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sábado, 31 de agosto de 2013

Por Paulo César Gomes, escritor e professor serratalhadense
 
“’Ricardinho’,'Cardim’,‘Cabeção’… Eram alguns dos apelidos criados pelos amigos para “tirar onda” de Ricardo Henrique Araújo Rocha, ou simplesmente, Ricardo Rocha. Ele era o que podemos definir nos dias atuais como “o cara”, já que os familiares e amigos o descrevem como um sujeito alegre e parceiro para todas às horas. Ele nasceu na cidade de Salgueiro, em 29 de novembro de 1969, filho de Alípio Rocha de Olímpio e Maria Juracy de Araújo Rocha. Era o quinto filho, sendo o caçula do primeiro casamento de dona Juracy.
Aos sete anos perdeu o seu pai, fato que o deixou com muitos traumas psicológicos. Ainda durante a infância foi acometido de uma meningite; em função da gravidade da doença ele acabou ficando em estado de coma por alguns dias. Na oportunidade, os médicos avisaram à sua mãe que ele não passaria dos 15 anos de idade, em virtude das sequelas que a doença iria deixar. Em 1981 a sua família muda-se para Serra Talhada, cidade pela qual desenvolveu uma intensa paixão, ao ponto de se definir como um “serragueiro”.
Pouco tempo depois da chegada, conheceu Camilo Melo, o seu grande parceiro musical e amigo. Juntos eles fundaram a banda D.Gritos, que ao longo de oito anos revolucionou a música do interior de Pernambuco, e que reuniu talentosos músicos como Jorge Stanley, Paulo Rastafári, Gisleno Sá, Noroba, Nilsinho, Toinho Harmonia, Derivan Calado, Edésio Espedito, Doda, Eltinho e César Rasec. Estudou no Colégio Municipal Cônego Tôrres e tocou na tradicional banda marcial daquele educandário. Casou-se com Célia Rocha e com ele tive dois filhos: Jéssica e Julian Richard.
Ricardo era uma pessoa irrequieta, cheia de questionamentos e posições políticas avançadas para a época. No entanto, a sua aventura na política não foi bem sucedida. Nas eleições municipais 1988, ele foi candidato a vereador pela chapa que era encabeçada pelo atual prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque. A morte prematura de Ricardo nos primeiros minutos de 1993, quando sofreu um infarto no miocárdio em função de uma descarga elétrica, o impediu de mostrar o seu talento por completo.
A forma como se deu a sua morte fez com que o seu trabalho não fosse visto com a intensidade e o respeito que ele merecia, uma prova disso é que em Serra Talhada não existe nenhum prédio público, avenida ou rua com o seu nome. Esse descaso com que é tratada a imagem de Ricardo Rocha é motivo de indignação, pois ele foi um grande músico, compositor, arranjador, poeta e ator. Era um artista completo.
Porém, mesmo diante das adversidades, a força do seu legado ainda resistente ao tempo, e mesmo 20 anos após a sua morte, as suas composições ainda são lembradas por amigos, fãs e admiradores, uma prova de Ricardo Rocha vive! Fruto do que construiu em sua curta passagem por essa dimensão: a sua família, os seus amigos, as suas músicas e a banda D.Gritos!”

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!
 
“Quando vou gritar ‘eu sou mais eu’? Será que de mim o mundo se esqueceu? Quando é que viu falar ‘eu venci’?  Vai chegar a minha vez. Eu não vou desistir!” - Ricardo Rocha.
 
Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 30 de agosto de 2013.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Resumo sobre o fim da Guerra Fria


A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de 1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na sequência deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha (Ocidental com Oriental).

Podemos afirmar que a crise nos países socialistas funcionou como um catalisador do fim da Guerra Fria. Os países do bloco socialistas, incluindo a União Soviética, passavam por uma grave crise econômica na década de 1980. A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de produtos causaram uma grave crise econômica. A falta de democracia também gerava uma grande insatisfação popular.

No começo da década de 1990, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev começou a implementar a Glasnost (reformas políticas priorizando a liberdade) e a Perestroika (reestruturação econômica). A União Soviética estava pronta para deixar o socialismo, ruma a economia de mercado capitalista, com mais abertura política e democrática. Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética foram retomando sua independência política. Futuros acordos militares entre Estados Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo de desarmamento nuclear.

