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sábado, 21 de agosto de 2010

FOTOS DA COMEMORAÇÃO DO DIA DO ESTUDANTE - ESCOLA ANTONIO TIMÓTEO 2010

Folclore reúne lendas, superstições, dança e música

Lendas são histórias cheias de fantasia contadas de geração para geração.
Divulgação Você certamente já deve ter ouvido falar no Saci Pererê, na Cuca e no Caipora do Sítio do Pica Pau Amarelo, não é? Eles fazem parte de um grupo bem maior de personagens do folclore brasileiro. Além deles, existem a Mula sem Cabeça, o Curupira, o Lobisomem, o Boto cor de rosa e a sereia Iara. O Dia do Folclore é comemorado neste sábado (22).Mas esse conjunto de tradições não se resume aos personagens. Há músicas, brincadeiras, mitos, contos, superstições, artesanato e festas populares com danças folclóricas, como baião, frevo, maracatu e quadrilha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

OS MAIORES RIOS EM EXTENSÃO DO MUNDO

1. Amazonas 6.992 6.915.000 219.000 Oceano Atlântico Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela

2. Nilo 6.650 3.349.000 5.100 Mar Mediterrâneo Sudão, Etiópia, Egito, Uganda, Tanzânia, Quênia, Rwanda, Burundi, Eritréia, República Democrática do Congo

3. Yangtze (Chang Jiang) 6.380 1.800.000 31.900 Mar da China Oriental China

4. Mississippi - Missouri 6.270 2.980.000 16.200 Golfo do México Estados Unidos (98,5%), Canadá (1,5%)

5. Ienissei - Angara - Selenga 5.550 2.580.000 19.600 Mar de Kara Rússia, Mongólia

6. Ob - Irtich 5.410* 2.990.000 12.800 Golfo de Ob Rússia, Cazaquistão, China
7. Huang He (Amarelo) 4.667 745.000 2.110 Mar de Bohai
(Balhae) China


8. Amur (Heilong) 4.368* 1.855.000 11.400 Mar de Okhotsk Rússia, China, Mongólia

9. Congo (Zaire) 4.371 3.680.000 41.800 Oceano Atlântico República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Angola, República do Congo, Tanzânia, Camarões, Zâmbia, Burundi, Rwanda

10. Lena 4.260 2.490.000 17.100 Mar de Laptev Rússia


11. Mackenzie - Peace - Finlay 4.241 1.790.000 10.300 Mar de Beaufort Canadá

12. Níger 4.167 2.090.000 9.570 Golfo da Guiné Nigéria (26,6%), Mali (25,6%), Níger (23,6%), Argélia (7,6%), Guiné (4,5%), Camarões (4,2%), Burkina Faso (3,9%), Costa do Marfim, Benin, Chade


13. Mekong 4.023 810.000 16.000 Mar da China Meridional Laos, Tailândia, China, Camboja, Vietnã, Mianmar

14. Paraná (Rio da Prata) 3.998 3.100.000 25.700 Oceano Atlântico Brasil (46,7%), Argentina (27,7%), Paraguai (13,5%), Bolívia (8,3%), Uruguai (3,8%)

