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domingo, 31 de julho de 2016

VIAGEM AO PASSADO: Um panorama sobre a Serra Talhada dos anos 30, no auge da força do ‘ouro branco’, o algodão


serra anos 30
A foto em destaque foi tirada de cima da chaminé da usina de beneficiamento de algodão que fica localizada na Rua Cornélio Soares. A imagem registrada entre o final dos anos 30 e início dos anos 40, mostra a frente da antiga prefeitura municipal – onde hoje funciona o prédio da coletoria estadual -.

Também merece atenção o espaço onde foi construída a Concha Acústica, que na época era chamada de Rua João Pessoa. Outro detalhe importante é que s algarobas que ficam ao lado da Igreja do Rosário ainda não haviam sido plantadas, fato que só ocorreu após ano de 1943.
Quem tiver informações sobre o autor da foto deve enviar os dados para o e-mail pcgomes-st@bol.com.br para o devido registro e a catalogação do material para fins de pesquisa cientifica (dissertação de mestrado).

sexta-feira, 29 de julho de 2016

OPINIÃO: A trajetória de Tallita Martins teve início como representante de uma escola da zona rural de Serra Talhada


miss pe
Foto: Arquivo Farol de Notícias

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do FAROL

Após 40 anos de espera Serra Talhada pode ostentar com orgulho o título de Miss Pernambuco. A jovem Tallita Martins, de 20 anos de idade, dona de medidas perfeitas, 1,74 de altura, 88cm de busto, 91cm de quadril e 61cm de cintura, entra para a história como a quarta serra-talhadense a receber a coroa de Miss Pernambuco.

Quis o destino que o dia 28 de julho, que é lembrado como a data da morte de Lampião, fosse também o dia em que Serra Talhada retomou o posto de “A Capital da Beleza Feminina”. A faixa que passou quatro décadas longe da cidade, volta após meses de intenso trabalho da equipe da RD Produções, liderada por Romildo Duarte, que logo após o concurso fez um desabafo, “a coroa volta para o Sertão depois de 40 anos. Cabe agora a sociedade reconhecer”.

Durante as últimas semanas a cidade foi tomada por um sentimento de euforia e de expectativa em torno do concurso. Pouco mais de 70 serra-talhandeses acompanharam o desfile no foyer da Faculdade Universo, na Imbiribeira, em Recife. Enquanto outros milhares acompanharam pelas redes sociais e pela internet. Tallita conquistou o público e os jurados com muita desenvoltura, elegância e simpatia. A nova Miss Pernambuco disputou com outras 28 candidatas do Sertão, Zona da Mata, Agreste e Região Metropolitana. Corpo de jurados foi formado por 18 representantes das áreas de moda, consultoria, jornalismo e sociedade civil.
Na etapa final do concurso Tallita superou as candidatas Gleicyane Bezerra (Fernando de Noronha ) e Roberta Xavier (Vitória de Santo Antão) e recebeu de Sayonara Veras – Miss Pernambuco 2015 – a faixa e a  coroa de representante máxima da beleza estadual.

INÍCIO DA CARREIRA

A carreira de Tallita teve início em 2013, quando foi eleita Miss Estudantil. No entanto, ela só entrou na disputa porque foi incentivada por amigas e por sua professora. “Concursos de beleza sempre me atraíram, mas foi uma professora minha chamada Maria Aguiar que despertou isso em mim. Eu era aluna dela quando a mesma me falou do concurso. No primeiro momento resisti, mas logo comecei a pensar a respeito disso, minhas amigas também diziam a mesma coisa, que eu tinha perfil para a área de miss e de modelo. Falei com meus pais e nesse momento procuramos a professora que me apresentou ao pessoal da RD produções e Eventos”.

Mesmo com o apoio dos pais a jovem teve que enfrentar um pequeno contra tempo até ser eleita a bela estudante do município. “Quando decidi participar na época à representante da escola já tinha sido escolhida. Fiquei arrasada, mas de imediato a diretora da Escola Brás Magalhães, que fica localizada no IPA, me escolheu como representante daquela unidade escolar. 17 garotas disputaram o título, o concurso foi acirradíssimo, mas graças a Deus me logrei vencedora. Depois daí não parou de aparecer propostas e trabalhos relacionados a fotos desfile e presenças Vips em eventos”, relata Martins.

