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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Adolescência: período de transformações

A adolescência é o período da vida em que ocorrem as transformações mais aparentes no corpo, em razão das alterações hormonais.

Inicia-se por volta dos dez ou onze anos de idade, tendo as meninas o acontecimento da primeira menstruação ou menarca, o aumento dos pelos vaginais e o crescimento dos seios.

Nos meninos acontece a alteração da tonalidade da voz, o aumento dos pelos pubianos e o crescimento do pênis, que passa a ter ereção e ejaculação.

Segundo D’Andrea, a adolescência é dividida em três fases:

- a pré-puberdade, quando o desenvolvimento físico se acelera e busca maior proximidade com os adultos. O lado emocional é muito confuso, com oscilações de sentimentos como ódio e amor, na busca de identificar-se;

- a puberdade, que se inicia por volta dos treze anos, é marcada pela maturidade dos órgãos reprodutores;

- e a pós-puberdade, entre os quinze e vinte anos, fase em que deve demonstrar responsabilidade diante das cobranças do meio social, como a escolha profissional, estruturar as relações com o sexo oposto e a formação da identidade, necessitando cada vez menos da ajuda intelectual dos adultos.



Busca da liberdade de expressão e de sentimentos

Normalmente os adolescentes buscam grupos de amigos que tenham os mesmos interesses, os mesmos gostos e desejos, a fim de uma identificação menos conflitante e mais amigável.

Nessa etapa da vida é comum tentar se afastar da família, pois essa já não lhes satisfaz em relação aos interesses sociais.

Os pais, não aceitando a busca da liberdade, muitas vezes tomam atitudes autoritárias, que os afastam ainda mais do grupo familiar. Outra atitude errada, normalmente tomada pelas mães, é o fato de não aceitar o crescimento do filho, achando que ainda é criança e tratando-o como tal. Essa atitude também o leva a afastar-se, pois nessa idade já não quer mais ser considerado criança.

Numa fase de tantas transformações, é importante que haja amizade e muito diálogo no convívio familiar e que os pais tentem amenizar os conflitos vividos, sendo mais flexíveis e compreensivos.

Por Jussara de Barros

Graduada em Pedagogia

Equipe Brasil Escola

terça-feira, 10 de setembro de 2013

PROTESTO: Movimentos denunciam governo de Pernambuco à Anistia Internacional

Representantes de três movimentos populares anunciaram, nesta segunda-feira (9), que vão entrar com denúncia em dois órgãos internacionais contra o governo de Pernambuco.  

Nove pessoas acabaram detidas e os movimentos afirma que houve violação de direitos humanos por parte da PM. De acordo com os organizadores da Resistência Pernambucana, da Frente Independente Popular de Pernambuco e da Frente de Luta Pelo Transporte Público, para embasar a denúncia, serão reunidos documentos, vídeos feitos pela imprensa, fotos de manifestantes e depoimentos de estudantes mostrando a ação policial nas recentes manifestações no estado.

“Estamos vendo uma dura repressão aos movimentos sociais em Pernambuco e assistindo uma ofensiva do governo Eduardo Campos, como a censura, a perseguição política. Vamos fazer esses procedimentos para o estado entrar no banco dos réus dos violadores dos direitos humanos”, comentou Pedro Joseph, integrante da Frente de Luta Pelo Transporte Público.

Uma das advogadas voluntárias dos movimentos populares, Noelia Brito, também reforçou a tese de que alguns integrantes estão sendo perseguidos e intimidados. Ele citou como exemplo a prisão do estudante Cristiano Vasconcelos, que teria sido detido no sábado mesmo estando sem máscara e sem cometer nenhum delito.

“Estamos muito preocupados com o rumo que se está tomando, num estado ditatorial fingindo ser democrático. Esses jovens são prova da insatisfação, um reflexo do que acontece todos os dias. Eles estão escolhendo a dedo as pessoas que serão presas”, destacou Noelia Brito.

Representante do grupo Resistência Pernambucana, Cristiano disse que vai entrar com uma ação no Ministério Público contra o governo. “Fui humilhado, tratado com bandido, mesmo sem estar fazendo nada de errado, nada ilícito”.