15. Murray - Darling 3.750 3.490.000 767 Oceano
Antártico Austrália

Derretimento amplo e rápido da calota polar do Ártico assusta os cientistas

Andrew C. Revkin

A camada de gelo que cobre o Ártico diminuiu tanto neste verão que as ondas por um breve período marulharam ao longo de duas rotas navais árticas que durante muito tempo existiram apenas na imaginação dos navegadores, a Passagem do Noroeste, no Canadá, e a Rota do Mar do Norte, na Rússia.
De maneira geral, o gelo flutuante sofreu uma redução sem precedentes em um século ou mais, segundo várias estimativas.
Agora o período de seis meses de escuridão retornou ao Pólo Norte. No frio cada vez mais intenso, o novo gelo já está se formando sobre vastas áreas do Oceano Ártico. Perplexos com as mudanças presenciadas no verão, os cientistas estão estudando as forças que transformaram uma área 2,6 milhões de quilômetros quadrados superior à média da banquisa (banco de gelo) ártica em mar aberto - o equivalente a seis Estados da Califórnia (ou a aproximadamente 10,5 Estados de São Paulo) -, na primeira vez que se registra este fenômeno desde que satélites começaram a fazer tais medições em 1979.
Em uma recente reunião de especialistas em gelo marinho na Universidade do Alasca em Fairbanks, o geofísico Hajo Eicken resumiu a situação da seguinte forma: “O nosso estoque de reserva parece estar desaparecendo”.
Os cientistas também andam nervosos com as conseqüências do verão nos anos vindouros, e com a capacidade da comunidade de pesquisas de prever essas conseqüências.
Para complicar o cenário, a drástica mudança ártica foi resultado tanto da movimentação do gelo quanto do derretimento, segundo a opinião de vários especialistas. Um novo estudo, liderado por Son Nghiem, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, e que foi publicado nesta semana no periódico científico “Geophysical Research Letters”, utilizou satélites e bóias para revelar que desde 2000 os ventos empurraram grandes quantidades de gelo antigo e espesso da região ártica central para além da Groenlândia. Segundo os autores do trabalho, os blocos finos que se formaram no mar aberto resultante derreteram-se com maior rapidez, ou puderam ser empilhados pelos ventos e expelidos da região de forma similar.
O ritmo da mudança excedeu em muito aquilo que era esperado com base em quase todas as simulações usadas para determinar de que maneira o Ártico responderá às concentrações crescentes de gases causadores do efeito estufa vinculados ao aquecimento global. Mas isso pode ser interpretado de duas formas. Os modelos são demasiadamente conservadores? Ou eles estão desprezando influências naturais que podem causar amplas oscilações na quantidade de gelo e na temperatura, minimizando portanto a importância do lento aquecimento subjacente?
O mundo está prestando mais atenção do que nunca a essas questões.
A Rússia, o Canadá e a Dinamarca, motivados em parte por anos de aquecimento e pelo encolhimento da banquisa ártica deste ano, intensificaram a retórica e as ações no sentido de garantir a posse de rotas marítimas e das riquezas do fundo do mar.
Os defensores da redução das emissões de gases de efeito estufa citam o derretimento da banquisa como prova de que as atividades humanas estão provocando um fenômeno que conduzirá a uma calamidade global.
Porém, os especialistas no Ártico dizem que as coisas não são assim tão simples. Mais de uma dúzia de especialistas disseram em entrevistas que a redução extrema da calota polar revelou a existência de pelo menos tantos fatos que continuam sendo um mistério em relação ao Ártico quanto outros que podem ser explicados. Mesmo assim, muitos desses cientistas dizem que estão se convencendo de que o sistema está se deslocando rumo a um estado novo e mais aquoso, e que o aquecimento global causado pelos humanos está desempenhando um grande papel nisso tudo.
Os especialistas estão tendo dificuldades em descobrir quaisquer registros da Rússia, do Alasca ou de outras regiões que indiquem uma retração tão generalizada do gelo ártico nas eras recentes, algo que fortalece a hipótese de que os seres humanos podem ter desequilibrado a balança climática. Muitos cientistas afirmam que o último aquecimento substancial registrado na região, que alcançou o seu apogeu na década de 1930, afetou principalmente as áreas próximas à Groenlândia e à Escandinávia.
Alguns cientistas que há muito duvidavam de que uma influência humana pudesse ser nitidamente discernida na alteração climática no Ártico agora concordam que é difícil atribuir esse fenômeno a qualquer outro fator.
“Costumávamos argumentar que grande parte da variação ocorrida até o final da década de 1990 foi induzida por mudanças nos ventos, alterações naturais que não estão obviamente relacionadas ao aquecimento global”, explica John Michael Wallace, cientista da Universidade de Washington. “Mas as alterações nos últimos anos nos fazem questionar tal explicação. Estou muito mais aberto à idéia de que podemos ter ultrapassado um ponto a partir do qual as mudanças tornam-se essencialmente irreversíveis”.
Os especialistas afirmam que a redução da calota polar deverá ser ainda maior no próximo verão, já que o congelamento neste inverno está iniciando-se com um enorme déficit de gelo. Pelo menos um pesquisador, Wieslaw Maslowski, da Escola de Pós-graduação Naval em Monterey, na Califórnia, acredita que, a partir de 2013, o planeta terá um Oceano Ártico completamente azul.
Basicamente, as águas árticas podem estar se comportando de maneira semelhante àquelas em torno da Antártica, onde uma vasta calota de gelo marítimo forma-se a cada inverno austral, para quase desaparecer no verão (em um reflexo das diferenças de geografia e dinâmica nos dois pólos, houve um ligeiro aumento da área de gelo marinho em torno da Antártica nas últimas décadas).
Embora águas desimpedidas no Ártico possam significar um boom para a navegação, a pesca e a exploração de petróleo, uma oscilação anual drástica entre períodos com e sem gelo pode ser um golpe particularmente duro para os ursos polares.
Muitos cientistas especializados no Ártico alertam que ainda é muito cedo para começar a mandar navios porta-contêineres para o topo do mundo. “Variações naturais poderiam passar por uma reversão, e contrabalançar a mudança provocada pelos gases causadores de efeito estufa, talvez até estabilizando o gelo por algum tempo”, afirma Marika Holland, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, em Boulder, no Colorado.
Mas ela acrescenta que tal fenômeno não seria duradouro. “Cedo ou tarde as variações naturais reforçariam novamente a mudança provocada pelos seres humanos, talvez levando a uma retração ainda mais rápida da banquisa”, opina Holland. “Assim, eu não assinaria nenhum contrato de navegação para a região para os próximos cinco ou dez anos. Mas talvez ou fizesse para as próximas duas ou três décadas”.
Embora os especialistas discordem quanto aos detalhes, muitos deles concordam que o desaparecimento do gelo marinho neste ano foi provavelmente causado por forças conjugadas, tais como a presença na atmosfera de vapor d’água e nuvens que aprisionam o calor e a influência dos céus ensolarados de junho e julho no aquecimento do oceano. Outros fatores importantes foram os ventos quentes que se deslocaram da Sibéria em torno de um sistema de alta pressão atmosférica estacionado sobre o oceano. Os ventos não só teriam derretido o gelo fino, mas também empurraram blocos de gelo para o mar aberto, onde as correntes marinhas e os ventos puderam empurrá-los para fora do Oceano Ártico.
Mas provavelmente houve a influência de um outro fator, que remonta a aproximadamente 1989. Naquela época, um alteração periódica nos padrões de ventos e pressão atmosférica sobre o Oceano Ártico, denominada Oscilação Ártica, firmou-se em um padrão cuja tendência foi impedir que durante anos o gelo seguisse um movimento circular, de forma que a banquisa ficasse mais espessa, e em vez disso possibilitou que os blocos de gelo deslocassem-se para o Atlântico Norte.
“O novo estudo da Nasa sobre os antigos blocos de gelo empurrados para fora do Ártico se baseia em medições prévias que demonstraram que a proporção de blocos espessos e duráveis de pelo menos dez anos de idade diminuiu de 80% na primavera de 1987 para apenas 2% na primavera deste ano”, afirma Ignatius G. Rigor, especialista em gelo da Universidade de Washington e autor do novo estudo liderado pela Nasa.
Sem a grossa camada de gelo, capaz de resistir a meses de sol contínuo de verão, uma maior área de mar aberto, que é mais escuro, e de gelo fino, absorve energia solar, contribuindo para o derretimento e atrasando o congelamento de inverno.
O gelo mais fino e recém-formado é também mais vulnerável ao derretimento provocado pelo calor mantido próximo à superfície do oceano por nuvens e vapor d’água. Talvez seja aí que a influência crescente dos seres humanos sobre o sistema climático global possa estar exercendo a maior influência regional, segundo Jennifer A. Francis, da Universidade Rutgers.
Outros especialistas no Ártico, incluindo Maslowski, de Monterey, e Igor V. Polyakov, da Universidade do Alasca em Fairbanks, também acreditam na influência do aumento de fluxos de água mais quente que penetram no Oceano Ártico através do Estreito de Bering, entre o Alasca e a Rússia, e das correntes profundas que correm para o norte, vindas do Oceano Atlântico, nas proximidades da Escandinávia.
Uma legião de cientistas especializados no Ártico afirma que é muito cedo para saber se o efeito do aquecimento global já colocou o sistema em uma condição na qual o gelo marinho, durante os verões, ficará rotineiramente limitado a algumas poucas rotas fechadas no norte do Canadá.
Mas na universidade em Fairbanks - onde os sinais do aquecimento no norte incluem crateras formadas pelo derretimento da permafrost (camada de terra congelada) em torno do centro de pesquisa do Ártico, pertencente à instituição -, Eicken e outros especialistas estão tendo dificuldades em identificar uma situação capaz de reverter essa tendência.
“Pode até ser que o Ártico conte com um outro trunfo escondido para ajudar o gelo a retornar”, diz Eicken. “Mas, com base em tudo o que conhecemos neste momento, os meios capazes de possibilitar o retorno do gelo são bastante limitados”.


Tradução: UOL.

The New York Times

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mensagem do Dia do Estudante.

