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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eduardo Campos, puro retrato do pensamento de Nelson Rodrigues

*Paulo César é professor e pesquisador especialista em História Geral

Faltando apenas duas semanas para o desfecho do processo eleitoral, Serra Talhada recebeu a visita do governador Eduardo Campos (PSB), que veio com a missão de tentar reverter um quadro político extremamente desfavorável para o seu candidato a prefeito Sebastião Oliveira (PR). Ele chegou à cidade com status de “pop star”, fruto de um discurso maquiado e ambíguo que é difundido pela imprensa regional como sendo algo espetacular.

Ao analisarmos a postura de Eduardo diante do seu maior aliado, o ex-presidente Lula (PT), veremos que ele se comporta tal como um dos inúmeros personagens do dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues, cheio de sarcasmo e perversão. Digamos que o governador seja uma espécie de “Bonitinho, mais ordinário”. Isso pode ser comprovado pela sua relação dúbia com o líder petista. Na frente de Lula ele jura que é fiel e que a união política é verdadeira, e por traz monta uma operação audaciosa para minar as forças do PT em vários estados, e em particular em Pernambuco. Eduardo Campos, mesmo sendo neto de Miguel Arraes, nunca teve nenhuma projeção nacional até a chegada de Lula e do PT ao poder em 2002.

Foi Lula que nomeou Eduardo para o Ministro da Ciência e Tecnologia em 2004 e foi quem deu o aval para que ele fosse candidato a governador em 2006. Lula nunca virou as costas para Eduardo, ao contrário do socialista, que constrói em Pernambuco uma aliança com um dos maiores desafeto do ex-presidente, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Mas, como na maioria dos textos escritos por Nelson Rodrigues sempre terminava em tragédia, fica aqui uma indagação: quem pagará o preço mais alto nessa relação de amor e traição, Lula e o PT ou “Dudu Beleza”?

No que se refere ao cenário local, somente através das pesquisas a serem divulgadas pelos blogs de Nill Júnior e Magno Martins é que poderemos ter uma sinalização se Eduardo conseguiu a façanha de rever a disputa em favor de Sebastião Oliveira, ou se a difícil tarefa cairá sobre os ombros da “santa aliança” formada por Inocêncio Oliveira (PR), Augusto César (PTB) e Geni Pereira (PSB).

Publicado no site Farol de Notícias, em 23 de setembro de 2012.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Como explicar as contradições desse palanque

*Paulo César é professor especialista em História Geral

Faltando pouco menos de três semanas para o dia 7 de outubro fica visível as dificuldades do candidato Sebastião Oliveira (PR) em desconstruir o governo do prefeito Carlos Evandro (sem partido), que na pesquisa do Instituto Opinião apareceu com uma aprovação próxima a casa dos 80%. Esse índice coloca o prefeito em uma situação privilegiada no atual cenário político-eleitoral e que consequentemente beneficia o seu candidato Luciano Duque (PT).

Em uma avaliação um pouco mais detalhada veremos que mesmo com toda a estrutura de markentig (bonecos, balão) montada por Sebastião, ele ainda não conseguiu maquiar o seu “calcanhar de Aquiles”. Esse ponto de inconsistência encontra-se justamente no seu super palanque, que conta com a presença do ex-prefeito Geni Pereira (PSB), do deputado estadual Augusto César (PTB) e do deputado Federal Inocêncio Oliveira (PR), adversários históricos que se juntaram não para desenvolverem um projeto político, mas por pura necessidade eleitoral.

As contradições que envolvem essa aliança ainda não foram claramente digeridas pela população, isso se deve ao fato de que o comando da campanha do candidato republicano não consegue deletar da memória dos eleitores os verdadeiros motivos que levaram Augusto César e Geni Pereira a travarem batalhas épicas com o deputado Inocêncio Oliveira ao longo de mais de duas décadas.