Em agosto de 2015  foi eleita Miss Serra Talhada dando inicio ao processo de mudança que transformou a sua vida. Ela deixou a família e o curso de Direito para ir morar no Recife. “Desde que fui eleita, vim para o Recife a fim de me preparar melhor para buscar o tetra. Hoje estou numa agência que trabalha com diversas misses. Faço curso de inglês que é um dos atributos que a miss tem que ter. Concluí meu curso de oratória. Tudo isso visando o maior título de beleza de Pernambuco”, relata a serra-talhadense.

Durante toda esse jornada Tallita demonstrou extrema disciplina e otimismo, “Espero trazer o 4º título para Serra Talhada, pois venho me preparando dia e noite para isso desde que fui eleita”, disse a jovem em entrevista em março deste ano. Nesta entrevista, ela também declarou: “hoje é motivo de orgulho para mim ser a representante da beleza feminina de minha cidade”.
Todo esforço de Tallita foi enfim recompensado, ela agora passa a figurar no roll das eternas misses, que conta com os nomes de Cilene Aubry(1974), Fátima Moutato (1975) e Matilde Terto (1976). A expectativa fica agora em relação a chegada da nova Miss Pernambuco, já que na década de 70 havia uma recepção de gala, com desfile em carro aberto e carreata pela cidade. Nós que fazemos o FAROL parabenizamos a nossa Miss Pernambuco, assim como já prevíamos que ela seria a campeão ainda em agosto do ano passado (http://faroldenoticias.com.br/opiniao-depois-de-40-anos-serra-talhada-podera-ter-novamente-uma-miss-pernambuco/), agora dizemos; Pernambuco vai ser pequeno pra você! Parabéns Tallita, o povo de Serra Talhada e a memória da cidade agradecem!

Um forte abraço e até a próxima!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

PROFFISSÕES ESQUECIDAS: Há 28 anos no ramo, conheça o pasteleiro que sonha em passar num concurso em Serra Talhada


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Reportagem de Paulo César Gomes, com fotos de Alejandro Garcia

Diante da crise financeira que assola o Brasil, o mercado informal tornou-se uma oportunidade para a sobrevivência de muitas famílias brasileiras. Entre as tantas atividades informais existentes, a série de reportagens PROFISSÕES ESQUECIDAS, destaca hoje a de pasteleiro. As fotos são do “man drone” (versão brasileira do homem drone), Alejandro Garcia, repórter fotográfico do FAROL.

Não existe uma data exata da chegada do pastel ao Brasil, segundo algumas fontes de pesquisa, o alimento de massa e com diferentes opções de recheio, chegou por volta de 1940, trazida por imigrantes japoneses. Quase nada se sabe sobre a chegada do pastel ao Sertão Pernambuco.


Um dos mais antigos pasteleiros de Serra Talhada é Antônio de Melo Souza, de 43 anos, há 28 anos exerce a profissão. Toin do Pastel como é mais conhecido, chama a atenção pela forma atenciosa que atende os clientes. “Gosto do que faço e tenho orgulho da minha profissão. Gosto de tratar bem os clientes, pois faço os meus pasteis especialmente para a alegria deles”, declara o pasteleiro.

ROTINA QUE COMEÇA NA MADRUGADA

Toin é casado e é pai de 4 filhos, e reside no bairro da Caxixola desde a infância. Sua rotina de trabalho começa cedo, já que tem que preparar a massa para ir ao forno antes do sol nascer. “Acordo todo dias às 3h da manhã, preparo a massa de trigo com aproximadamente 4 a 5 pacotes. Ás 4h coloco os pasteis para assar no forno. Ás 8 horas eu saio com minha carroça pra o centro com cerca de 70 a 80 pasteis”, explica o bravo pasteleiro.

Após andar mais de 2 Km com sua carroça, percurso no qual já começa a vender, Toin se posiciona em ponto bastante movimento da cidade que é o “beco do Banco do Brasil”. Logo que chega uma fila de gente se forma em torno de sua carroça, todos atrás de consumirem o popular e saboroso pastel. “Meu pastel é simples, custa R$ 2,00 apenas, com direito a copo de suco”, o ambulante completa dizendo que “apesar de ser simples as pessoas comem com vontade”.

