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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

19 ANOS SEM RICARDO ROCHA E A BANDA D.GRITOS

Professor Paulo César Gomes


Há exatos dezenove anos, Serra Talhada amanheceu de luto, pois na madrugada daquele dia morreu o jovem Ricardo Rocha. A tragédia que ocorreu naquela noite não só nos privou do convívio de Ricardo, mas também impediu que duas gerações de serra-talhadenses conhecessem o seu talento musical. Naquela fatídica noite, a música e a cultura local foram apunhaladas, pois com a morte de Ricardo chegou ao fim a banda D.Gritos, um dos maiores legados artísticos já produzidos em nossa cidade.
Ricardo deixou esposa, Célia Rocha, e dois filhos, Jéssica Rocha e Julian Richard.  Se estivesse vivo hoje seria avô de uma lida menina de dois anos, Ana Laura.
Com intuito de resgatar parte da história de Ricardo e mais precisamente da banda D.Gritos, estou realizando uma pesquisa que se encontra em fase final e que será transformada em um livro. Nesse processo de levantamento de informações já foram ouvidos vários ex-integrantes da banda como Jorge Staley, Gisleno Sá, Noroba, Derivan Calado e Eltinho Mourato. Já deixaram depoimentos Nildo Gomes, Álvaro Severo e Petrônio Lorena, todos eles acompanharam de perto as diversas etapas da banda. Outra coisa importante dessa pesquisa será a divulgação de músicas inéditas da banda (de Camilo e de Ricardo), além de fotos e recortes de jornais com notícias sobre o grupo, tudo esse material foi cedido gentilmente por Célia Rocha e Camilo Melo.

Aproveitando a data, compartilho alguns desses itens raros com os amigos e amigas internautas que navegam pelo nosso blog. 

Apresentação da banda D.Gritos no estádio "O Pereirarão" - 1987


Discurso feito por Ricardo em shows no meio da música Escravos de Ninguém.
“Não precisamos dessa justiça se eu só vejo injustiça
Se nós todos temos condições de fazer a nossa própria justiça
Não precisamos desse governo que não sabe nos governar
Se nos todos temos condições de fazer o nosso próprio governo
Porque ninguém! Ninguém!  Nasceu para ser escravo de ninguém!
Nem muito menos seria assim um idiota
Pra carregar um presidente nas costas
E você pedir e ele prometer e você ficar até o fim da vida
E nada conseguir
Eu não serei escravo de ninguém! Eu não!
Oh Deus! Deus! Eu pensei que esse mundo era só Seu
Que só Você o destruía
Mas hoje homem destrói tudo que Você fez com tanto amor
Eu choro por essa burrice
Essa ignorância
Por tanto preconceito racial
Eu não serei escravo de ninguém!
E quem quiser que venha comigo...”




Missa do Poeta de 1991


Ricardo e amigos - 1987


Ricardo e o famoso violão comprado fiando na conta da mãe sem o conhecimento dela




Camilo Melo e Ricardo no Kilario - 1987


 GRITOS (Camilo e Ricardo) Música inédita da dupla de compositores feita 1986

Já cansei
De te procurar
Em todo lugar
Já tentei te achar
Acho até que estou ficando louco
Eu digo isso por que não consigo mais parar de Gritar

Gritos roucos
Gritos loucos
Gritos por você e você não quer me ouvir

Será que tudo isso não passa de ilusão
O que é que ta acontecendo com meu pobre coração
Cho ate que estou morrendo aos poucos
Eu digo isso por que não consigo te encontrar

Gritos roucos
Gritos loucos
Gritos por você e você não quer me ouvir.

CHAMADO MEU BEM (Ricardo Rocha) provavelmente a última feita por Ricardo, dezessete dias antes da sua morte.

Agora vem me chamando meu bem
Agora vem me chamando de amor
Agora vem me chamando meu amor
 Agora vem me chamando de amor

Eu tanto quis você aqui do meu lado
Eu estava apaixonado, eu só queria você
Eu tanto fiz por nos te amaria a vida
Inteira mais você foi traiçoeira me trocou
E agora vem me chamando de amor

Todo que você me fez
não vai ficar assim
Eu vou arrumar um novo amor
E amar ate o fim.




P.S.:  As empresas públicas e privadas que desejem patrocinar o livro podem entrar em contato pelo telefone (87)9938-0839 ou pelo e-mail  pcgomes-st@bol.com.br

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A falta de criatividade e as contradições que vêm dominando a campanha


Após mais de duas décadas Serra Talhada volta a ter uma campanha com apenas dois candidatos na disputa pelo posto de prefeito. Diante dessa polarização, o erro se tornou um ponto chave, tanto para derrota como para se chegar à vitória. Talvez o medo do errar possa explicar uma campanha de tão baixo nível político.