Do G1 Pernambuco

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pensamento do dia




Ocultação de Vênus pela Lua foi o destaque da noite do domingo 08 de setembro

E, pela     A combinação das translações de Vênus e da Terra ao redor do Sol e da translação da Lua ao redor da Terra, deixou a sensação de que Vênus desceu um pouco mais rápido, ultrapassando a Lua, chegando a passar bem "coladinho" nela por volta das 19h30min. Em alguns locais, em função da latitude/longitude,   observadores  privilegiados poderam ver a   Lua ocultando o planeta   Vênus que, literalmente,   vai passau por trás do disco lunar,  desaparecendo e reaparecendo logo depois

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domingo, 8 de setembro de 2013

OPINIÃO: O PT de ST atualmente é refém do Carlismo e vive como um barco a deriva

Por Paulo César Gomes, professor e escritor, filiado ao Partido dos Trabalhadores

O Partido dos Trabalhadores chegou ao poder em Serra Talhada não em função do seu discurso, do seu programa de governo ou do seu capital eleitoral, mas em função da “benção” do ex-prefeito Carlos Evandro. Porém, quase dois anos depois da filiação do atual prefeito Luciano Duque ao PT, a legenda vive como “um barco a deriva”, sem iniciativa, sem personalidade, sem nenhum poder de mobilização, sem nenhuma bandeira política a ser defendida, sem discutir com os movimentos sociais, e o pior! Virou refém do “carlismo”.
 
É inegável que o ex-prefeito Carlos Evandro ainda exerce grande poder sobre a gestão petista, coisa que o partido não tem. Mas o que o levou o PT a essa situação? Simples, o partido não fez ao critica política ao governo Carlos Evandro quando da filiação de Luciano. Ao invés de discutir questões política preferiu aceitar a filiação sem impor nenhuma condição, sem ao menos fazer um balaço político. O resultado disso é que o PT e o seus dirigentes locais foram “escanteados” da campanha municipal, assim como vem sendo nas discussões mais importantes do governo municipal.
 
O candidato do prefeito a deputado estadual já está decidido, é Carlos Evandro. Mas o correto não seria ser Manoel Santos? Cadê a tal história da fidelidade partidária? Antigamente a coisa erra diferente; quem não votasse não nos candidatos da legenda seria expulso sumariamente.
 
Uma das maiores provas da crise de identidade que vive o PT é a sua indecisão em se posicionar sobre o aumento da alíquota doIPPST, o prefeito é a favo e o vereador Sinézio Rodrigues é contra. Mas nem tudo está perdido para o partido de Lula, pois muita coisa ainda vai acontecer até as eleições de 2014. No entanto, para que o PT volte a ser PT, é preciso que entre outras coisas o prefeito rompa politicamente com Carlos Evandro. Dessa forma o PT teria mais visibilidade e espaço na gestão para mostrar o seu programa de governo que vem sendo elaborado desde 1996, e que atualmente não passa de um amontoado de papel.
 

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima !
 
 
Publicado no site Farol de Noticias de Serra Talhada, em 08 de setembro de 2013.