Segundo Toin a sua renda mensal é aproximadamente de um salário mínimo e meio. Foi através da venda de pastel que ele conseguiu construir a sua casa própria. Apesar de viver na profissão há bastante tempo, Toin não esconde que se pudesse teria escolhido outra profissão. “Meu sonho era ter feito um concurso federal, ter um emprego, ser concursado”. Mesmo com a frustração ele concluiu com bastante otimismo, “trabalhar para gente mesmo é digno, dando pra sobreviver está ótimo!”.

Um forte abraço e até a próxima PROFISSÕES ESQUECIDAS!
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OPINIÃO: A renúncia de Dr. Nena Magalhães e o mito do pé de Juá; semelhanças de uma morte anunciada

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Faltou um pé de Juá pra Dr. Nena Magalhães! Talvez a expressão possa até parecer irônica, mas na verdade sintetiza o cenário o qual levou o médico a renunciar a mais uma candidatura. No entanto, antes de chegar à metáfora do pé de juá é preciso que se destaque as inconsistências que levaram a derrocada do petebista.

Nena surgiu no cenário pré-eleitoral como um furacão. Dono de declarações fortes e contundentes, acabou gradativamente demarcando o seu terreno, ao mesmo tempo em que se desgarrou da oposição oficial (posição ocupada pelo PR por ter sido derrotado em 2012), ao ponto de não conseguir reunir forças para manter a sua candidatura, mesmo ele pontuando nas últimas pesquisas como o segundo colocado.

Outro elemento foi à contradição no seu discurso em relação aos governos Lula/Dilma, que se formou sempre em tom de criticas, diferente do líder do seu partido, o senador Armando Monteiro, que defende as gestões petistas. Nessa linha, soa que se destacar o embaraço do mote da nova política e o combate as velhas raposas. Por ser um velho personagem da política local, o mote acabou virando uma grande arapuca para o doutor.

Muitos dirão que o decisivo na atitude do médico foi a debandada do PMDB. Até certo ponto isso influenciou, no entanto, a grande questão foi à falta de um Juazeiro (pé de juá). A citada planta, popular por dar frutas pequenas e de sabor discreto, também é conhecida na região por ser verde durante todo ano e por propiciar uma grande sombra.

Pois bem, a candidatura de Dr. Nena naufragou por não ter um grupo político capaz de garantir sombra o ano todo e nem um misero juá para saciar a fome de dezenas de “famintos”.
Desta forma, o processo polarizou-se entre as estruturas de dois palácios: o do Campo das Princesas (Governo do Estado) e o Luiz Lorena (Prefeitura Municipal). São desses locais que saem as toneladas de Juá que matam a fome de milhares de famintos.

Mesmo sendo um político vivido, o petebista não seu deu conta do desenho político que se formava ao seu redor, acabou sofrendo algumas rasteiras bem na hora em que se preparava pra entrar em campo. Resta-lhe agora o caminho de volta ao ninho petista, seguindo assim o roteiro traçado por Armando Monteiro, de aliança entre PT e PTB em Serra Talhada. Lembrando que agora o PTB entra na coligação pegando “bigú”, já que a cabine e os acentos do caminhão de Lulu já estão preenchidos.
As grandes lições disso tudo são as de que só existem dois grupos políticos em Serra Talhada e de que sem discurso e estrutura uma terceira via dificilmente chegará à prefeitura municipal.

Um forte abraço e até a próxima!
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VIAGEM AO PASSADO: O que mudou na Rua dos Correios dos anos 40 até os dias atuais? Dê a sua opinião!

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Com intuito de concluir a minha dissertação de mestrado, História, Memória e Fotografia: Um Olhar sobre a Modernidade  na Cidade de Serra Talhada – PE (1940 – 1980), que tem como objetivo abordar os aspectos do cotidiano e do processo de modernização, que visa entre outras coisas, o resgate da memória da cidade, publicaremos nos próximos meses aqui noFAROL, algumas preciosidades fotográficas que revelavam essa face esquecida de Serra Talhada.

Lamentavelmente os autores das fotos são desconhecidos. A foto abaixo é da atual Rua Cornélio Soares, provavelmente na década de 40, onde podemos verificar o prédio agência dos Correios e Telégrafos, construído em 1932. As pessoas que quiseram contribuir para a pesquisa com fotos da cidade das décadas acima citadas devem entrar em contato pelo e-mail: pcgomes-st@bol.com.br .