Se por um lado é difícil explicar os contextos que envolvem a aliança, por outro se torna cada vez mais difícil mudar a cabeça do cidadão com relação à gestão de Carlos Evandro, porque mesmo o prefeito não sendo candidato, ele é o maior transferidor de votos para a campanha do petista Luciano Duque. Uma grande oportunidade que o republicano teve para desconstruir o governo de Carlos foi no debate promovido pelas rádios A Voz do Sertão AM/Líder Vale FM, porém, Sebastião optou pela diplomacia diante da presença do prefeito e focou os ataque apenas na pessoa do candidato Luciano Duque.

Na verdade, todos os ataques feitos a Luciano não surtiram o efeito desejado, já que desde que surgiram as denúncias envolvendo o CMDRS, os principais algozes do petistas foram pessoas que não transmitiram confiança necessária para convencer a população, pois os mesmos possuem uma vida política pra lá de contraditória. Dessa forma, só resta a Sebastião um caminho: construir um discurso político capaz de descredenciar o prefeito Carlos Evandro junto à população, pois do contrário, verá que a cada dia que passa o voto em Luciano se consolida, e que nem mesmo o governo Eduardo Campo (PSB) será capaz de reverter um quadro eleitoral tão adverso.


Dignidade humana: A Justiça Eleitoral deveria proibir de imediato que pessoas ficassem expostas a sol e a uma temperatura que se aproxima dos 40 graus durante horas sem nenhuma proteção para simplesmente levantarem bandeira de políticos fere a Constituição no que se refere ao principio da dignidade humana.

Acessibilidade, poluição visual e vandalismo: Outra medida que poderia ser tomada pela Justiça Eleitoral era a proibição da exposição de cavaletes e banners em vias publicas, pois a medida iria beneficiar deficientes físicos, transeuntes e motoristas, além de evitar o vandalismo no material de propaganda dos candidatos.

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 15 de setembro de 2012.


FOTO DE UM MOMENTO IMPORTANTE DA POLITICA DE SERRA TALHADA: O vereador Zé Pereira, o deputado estadual Manoel Santos e o Prof. Paulo César

Foto tirado no último dia 14 de setembro na Praça da Acadêmia da Cidade, no bairro do IPSEP

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O PT e Luciano Duque estão caminhando para uma vitória histórica


*Paulo César é professor especialista em História Geral

Já se passaram os dois meses de campanha eleitoral e partir de agora entraremos na reta final de uma disputa extremamente acirrada, mas que pelo resultado da última pesquisa divulgada no mês passado pelo blog do jornalista Magno Martins* é possível apontar o candidato Luciano Duque do PT como favorito, já que ele subiu 8% em relação à pesquisa divulgada em julho pelo blog do radialista Nill Júnior **, enquanto Sebastião Oliveira (PR) subiu apenas 3%. É claro que qualquer prognóstico feito nessas condições é prematuro, porém, se essa tendência de crescimento de Luciano Duque for mantida, ele ficará a um passo de ser o futuro prefeito de Serra Talhada.
Mas para que isso aconteça será necessária à adoção de algumas iniciativas. Uma delas é manter a militância empolgada, ativa e atenta, ocupando todos os espaços possíveis e impossíveis, fazendo campanha dia e noite, bem como os candidatos a vereadores que deverão ir pra ruas defender as suas candidaturas e a do candidato a prefeito. Além disso, ele precisa reverter algumas adversidades apresentadas nas pesquisas, como por exemplo, na juventude.
Já Sebastião Oliveira terá que ir para o corpo a corpo com o eleitor, buscar caminhar mais e intensificar as visita à zona rural, pois, o eleitor gosta de conhecer o candidato e olhar nos seus olhos, ao invés de ser cumprimentado por “bonecos” ou ficar olhando “banners” e “dirigível”. O candidato republicano pode sim reverter o quadro, até por que ninguém ganha eleição de véspera, porém, é preciso que ele também divida a responsabilidade com os seus aliados, pois, com exceção do ex-prefeito Geni Pereira (PSB), que faz política na rua diariamente, Inocêncio Oliveira (PR) e Augusto César (PTB), há muito tempo não fazem corpo a corpo com os eleitores. É importante também que Sebastião busque ser mais simples e humilde, já que em alguns momentos ele esboça sinais de arrogância e prepotência. A humildade é um principio básico que deve ser praticado por qualquer político, até porque o eleitor é muitos casos se sente como sendo mais importante do que o candidato, o que se traduz na mais pura verdade.
Algumas outras coisas podem mudar o rumo da eleição, entre elas, a famosa campanha de denúncias, que podem muitas vezes funcionar, mas que ultimamente não andam dando resultado em praticamente todo o Brasil. Na verdade o eleitor em algumas situações prefere votar na vítima ao invés do algoz, por isso mesmo, quem imagina que uma eleição pode ser ganha apenas com o uso de denúncias. Deve lembrar-se de que existe o efeito “bumerangue”, que é aquele que ocorre quando se pratica uma ação com uma finalidade e que pelo uso de uma força desproporcional acaba retornado com mais violência ao ponto de origem.
* Registrada no TER/PE com o protocolo PE-00042/2012
** Registrada no TER/PE com o protocolo PE-00066/2012

