historiador, de Ladurie
(1973), o livro História, ciência social de Pierre Chaunu (1974), os ensaios
reunidos por François Furet em 1982 sobre a rubrica A Oficina da História, ou
ainda as grandes coletâneas coordenadas por historiadores da Nouvelle Histoire
como Jacques Le Goff e Pierre Nora, entre os quais a coletânea Faire de
l’Histoire (1974) ou a coletânea Nouvelle Histoire (1978).
Finalmente, a própria atuação de cada historiador ligado aos Annales no
exercício da sua prática e elaboração de estudos históricos específicos deixa
entrever, com bastante intensidade, as nuances de cada um. Obras como Os Reis
Taumaturgos (1924), de Marc Bloch, o Rabelais de Lucien Febvre (1942), A crise
da economia francesa no Antigo Regime de Labrousse, O Mediterrâneo, de Fernando
Braudel (1966), ou Sevilha e o Atlântico, de Pierre Chaunu (1959), tornam-se
aqui páginas privilegiadas para a identificação de um novo e complexo padrão
historiográfico que iria deixar seus traços definitivos na história da
historiografia.
Para se firmar como corrente historiográfica dominante na França, e estender
posteriormente sua influência a outros países da Europa e também da América, os
fundadores e consolidadores dos Annales precisaram estabelecer uma arguta e
impiedosa crítica da historiografia de seu tempo – particularmente daquela
historiografia que apodaram de “História Historizante” ou de “História
Eventual” – buscando combater mais especialmente a Escola Metódica Francesa e
certos setores mais conservadores do Historicismo. Os Annales, em busca de sua
conquista territorial da História, precisavam enfrentar as tendências
historiográficas então dominantes, mas também se afirmar contra uma força nova
que começava a trazer métodos e aportes teóricos inovadores para o campo do
conhecimento humano: as nascentes Ciências Sociais.
Este conjunto de circunstâncias e estratégias, por volta da fundação do
movimento, é o objeto do artigo "Os Annales: a crítica ao Positivismo e ao
Historicismo" (http://ning.it/dNN3fp)
Para uma compreensão da história subsequente dos Annales, propomos o artigo
"A Escola dos Annales: considerações sobre a história do movimento" (http://ning.it/fp2m1n)
Obras citadas:
BLOCH. Marc. Apologia da História.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BRAUDEL, Fernando. Escritos sobre a História. São Paulo: Perspectiva, 1978
[original: 1969].
BURKE, Peter. A Escola dos Annales. São Paulo: UNESP, 1991 [original: 1991].
CARDOSO, Ciro Flamarion. “História e Paradigmas Rivais” in CARDOSO, C. F. e
VAINFAS, R. (orgs), Domínios da História. Rio de Janeiro: Campus, 1986.
DOSSE, François. A História em Migalhas - dos Annales à Nova História.
Campinas: Unicamp. 1992.
FEBVRE, lucieN. Combates pela História.Lisboa: Editora Presença, 1989.
GEMELLI, G. “Les Annales nel segondo dopoguerra: uno Paradigma?”. In. ROSSI, P
(org). La storiografia contemporanea – indirizzi e problemi. Milano: Arnaldo Mandadori, 1987.
IGGERS, G. New Directions in European Historiography. London: Methuen,
1971.
REIS, José Carlos. “O surgimento da Escola dos Annales e o seu programa” In
Escola dos Annales – a inovação em História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000,
p.65-90.
REIS, José Carlos. Nouvelle Histoire e Tempo Histórico. São Paulo: Ática, 1994.
ROJAS, Carlos Antônio Aguirre. Os Annales e a Historiografia Francesa –
tradições críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: UEM, 2000
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