Um forte abraço e até a próxima!
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DEPOIS
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Foto: Alejandro García 

OPINIÃO: Paulo Câmara atua nos bastidores para fortalecer Victor e construir a sua reeleição com ajuda de Duque

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Mais uma vez o futuro político passa pelo Palácio do Campo das Princesas. Em 2012, o então governador Eduardo Campos, apostou todas as suas fichas no atual Secretário de Transporte, Sebastião Oliveira, no entanto, a boa avaliação da gestão Carlos Evandro levou Luciano Duque a ser eleito.

Passados quatros anos, Paulo Câmara tentar repetir Campos e investe pesado para consolidar o palanque do neto do ex-deputado Inocêncio Oliveira. Nesse processo de engenharia, coordenado por Sebastião Oliveira, o palácio já conseguiu atrair para a pré-candidatura de Victor Oliveira, Marquinhos Dantas (Solidariedade) e o PMDB de Duquinho.

O estranho é que até bem pouco tempo o Palácio articulava uma aliança de Luciano com Sebastião, e agora buscar fazer o contrário. Talvez na cabeça de Paulo Câmara o ideal seja ter dois palanques fortes em Serra Talhada durante a sua reeleição.

Isso porque Luciano Duque é um grande simpatizante do governador. Vale lembrar que em 2014 Paulo Câmara perdeu para Armado Monteiro na cidade.

Agora fica no ar sensação de que até as convenções o governador do estado ainda vai interferir no processo local, sendo que a bola da vez passar a ser Dr. Nena (PTB), isso porque o médico tem sintonia no discurso anti PT pregado pelo PSB e diferente do de Armado Monteiro, líder do partido de Nena, que é parceiro do PT no estado. O projeto de hegemonia política pregado pelo Palácio poderá levar a eleição municipal a ser escrita com outra grafia, restar saber ser a cor da tinta condiz com a ética e a necessidade real da população.

Um forte abraço e até a próxima!

VIAGEM AO PASSADO: Na década de 80, o Bar Flutuante fez história e atraiu turistas em Serra Talhada

Por Paulo César Gomes
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O informativo Correio do Pajeú, de julho de 2016, organizado pelo Grupo de Amigos de Serra Talhada, trás uma foto rara do “Bar Flutuante”, um dos points da cidade nos anos 80.

O bar foi construído dentro do açude da Borborema aos moldes das palafitas, ideia dos proprietários, Joãozinho Ignácio e sua esposa Vilma, que se inspiraram em moradias que encontraram no estado do Pará. O Flutuante era frequentado por boa parte da sociedade serra-talhadense da época. O local tornou-se bastante popular após servir de cenário para uma reportagem do programa Globo Repórter.

Em julho do ano passado o bar foi tema da série de reportagens “Histórias Perdidas”, publicadas aqui no FAROL, e posteriormente reproduzida no livro “Histórias Perdidas: Um regaste da memória esquecida da cidade através de textos, fotografias e depoimentos”. A foto em destaque foi publicada no livro: Série de Monografias Municipais de 1982. Leia matéria sobre o Flutuante-http://faroldenoticias.com.br/historia-esquecida-em-serra-talhada-o-bar-flutuante-virou-ponto-turistico-na-decada-de-80/

OPINIÃO: A ‘dança’ dos vices, o anúncio do nome do PMDB e a bomba que deve estourar até semana que vem em Serra Talhada

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

A proximidade do início oficial da campanha eleitoral está acelerando as definições dos nomes para compor as vagas de candidato a vice-prefeito. Márcio Oliveira em breve deve ser anunciado como companheiro de chapa do prefeito Luciano Duque. Mesmo com as restrições feitas por algumas “cabeças pensantes” da equipe ao nome do vereador – as cabeças acham que ele é sereno e ponderado demais e por isso não iria somar.

Duque vai cumprir com a palavra dado no passado e ratificar Oliveira na chapa. Um detalhe que confirma a certeza da indicação é o fato de que o vereador já está repassando a sua base eleitoral para o tio, Rafael Ignácio, que é pré-candidato a vereador.

O vice de Dr. Nena caminha para ser o professor Carlos Antônio, presidente do PMDB, que já foi secretário de Educação do município, no primeiro mandato de Carlos Evandro, e também foi diretor de duas escolas estaduais. Apesar da pressão do comando estadual do PMDB, o partida marchará na cidade com o petebista Nena Magalhães. Na chapa da esquerda, o jovem Otoni Cantarelli deverá fazer a dobradinha com Ari Amorim, do PSOL.