"Prezados Estudantes! "

A cada ano, de energia renovada e cheios de esperança, nos preparamos para, de alguma forma, auxiliarmos na transformação de nosso País em uma grande nação. E hoje, especialmente, apostamos antes de mais nada na sua capacidade de criar e transformar a realidade.
Não basta ter sonhos para realizá-los. É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nossos sonhos.

Feliz Dia do Estudantes!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O que é o Grêmio Estudantil?

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.ObjetivosPor isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua escola, organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem – junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da programação e da construção das regras dentro da escola.Para resumir: um Grêmio Estudantil pode fazer muitas coisas, desde organizar festas nos finais de semana até exigir melhorias na qualidade do ensino. Ele tem o potencial de integrar mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade.
Fonte: Caderno Grêmio em Forma, do Instituto Sou da Paz.Site: http://www.soudapaz.org/

domingo, 1 de agosto de 2010

COMO SURGIU A INTERNET?

Para quem conhece a Internet há menos de cinco anos, sua história poderá parecer surpreendente. Em nenhum momento dos seus primeiros anos concebeu-se o que vem acontecendo hoje. Os motivos do seu surgimento também estavam bem longe da vocação comercial que a Rede assumiu ao longo dos últimos anos.
Para compreender todas essas mudanças, é preciso voltar um pouco no tempo. No final da década de cinqüenta, no auge da Guerra Fria, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos concebeu a ARPA - Advanced Research Projects Agency. Sua função era liderar as pesquisas de ciência e tecnologia aplicáveis às forças armadas. Um dos objetivos foi o de se ter a possibilidade de desenvolver projetos em conjunto, sem o inconveniente da distância física, nem o risco de se perder dados e informações de uma base destruída em caso de combate.
Assim, em 1969, foi criada a ARPANET - ARPAnetwork e em outubro do mesmo ano foi enviada a primeira mensagem remotamente, inaugurando na prática suas atividades. Durante os anos seguintes, a ARPANET foi sendo ampliada com novos pontos em todo os Estados Unidos, passando a incluir também universidades. Em 1971, surgiu o modelo experimental do e-mail (o seu primeiro software veio em 1972), ampliando a utilidade da Rede. Já em 1973, foram criadas as primeiras conexões internacionais, interligando computadores na Inglaterra e na Noruega.
O resto da década de 70 foi marcado pelo crescimento da Rede, por onde circularam mensagens enviadas até mesmo pela Rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Também surgiram outras redes paralelas que posteriormente viriam a se unir à ARPANET. Essa união não significava em todos os casos o desaparecimento de alguma dessas redes, pois uma das premissas da ARPANET era de que ela fosse capaz de comunicar se com qualquer computador e/ou rede que houvesse. Essa premissa se mantém até hoje.
Em 1982, foi implementado o TCP/IP, protocolo padrão da Rede. No ano seguinte, toda a parte militar (que recebeu o nome de MILNET) foi separada da ARPANET. Em 1985, surgiram os primeiros domínios (.edu, .org e .gov), logo após à criação deste conceito. Também nessa época, começou a ser usado o nome INTERNET para se referir ao conjunto de redes liderado pela ARPANET. Depois da cisão com a parte militar e o uso já comum do termo INTERNET, a ARPANET se esvaziou e deixou de existir oficialmente em 1990.
Como o pressuposto da Internet é que ela seja aberta a qualquer computador ou rede que deseje se conectar, é preciso haver uma forma de tornar possível essa comunicação, pois sistemas diferentes usam computadores e linguagens diferentes. A maneira de conseguir isso foi através da criação de um protocolo de comunicação padrão, o TCP/IP. Um protocolo é uma forma de comunicação entre computadores. Usando o mesmo protocolo, sistemas diferentes conseguem estabelecer entre si a comunicação desejada.
Em 1991, surgiu a WWW, liderando uma grande mudança nos hábitos e no perfil dos usuários da INTERNET. Um grupo de cientistas do CERN - Laboratoire Européen pour la Physique des Particules
decidiu tornar seu tempo de uso da Rede mais rápido, fácil e produtivo. Para isso, desenvolveram e acabaram por criar, em 1991, o serviço WWW. Na época era muito complicado e trabalhoso navegar na Internet. Somente programadores e operadores tinham capacidade para usar a Rede e mesmo para eles isso era trabalhoso e despendia tempo. Com a WWW, a tarefa de navegar tornou-se extremamente simples. Endereçamentos amigáveis e visualização clara e rápida possibilitaram ao leigo um acesso antes restrito a especialistas.
Para navegar nesse novo sistema, foi criado um novo tipo de software, conhecido como browser ou navegador. O primeiro a ter grande impacto foi o Mosaic, liderado por M. Andreeseen, que mais tarde fundaria a Netscape Communications Corporation. O Mosaic se espalhou por milhares de usuários, tornando a WWW conhecida rapidamente, o que levou à multipligação da quantidade de home-pages disponíveis. Com essa multiplicação, mais usuários aderiram, criando um ciclo de crescimento da ordem de 300% ao ano, nos cinco primeiros anos de sua existência.
Com essa explosão e a facilidade de uso, começaram a surgir os usuários de fora das universidades: empresas e pessoas físicas. É quase incontável a quantidade de novos negócios que surgiram e continuam a surgir com os nichos criados pela explosão da WWW. O melhor campo para se observar é o de software. Empresas surgiram da Rede e para a Rede, como a Netscape . Seu primeiro produto foi o browser Netscape Navigator, o qual, com o tempo, superou o antigo Mosaic, e mantém uma posição de destaque num mercado com vários concorrentes.
A estrutura de acesso antes da WWW foi originalmente projetada para membros de centros de pesquisa e universidades. A maior parte das conexões era feita dos próprios centros e laboratórios das universidades, e as que eram feitas de outros locais (casas, escritórios etc.) usavam linhas telefônicas e eram perfeitamente suportadas pela estrutura existente. Porém, com milhares de novos usuários, uma nova estrutura precisou ser montada para complementar a existente. É onde entram os provedores de acesso. Essas empresas têm uma conexão permanente (geralmente de grande capacidade) e modems ligados a linhas telefônicas, disponíveis em grande número para prover acesso aos seus usuários. Mais adiante será explicado em detalhes o funcionamento dos provedores e seu papel no crescimento da Internet.
Além do surgimento de empresas como a Netscape, as tradicionais empresas de informática voltaram seus olhos para esse novo mercado. Algumas mais rapidamente, como a Sun Microsystems, Inc. , cheia de inovações para a Web, como a linguagem JAVA, ou a Cisco Systems, Inc. , produzindo um dos principais equipamentos utilizados na Internet, os roteadores, que muito ajudaram a rápida expansão da Rede. Outras empresas foram mais lentas, como a gigante Microsoft Corporation . Bill Gates, seu fundador e ex-presidente, chegou a chamar a Internet de "uma bagunça sem real potencial de negócios".
O fato é que a Internet chegou a ser um fenômeno de massa, com milhões de usuários espalhados pelo mundo, movimentando milhões de dólares em comércio eletrônico. Há vários fatores que colaboraram com isso, um deles é o fato de a tecnologia Internet ser barata (até por ter sido desenvolvida em grande parte em Universidades e outros centros de pesquisa) e aberta, tendo sido rapidamente incluída em todos os sistemas operacionais. Aplicações que antes eram onerosas (exigindo soluções proprietárias e desenvolvimento específico), com a tecnologia Internet se tornaram bem mais baratas, inclusive pelo maior número de usuários para ratear os custos.
No final do século, a Internet mantém taxas de crescimento altíssimas e novos negócios surgem a cada momento. O que é novidade hoje, amanhã poderá ser apenas uma lembrança ou tornar-se uma idéia bem sucedida e adaptada à rotina da Rede. É muito difícil se prever exatamente como será o futuro da Internet, mas uma coisa é certa: a Rede terá um impacto cada vez maior na sociedade, em todo o mundo.