sábado, 7 de setembro de 2013

O Black Bloc e a resposta à violência policial

André Takahasi
O Black Bloc não é uma organização e sim uma forma de protesto estética baseada na depredação dos símbolos do estado e do capitalismo
Durante o mês de junho as manifestações massivas contra o aumento das tarifas fizeram emergir novas dinâmicas no cenário político brasileiro, uma renovação da organização social que questiona os limites legais do status quo. A inovação e o choque desse outono de 2013 aconteceram porque a desobediência civil - tática histórica de movimentos contestatórios - teve uma aceitação popular jamais vista no Brasil desde a proclamação da república (sempre é bom lembrar que a proclamação da república foi uma quebra da institucionalidade).
Surgiram alternativas de luta, cada qual com suas táticas. A ação direta não violenta das multidões veio em Porto Alegre no levante contra o aumento das tarifas, reforçado pelo Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo. Foram bloqueios de vias, abertura de catracas, escrachos (denúncia públicas de pessoas acusadas de violações de direitos, como ex-agentes da ditadura) e ocupações de prédios públicos.
São ações questionadoras da ordem que, em muitas ocasiões, despertam resposta violenta da polícia e tentativas de criminalização por parte da grande mídia. Ao mesmo tempo, essas ações se colocam diretamente contra o Estado e os efeitos da exclusão econômica, partindo sem intermediários para a disputa do modelo de sociedade.
Black Bloc. Paralelo a essa estratégia - e independente do MPL e congêneres - se manifestou nesse período a tática do Black Bloc, em grande parte como resposta à violência policial. O Black Bloc é composto por pequenos grupos de afinidade, muitas vezes feitos na hora, que atuam de forma independente dentro das manifestações. Mas, ao contrário do MPL, o Black Bloc não é uma organização ou coletivo e sim uma ideia, uma tática de autodefesa contra a violência policial, além de forma de protesto estética baseada na depredação dos símbolos do estado e do capitalismo. A dinâmica Black Bloc lembra mais uma rede descentralizada como o Anonymous do que um movimento orgânico e coeso.
Utilizada primeiramente pelos movimentos autonomistas da Itália e da Alemanha, é muito presente na Europa e EUA, e mais recentemente nos países árabes, mas nunca havia encontrado condições para se desenvolver em solo brasileiro.
O primeiro sinal de propaganda Black Bloc no país ocorreu no início dos anos 2000, durante o surgimento do movimento anticapitalista global (antiglobalização), mas foi descartado pelos ativistas autônomos da época por avaliarem a ação direta não violenta, manifestada principalmente nos protestos contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), estrategicamente melhor para o cenário brasileiro. Anos depois essa opção pela ação direta não violenta combinada com trabalho de base, organização horizontal e uso intensivo da internet influenciou a criação do MPL e outros movimentos autônomos, como a Bicicletada, o Centro de Mídia Independente e o Rizoma de Rádios Livres.
No entanto, a ideia do Black Bloc nunca morreu, manifestando-se em escala menor e de forma bem isolada em manifestações anteriores. Nada muito significativo ou mesmo duradouro, sendo impulsionado por elementos anônimos que não deram continuidade à sua atuação. Mas a ideia estava lá, sempre lá, e na primeira oportunidade se manifestava em algum canto do País, geralmente como recurso para a autodefesa.
Violência policial e autodefesa. Em junho o cenário de manifestações criou um ambiente favorável para o florescimento do Black Bloc brasileiro na sua forma de autodefesa. Em diversas capitais as mobilizações extrapolaram a capacidade organizativa dos grupos e movimentos que as desencadearam, criando movimentos multicêntricos onde cabem diversas estratégias, táticas e narrativas mobilizadoras. Como na maioria das cidades esse crescimento veio pela solidariedade popular pós-repressão, é coerente afirmar que a violência policial foi o fermento da indignação que levou a população às ruas no auge das jornadas de junho; e serviu como justificativa moral, segundo seus defensores, para a disseminação descentralizada da tática Black Bloc.
Reações de autodefesa começaram a surgir no meio da massa de manifestantes, de forma cada vez mais organizada. No Rio de Janeiro, devido à intensidade da repressão e às condições geográficas e sociais da cidade, que aproximam bairro e favela, jovem de classe média e jovem da periferia, a intensidade da repressão policial e da resposta dos manifestantes foi maior.
Apoio aos irmãos cariocas. Recentemente, na sexta-feira 26 de julho, houve um ato na avenida Paulista denominado "Ato em apoio aos irmãos cariocas versão sem pelegos". Esse ato pode ser considerado um ponto de virada na narrativa do Black Bloc brasileiro. Pela primeira vez a ideia e a tática se manifestaram em sua plenitude na forma da manifestação direcionada para a destruição de propriedades privadas e públicas. Cerca de 300 pessoas percorreram o trajeto do Masp até a 23 de Maio destruindo bancos, bases policiais e veículos da mídia hegemônica. A polícia acompanhou a movimentação de longe, alegando esperar o reforço da Força Tática para iniciar a dispersão do ato.
Na terça-feira 30, o ato chamado pelo Facebook, reuniu manifestantes contrários ao governador paulista, Geraldo Alckmin, e ao governo de Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. Alguns manifestantes picharam paredes, quebraram o vidro de uma concessionária e de agências bancárias na região. A Força Tática e a tropa de Choque da Polícia Militar seguiram atrás dos manifestantes.
A retomada da polícia já havia sido prometida na página da Secretaria de Segurança Pública na internet, com o órgão dizendo que a PM agiria “com a energia necessária para evitar atos criminosos,” após agências bancárias e bases policiais terem sido danificadas na avenida Paulista na última sexta-feira. Com a ação de 220 oficiais, segundo a própria corporação, foram detidos 20 manifestantes. Destes, cinco ainda continuam presos por suspeita de formação de quadrilha, resistência à prisão, desacato e dano ao patrimônio público.
Os protestos recentes e especificamente as manifestações Black Bloc têm sido usados como pretexto para pautar soluções repressoras. A mídia tem feito o trabalho de recortar as imagens de depredação e confronto sem o mínimo de contextualização, imprimindo a narrativa que melhor lhe convém, e muitas vezes criminalizando pessoas não envolvidas nos confrontos. Do outro lado, iniciativas midialivristas e os demais veículos de esquerda têm trazido outros pontos de vista sobre a questão, forçando uma pequena mudança na linha editorial dos meios hegemônicos como demonstrou o caso do ativista carioca Bruno, incriminado injustamente de ter atirado molotovs na polícia.
Vale nos questionarmos como o Black Bloc vai impactar na disputa de imaginário da sociedade e como o estado e os demais movimentos vão lidar com essa novidade política. Com a expansão dessa tática será possível realizar novas ações diretas não violentas de multidão, convocadas pela internet, sem essas terminarem, necessariamente, em confronto físico?
Como diferenciar o Black Bloc do agente provocador infiltrado, que está na manifestação apenas para criar fatos que justifiquem a repressão? A suspeita sobre os P2 levanta outra questão: até que ponto a violência por parte dos manifestantes serve aos interesses de determinado governo?
Cada caso é um caso, e só nos resta avaliar cada conjuntura com lucidez, a fim de que não sejamos levados a tomar opinião direcionados por interesses ocultos. Formação política, clareza dos objetivos e capacidade de análise de conjuntura serão dos fatores determinantes para o futuro da ação direta urbana no Brasil, seja ela violenta ou não violenta.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Fotos do projeto Viajando Pela História de Serra Talhada - Escola Antonio Timóteo