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A BOMBA

A grande expectativa gira em torno da confirmação do nome de Marquinhos Dantas como vice na chapa de Victor Oliveira. Caso Dantas diga sim, estaremos diante de mais uma das grandes contradições desse processo, isso porque Dantas deixou de ser vice de candidatos com mais rodagem do que Oliveira, ao mesmo tempo em que declarava não aceitar a condição de vice nessa campanha.

Outro fato a se observar a capacidade de transferência de votos de Marquinhos para Victor. Se isso se confirmar teremos uma campanha embolada entre Victor e Dr.Nena nas primeiras semanas. Depois disto, um deles deverá se desgarrar e passar a incomodar Luciano Duque.

Um forte abraço e até a próxima!

PROFISSÕES ESQUECIDAS: Em SerraTalhada, borracheiro trabalha 12 horas por dia para sustentar família, mas sofre discriminação


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Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia
Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol
A Profissão Esquecida dessa semana só é valorizada quando um motorista com a situação fortuita de ter um pneu furado, seja nas ruas ou nas estradas, e ainda que tenha um estepe, um borracheiro nesse momento se torna indispensável, uma espécie de “anjo da guarda” dos motoristas. Diante disso, estivemos na companhia do polivalente Alejandro Garcia, repórter fotográfico do FAROL, buscando retratar de forma simples, a vida desses nobres profissionais.
O nosso personagem mora no bairro Vila Bela e já exerceu varias profissões, no entanto, foi como borracheiro que ele conseguiu as mínimas condições de sustentar a família. “Comecei a ser borracheiro com 12 anos, apesar das dificuldades, tenho lutado para criar o meu filho”, relata Magno Alves, de 28 anos, que trabalha em uma borracharia localizada nas proximidades do açude Borborema, periferia de Serra Talhada.
Magno trabalha em média 12 horas por dia, de domingo a domingo, “saio de 6h da manhã de casa e só voltou depois das 6h da noite se não tiver clientes na borracharia”. O borracheiro não sabe especificar quanto ganha em média por mês, já que fatura 50% por cento em cima do serviço prestado, o restante vai para o proprietário do ponto. “As vezes dar pra tira alguma coisa perto de um salário mínimo, outras vezes a coisa fica feia por dias sem serviço”, detalha Alves.
SEM RECONHECIMENTO
Apesar da crise financeira que aflige o país o setor não foi afetado, mesmo assim, a importância social dada aos profissionais ainda é pouco. Segundo Magno Alves,  a cada dez clientes, dois ou três demonstram reconhecimento pela importância da profissão. Essa desvalorização reflete-se na baixa estima de alguns borracheiros.
“Tem alguns colegas que têm vergonha de dizerem que são borracheiros, isso acontece porque a profissão não é valorizada. Muitas vezes a gente quer comprar a prazo nas lojas, mas fica sem fazer as compra porque ser borracheiro não dar o direito de ter crédito nas lojas”, desabafa o borracheiro. Magno Alves concluiu a entrevista ressaltando a sua profissão, ainda que seja só reconhecida quando as pessoas precisam, “já tirei muito motorista do prego e vi a felicidade dele e de sua família, por isso tenho muito orgulho do que faço e da minha profissão”.
Um forte abraço e até a próxima!
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BOM EXEMPLO: Voluntários mantêm viva luta em defesa dos animais em Serra Talhada e ‘sustentam’ hospital veterinário