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada em 08 de setembro de 2012.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O dinheiro recebido hoje pode ser a porta de entrada do atraso amanhã


*Paulo César é professor especialista em História Geral


O comentário mais ouvido em Serra Talhada nos últimos dias é o de que a eleição municipal será decidida na base do dinheiro. Por se tratar apenas de boatos não podemos e não devemos levar esse tipo de comentário a sério, porém, é importante que a Justiça Eleitoral e Ministério Público fiquem atentos a qualquer movimento suspeito que seja feito no sentido de aliciar ou induzir o eleitor antes e na hora da votação. Pois, alguns episódios reprováveis ainda estão vivos na nossa memória.
O principal deles ocorreu em 1996, quando foi distribuído livremente um “kit de boca urna” que contava com uma camisa azul e um pão recheado com vinte reais. Tudo isso aconteceu nas dependências de uma revenda de automóveis que na época pertencia ao grupo empresarial de um importante político serra-talhadense. Mesmo sendo informado do que se passava, o Juiz responsável pela fiscalização do processo eleitoral, o já falecido Clóvis Silva Mendes, não moveu uma palha para coibir a distribuição do “kit de boca de urna”. O resultado foi uma eleição decidida por uma diferença de 600 votos, mas o pior foi ver a cidade abandonada durante longos e tenebrosos quatro anos. Como diria o escritor Crispiniano Neto, “era um tempo maldito e deletério”.


Em 1998, a Promotora de Justiça Dra. Áurea, uma pequena mulher na estatura, mas gigante na coragem, informada de que os “kits” estavam sendo novamente distribuído, não se omitiu do seu dever legal e foi até o local onde “o kit” estava sendo distribuído e acabou com a festa, e ainda encaminhou algumas pessoas até o fórum local para prestarem esclarecimentos. Esse episódio foi bruscamente, pois, pessoas influentes na política brasileira estavam diretamente
ligadas ao fato, o que impediu que órgãos da mídia nacional divulgassem detalhes da ação da Promotora. Como prêmio pela atitude corajosa, a Dra. Áurea foi transferida para o Ministério Público de outra cidade.

Nas eleições municipais de 2000, movido pela expectativa de uma derrota humilhante, o grupo político que mais se acostumou a usar as práticas “apelativas” voltou a atacar. Dessa vez até motel foi usado como local para a distribuição de “kits”. Mas para o bem da democracia, venceu a legalidade e a justiça. Para nós eleitores, só restar torcer para   que o futuro da cidade não seja decidido com “o recheio do pão”, pois nossa cidade precisar ser governada por pessoas honestas e de caráter.
Para isso precisamos ficar atentos e denunciar qualquer atitude ilícita, como a distribuição de feiras, material de construção, e principalmente de dinheiro. Afinal de contas, os R$ 50,00 ou R$ 100,00 de hoje, podem virar quatro anos de atraso para a cidade e para a sua vida! Pense nisso antes de aceitar qualquer tipo de proposta que busque mudar o seu voto.

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 03 de setembro de 2012.

PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM: ENFERMAGEM poderá ganhar novo direito no STF em estado; veja últimas notícias do PISO ENFERMAGEM

Do Jc Ne10 O   piso salarial da enfermagem   continua suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde a definição do ministro Luís Robert...