Como surgiu o Dia do Estudante?

No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima. Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Estrutura de um Jornal diário

Os jornais diários, além da divisão em editorias e cadernos temáticos mencionada acima, apresentam ainda outras seções de conteúdo jornalístico no âmbito da opinião, das informações institucionais e da utilidade pública. Elas costumam estar distribuídas pelos cadernos ou páginas especiais.

Editorial
Artigos que expressam a opinião institucional e apócrifa (sem assinatura individual) do jornal.
Expediente - listagem da equipe da redação (pelo menos a direção, as chefias e as editorias), dados de tiragem e circulação, mais endereços e telefones para contato, assinaturas, números atrasados etc.
Cartas dos leitores - cartas selecionadas pela redação (ou pelo
Ombudsman), comentando temas abordados ou sugerindo pautas para novas matérias.
Obituário - falecimentos, geralmente agrupados junto aos anúncios fúnebres.
Coluna Social - notas e fotos de personalidades em festas e eventos sociais.
Tempo e Clima - previsões
meteorológicas
Horóscopo - previsões astrológicas
Efemérides e curiosidades - fatos históricos na data corrente e informações de almanaque e cultura geral.
Charge ou Cartoon.
Quadrinhos ou Banda desenhada - geralmente publicados em tiras de três ou quatro quadros.
Palavras-cruzadas, Caça-palavras e atualmente Sudoku.
Classificados, Imóveis e Empregos - anúncios pequenos, geralmente pagos por indivíduos.
Esportes

Hierarquia
Uma empresa jornalística típica costuma apresentar a seguinte hierarquia:
Proprietário.
Diretor-Executivo ou Diretor Administrativo.
Diretor Comercial.
Diretor de Circulação.
Diretor de Jornalismo ou Diretor de Redação.
Editor-Chefe.
Editores.
Editor de Fotografia.
Chefe de Reportagem.
Repórteres.
Redatores.
Revisores.
Diagramadores.
Ilustradores.
Fotógrafos.
Correspondentes.
Secretário de Redação.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O surgimento da TV no Brasil e no mundo


O surgimento da TV no Brasil e no mundo
Quando foi realizada a primeira transmissão de TV no planeta? E no Brasil?

Foi em 26 de fevereiro de 1926, pelo escocês John Baird. Ele é considerado a pai da TV. A primeira transmissão televisiva foi um modelo mecânico de TV para audiência de cientistas da Academia de Ciências Britânicas, em Londres, na Inglaterra.
O Dia da televisão é comemorado sempre em 11 de agosto, dia do nascimento de Santa Clara, considerada a padroeira da Televisão.

No Brasil...
Quem trouxe a TV para o Brasil foi o paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, nascido na cidade de Umbuazeiro, em 5 de outubro de 1892. Ele era o proprietário da empresa de comunicação “Diários Associados”, um aglomerado de comunicação que abrangia jornais e emissoras de rádio.
No dia 18 de setembro de 1950, é inaugurada a TV Tupi, em São Paulo, no canal 3.
Antes da primeira transmissão, a televisão no Brasil passou por testes e pré-estréias antes da fundação da TV Tupi.
A primeira transmissão ocorreu no saguão dos “Diários Associados”, local onde alguns aparelhos de TV transmitiram a apresentação do cantor Frei José Mojica, do México. Porém, sessenta dias antes, teria ocorrido – antes mesmo da inauguração da TV Tupi - , a transmissão de um show, o “Vídeo Educativo”, no auditório da Faculdade de Medicina de São Paulo.
Duzentos aparelhos de TV foram importados e distribuídos por Chateaubriand pela cidade, uma maneira de ele atrair o interesse do público para a novidade, cuja grande maioria ainda não possuía aparelhos em casa.
As transmissões ocorriam das 18 horas e às 23 horas. É de grande valia dizer que a maior parte dos profissionais que iniciaram a produção de TV no Brasil vieram do rádio, jornais e do teatro, diferentemente do Estados Unidos, que buscaram seus profissionais no cinema.
O primeiro programa a ir ao ar é “TV na Taba”, com Hebe Camargo, Ivon Cury, acompanhados de outros artistas.
O primeiro telejornal, “Imagens do Dia”, entrou no ar no dia 19 de setembro, cujas matérias eram colocadas no ar com o uso de câmeras de cinema.
A TV EM CORES CHEGA AO BRASIL...
Foi em 1970 quando se fez a primeira transmissão de TV em cores no Brasil, era a Copa do Mundo do México, quando a Seleção Brasileira se sagrou tricampeã. Foi realizada pela EMBRATEL, em caráter experimental e fechado, para um público seleto. Poucas pessoas possuíam aparelhos para conseguir distinguir as cores das camisas do Brasil (amarelas) e da Itália (azuis), pois poucos podiam na ocasião trocar seu velho aparelho PB pelo colorido.
Em 19 de Fevereiro de 1972, foi realizada a primeira transmissão pública de TV em cores, com programação produzida no Brasil - A Festa da Uva, em Caxias do Sul - RS.
Fontes de pesquisa:
Internet
www.tudosobretv.com.br
www.infoescola.com
www.colegiosaofrancisco.com.br

UMA BREVE HISTÓRIA DO RÁDIO NO MUNDO E NO BRASIL.