Na década de 1990, sem a pressão soviética, os outros países socialistas (Polônia, Hungria, Romênia, Bulgária, entre outros) também foram implementando mudanças políticas e econômica no sentido do retorno da democracia e engajamento na economia de mercado.

Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas.
 

 

Seca no Nordeste Brasileiro


Trata-se de um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas.
O problema não é novo, nem exclusivo do Nordeste brasileiro. Ocorre com freqüência, apresenta uma relativa periodicidade e pode ser previsto com uma certa antecedência. A seca incide no Brasil, assim como pode atingir a África, a Ásia, a Austrália e a América do Norte.
No Nordeste, de acordo com registros históricos, o fenômeno aparece com intervalos próximos a dez anos, podendo se prolongar por períodos de três, quatro e, excepcionalmente, até cinco anos. As secas são conhecidas, no Brasil, desde o século XVI.
A seca se manifesta com intensidades diferentes. Depende do índice de precipitações pluviométricas. Quando há uma deficiência acentuada na quantidade de chuvas no ano, inferior ao mínimo do que necessitam as plantações, a seca é absoluta.
Em outros casos, quando as chuvas são suficientes apenas para cobrir de folhas a caatinga e acumular um pouco de água nos barreiros e açudes, mas não permitem o desenvolvimento normal dos plantios agrícolas, dá-se a seca verde.
Essas variações climáticas prejudicam o crescimento dasplantações e acabam provocando um sério problema social, uma vez que expressivo contingente de pessoas que habita a região vive, verdadeiramente, em situação de extrema pobreza.
A seca é o resultado da interação de vários fatores, alguns externos à região (como o processo de circulação dos ventos e as correntes marinhas, que se relacionam com o movimento atmosférico, impedindo a formação de chuvas em determinados locais), e de outros internos (como a vegetação pouco robusta, a topografia e a alta refletividade do solo).
Muitas têm sido as causas apontadas, tais como o desflorestamento, temperatura da região, quantidade de chuvas, relevo topográfico e manchas solares. Ressalte-se, ainda, o fenômeno "El Niño", que consiste no aumento da temperatura daságuas do Oceano Pacífico, ao largo do litoral do Peru e do Equador.
A ação do homem também tem contribuído para agravar a questão, pois a constante destruição da vegetação natural por meio de queimadas acarreta a expansão do clima semi-árido para áreas onde anteriormente ele não existia.
A seca é um fenômeno ecológico que se manifesta na redução da produção agropecuária, provoca uma crise social e se transforma em um problema político.
As conseqüências mais evidentes das grandes secas são a fome, a desnutrição, a miséria e a migração para os centros urbanos (êxodo rural).
Os problemas que sucedem as secas resultam de falhas no processo de ocupação e de utilização dos solos e da manutenção de uma estrutura social profundamente concentradora e injusta.
O primeiro fato se manifesta na introdução de culturas de dificil adaptação às condições climáticas existentes e do uso de técnicas de utilização dos solos não compatíveis com as condições ecológicas da região. O segundo ocasiona o controle da propriedade da terra e do processo político pelas oligarquias locais.
Esses aspectos agravam os resultados das secas e provocam a destruição da natureza, a poluição dos rios e a exploração por parte os grandes proprietários e altos comerciantes, dos recursos destinados ao combate à pobreza da região, no que se denomina de "indústria da seca".
A questão da seca não se resume à falta de água. A rigor, não falta água no Nordeste. Faltam soluções para resolver a sua má distribuição e as dificuldades de seu aproveitamento. É "necessário desmitificar a seca como elemento desestabilizador da economia e da vida social nordestina e como fonte de elevadas despesas para a União ...desmitificar a idéia de que a seca, sendo um fenômeno natural, é responsável pela fome e pela miséria que dominam na região, como se esses elementos estivessem presentes só aí".(Andrade, Manoel Correia, A seca: realidade e Mito, p. 7 ).
