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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Coronavírus: o que sabemos e o que esperar da nova infecção respiratória

Fonte:https://saude.abril.com.br/
Um novo vírus que ataca o sistema respiratório e se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência internacional. Ele pertence à família dos coronavírus, um grupo que reúne desde agentes infecciosos que provocam sintomas de resfriado até outros com manifestações mais graves, como os causadores da Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).
“Falamos de uma ampla família de vírus, que acometem praticamente todas as espécies, de répteis a mamíferos”, contextualiza o infectologista Celso Granato, do Fleury Medicina e Saúde. De acordo com as investigações ainda em andamento, o novo coronavírus, que infectou mais de 59 mil pessoas e matou pelo menos mil até o momento, pode ter origem em serpentes ou morcegos — inclusive se especula que a ingestão de um desses animais teria originado o surto. Apesar de um estudo chinês ter encontrado uma relação do novo coronavírus com cobras, não existe consenso entre os cientistas sobre a origem da doença. Muitos apostam que outro animal possa estar envolvido com o início do problema na China.

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O fato é que coronavírus diferentes podem sofrer mutações e se recombinar, dando origem a agentes inéditos. Pulando entre espécies animais (os hospedeiros), eles eventualmente chegam aos seres humanos. “É um processo que tem semelhanças com o que acontece na gripe. Na gripe suína, um porco pegou o vírus de aves e, na recombinação de vírus diferentes dentro do animal, surgiu um H1N1 que conseguiu passar para os seres humanos“, explica Granato.
Tudo leva a crer que o novo coronavírus tenha sido originalmente transmitido para o ser humano de um animal e ainda em esteja em processo de evolução e adaptação. “Embora a transmissão de uma pessoa para outra já tenha sido detectada, até agora não está clara a importância da transmissão interhumana”, diz a infectologista Lígia Pierrotti, do laboratório Delboni Auriemo
Seguindo o padrão dos coronavírus e a perspectiva de o agente aperfeiçoar sua propagação entre os humanos, existem algumas vias principais de transmissão. De acordo com o pneumologista Elie Fiss, professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, os coronavírus normalmente são transmitidos pelo ar, por meio de tosse ou espirro, contato pessoal próximo ou com objetos e superfícies contaminadas.

O que o novo coronavírus faz e quais seus sintomas?

Pesquisadores e autoridades de saúde estão mobilizados em entender melhor o comportamento desse agente infeccioso e evitar sua disseminação geral. Além do alerta da OMS, o Brasil e outras nações deram início a um plano de vigilância e contenção de casos suspeitos — por ora não há episódios confirmados por aqui.
Mas falamos de um vírus perigoso? O número de vítimas na China fez soar o alerta, sobretudo para o risco de pneumonia e insuficiência respiratória em pessoas mais velhas e que já tenham outras doenças.
“O novo coronavírus causa, em geral, sintomas respiratórios mais leves que os da Sars e da Mers e os sinais clínicos mais referidos são febre e tosse. Até o momento, a letalidade também é menor que a associada a Sars e Mers“, relata Lígia. Um estudo com uma família infectada pelo novo coronavírus sugere que é possível que ele permaneça no corpo sem manifestar sintomas. Isso dificultaria o controle, uma vez que esse agente infeccioso poderia ser transmitido por pessoas aparentemente saudáveis.
O professor Elie Fiss conta que a Sars é uma condição causada por um coronavírus diferente cujos primeiros relatos surgiram também na China em 2002. “Ela se disseminou rapidamente por mais de 12 países na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, infectando mais de 8 mil pessoas e causando em torno de 800 mortes antes de a epidemia ser controlada em 2003”, lembra o pneumologista.
Em 2012, por sua vez, outro coronavírus espalhou o terror na Ásia. Esse foi identificado inicialmente na Arábia Saudita e se alastrou pelo Oriente Médio, afetando pessoas que circularam pela região. Provocava um colapso respiratório e ganhou o noticiário com a sigla Mers.
Tanto o vírus da Sars quanto o da Mers parecem mais mortais que o novo coronavírus de Wuhan. Segundo Lígia, a letalidade chega a 10% dos casos na Sars e a 40% nos episódios de Mers.
De acordo com Fiss, a maioria dos óbitos ligados ao atual coronavírus têm acontecido em indivíduos que já possuíam doenças associadas.
A atenção da OMS e das autoridades não é em vão. Celso Granato explica que possivelmente o vírus ainda se encontra em processo de mutação e nosso organismo não tem mecanismos de defesa para combatê-lo adequadamente. Na ausência de uma vacina ou de um tratamento específico, o melhor conselho é evitá-lo mesmo.

Como se proteger?

