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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

CONQUISTA: História da banda D.Gritos leva estudante de Serra Talhada à Olimpíada de Língua Portuguesa


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Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia

As estudantes Mayara Roseno Matias, 6º Ano, e Janice Tamara Pereira Ferreira, 7º Ano, da Escola Antonio Timóteo, foram duas das quatro alunas de escolas públicas de Serra Talhada que tiveram seus textos selecionados para etapa estadual da 5ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, “Escrevendo o Futuro”.

Mayara concorreu na categoria Poema com o título: Lampião, Maria Bonita e Eu no Sertão; Janice em Memórias Literárias, com o texto: A origem da Banda D.Gritos em Serra Talhada.
A jovem Janice Ferreira, classificada na categoria Memórias Literárias, escreveu o seu texto com base no livro do escritor Paulo César Gomes, que também é professor do Antonio Timóteo e colunista do FAROL. “Meu irmão comprou o livro sobre a banda D.Gritos leu e depois me deu de presente. Eu gostei muito da história e resolvi fazer o meu texto contando a história da banda a partir do livro”, disse a estudante.

Na última quinta-feira (15) o escritor Paulo César Gomes teve um encontro emocionado com a estudante e trocaram ideias sobre o livro “D.Gritos: do Sonho à tragédia. A história da maior banda de rock do Sertão pernambucano”.

“A conquista de Janice só reforça a nossa convicção de que é preciso resgatar a verdadeira memória cultural da cidade e a literatura é uma das melhores formas de se fazer isso. Apesar da falta de apoio continuamos a nossa batalha para quem sabe um dia a nossa literatura seja vista com outros olhos pelos grandes centros nacionais”, declarou Gomes.

As alunas foram orientadas pela professora Lucidalva Batista, coordenadora do Projeto Pajeú Que Lê e Escreve. “Sentimos um enorme prazer em sermos portadores dessa maravilhosa notícia, pois é o indício de que sementes de esperança plantadas são regadas diariamente através da participação e empenho de estudantes, dos professores e da direção da escola”, disse a professora.

SAIBA MAIS

A banda D’ Gritos foi criada em 1985 e acabou de forma trágica em 1993, com a morte do cantor Ricardo Rocha, eletrocutado enquanto cantava em plena Praça Sérgio Magalhães. A trajetória do D’Gritos, marcada pelo sucesso meteórico é uma tragédia que chocou Serra Talhada e foi contada na obra D’Gritos: do Sonho à Tragédia – A História da Maior Banda de Rock do Sertão Pernambucano, de Paulo César Gomes.

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terça-feira, 13 de setembro de 2016

PROFISSÕES PERDIDAS: Bodegueiro é exemplo de persistência em Serra Talhada: ‘gosto do que faço’

Por Paulo César Gomes 


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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Durante décadas as bodegas fizeram parte do cotidiano de muitas cidades do interior. Com o passar dos anos as velhas bodegas foram sendo substituídas por mercadinhos, e velhos balcões e tamboretes trocados por grandes prateleiras, gôndolas e por caixas com computadores. No entanto, alguns persistentes comerciantes ainda insistem em manter viva a tradição das bodegas. E foi buscando coroar a profissão de bodegueiro que estivemos na companhia do Dom Juan das lentes, Alejandro García, repórter fotográfico do Farol, entrevistando um dos últimos donos de bodega de Serra Talhada.

Foi no início dos anos 70 que retornou a Serra Talhada, vendo do estado da Bahia, Arionaldo Eliodoro de Sousa, de 64 anos, o popular Ari. Ari trabalhou em uma funerária por 17 anos, mas foi como bodegueiro que ganhou notoriedade e a simpatia de crianças e idosos. “Aqui eu vendo sorvete, picolé, refrigerante, pipoca, salgadinhos, balas, doce, cigarro, recarga de créditos para celular, fogos de artifícios e bebidas alcoólicas”, comenta o bodegueiro, que mesmo convivendo com problemas cardíacos e de visão, trabalha de domingo a domingo, em jornadas diárias que podem chegar a mais de 11 horas, há 21 anos em um ponto comercial que fica localizado na rua Cornélio Soares, conhecida como a rua dos Correios.

No pequeno espaço separado por um balcão e cercado por prateleiras cheias de produtos, Ari atende seus clientes fiéis, a maior parte da zona rural. No estabelecimento é possível ver que o proprietário ainda usa a velha caderneta de anotar ‘os fiados’ – caderno com os nomes de quem compra a prazo. Foi com o dinheiro ganho na sua bodega que Ari comprou a sua casa, e por isso não se incomoda que o lugar seja chamado de bogeda. “Pode chamar de qualquer coisa. O importante é que gosto do que faço, e faço com honestidade”, disse o Arionaldo.

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Mais um cidadão vítima da violência

Ari já foi roubado duas vezes em momentos em que teve que sair da bodega para trocar dinheiro em um comércio vizinho. Em outra oportunidade foi assaltado por um elemento que usava uma arma branca. A situação mais dramática foi vivida na noite de 28 de julho de 2012, quando ele reagiu a uma tentativa de assalto e por um milagre não acabou sendo atingido por tiros. Apesar da idade, Ari travou uma briga com o assaltante, que acabou sendo imobilizado por moradores da rua e preso pela polícia.

Esse episódio abalou bastante o emocional do velho comerciante, que apesar do susto continuou tocando o seu comércio com muita coragem e determinação. “Esse foi um dos momentos mais tristes que já vive. Não gosto nem de me lembrar dessa história!”, desabafou o Ari da bodega.