Com uma população muito inferior à nordestina, a Amazônia, que possui água em abundância, também apresenta condições de vida desumanas, assim como diversas outras regiões brasileiras. Lá o problema é outro, pois o meio ambiente mostra-se inóspito, devido às enchentes, aos solos pobres, à proliferação de doenças tropicais.
Crises climáticas periódicas, como enchentes, geadas e secas, acontecem em qualquer parte do mundo, prejudicando a agricultura. Em alguns casos tornam-se calamidades sociais. Porém, só se transformam em flagelo social quando precárias condições sociais, políticas e econômicas assim o permitem. Regiões semi-áridas e áridas do mundo são aproveitadas pela agricultura, por meio do desenvolvimento de culturas secas ou culturas irrigáveis, como acontece nos Estados Unidos, Israel, México, Peru, Chile ou Senegal.
Delimitado pelo Governo Federal, em 1951 (Lei n° 1.348), o Polígono das Secas, com uma dimensão de 950.000 km2, equivale a mais da metade do: território da região Nordeste (52,7%), que vai desde o Piauí até parte do norte de Minas Gerais. O clima é semi-árido e a vegetação de caatingas. O solo é raso, na sua maior parte, e a evaporação da água de superfície é grande. Essa é a área mais sujeita aos efeitos das secas periódicas.
O fenômeno natural das secas ensejou o surgimento de um fenômeno político denominado indústria da seca.
Os grandes latifundiários nordestinos, valendo-se de seus aliados políticos, interferem nas decisões tomadas, em escala federal, estadual e municipal. Beneficiam-se dos investimentos realizados e dos créditos bancários concedidos. Não raro aplicam os financiamentos obtidos em outros setores que não o agrícola, e aproveitam-se da divulgação dramática das secas para não pagarem as dívidas contraídas. Os grupos dominantes têm saído fortalecidos, enquanto é protelada a busca de soluções para os problemas sociais e de oferta de trabalho às populações pobres.
Os trabalhadores sem terra (assalariados, parceiros, arrendatários, ocupantes) são os mais vulneráveis à seca, porque são os primeiros a serem despedidos ou a terem os acordos desfeitos.
A tragédia da seca encobre interesses escusos daqueles que têm influência política ou são economicamente poderosos, que procuram eternizar o problema e impedir que ações eficazes sejam adotadas.
A questão da seca provocou diversas ações de governo. As primeiras iniciativas para se lidar com a questão da seca foram direcionadas para oferecer água à zona do semi-árido. Nessa ótica foi criada a Inspetoria de Obras Contra as Secas (Decreto n°-7.619, de 21 de outubro de 1909), atual Dnocs, com a finalidade de centralizar e unificar a direção dos serviços, visando à execução de um plano de combate aos efeitos das irregularidades climáticas. Foram, então, iniciadas as construções de estradas, barragens, açudes, poços, como forma de proporcionar apoio para que a agricultura suportasse os períodos de seca.
A idéia de resolver o problema da água no semi-árido foi, basicamente, a diretriz traçada pelo Governo Federal para o Nordeste e prevaleceu, pelo menos, até meados de 1945. Na época em que a Constituição brasileira de 1946 estabeleceu a reserva no orçamento do Governo de 3% da arrecadação fiscal para gastos na região nordestina, nascia nova postura distinta da solução hidráulica na política anti-seca, abandonando-se a ênfase em obras em função do aproveitamento mais racional dos recursos.
Com o propósito de utilizar o potencial de geração de energia do Rio São Francisco, foi fundada (1945) a Companhia Hidroelétrica do São Francisco(Chesf). Em 1948, criou-se a Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), hoje denominada Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco(Codevasf) e, em 1952, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A idéia era de criar uma instituição de crédito de médio e longo prazos especifica para o Nordeste.
Em dezembro de 1959, foi criada a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste -Sudene (atualmente extinta e com projetos de ser recriada em novos moldes), organismo constituído para estudar e propor diretrizes para o desenvolvimento da economia nordestina, com o objetivo de diminuir a disparidade existente em relação ao Centro-Sul do país. Procurava-se estabelecer um novo modelo de intervenção, voltado tanto para o problema das secas quanto para o Nordeste como um todo.