1893 - O padre, cientista e engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele, a Marinha brasileira realizou, em 01 de março de 1905, diversos testes de mensagens telegráficas no encouraçado Aquidaban.
Todavia, o Primeiro Mundo reconhece o cientista Guglielmo Marconi como o "descobridor do rádio".Marconi, natural de Bolonha, Itália, realizou em 1895 testes de transmissão de sinais sem fio pela distância de 400 metros e depois pela distância de dois quilômetros. Ele também descobriu o princípio do funcionamento da antena. Em 1896 Marconi adquiriu a patente da invenção do rádio, enquanto Landell só conseguiria obter para si a patente em1900. Marconi, em 1899, concebeu a radiotelegrafia através de uma mensagem de socorro transmitida pelo Atlântico. Nesse evento se populariza a sigla S. O. S. - save our souls, "salvem nossas almas" em português - , em todo o mundo, mesmo em países que não falam a língua inglesa que concebeu a sigla.
Essa polêmica da invenção do rádio se compara à da invenção do avião, no início do século XX, em que o Primeiro Mundo credita aos irmãos Wright, dos EUA, a invenção do veículo aéreo, embora tenha sido o mineiro Alberto Santos Dumont seu pioneiro (os Wright não registraram imagens de suas experiências de vôo, enquanto Dumont realizou testes com seu 14-Bis diante de multidões em Paris, França, em 1906).
1919-1923 - Outra polêmica envolve o surgimento da primeira emissora de rádio no Brasil. Oficialmente se credita à Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (hoje Rádio MEC), do então Distrito Federal (Rio de Janeiro), o pioneirismo, em 1923. Mas a Rádio Clube de Pernambuco (até hoje no ar e que chegou a ser propriedade de Assis Chateaubriand, a exemplo da Super Rádio Tupi), de Recife, quatro anos antes já realizou suas primeiras transmissões radiofônicas.
Em 1922, em caráter experimental, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que não havia sido inaugurada ainda, transmitiu, em razão dos 100 anos da Independência do Brasil em 07 de setembro, o discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa.
O idealizador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi Edgard Roquete Pinto, considerado o "pai do rádio brasileiro". Mesmo não sendo exatamente o pioneiro, considerando a Rádio Clube de Pernambuco como a primeira rádio do país, Roquete Pinto teve sua prestigiada importância histórica em prol da comunicação e educação no rádio. Em homenagem a ele, foi criada uma fundação com o seu nome, que existe até hoje.
Anos 20 - Nessa época, o rádio funcionava sem fins comerciais. Não havia ainda a chamada publicidade no rádio, que só viria em 1927 e ganharia fôlego nos anos 30. Antes disso, haviam as chamadas "rádios clubes" ou "rádios sociedades", ou seja, rádios com programação elitista e raio de irradiação limitado, organizadas por pessoas da alta burguesia, que além de sustentarem as emissoras, forneciam suas coleções de discos, geralmente de música clássica.
Este detalhe foi resgatado de alguma forma pela Rádio Fluminense FM de Niterói, entre 1982 e 1985, pois sua programação rock era proveniente de discos pertencentes a seus próprios produtores (uma rádio hoje em dia funciona com acervos impessoais fornecidos pelas gravadoras), colecionadores assumidos de discos.
1936 - Surge a Rádio Nacional, PRK-30, no Rio de Janeiro. Ela se tornaria um marco na história do rádio, com seus programas de auditório, suas comédias e suas radionovelas. Entre o final dos anos 30 e a primeira metade dos anos 50 a Nacional seria uma das líderes de audiência do rádio brasileiro, exportando sua programação, gravada e dias depois transmitida, em outras cidades brasileiras.
Nessa época as pessoas poderiam ir para os estúdios das rádios, verdadeiros teatros, para assistir ao vivo à programação realizada. Era época de grandes emoções, em que as pessoas podiam ver pessoalmente os comunicadores em ação.
1938 - Surge a Rádio Globo do Rio de Janeiro, que décadas depois seria a rádio AM mais popular do país, renovando o fôlego do rádio que havia sido abalado com o surgimento da televisão. É dessa época a vinheta de "O Globo no ar", até hoje utilizada tanto pela Globo AM do Rio de Janeiro como a sua similar de São Paulo.Nesta mesma época, o Estado Novo, instaurado no ano anterior, começava a esboçar uma estratégia de cativação populista da população, e a música brasileira dominante no período, como as marchinhas de carnaval, foram estimuladas no ufanismo do governo de Getúlio Vargas entre o final dos anos 30 e começo dos anos 40.
Ainda em 1938, é realizada a primeira transmissão esportiva em rede nacional de rádio. Ela foi realizada durante a Copa de 1938, na Rádio Clube do Brasil (então DF), narrada por Leonardo Gagliano Neto.Década de 40 - Mas a música brasileira não se limitava às marchinhas, que tiveram seus ídolos indiscutíveis, vide a famosa "rivalidade" das cantoras Emilinha Borba e Marlene. Mesmo a música regional foi bastante difundida pelo rádio, e aqui se destacam programas como os de Ary Barroso, que antes de brilhar na Rádio Nacional era insólito locutor esportivo da Rádio Cruzeiro do Sul (do então DF), que tocava gaita quando narrava os gols e se tornou célebre autor de inúmeras canções como "Canta, Brasil" e "Aquarela do Brasil" (que na opinião de muitos deveria ser adotada como Hino Nacional Brasileiro, em substituição ao atual), e o de Luiz Gonzaga, célebre cantor e compositor de baião, autor de clássicos como "Asa Branca", que fazia programas de música regional.
Em 1939, outro músico é responsável pelo primeiro programa de auditório do rádio brasileiro. Era Almirante, pseudônimo de Henrique Foréis Domingues, compositor e cantor que era vocalista do grupo O Bando dos Tangarás (que, curiosamente, gravaram o primeiro vídeoclipe brasileiro que se tem conhecimento, em 1929, não com este nome adotado na era MTV), no qual integravam Noel Rosa e João de Barro (único sobrevivente do grupo, conhecido também como Braguinha, que entre muitas obras, fez a letra de "Carinhoso", canção originalmente instrumental de Pixinguinha). O programa era "Caixa de Perguntas" e foi ao ar na Rádio Nacional.
Década de 40 - Em 1941, surge o Repórter Esso, patrocinado pela famosa companhia norte-americana de combustíveis, que lhe emprestava o nome. As notícias eram redigidas pela United Press International, e traduzidas para o português pela equipe do informativo. Era o principal veículo de informação sobre os fatos internacionais, sobretudo a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnam.