A paixão pelo Sport Club do Recife

Ari começou a torcer pelo ‘Leão da Ilha’ em 1973, no dia em que Sport jogou contra o Santa Cruz na partida inaugural do estádio “O Pereirão”. Nessa partida o rubro negro perdeu para o tricolor, mas o rubro-negro acabou ganhando mais um torcedor para a sua legião de fanáticos admiradores. “Daquele dia para cá e a minha paixão até hoje. Só vou deixar de torcer pelo Sport quando eu morrer”.

O bodegueiro já teve a felicidade de assistir uma partida do time do coração no estádio do Arruda, e mais uma vez o seu time saiu derrotado. No entanto, ele se vangloria de ter visto o time saindo de campo sendo aplaudido de pé pela torcida, pois segundo ele, “jogamos demais, dominamos o jogo, mas naquele dia o goleiro do Santa Cruz pegou até pensamento”. O momento mais marcante para ele foi a conquista de 1987, o título do campeonato brasileiro, “esse título é polêmico, mas é nosso”, disse o apaixonado rubro-negro.

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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

OPINIÃO: Analisando os números das últimas pesquisas em Serra Talhada, descubra erros e virtudes dos candidatos

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Os resultados anunciados nessa terça-feira (6) pelos Institutos Múltipla e Opinião, mesmo com algumas contradições, merecem algumas reflexões. A primeira é a de que as desistências de Dr. Fonseca (PR), Dr. Nena (PTB) e de Marquinhos Dantas (optou por ser candidato a vice), sepultou o discurso de enfrentamento ao prefeito Luciano Duque (PT).

Esse vácuo possibilitou que o prefeito se consolidasse na liderança da corrida eleitoral, já que seus opositores Victor Oliveira e Otoni Cantareli são marinheiros de primeira viagem e ainda não se deram conta de que as pessoas esperam um pouco mais deles. Somam-se a ausência de um embate mais forte dos opositores, as inúmeras inaugurações feitas no apagar das luzes. Tudo isso ajudou a alavancar o discurso de que o prefeito ‘fez’. A ideia do ‘fez’ pelo jeito está pegando, bem como a transferência dos votos de Dr. Nena/Augusto César e a definição dos votos dos indecisos, estão beneficiando Duque.

Por outro lado, Victor Oliveira vem tendo dificuldades porque sua coordenação política patina na estratégia, isso porque ainda não desvendou o segredo do jogo. Um dos maiores erros é insistir em falar sobre a origem e a volta do candidato a cidade. Essa temática já passou. Ele (Victor) agora é candidato, com registro na Justiça Eleitoral, essa legitimidade ele já tem. Falta agora dizer o que quer fazer como prefeito. Falta a Victor Oliveira apontar os erros e os equívocos do seu adversário.

Sem um discurso duro, consistente e objetivo, a população vai entender que arriscar não vale a pena, e por isso vai votar no atual prefeito. Para Victor vencer, ele precisar construir a imagem de um grande político e gestor junta a população, assim como, precisar desconstruir a imagem que Luciano Duque tenta emplacar nos últimos meses.

Muita coisa ainda pode acontecer, mas se o candidato do PR não começar a crescer, veremos o prefeito petista rindo a toa e dizendo em alto e bom som que a vitória mais expressiva da história foi dele e que dessa vez ele não precisou ser carregado nos ombros por ninguém.

Um forte abraço e até a próxima!

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

OPINIÃO:Serra Talhada faz uma campanha sem criatividade e apática que pode ter respostas nas urnas

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Faltando 30 dias para os serra-talhadenses irem às urnas  escolherem os seus representantes, o que se ver é uma grande apatia por parte dos eleitores. Por diversas razões os candidatos ainda não conseguiram empolgar.

A falta de criatividade nos “jingles” (a maioria são de péssimo gosto), nos materiais de propaganda (sem atratividade), nas propostas de campanha ( repetitivas e muitas vezes utópicas), dos discursos dos candidatos (fracos e sem qualidade) e nos guias eleitorais (sonolentos e sem criatividade), fazem com que a população que anda desacreditada da política apenas observe a movimentação das coligações.

O clima de festa se resume apenas aos integrantes de cada grupo político. A realidade fica evidente aos percebermos que poucos são os moradores que colocaram adesivos ou bandeiras em suas casas. E os que já colocaram são porque possuem ou mantém algum tipo de vínculo com algum candidato, seja candidato a prefeito ou a vereador. Até nas carreatas e porta a portas as mesmas caras sempre estão presentes, ou seja, o povo ainda não aderiu à campanha de nenhum dos candidatos.

A que se destacar que as últimas pesquisas apontam para um alto índice de indecisos. Se essa indiferença se mantiver a tendência é que tenhamos a maior abstenção da história de Serra Talhada, bem como um número surpreendente de votos brancos e nulos. Cabem as coordenações de campanha inovar e deixarem de lado essa identificação dos votos através de cores partidárias ou de grupos políticos. A população espera mais do que isso, e certamente dará o seu recado nas urnas.

Um forte abraço e até a próxima!

PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM: ENFERMAGEM poderá ganhar novo direito no STF em estado; veja últimas notícias do PISO ENFERMAGEM

Do Jc Ne10 O   piso salarial da enfermagem   continua suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde a definição do ministro Luís Robert...