A partir da seca de 1970, surgiu o Programa de Redistribuição de Terra e de Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste (Proterra), em 1971, com o objetivo de promover uma reforma agrária pacifica no Nordeste, pela compra de terra de fazendeiros, de modo espontâneo e por preço de mercado. Em 1974, foi instituído o Programa de Desenvolvimento de Terras Integradas do Nordeste(Polonordeste), para promover a modernização da agropecuária em áreas selecionadas da região. O Projeto Sertanejo, lançado em 1976, viria atuar nas áreas do semi-árido visando a tornar a sua economia mais resistente aos efeitos da seca, pela associação entre agricultura irrigada e agricultura seca.
Com o propósito de incorporar os projetos anteriores, considerados fracassados, foi implantado o Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural(Projeto Nordeste), em 1985, propondo-se a erradicar a pobreza absoluta, inovando com a destinação de recursos para os pequenos produtores.
Como ações emergenciais, tem-se apelado para a distribuição de alimentos, por meio de cestas básicas e frentes de trabalho, criadas para dar serviço aos desempregados durante o período de duração das secas, dirigidas para a construção de estradas, açudes, pontes.
Os problemas das secas somente serão superados por profundas transformações sócioeconômicas de âmbito nacional. Várias têm sido as proposições formuladas:
- Transformar a atual estrutura agrária, concentradora de terra e renda, por meio de uma Reforma Agrária que faça justiça social ao trabalhador rural.
- Estabelecer uma Política de Irrigação que adote tecnologias de mais fácil acesso aos trabalhadores rurais e que sejam mais adaptadas à realidade nordestina.
- Instituir a agricultura irrigada nas áreas onde houver disponibilidade de água e desenvolver a agricultura seca, de plantas xerófitas (que resistem à falta de água) e de ciclo vegetativo curto. Alimentos como o sorgo e o milheto, como substitutos do milho, seriam importantes para o Nordeste, a exemplo do que ocorre na Índia, China e no oeste dos Estados Unidos.
- Estabelecer uma Política de Industrialização, com a implantação de indústrias que beneficiem matérias-primas locais, visando à diminuição de custos com transporte, bem como oferecer oportunidades de trabalho à mão-de-obra da região.
- Proporcionar o acesso ao uso da água, com o aproveitamento da água acumulada nas grandes represas, açudes e barreiros, perfuração de poços, construção de barragens subterrâneas, de cisternas rurais, por parte da população atualmente excluída.
- Corrigir as práticas de ocupação do solo, no que se refere à pecuária, eliminando-se o excesso de gado nas pastagens, que pode ocasionar sérios danos sobre pastos e solos; a queima de pastos, que destrói a matéria orgânica existente; e o desmatamento, por conta da venda de madeira e lenha.
- Estimular o uso racional da vegetação nativa (caatinga) para carvão e comercialização de madeira-de-lei.
- Implantar o Projeto de Transposicão das Águas do Rio São Francisco para outras bacias hidrográficas do semi-árido regional.
Não é possível se eliminar um fenômeno natural. As secas vão continuar existindo. Mas é possível conviver com o problema. O Nordeste é viável. Seus maiores problemas são provenientes mais da ação ou omissão dos homens e da concepção da sociedade que foi implantada, do que propriamente das secas de que é vítima.
O semi-árido é uma região propícia para a agricultura irrigada e a pecuária. Precisa apenas de um tratamento racional a essas atividades, especialmente no aspecto ecológico. Em áreas mais áridas que as do sertão nordestino, como as do deserto de Negev, em Israel, a população local consegue desfrutar de um bom padrão de vida.
Soluções implicam a adoção de uma política oficial para a região, que respeite a realidade em que vive o nordestino, dando-lhes condições de acesso à terra e ao trabalho. Não pode ser esquecida a questão do gerenciamento das diretrizes adotadas, diante da diversidade de órgãos que lidam com o assunto.
 