O programa chegou a ter sua versão televisiva, que teve entre os apresentadores o mesmo locutor da versão radiofônica, o gaúcho Heron Domingues. Heron foi considerado um dos melhores locutores noticiaristas da história, e faleceu aos 50 anos, em 1974, depois de anunciar uma notícia na televisão, quando sofreu um enfarte.
Um dos últimos apresentadores do Repórter Esso, que locucionou as últimas transmissões radiofônicas do programa em 1968, o comunicador Roberto Figueiredo se tornou, duas décadas depois, um dos comunicadores de sucesso no rádio carioca, com passagens pela Super Rádio Tupi e Rádio Globo do Rio de Janeiro.
No final dos anos 40, a Rádio Record de São Paulo faz uma brincadeira com os ouvintes. Era primeiro de abril e o narrador esportivo Geraldo José de Almeida narra uma partida entre o time de São Paulo com um time europeu, realizada naquele continente. O clube paulista perde por 7 a 0. No dia seguinte, a emissora desfaz a farsa: o jogo nem sequer aconteceu. Mas foi um grande susto para os torcedores sãopaulinos, isso foi.Década de 50 - Surge a televisão e o rádio é obrigado a se transformar. Já se falava na ameaça de extinção do veículo rádio, o que não ocorreu. Aos poucos o formato dos programas de auditório e das radionovelas migra do rádio para a TV. A pioneira emissora de TV foi a Tupi de São Paulo.
Surgem as primeiras transmissões de radiojornalismo e as transmissões esportivas, que apareceram nos anos 30, se multiplicam e ganham mais popularidade. A Rádio Continental de São Paulo é uma das pioneiras na reportagem de rua.
Um dos pioneiros repórteres de rua do Brasil era conhecido como Tico-Tico, que nos anos 50 garantia credibilidade e entretenimento com sua inteligência e humor. Era habilidoso na busca de informações, encarando até viagem em navio. Tico-Tico se destacava mais que seus entrevistados, não por atrapalhar a resposta deles (como infelizmente fazem alguns apresentadores de tevê atualmente), mas pelo seu talento peculiar.
Surgem neste período as rádios Bandeirantes AM e Panamericana AM (que em 1966 passaria a se chamar Jovem Pan AM e, a partir de 1976, Jovem Pan 1, para diferenciar da emissora FM, chamada Jovem Pan 2, dedicada à música pop).
Em 1955 surge a primeira transmissão experimental de rádio FM, pela Rádio Imprensa, no Rio de Janeiro, extinta no fim de dezembro de 2000. Sua introdutora foi a empresária Anna Khoury, que havia fundado a Rádio Eldorado AM no Rio de Janeiro e se desligou desta emissora por divergir do grupo de Roberto Marinho (jornal O Globo), que adquiriu a emissora.
A transmissão da Imprensa FM se reduzia às instalações da emissora, constituindo-se de uma frequência de onda que ligava os transmissores ao estúdio da emissora, similar a de uma linha telefônica privativa.A Imprensa FM, que ampliou suas transmissões a partir dos anos 60, tinha sua programação sem objetivos comerciais, com música e informação. Seu perfil era light, com algumas inclinações populares, porém sem aderir ao refinamento grosseiro do pop baba romântico nem à baixaria reinante na mídia, e nos últimos anos abrigava alguns programas de rock. A Imprensa foi extinta na virada de 2000 para 2001, quando passou a ser a nova Jovem Pan Rio.
Década de 60 - O rádio AM assume as caraterísticas atuais. No lugar dos programas de auditório, aparecem programas de variedades comandados por locutores de boa voz e excelente estilo comunicativo. Haroldo de Andrade, locutor até hoje na ativa na Rádio Globo AM (RJ), se torna o destaque.
Se popularizam os programas esportivos e os policiais - destaque para "Cidade contra o crime", da Super Rádio Tupi, apresentado por Samuel Correia, falecido em 1996 - e, num outro segmento, surgem as AMs de hit-parade, antecipando o formato "adulto contemporâneo" das FMs. A Rádio Tamoio AM, do Rio de Janeiro, era uma delas.
Outra emissora AM, também do Rio de Janeiro, se tornava um marco do gênero, a Rádio Mundial AM, do Sistema Globo de Rádio, que em seus quadros tinha o lendário DJ Big Boy, depois repórter do jornal "Hoje" (Rede Globo) e coordenador da Eldo Pop FM, rádio de rock dos anos 70. Big Boy faleceu de ataque cardíaco com apenas 32 anos, em 1977, mas depois de dar sua forte contribuição em prol da divulgação da música norte-americana no Brasil.
Durante a época do golpe militar de 1964, que derruba o presidente João Goulart, diversas rádios do país tentam conclamar o povo brasileiro a se manifestar contra o regime. Entre 1964 e 1968 há diversas tentativas de contestação do regime, que no entanto se fortaleceria com o Ato Institucional Nº 5, anos depois.
A Jovem Guarda encontrava no rádio AM um espaço complementar ao da TV (vide o famoso programa que batizou o movimento e era transmitido pela TV Record, apresentado pelo cantor Roberto Carlos), e o programa do compositor, empresário e jornalista Carlos Imperial, "Hoje é dia de rock" (apesar do título, sabe-se que a Jovem Guarda era mais pop do que rock, e este estava na mesma época mais audacioso do que imaginavam os jovens brasileiros em sua maioria), se tornava um grande sucesso de audiência. Era o rádio AM em seus momentos de "rádio jovem", algo que causa estranheza nos adolescentes da década de 90.O fenômeno da Jovem Guarda existia desde 1959, quando foram lançados os sucessos "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido", na voz de Cely Campello. Só não tinha este nome. No ano seguinte, nomes como Renato & Seus Blue Caps, Demétrius e Sérgio Murilo apareciam fazendo o mesmo tipo de som, uma leitura brasileira do rock dos anos 50, com forte influência da música jovem italiana, sucesso entre os anos 50 e 60. Foi preciso a suspensão das transmissões esportivas da TV Record, em 1964, para ser criado um programa que batizaria e consagraria o gênero: "Jovem Guarda", apresentado pelo ídolo Roberto Carlos. Era um estilo ingênuo e conservador, comparado com o rock que era feito nos EUA e Reino Unido, às vésperas do psicodelismo, mas até para ser contestado pelos fãs mais exigentes de rock a Jovem Guarda teve sua razão de ser.
1969 - O Ministério das Comunicações havia surgido em 25 de fevereiro de 1967. Com a ditadura militar planejando um grande esquema de censura e manipulação ideológica, o rádio AM é incluído entre as instituições e pessoas físicas consideradas "subversivas".
Depois de uma reunião do presidente Arthur da Costa e Silva com generais e ministros, em 13 de dezembro de 1968, foi instituído o Ato Institucional Nº 5, que determinava censura total à imprensa e revogava as punições ao abuso de poder das autoridades policiais e militares. O livro "1968: o ano que ainda não acabou", de Zuenir Ventura, contém um relato detalhado sobre as reuniões que resultaram neste ato institucional que durou dez anos e custou até a vida de muita gente.