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Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol
“O essencial é invisível aos olhos. Só se ver bem com o coração” a célebre frase propagada ao mundo através do livro O Pequeno Príncipe foi o norte que nos conduziu nessa narrativa que aborda a rotina e os desafios dos voluntários da ONG Animal Feliz, trabalho que contou com a participação ímpar do repórter fotográfico do Farol de Notícias,  Alejandro J. García.
ONG ANIMAL FELIZ; SONHO QUE UMA TRAGÉDIA NÃO FOI CAPAZ DE SEPULTAR
A Animal Feliz foi criada por Ivan Rui Rodrigues, carinhosamente chamado de Neguinho, que faleceu precocemente aos 47 anos, vítima de um infarto fulminante. Enfermeiro por oficio e defensor dos animais por opção, Neguinho dedicou grande parte de sua vida a cuidar das pessoas e dos animais. A lacuna deixada por Neguinho pôs em xeque a sobrevivência de um dos seus grandes sonhos. Após a fatalidade do dia 24 de março de 2015, a responsabilidade por levantar a bandeira de defesa dos animais recaiu sobre os ombros de Daniela Barros, 46 anos, que diante a situação conclamou a sociedade a lutar pela continuidade das atividades da Animal Feliz.
Os apelos de Daniela se propagaram e alguns jovens se dispuseram a ser voluntários, um deles foi Jhonatan Alencar, 26, estudante de Engenharia Agronômica na Uast e natural de Santa Maria da Boa Vista. Ele conheceu a ONG através da academia de artes marciais que frequenta. Na época a ONG estava precisando de voluntários se não iria fechar. “Gosto muito de animais e me interessei pela ideia. Desde que participei da primeira reunião aqui no Centro de Zoonoses nunca mais parei de vir”, declara Alencar que hoje ocupa a presidência da ONG.
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Outros jovens, como os irmãos Thiago e Tamires, já fazem trabalho como voluntário desde que Neguinho ainda era vivo. “Eu sempre conheci Neguinho, éramos vizinhos. Ele sempre falou do sonho de criar uma ONG, então ele conseguiu. Esse Hospital Veterinário leva o nome dele, após o falecimento de Neguinho a gente veio com outros voluntários e começamos a trabalhar”, relata Tamires Ferreira, 22 anos, estudante o curso de Direito e vice-presidente da Animal Feliz. A rotina dos voluntários vai muito além do amor pelos animais. É preciso muita coragem para enfrentar os gigantescos desafios colocados diante desses jovens.
“A rotina é dura durante toda a semana. A gente vem duas ou três vezes na semana. À tarde e às vezes à noite. Todo final de semana e feriado a gente está aqui. A gente entra de 10h, mas não tem hora para sair. A gente ajuda na limpeza do hospital, já que não possuímos abrigo. Aplicamos a medicação que é deixada pelo veterinário. Muitos medicamentos é a ONG que compra outros são do hospital. No final de semana a gente procura os veterinários voluntários como Aldeci, Orestes e Milena.  Tudo que um veterinário faz a gente faz também, só não prescreve a medicação”, descreve a voluntária.
“Para ser voluntário não é fácil, é um trabalho difícil! Além do psicológico, por que você vê muito animal maltratado, machucado. Não adiante ser de uma ONG apenas para postar fotos no Facebook, ser voluntário por status”, desabafa a vice-presidente ao analisar a postura de alguns jovens que ainda não entenderam o papel de ser voluntário. Para ela, o voluntário precisa de muita força de vontade e amor pelo que está fazendo, “é preciso querer ver o bem do animal e ter amor a ele. Fazer a diferença. Fazer por amor”.
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Esse sentimento que envolve os jovens voluntários é algo bastante tocante, “além de ser um trabalho gratificante, você está prestando um serviço a um ser que também tem sentimentos que de alguma forma vai retribuir o que você está fazendo por ele. Acho que a gente tem que plantar o bem, colher o bem e fazer o bem. Eu não vou em casa há mais de seis meses. Já cheguei em casa chorando por não ter conseguido salvar o animal”, relata o presidente da ONG. Segundo Jhonatan além da falta de mais voluntários – hoje resumido a sete apenas, sendo que a maioria trabalho ou estuda – outros fatores dificultam o trabalho do grupo.
“Falta transporte para os voluntários se locomoverem até o hospital. A gente paga os mototaxistas do próprio bolso. Quando faltam doações a gente tem que pagar do bolso, tanto para comprar medicamentos como para pagar os táxis para resgatar animais. Falta um reboque para pet, que é um equipamento ajudaria nos resgates. As pessoas adotaram uma cultura meio ignorante, não só aqui em Serra Talhada, não adotam o animal por amor, procuram animais com pedigree. Querem apenas manter os status sociais e não pela satisfação de salvar uma vida que esta sofrendo nas ruas e que precisam de uma mão amiga, de amor e carinho”, reflete Thiago Henrique, 26 anos, que é voluntário há mais de um ano.
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“A ausência dos poderes públicos são responsáveis por tanta violência contra cães e gatos”, afirma Thiago Henrique. No hospital quantidade de animais  é rotativa, os animais resgatados ficam por no máximo por 20 dias. “Vem para o hospital onde é tratado, castrado e se não for adotado volta para a rua”. Para acabar com essa rotatividade era necessário que o abrigo para animais fosse construído, um sonho que precisa de apoio para se tornar realidade. “Um local para o abrigo provisório foi cedido pela prefeitura para a ONG. O prédio funcionava como Grupo Escolar e atendia aos moradores da vila do DNOCS (em frente ao corpo de bombeiros)”.
“A gente já cercou o espaço, só não temos há previsão de quando vamos construir. Lá vamos precisar de muitos quilos de ração e de medicamentos. Vamos precisar também de internet, de câmeras de seguranças e de contratar uma funcionária para limpar e colocar comida para eles. Além de doações em dinheiro para pagar as consultas médicas”, explicou a jovem. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, os voluntários buscam inspiração e motivação na obra do inesquecível Neguinho, uma prova disso é que a mascote da ONG é “Menina”, uma das cadelas que pertencia ao falecido enfermeiro.
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COMO AJUDAR A ONG E ADOTAR UM ANIMAL?
Para ser voluntário o processo é simples, basta entrar em contato pelo telefone (87) 9960-6482 (Jhonatan Alencar) ou pela página da ONG no Facebook. Depois disso é agendada uma reunião para dar as orientações sobre as atividades da ONG. Para resgate de animais vítimas de maus tratos ou feridos, assim como para doações de ração e medicamentos, os contatos são os mesmos.
Para adotar um animal é preciso se dirigir ao Hospital Veterinário, que fica no entro de zoonoses, de segunda a sexta, das 7 às 13 horas. Após a escolha do animal é preciso assinar um termo de adoção e deve levar os documentos pessoais e um comprovante de residência. No momento, o hospital conta com mais de 10 animais (filhotes) em condições de serem adotados.
As doações financeiras de qualquer valor para ONG Animal Feliz devem ser feitas na Conta Poupança no. 35.089-3, Variação 51, Agência 0246-1, Banco do Brasil.
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OPINIÃO: Enquanto Nena e Victor ainda não consolidaram o discurso, Duque basta não falar besteiras