Medidas estruturadoras e concretas são necessárias para que os dramas das secas não continuem a ser vivenciados.

Resumo sobre a Idade Média


Introdução


A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
Estrutura Política 


Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos 
senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade Medieval


A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
 
Economia Medieval
A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica

Religião na Idade Média

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

Educação, cultura e arte medieval 

A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.
No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.
As Cruzadas


No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa.  Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.


As Guerras Medievais

A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. 
Peste Negra ou Peste Bubônica


Em meados do século XIV, uma doença devastou a população europeia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.
Revoltas Camponesas: as Jacqueries


Após a Peste Negra, a população europeia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para os camponeses.

Texto da Professora e Jornalista Helena Conserva falando sobre o livro “D.Gritos: do sonho à tragédia”publicado no Jornal do Sertão.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

D.GRITOS contarão com participações especiais em gravação de DVD; saiba quais!

Por Paulo César Gomes
 
A banda D’ Gritos, que marcou a história do rock em Serra Talhada e na região em meados dos anos 80 e inicio da década de 1990, retorna em grande estilo com a gravação de um DVD na próxima sexta-feira (30), no palco cultural da Festa da Padroeira da Capital do Xaxado. O grupo começou os ensaios para o grande show nesta terça–feira (27).
 
Alguns nomes que fizeram parte da história da banda já confirmaram presença no evento, entre eles, Camilo Melo, Jorge Stanley, Gisleno Sá, Noroba, Nilsinho, Edésio Espedito e Derivan Calado. A grande expectativa é com relação à presença de Paulo Rastáfari, que foi o vocalista do grupo durante a gravação do disco Barriga de Rei, em 1988.
 
O show também contará com as presenças de alguns músicos convidados como Rai di Serra, Carlinhos Pajeú, Orlando Lima, Fábio Livre e Álvaro Severo. O grupo está preparando um repertório com os maiores sucessos e que promete sacudir o público, além de uma grande homenagem ao músico Ricardo Rocha, um dos líderes do grupo que morreu há 20 anos durante uma apresentação na abertura da Festa de Setembro.
 
A gravação do primeiro DVD da banda promete atrair um público gigantesco de fãs, além reunir a lendária “Turma dos D.Gritos”, que chegou a ser formada por mais de 100 jovens durante á década de 80. A história dos D.Gritos está eternizada em vários sucessos do grupo. Muitas canções se perpetuaram ficando plantadas na mente na nova geração de roqueiros da cidade.
 
Além disso, o sucesso e a tragédia que marcaram a banda foram parar nas páginas do livro D.Gritos: do Sonho à Tragédia, do escritor Paulo César Gomes. A gravação do DVD dos D.Gritos, certamente, será um dos pontos altos da Festa de Setembro.

“Duque errou em não mudar o IPPST e está sepultando a sua reeleição”, diz colunista

Por Paulo César Gomes, escritor e professor serra-talhadense, filiado ao PT

“Logo após a eleição de 2012, o prefeito Luciano Duque (PT) anunciou que iria montar um governo com o perfil técnico e que irá exigir o cumprimento de metas. Antes do anuncio do secretariado foi feito um suspense que mais parecia que estava se guardando a relação dos jogadores que iria ser convocados para defender o Brasil em uma copa do mundo. Feito o anuncio, percebeu-se que não havia muita coisa de novo. Sendo que alguns nomes representavam apenas “o conservadorismo administrativo”.

Na verdade o prefeito perdeu uma bela oportunidade de renovar o quadro administrativo da gestão municipal. Um belo exemplo foi o de não mudar a direção do  IPPST, uma instituição que há anos vem dando problemas, nem tanto aos gestores, mas, em particular, aos servidores municipais.

Para não mudar o modelo de gestão do Instituto de Previdência, o prefeito petista preferiu enviar a Câmara de Vereadores um projeto de lei que aumentar a alíquota de contribuição dos servidores municipais. Na verdade o trabalhador será o responsável por cobrir o  déficit da previdência que chega  a quase R$ 5 milhões. Um débito que curiosamente não foi feito pelos trabalhadores.

Diante dessa situação só resta uma saída ao prefeito Luciano Duque: mudar o modelo de gestão do IPPST. Caso contrário terá que daqui a dois anos enviar um novo projeto de lei  aumentando a alíquota de contribuição dos servidores. E o pior! Estará sepultando de vez a possibilidade de reeleição. Nesse momento é sempre bom lembrar que a maioria das eleições na cidade foi decidida com o voto de servidores municipais insatisfeitos com o tratamento que foi dado pelos administradores. Diz um ditado popular que quem avisa amigo é!”

Um forte abraço a todos e a todos e até a próxima!

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 27 de agosto de 2013.

PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM: ENFERMAGEM poderá ganhar novo direito no STF em estado; veja últimas notícias do PISO ENFERMAGEM

Do Jc Ne10 O   piso salarial da enfermagem   continua suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde a definição do ministro Luís Robert...