Projeto idealizado pelo professor Paulo César com a participação das turmas do Ensino
 
 Médio do turno da manhã e tarde. O evento teve stands e palestras com o professor Miguel
 
 Leonardo sobre o meio ambiente e a cidade de Serra Talhada e com o jornalista Geovanni
 
 Sá.
 
 
Fotos: Professora Penha Barros
 
 























terça-feira, 3 de setembro de 2013

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

VIAGEM AO PASSADO: Antes do bisturi e de ser deputado… Inocêncio foi jogador de futebol

Por Paulo César Gomes, escritor, professor e historiador serratalhadense
 
Inocêncio  com a camisa da seleção de Serra Talhada em um jogo contra a seleção de Petrolândia (1954)
 
O futebol no interior de Pernambuco começou a ser difundido em meados de 1920 e rapidamente se alastrou pelos grotões sertanejos. Segundo o pesquisador e historiador Luiz Lorena, o futebol em Serra Talhada começou a ser praticado na década de 30, os dois primeiros times amadores foram criados em 1933, o time do Mocidade, que era dirigido pelo Luiz Gomes de Sá, e o Vila Bela, dirigido por João Jurubeba.
Entre as curiosidades que envolvem o futebol amador na cidade está a marcante passagem do nosso deputado federal Inocêncio Oliveira, que na década de 50 desfilou o seu futebol pelos gramados de Serra Talhada e região. O deputado vestiu a camisa do Atlético Clube Serratalhadense, que era dirigido por Damião Rumão.
No Atlético Clube Inocêncio jogou ao lado do irmão Antônio de Micena, além de outros do nome da história política de Serra Talhada, os ex-prefeitos Tião Oliveira, irmão do deputado, e Nildo Pereira. Nildo Pereira jogou também pelo Comercial na década de 60 ao lado de Paulo Moura que na época era um jovemtalento. O ex-prefeito foi o responsável pela construção do estádio “O Pereirão”, uma obra que se tornou um marco na história do esporte do município.
O Inocêncio Oliveira iniciou sua carreira esportista ainda garoto, com 16 anos vestiu a camisa da seleção local. O parlamentar abandou o esporte em 1958 quando foi embora para o Recife para estudar medicina na Faculdade na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Após concluir o curso ele exerceu a profissão até 1974 como cirurgião-chefe do Hospital Agamenon Magalhães em Recife. Em 1975 ele assumiu o mandato de deputado federal e desde então não voltou mais a ser envolver com o futebol.  A única dúvida que fica é se os problemas constantes no joelho de Inocêncio são consequência de suas peripécias com a bola nos pés.
 
 
Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!
 
 
Atlético Clube Serratalhadense (1957)
Em pé: Nildo Pereira, Raimundo de Gedeão, Antônio de Micena, Tião Oliveira, Inocêncio Oliveira, Vincente Bola Sete, Lelinha Agachados: Citonho Macineiro, Aragão, Edmilson Lima, Assis de Florentino, Luiz Leite.
 
Time do Comercial: Em pé:o terceiro da esquerda para direita é Nildo Pereira. O primeiro agachado da esquerda para direita é Paulo Moura.
 