Na mesma época do AI-5, o governo Costa e Silva investiu no surgimento do rádio FM, que em regiões mais desenvolvidas (capitais do Sul e Sudeste) seguia o formato musical sisudo e tocando musak (a chamada música ambiente, orquestrada mas sem compromissos eruditos), música romântica e música clássica, algo como uma linhagem ortodoxa do "adulto contemporâneo" (a trinca Ray Conniff, Bee Gees e Filarmônica de Londres, só para citar três exemplos dessas tendências). Nas outras regiões, as FMs passavam clones de programação de rádio AM nos horários de pico e nas horas vagas tocavam música popular e artistas oriundos da Jovem Guarda, que já eram tidos como "caretas" pelos jovens da época.
Anos 70 - O rádio AM, que era tido como "subversivo" em 1969, nos anos posteriores a 1974, quando a ditadura se afrouxou, através do governo Ernesto Geisel, passou a ser considerado como o rádio de "brega". Apesar disso, sua popularidade e credibilidade continuavam intatas e a juventude ainda ouvia as emissoras AM.
Em 1970, o locutor Edmo Zarife (falecido em 1999, quando pertencia ao quadro de locutores da Globo AM / RJ) gravou a célebre vinheta "Brasil", que até hoje é usada quando o Brasil vence em qualquer modalidade esportiva, seja futebol, tênis, Fórmula Um, vôlei, etc.. A princípio a vinheta era usada apenas para a Copa do Mundo do México, mas imediatamente ela se popularizou.
Locutores como Paulo Giovani, Paulo Barbosa e Paulo Lopes se tornariam os "paulos" de grande prestígio do rádio AM. Desses três, só o primeiro não atua mais no rádio, trabalhando hoje como publicitário e empresário, mas mesmo assim sendo uma grande referência do rádio AM até hoje.
Nessa época se destacava também a então repórter do programa "Fantástico" (Rede Globo de Televisão), Cidinha Campos. Ela se consagrou, nos anos 70 e 80, como apresentadora do "Cidinha Livre", que incluía debates, variedades e até um quadro em que ela fazia críticas à Rede Globo, comentando seus programas.O rádio FM ganhava força na segunda metade dos anos 70, naquele mesmo esquema citado acima, só que competindo com outros perfis. Havia o perfil "rádio rock", de caráter experimental, feito pelas rádios Eldorado FM (vulgo Eldo Pop, RJ), e Excelsior FM (SP), e o perfil "pop eclético", predominantemente festivo, lançado pela Rádio Cidade (RJ), em 1977 (infelizmente a Rádio Cidade hoje renega este perfil, através de um arremedo de milésima categoria de rádio de rock).
Entre os anos 60 e 70, uma emissora AM já abraçava o perfil rock, a Federal AM, do grupo de Adolpho Bloch (Manchete) que, ao acabar em 1974, mudando sua sede de Niterói para o Rio de Janeiro, virou Manchete AM.
O perfil popularesco, influenciado pelos programas de auditório (Chacrinha, Edson "Bolinha" Curi, Raul Gil, Silvio Santos), passava a ser formatado em FM, e uma das primeiras emissoras foi a 98 FM (RJ), que passou a ocupar o mesmo espaço da agonizante Eldo Pop.
Por sua vez a então rádio de rock Excelsior FM, conhecida como "A Máquina do Som", que teve entre seus profissionais o hoje repórter Maurício Kubrusly, passou por diversas mudanças entre o pop convencional e o adulto contemporâneo, tendo se chamado Globo FM e Rádio X FM, até resultar hoje na CBN 90.5 de São Paulo.
Anos 80 / Primeira Metade - A princípio o rádio AM continua com popularidade similar a dos anos 70. Mas o rádio FM avança em popularidade crescente, sobretudo entre os jovens. A segmentação das FMs em estilos musicais diferentes começa a ser uma realidade, com rádios de adulto contemporâneo de diversos níveis, como o pop (que inclui música romântica e disco music) e o sofisticado (somente jazz, blues, soft rock e MPB), além da popularização das rádios de rock a partir da Fluminense FM (Niterói) e 97 FM (ABC paulista), entre outras.
Entre os anos de 1984 e 1989, o rádio carioca passava por uma ótima fase que, se não era 100%, era acima da média. A segmentação era seguida com a mínima decência possível, nenhuma FM parasitava o perfil do rádio AM, havia rádios de rock com linguagem realmente rock e repertório abrangente, rádios light com repertório light, e rádios pop que não conseguiam convencer com suas posturas pseudo-alternativas, o que lhes impedia de avançar na postura pseudo-roqueira. Ah, e o rádio AM tinha sua audiência consolidada, sua programação diversificada que praticamente não incluía pregações evangélicas de baixo escalão.
Anos 80 / Segunda metade - O rádio AM, em 1985, sofre um duro golpe, tanto pelo esnobismo de adolescentes de classe média, que tinham preconceito a coisas antigas, quanto pela politicagem, através das concessões de rádio e TV promovidas pelo governo de José Sarney a todos aqueles que, políticos ou não, apoiavam o esquema de politicagem da direita brasileira. Assim, muitos donos de rádio FM, que não tinham (nem têm) competência para controlar rádio, acabaram por fazer expandir os arremedos de rádio AM nas FMs, acostumando mal a audiência a ouvir "rádio AM" diluído e em som de FM. Começaram as primeiras queixas sobre o som do rádio AM, de que seu som é ruim pra baixo.
Na verdade, rádio AM só tem som ruim em duas condições: primeira, quando os equipamentos de som ou radiotransmissores não conseguem uma sintonia decente do rádio AM devido a constantes chiados, "pipocamento" e péssima recepção (os aparelhos de som atuais são terríveis nesse sentido); segunda, quando as emissoras AM possuem baixa potência, muitas por próprio desleixo de seus donos, completos sovinas, ignorantes e leigos em rádio.
A Rádio Jornal do Brasil AM, ou apenas JB AM, do Rio de Janeiro, com sua programação dedicada à música adulta sofisticada e ao jornalismo, chegando a ter um programa de jazz apresentado pelo humorista (e conhecedor de música) Jô Soares, chegou a ter qualidade de estéreo, com sonoridade dolby e grande potência. Curiosamente, uma FM pirata de Salvador (BA), em 1990 repassava o som da JB AM, com programação mais musical e qualitativa que a Band FM local (ainda conhecida na Bahia com o pomposo nome de Rádio Bandeirantes), que parecia bem mais uma rádio pirata com programação tipo rádio AM. A "JB AM" era vizinha justamente dessa Band FM.
1990 / 2000 - Em 1990, entra no ar a Rede CBN de rádio, então restrita ao rádio AM. Duas afiliadas iniciam a rede, uma no Rio de Janeiro, outra em São Paulo. Em 1994 a CBN seria uma das pioneiras da "papagaiagem" eletrônica, com dupla transmissão em AM e FM em Brasília. Em 2000, a CBN AM sai do ar - apesar dela ter tido muito mais audiência que sua "clone" em FM - , entrando no seu lugar a Jovem Pan 1 AM, que também tem "clone" em FM na capital do país.