A maior falta de criatividade está nos “jingles”. As famosas músicas de campanha até agora não têm uma que mereça no máximo a nota seis, as que existem por aí vem servindo apenas para animar torcidas organizadas, sendo que a maioria é de um mau gosto e acabam incomodando a maioria dos eleitores. O interessante é que uma das músicas mais tocadas do candidato Luciano Duque (PT) diz: “lá vem, lá vem de novo os cabeças vermelhas…”, até onde se sabe essa expressão, os cabeça vermelha, foi usada nas campanhas de Augusto César (PTB) e Geni Pereira (PSB), ambos encontram-se ao lado de Inocêncio Oliveira (PR), sendo assim, tornaram-se “azulões”, mas isso não justifica o fato de se recorrer a temas tão explorados e atrasados.

A grande novidade da campanha até agora são totens (os bonecos) do candidato Sebastião Oliveira (PR). Mas essa jogada acabou causando um certo efeito contrário, pois o candidato foi tachado de forasteiro pelos concorrentes e também pelo fato de que, recentemente, esteve ausente da cidade em função das atividades parlamentar. Esses vácuos podem criar a impressão de que os bonecos foram colocados para suprir a sua ausência. Além disso, os “manequins” foram confeccionados sem o nome e o número do candidato, informação importante para os eleitores desinformados. E se alguém confunde Sebastião com um garoto propaganda de alguma loja!?

“Esses vácuos podem criar a impressão de que os bonecos foram colocados para suprir a sua ausência. Além disso, os “manequins” foram confeccionados sem o nome e o número do candidato”

Um fato extremante negativo e reprovável foi o uso de chocalho no pescoço por alguns militantes da campanha republicana. Tudo bem que na política devemos explorar a sátira aos adversários, mas, de forma algumas devemos expor os militantes ao ridículo. Quem usa chocalho no pescoço é animal! Existem centenas de formas mais criativas de se atingir o adversário.

Entre as contradições tem uma que é bastante curiosa. Em todos os seus pronunciamentos o candidato Sebastião Oliveira sempre iniciam com a saudação “companheiros e companheiras”. Para quem não sabe, essa é uma saudação de companheiros de lutas do movimento operário e campesino usados como forma de nivelar os dirigentes e os militantes, tanto em sindicatos, como em partidos políticos de esquerda. A expressão tornou-se popular na voz rouca do ex-presidente Lula, que é de origem sindical e dirigente – fundador do maior partido de esquerda da América Latina, o PT.

O estranho é que no currículo de Sebastião não constam passagens por sindicatos, movimentos de trabalhadores rurais ou partidos de esquerda. Na verdade, quem deveria usar essa saudação era o candidato petista, seria uma boa forma de identificá-lo junto ao eleitorado lulista. Mas, infelizmente, a sua equipe de campanha não se apercebeu desse pequeno detalhe. Equipe essa que deveria de imediato definir se o candidato vai ou não participar de debates, pois, o imbróglio seria resolvido de uma vez, o que pouparia a militância de um desgaste a cada final de semana.

A esperança está na chegada do guia eleitoral, o que fará com que o nível da campanha se eleve, coisa que a população serra-talhadense merece. Afinal de contas está em disputa a prefeitura de uma das mais importantes cidades do interior do Nordeste e não a presidência de uma associação de moradores ou o cargo de um condomínio de luxo.

*Paulo César é professor especialista em História Geral

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada em 19 de agosto de 2012.

domingo, 19 de agosto de 2012

Pergunta do internauta Helder

Olá. Meu nome é Helder e ainda tenho uma pequena dúvida. A expressão "Coronel ou coroné" ela viria em função da patente militar ou nenhuma ligação? Grato. heldermp@gmail.com

Resposta:

Caro Helder,


A Expressão coronel tem a ver com a patente da hierarquia militar, porém, os coronéis em sua grande maioria estavam ligados a estrutura militar, na verdade eles eram grandes latifundiários e lideres políticos. Eles eram chamados pela população humilde, principalmente do interior nordestino, de “coroné”. A expressão “coroné” é só mais uma prova da falta de interesse dos coronéis em investir em educação.

Prof. Paulo César Gomes





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Registros da presença do Prof. Paulo César nos congressos estudantis da UNE e UBES (com fotos e crachás)



 

Crachá de delegado  e fotos do então estudante secundarista Paulo César Gomes, que na época representou a Escola Cornélio Soares no 31º Congresso da União Brasileira de Estudantes Secundarista, que foi realizado na cidade de Goiânia – GO, entre os dias 1º e 05 de novembro de 1995, no Ginásio do Rio Vermelho. 