Publicado no site Farol de Noticias de Serra Talhada, em 01 de setembro de 2013.

sábado, 31 de agosto de 2013

Por Paulo César Gomes, escritor e professor serratalhadense
 
“’Ricardinho’,'Cardim’,‘Cabeção’… Eram alguns dos apelidos criados pelos amigos para “tirar onda” de Ricardo Henrique Araújo Rocha, ou simplesmente, Ricardo Rocha. Ele era o que podemos definir nos dias atuais como “o cara”, já que os familiares e amigos o descrevem como um sujeito alegre e parceiro para todas às horas. Ele nasceu na cidade de Salgueiro, em 29 de novembro de 1969, filho de Alípio Rocha de Olímpio e Maria Juracy de Araújo Rocha. Era o quinto filho, sendo o caçula do primeiro casamento de dona Juracy.
Aos sete anos perdeu o seu pai, fato que o deixou com muitos traumas psicológicos. Ainda durante a infância foi acometido de uma meningite; em função da gravidade da doença ele acabou ficando em estado de coma por alguns dias. Na oportunidade, os médicos avisaram à sua mãe que ele não passaria dos 15 anos de idade, em virtude das sequelas que a doença iria deixar. Em 1981 a sua família muda-se para Serra Talhada, cidade pela qual desenvolveu uma intensa paixão, ao ponto de se definir como um “serragueiro”.
Pouco tempo depois da chegada, conheceu Camilo Melo, o seu grande parceiro musical e amigo. Juntos eles fundaram a banda D.Gritos, que ao longo de oito anos revolucionou a música do interior de Pernambuco, e que reuniu talentosos músicos como Jorge Stanley, Paulo Rastafári, Gisleno Sá, Noroba, Nilsinho, Toinho Harmonia, Derivan Calado, Edésio Espedito, Doda, Eltinho e César Rasec. Estudou no Colégio Municipal Cônego Tôrres e tocou na tradicional banda marcial daquele educandário. Casou-se com Célia Rocha e com ele tive dois filhos: Jéssica e Julian Richard.
Ricardo era uma pessoa irrequieta, cheia de questionamentos e posições políticas avançadas para a época. No entanto, a sua aventura na política não foi bem sucedida. Nas eleições municipais 1988, ele foi candidato a vereador pela chapa que era encabeçada pelo atual prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque. A morte prematura de Ricardo nos primeiros minutos de 1993, quando sofreu um infarto no miocárdio em função de uma descarga elétrica, o impediu de mostrar o seu talento por completo.
A forma como se deu a sua morte fez com que o seu trabalho não fosse visto com a intensidade e o respeito que ele merecia, uma prova disso é que em Serra Talhada não existe nenhum prédio público, avenida ou rua com o seu nome. Esse descaso com que é tratada a imagem de Ricardo Rocha é motivo de indignação, pois ele foi um grande músico, compositor, arranjador, poeta e ator. Era um artista completo.
Porém, mesmo diante das adversidades, a força do seu legado ainda resistente ao tempo, e mesmo 20 anos após a sua morte, as suas composições ainda são lembradas por amigos, fãs e admiradores, uma prova de Ricardo Rocha vive! Fruto do que construiu em sua curta passagem por essa dimensão: a sua família, os seus amigos, as suas músicas e a banda D.Gritos!”

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!
 
“Quando vou gritar ‘eu sou mais eu’? Será que de mim o mundo se esqueceu? Quando é que viu falar ‘eu venci’?  Vai chegar a minha vez. Eu não vou desistir!” - Ricardo Rocha.
 
Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 30 de agosto de 2013.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Resumo sobre o fim da Guerra Fria


A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de 1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na sequência deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha (Ocidental com Oriental).

Podemos afirmar que a crise nos países socialistas funcionou como um catalisador do fim da Guerra Fria. Os países do bloco socialistas, incluindo a União Soviética, passavam por uma grave crise econômica na década de 1980. A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de produtos causaram uma grave crise econômica. A falta de democracia também gerava uma grande insatisfação popular.

No começo da década de 1990, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev começou a implementar a Glasnost (reformas políticas priorizando a liberdade) e a Perestroika (reestruturação econômica). A União Soviética estava pronta para deixar o socialismo, ruma a economia de mercado capitalista, com mais abertura política e democrática. Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética foram retomando sua independência política. Futuros acordos militares entre Estados Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo de desarmamento nuclear.

Na década de 1990, sem a pressão soviética, os outros países socialistas (Polônia, Hungria, Romênia, Bulgária, entre outros) também foram implementando mudanças políticas e econômica no sentido do retorno da democracia e engajamento na economia de mercado.

Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas.
 

 

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...