As emissoras de rádio AM começam a ser compradas por seitas religiosas das mais diversas, desde a Igreja Católica e a Igreja Universal do Reino de Deus até a mais obscura seita protestante. Aqui surge uma polêmica: oficialmente, diz-se que as seitas voluntariamente se dirigiram aos donos das AMs para comprar tais emissoras, mas há indícios, em muitos casos, de que os próprios donos quiseram se livrar das AMs e trabalhar só com FM, que tem baixo custo e alta incidência de "jabá" (esquema de propinas que favorece o superfaturamento das FMs), mesmo para a programação jornalística, que certos ouvintes de rádio julgam ser totalmente incorruptível.
Aqui a ingenuidade impera. Como essas pessoas dão confiabilidade cega ao jornalismo dessas FMs, mais do que ao jornalismo televisivo, que lida com imagens? Em rádio, até um long play de efeitos sonoros pode forjar um tiroteio entre guerrilhas do Oriente Médio, ou um imitador bastante habilidoso pode se passar por um político de grande projeção. Claro que isso não ocorre, mas é possível de ocorrer. Mas edições mais sutis são feitas pelo rádio, como a construção de um discurso jornalístico que coloque como "vilões" os manifestantes que, diante da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, protestam contra a privatização de uma companhia estatal. Em TV também existe edição, "maquiagem" jornalística, mas um jornalismo que se vê é bem mais verossímil do que um jornalismo que só se ouve.
A atitude romântica de determinados setores da intelectualidade reclamava o fim do "vitrolão" das FMs. Eles achavam que, com noticiário e esportes, acabaria a música ruim das FMs. Mas, na prática, ocorreu exatamente o contrário: como os jabazeiros da música não queriam perder dinheiro, eles arrumaram um jeito para transferir seus produtos para rádios mais segmentadas.
Assim, as FMs classe A passaram a tocar até o mais brega da música norte-americana, as FMs de rock, além de tocarem também coisas mais melosas, exportavam locutores que não encontravam vaga nas FMs de popularesco e pop internacional, e por aí vai.
Pior que isso é a "invasão AM" nas FMs de todo o país, a ponto de, ironicamente, favorecer até mesmo o programa governista "A Voz do Brasil", que, antes boicotado, passava a ser ouvido por viciados em FM. Isso é irônico. Em 1993, surgiu um movimento de algumas emissoras de rádio do Brasil reivindicando o fim da obrigatoriedade da retransmissão de "A Voz do Brasil", programa governista produzido pela Radiobrás, dividido em meia hora de noticiário do Poder Executivo (Governo Federal) e outra meia do Poder Judiciário (Congresso Nacional). Estranhamente, FMs com roupagem de AM como Band FM, estavam entre os assinantes. Depois se descobriu que o movimento não era exatamente contra o programa governista, mas sim a favor da flexibilidade de horário do programa, para atender interesses comerciais das emissoras de rádio. Certas rádios transmitem o programa fora do horário oficial (19 - 20 h), transmitindo entre 21 e 22 horas ou entre 23 horas e meia-noite. Uma coisa é certa: se "A Voz do Brasil" fosse de manhã, nem esse movimento haveria, pois os donos de muitas rádios já inserem noticiário político no horário entre seis e oito da manhã.
As FMs com roupagem de AM passaram a adotar uma postura politicamente correta, contratando profissionais autênticos de AM ou mesmo retransmitindo alguns programas ou toda a programação de AM. Aqui entram os "papagaios eletrônicos".
Em 2000, o rádio AM sofre o auge da discriminação. Mesmo aqueles que regularmente ouviam AM migraram para as FMs. Até a revista esportiva Placar, do conservador grupo Abril, anunciou a "morte do rádio AM para as transmissões esportivas". Vale destacar que futebol em FM rende muito mais jabá do que até mesmo a música mais comercial, que em termos de propina custa muito pouco para a sede de lucro dos donos, quase uma gorjetinha.
Há indícios de que o mesmo esquema dos dirigentes esportivos investigado recentemente pela CPI do futebol tenha investido uma fortuna para a transferência de locutores esportivos influentes, em todo o país, para as emissoras FM, que coincidiu com mecanismos tendenciosos do futebol como a elevação imediata, sem jogos, para o grupo de elite do Brasileirão (rebatizado Taça João Havelange), de times de segunda e terceira divisões, e o esticamento do calendário do campeonato brasileiro, cuja partida final ocorreu no penúltimo dia de 2000 (em outros anos o Brasileirão terminava no final de novembro ou início de dezembro). Um marketing ostensivo e similar no rádio paulista se observa nos casos dos programas "K Sports Já" (Nova FM), do "Transamérica Esporte Clube" da Transamérica, do "Estádio 97" (Energia 97 FM) e "Na geral" (Brasil 2000).
Dizem que os jabazeiros pretendiam investir pesado na "Rede Nova FM", que o locutor esportivo Jorge Kajuru só não lançou por problemas causados com o governo de Goiás (domicílio radiofônico de Kajuru, que tinha um programa na Rádio K AM - que possui em Goiânia um "clone" em FM - que atacava o governo estadual) e o Ministério das Comunicações, que por ação movida pelo governo goiano teve que dar suspensão de um mês às transmissões da Rádio K.
Com o imprevisto acerca de Kajuru, os jabazeiros do esporte passaram a investir no futuro programa que dissidentes da Band TV e FM montaram para a Transamérica (rádio do ABN Amro Bank). No Norte, Nordeste, Centro-Oeste e cidades interioranas, o sucateamento do AM chega a ser grosseiro e cruel.
2001 - Uma nova tecnologia pode surgir. Do contrário que pensam os poderosos, não é a tecnologia contra o rádio AM, mas a favor dele. É a tecnologia digital, que dará um som mais potente à Amplitude Modulada. Chiados e "pipocamento" serão eliminados e o som será tão bom quanto o FM. É prevista uma revolução radiofônica que pode reverter a migração da programação AM para as FMs, causando o processo inverso, e pode até atrair interesse de quem se recusava radicalmente a investir no rádio AM, como no caso da empresa Transamérica. Até os "papagaios eletrônicos" perderão sua razão de ser. Será um capítulo feliz para um espaço radiofônico popular e histórico que, em plenos anos 2000, chegou perto do fim por causa da discriminação extrema até de seus profissionais. Com o AM digital, um novo fôlego para o AM será enfim dado.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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