                        
Delegação de Serra Talhada ao 45o. Congresso da UNE. Da esquerda para direita: Ana Mourato, Paulo César Gomes, Salete Batista e Eliane Alves (todos alunos de cursos da FAFOPST)


 
Crachá de delegado usado por Paulo César Gomes e fotos tiradas durante o 45º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Na época Paulo César era aluno do curso de História na FAFOPST. O Congresso foi realizado entre os dias 02 e 06 de junho, no ginásio o Mineirinho,  na cidade Belo Horizonte - MG.

 Foto tirada do durante o CECUT, em Julho de 1997, logo após o CONUNE. Da esquerda para a direita: Roberto Gomes, Paulo César Gomes e Jesualdo Campos Júnior. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Augusto César, um império em decadência

Por Paulo Cesar

Há 20 anos, o atual deputado estadual Augusto César (PTB) era o principal protagonista da primeira grande derrota do grupo político do deputado Inocêncio Oliveira. Duas décadas depois, Augusto e Inocêncio encontram-se juntos no mesmo palanque, sendo que o primeiro dessa vez é apenas coadjuvante. Diante dessa inusitada aliança várias indagações são levantadas, entre elas, a de qual foi o motivo determinante para que Augusto César mudasse o seu discurso e sucumbisse nos braços do líder republicano.

Augusto já deu inúmeras declarações sobre o assunto, mas nenhuma tocou na questão chave que explique tamanha reviravolta. Na verdade, após o sucesso eleitoral em 1992, a eleição para deputado estadual em 1998, e a eleição do seu aliado Geni Pereira, em 2000, Augusto vem perdendo, ano a ano, aliados importantes. É bem verdade que o petebista conseguiu eleger o filho para deputado em 2006 e, em 2010, Augusto-pai se elegeu como primeiro suplente.



“Duas décadas depois, Augusto e Inocêncio encontram-se juntos no mesmo palanque, sendo que o primeiro dessa vez é apenas coadjuvante"



Mesmo assumido o mandato em função dos titulares terem sido convocados para cargos no poder executivo estadual, o líder petebista, até o encerramento do prazo de filiação para as eleições desse ano, não tinha opções para encabeçar uma chapa para a disputa em Serra Talhada. No apagar das luzes, surgiu Fonseca Carvalho, que acabou dando certo no seu grupo. Esse foi o grande trunfo para que Augusto conseguisse fechar o acordo histórico com Inocêncio. Para alguns, isso pareceu muito, porém, demonstra como o grupo dos antigos “cabeças vermelhos” ruiu e perdeu espaço ao longo do tempo.

Fica evidente que falta ao grupo petebista unidade e a tão propagada renovação que, de fato, ocorreu no acordo PTB/PR, mas que na verdade deveria ser de quadros (dirigentes) e de uma atuação mais contundente de Augusto junto as suas bases. O vácuo deixado por ele, de maior opositor do deputado Inocêncio Oliveira, tem tudo para ser ocupado pelo PT, a partir de agora. Para Augusto só restam dois caminhos: Torcer pela eleição do candidato republicano a prefeitura municipal e a consolidação do nome do senador Armado Monteiro para governador em 2014.



“Para alguns, isso pareceu muito, porém, demonstra como o grupo dos antigos “cabeças vermelhos” ruiu e perdeu espaço ao longo do tempo”


Caso contrário, ficará em situação difícil, pois, mesmo que se reeleja deputado, perderá parte do seu já enfraquecido grupo, o que poderá levá-lo a ficar dependente definitivamente do deputado Inocêncio Oliveira, provando que na política”óleo e água”podem formar um único elemento.



*Paulo César é professor especialista em História Geral

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, 14 de agosto de 2012.