Por Paulo César Gomes, Professor e escritor serra-talhadense, colunista do Farol

A pesquisa Múltipla/Farol revela alguns dados curiosos. O primeiro é que parte das intenções de votos que eram destinados para Dr. Fonseca não foram para os candidatos de oposição, e sim para o prefeito Luciano Duque. Ou seja, o prefeito demonstra ter mais coerência no discurso do que os candidatos de oposição, já que saiu de 43% para 50% após a desistência do médico republicano.

As candidaturas de Dr. Nena e Marquinhos Dantas se mantiveram estáveis, o que mostra que eles não criaram fatos novos. Algo que chamasse a atenção dos eleitores. Como Marquinhos deve ser o vice de Victor Oliveira, o seu capital eleitoral deve ser transferido para o jovem pré-candidato republicano. O que indica que provavelmente Dr. Nena Magalhães e Victor Oliveira devem aparecer empatados nas próximas pesquisas.

Para Duque ser eleito basta apenas não falar besteira e manter a serenidade diante da larga vantagem conquistada. Para Dr. Nena retomar o crescimento é preciso sepultar os discurso das velhas raposas, já que isso é uma grande contradição aja visto que ele e Augusto César são de fato velhas raposas, e conquistar novos aliados, isso significa originar o discurso e a campanha.

No caso de Victor é preciso distinguir o que é marola e o que é onda. Para que sua campanha vire onda se faz necessário a construção de um conteúdo e não somente uma imagem. Não basta ser apenas o neto de Inocêncio Oliveira ou um jovem que abandonou um projeto de vida na Europa ou São Paulo para vir morar em Serra Talhada. É preciso transformar a palavra mudança em algo acessível e compreensível, não às pessoas mais carentes, mas principalmente aos formadores de opinião e aos jovens, certamente os seguimentos chaves dessas eleições, já que eles propagam de forma direta ou indireta as informações que recebem.

Um forte abraço e até a próxima!
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PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM: ENFERMAGEM poderá ganhar novo direito no STF em estado; veja últimas notícias do PISO ENFERMAGEM

Do Jc Ne10 O   piso salarial da enfermagem   continua suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde a definição do ministro Luís Robert...