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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A história da fuga contada por Vilmar - Jornal do Commércio - 18.11.1975

Por Paulo César Gomes




A HISTÓRIA DA FUGA CONTADA POR VILMAR


Jornal do Commércio, 18 de novembro 1975.
“Quando soube, terça-feira, que o capitão Ferreira (capitão José Ferreira dos Anjos, que o capturou há 4 meses), ia embora de Serra Talhada, e depois de saber também que havia ameaças de mortes por parte de meus inimigos, procurei fugir. Fugi de meus inimigos, não fugi da justiça. Porque se eu quisesse ir embora de vez, eu não deixava minhas coisas e meus documentos dentro da cela, como deixei” – foram as primeiras palavras de “Vimar Gaia”, cabisbaixo, iluminado apenas à luz de faróis de três carros. Sua voz era baixa, calma, uma característica muito sua.
Ele relatou que, logo na terça-feira, ao saber da transferência do capitão Ferreira (que pelo modo humano como o vem tratando já se constituiu num dos seus melhores amigos), pensou em fugir. “Pedi uma chave de fenda para consertar o ventilador do meu quarto. Consegui distrair os soldados e fiquei com ela. Com auxilio de uma radiola (presenteada ao pistoleiro por uma moça que ainda não foi identificada), onde botei discos na altura máxima, de vez em quando ia ao banheiro, que tem uma parede protetora e começava a cavar devagarinho”.
Foi um trabalho paciente, deslocando a areia que fica entre os tijolos, até que eles ficaram soltos e puderam ser removido à mão na madrugada, ele tinha concluído o paciente trabalho e passado pela abertura que fizera na parede de 30 centímetros de espessura. Do outro Aldo, um carro não identificado levou-o para uma fazenda, na localidade de Altinho, a 39 quilômetros de Serra Talhada.

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