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Carlos Evandro, o maior personagem das eleições 2012 em Serra Talhada

Por Paulo César
 
Nenhum outro político sairá desta eleição tão fortalecido como o prefeito Carlos Evandro, independente do resultado, pois ele conseguiu o que parecia impossível: além de sair do grupo do deputado Inocêncio Oliveira de cabeça erguida, fato raro na política local, ele ainda levou consigo uma militância fiel e, de quebra, arrastou o PT para o seus braços.
Mesmo não sendo eleitor do prefeito, e nem tão pouco tenho essa intenção, é inegável que ele visualizou muito bem o cenário que o rondava, coisa que alguns não souberam, como por exemplo, o prefeito do Recife, João da Costa (PT), e o de Iguaraci, Albérico Rocha (PR), ambos foram rifados da disputa eleitoral pelos seus respectivos partidos. Carlos, em uma jogada de mestre, colocou o seu “pupilo” em um partido de expressão nacional, o que lhe permitiu as condições para poder bater de frente com velhos “coronéis” da cidade.
Para chegar a esse “status político”, Carlos teve que remar contra a maré. O primeiro passo importante foi quando se elegeu vice-prefeito na chapa de Augusto César, em 1992. Em 1996, rompeu com Augusto sem maiores explicações, mesmo sendo o candidato a prefeito do grupo. Ele preferiu migrar para o lado do deputado Inocêncio Oliveira. E, mesmo sem muito espaço, conseguiu – com o apoio do falecido ex-prefeito Tião Oliveira – se lançar a prefeito em 2000. Infelizmente para Carlos Evandro, Tião não apenas lhe deu apoio, mas também todo o ônus da sua péssima gestão. O resultado foi uma vitória esmagadora de Geni Pereira.
Quatro anos se passaram para que Carlos desse o troco em Geni, e finalmente em 2008, “Carlão” se tornou o primeiro prefeito a ser reeleito em Serra Talhada. Hoje, a sua gestão conta com aceitação que beira os 80%, números que só foram conseguidos, por que entre outras coisas, ele não se deparou com opositores nos últimos sete anos, pois sempre contou com a maioria da Câmara de Vereadores e conseguiu colocar parte da imprensa, escrita e falada, no bolso. É bem verdade que nos últimos meses algumas vozes se levantaram contra ele, mas infelizmente nenhuma delas apareceu com credibilidade o suficiente para conseguir arranhar a sua imagem junto à população.
Sendo assim, Carlos Evandro passou a ser a peça principal de jogo de xadrez, pois ele possui todos os elementos que favorecem a eleição do seu candidato, e por isso mesmo sofrerá intensos ataques dos opositores no sentido de desqualificar a sua gestão. A sua imagem será usada tanto para um lado como para o outro, obviamente em sentidos contrários. Porém, como o jogo ainda não está decidido existem dois dilemas a serem resolvidos: o primeiro é como Carlos conseguirá transferir a sua aceitação para o seu candidato. O segundo é como o candidato de oposição irá descaracterizar um governo que ele defendeu durante quase sete anos.
Diante desse cenário extremamente movimentado e intrigante, só nos resta acompanhar com toda a atenção as táticas que serão usadas para que um candidato possa se sobressair sobre o outro. Sempre lembrando que qualquer passo dado na hora errada pode custar a derrota para um dos lados.

*Paulo César é professor especialista em História Geral

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada em 07 de agosto de 2012.

domingo, 5 de agosto de 2012

Salve a nossa caatinga ( Poema do Prof. Miguel Leonardo)


Não desmate as beiras dos regatos

De olhos d’água e dos topos de serra

Pois a água para brotar na terra

Precisa a existência de  “matos”

Não cace tatus, pebas  nem gatos

Nem prenda o pássaro em alçapão

Deixe a fauna em paz, do meu sertão

Que Deus vai muito lhe agradecer

Vamos gente  a caatinga defender

Para evitar a desertificação.


Na lavoura  não use pesticida

Já que para o  ambiente faz mal

Prefira o produto natural

Pois o mesmo conserva sua vida

Boa saúde começa na comida

Saborosa sem contaminação

É melhor reduzir a produção

E a fonte da vida se manter

Vamos gente  a caatinga defender

Para evitar a desertificação.

 Sertanejo,  plante mandacaru

Faça feno da planta maniçoba

Maneje direito a algaroba

Não arranque a batata do imbu

Zele o nosso lendário Pajeú

Dos poetas veio de inspiração

Ouça o canto penoso do carão

Que chorando parece até dizer:

Vamos gente  a caatinga defender

Para evitar a desertificação.


Padre Afonso além de bom vigário

Defende com garra o umbuzeiro

Murici, também o catolezeiro

Tudo há no Pequeno Santuário

Um  oásis extraordinário

Em prol da caatinga do Sertão

Por isto é que este cidadão

Precisamos seguir e enaltecer

Vamos gente  a caatinga defender

Para evitar a desertificação.



Lembrança da 30ª missa do agricultor

Serra Talhada, 30/07/2012.

PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM: ENFERMAGEM poderá ganhar novo direito no STF em estado; veja últimas notícias do PISO ENFERMAGEM

Do Jc Ne10 O   piso salarial da enfermagem   continua suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde a definição do ministro Luís Robert...