Para os brasileiros, cabe frisar: a maioria dos casos da doença tem relação direta com os territórios chineses acometidos, que inclusive foram isolados. Alemanha, Japão e Vietnã foram as primeiras nações além da China a apresentar casos autóctones — ou seja, transmitidos dentro dos próprios países.
Por aqui, um episódio suspeito em Belo Horizonte já foi investigado e o veredicto é que não se tratava do problema. Outros casos seguem em investigação pelo Ministério da Saúde.
“Pessoas que apresentam sintomas respiratórios e não tenham passagem por essas áreas de circulação do vírus nem contato com casos suspeitos ou confirmados não precisam se preocupar”, tranquiliza Lígia.
A primeira medida de prevenção é evitar viajar a Wuhan e região, bem como a cidades que possam vir a alojar surtos. Se inevitável, os médicos Elie Fiss e Celso Granato aconselham algumas medidas básicas de proteção, que inclusive se aplicam a outros agentes infecciosos transmitidos pelo ar e por gotículas de saliva:
  • Evite aglomerações e contato próximo com outras pessoas
  • Cubra o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar (e descarte o material em local adequado)
  • Lave as mãos a cada duas horas e principalmente após passar por estabelecimentos ou transportes públicos
  • Procure não tocar olhos, nariz e boca
  • Não compartilhe copos, toalhas e objetos de uso pessoal
  • Dependendo do local, compre e use máscaras que cobrem boca e nariz

Uma breve linha do tempo sobre o novo coronavírus

  • Dezembro de 2019: uma doença ainda misteriosa aparece em Wuhan, na China, e começa a preocupar as autoridades locais.
  • 8 de janeiro: pesquisas comprovam que o agente causador da condição era um novo coronavirus:
  • 16 de janeiro: A OMS confirma os primeiros casos no Japão e na Tailândia. Os indivíduos acometidos tinham viajado para Wuhan nos dias anteriores.
The 🇯🇵Japanese Ministry of Health, Labour and Welfare @MHLWitter, today informed WHO of a confirmed case of a novel (2019-nCoV) in a person who travelled to , 🇨🇳
http://  
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  • 17 de janeiro: Aeroportos americanos passam a realizar exames de triagem para evitar a entrada do vírus no país. Alguns dias depois, um caso é confirmado por lá, na cidade de Seattle.
  • 22 de janeiro: A Secretaria de Saúde de Minas Gerais notifica um caso suspeito em Belo Horizonte. Logo a informação é descartada pelo Ministério da Saúde. Na China, autoridades decidem fechar todos os meios de transporte (avião, trem e ônibus) em três províncias, afetando 20 milhões de pessoas.
Public such as bus, subway, ferry and long-distance bus in Wuhan will be temporarily closed since 10am Thursday. All flights and trains departed from will be temporarily cancelled to reduce risk of spread of the new virus, local govt says.
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  • 23 de janeiro: Comitê de Emergência da OMS decide não declarar o coronavirus como uma ameaça de saúde pública internacional. O principal motivo para isso é o fato de os casos estarem restritos à China.
The Emergency Committee on the new (2019-nCoV) considered that it is still too early to declare a public health emergency of international concern given its restrictive and binary nature
The Emergency Committee on the new (2019-nCoV) urged to support ongoing efforts through a WHO international multidisciplinary mission, including national experts
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  • 2 de fevereiro: após apelo em vídeo de brasileiros que moram Wuhan, na China, Governo Federal decide trazer cidadãos de volta ao país. A discussão está em como mantê-los em quarentena e como será realizado esse esquema.

Um mapa em tempo real

A Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, criou um site com atualizações diárias sobre o coronavirus. Os dados vêm da OMS, do Centro de Controle de Controle e Prevenção de Doenças (EUA) e das autoridades sanitárias dos países com casos confirmados. Confira abaixo:

Veja também

Modelo de Rese - Direito Processual Penal

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da  Vara Única do Júri da Comarca de __- __
(espaço de 10 linhas)
 Autos do processo nº: 710-49.2017
(espaço de 10 linhas)
 xxxxxxxxxxxxxxxx, já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio seu advogado que esta subscreve, inconformado com a r. decisão, que o pronunciou, vem, respeitosamente, dentro do prazo legal, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no art. 581, inciso IV, do CPP.
 Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda que deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça com as inclusas razões. Nesses Termos, Pede Deferimento. Local, dia de mês de ano. ADVOGADO
OAB/UF xxxx.x
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 RECORRENTE: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
RECORRIDA: Justiça Pública de ___ - ___
 Autos do processo nº 710-49.2017
 Egrégio Tribunal,
Douto Procurador de Justiça,
Colenda Câmara,
  Em que pese o indiscutível saber jurídico do MM. juiz "a quo", impõe-se a reforma de respeitável sentença que pronunciou o Recorrente, pelas seguintes razões de fato e fundamentos a seguir expostas:
 Dos Fatos
O recorrente foi denunciado por porte irregular de arma de fogo de uso permitido, tipificado no artigo 12 da lei 10.826/03. A sentença esclareceu que seria atribuída a pena mínima ao delito que, sendo considerado contestável pelo autor, fora o feito por meio de apelação.
 Tal instrumento entretanto veio a ser improcedente dada a suposta tempestividade do auto ter sido desobedecida. Do Direito Define o artigo 593 do Código de Processo Penal em seu inciso I, que:
A condenação fora prolatada no dia ____ de Outubro de ____, e sua apelação, como consta nos autos, foi feita no dia 1 de Novembro do mesmo ano, estando esta obedecendo o prazo de cinco dias previsto em lei.
\u201cArt. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:    (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)         I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;\u201d
  \u201cAPELAÇÃO CRIMINAL - CONHECIMENTO - TEMPESTIVIDADE - EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE - PRESCRIÇÃO - INOCORRÊNCIA. 1. A apelação criminal que é interposta dentro do prazo legal de 05 (cinco) dias deve ser conhecida. 2. Não há extinção da punibilidade a ser decretada, se não transcorrido lapso temporal suficiente entre os marcos interruptivos.
 (TJ-MG - APR: 10348080047841001 MG, Relator: Eduardo Machado, Data de Julgamento: 24/09/2013, Câmaras Criminais / 5ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 30/09/2013)\u201d Do Pedido Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, impronunciando-se o Recorrente, como medida de Justiça.
OAB/UF nº XXXX.X
Bem como, junto deste recurso, que seja reconhecida a tempestividade e que a referida apelação seja apropriadamente julgada pelo magistrado.] Jardim, 9 de novembro de 2017. Nome do Advogado
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Direito: Reclusão, detenção e prisão simples


Revisão por Raphael Aviz
Bacharel em Direito pela Faculdade do Pará, Advogado e Mestrando em Direito dos Contratos e da Empresa pela Universidade do Minho (Portugal).

A principal diferença entre esses três sistemas de punição está no tipo de crime que foi cometido. Enquanto a reclusão é aplicada em condenações de crimes mais severos, a detenção se aplica em condenações mais leves. A prisão simples é utilizada em casos de contravenções e infrações de menor lesividade.
ReclusãoDetençãoPrisão simples
Quando é aplicadoEm casos de condenações mais severas.Condenações mais leves.Em infrações penais de menor lesividade.
Regime inicial fechadoAdmite.Não admite.Não admite.
Regimes aceitosFechado, semiaberto ou aberto.Semiaberto ou aberto.Semiaberto ou aberto.
Local de cumprimentoEstabelecimentos de segurança máxima ou média.Colônias agrícolas, industriais ou similares.Em casas de albergado ou estabelecimento adequado.
LeiLei nº 7.209/1984, Art. 33.Lei nº 7.209/1984, Art. 33.
Lei nº 3.688, Art. 6.
Exemplos de crimesHomicídio doloso, roubo, furto, tráfico de drogas, entre outros.Homicídio culposo, dano, lesão corporal culposa, etc.Ameaça, prática de jogos de azar, etc.

O que é reclusão?

Regime fechado
A reclusão é o tipo de regime utilizado em casos de condenação mais grave, como em crimes de homicídio, roubo, furto ou tráfico de drogas.
A premissa da reclusão é retirar a pessoa do convívio social. Geralmente, seu encarceramento acontece em presídios de segurança máxima ou média.
Apenas a detenção admite a possibilidade do condenado iniciar sua pena já em regime fechado. Também pode ser realizada em regime semiaberto ou aberto.
O que é detenção?
A detenção também é um tipo de pena privativa de liberdade, mas é aplicada em casos de crimes de menor gravidade.
Na detenção, o condenado não cumpre regime fechado de prisão em todo o prazo da sua pena, apenas regimes semiaberto ou aberto.
A pena do sujeito também não poderá ser iniciada no regime fechado. Geralmente, as penas de detenção são cumpridas em lugares alternativos, como colônias agrícolas, industriais ou de serviços.
Exemplos de crimes que levam à detenção como pena são o homicídio culposo, dano, lesão corporal culposa e vilipêndio a cadáver.

O que é prisão simples?

A prisão simples é utilizada em casos de infrações penais de menor lesividade, como a contravenção penal.
São consideradas contravenções penais as condutas ilícitas e irregulares de acordo com a lei brasileira, mas que não configuram atos muito lesivos para a sociedade. Por exemplo: casos de ameaças ou a prática de jogos de azar.
A prisão simples não admite regime fechado, apenas o semiaberto e aberto. Geralmente, as penas são cumpridas em casas de albergado ou estabelecimento adequado.
Em casos de regime semiaberto, os infratores devem ser mantidos em celas separadas de indivíduos que cumprem pena de reclusão e detenção.

Na palma da mão: 5 estilos de samba que você precisa conhecer!

Por Gustavo Morais (https://www.cifraclubnews.com.br) 
Considerado um dos elementos mais icônicos da cultura popular brasileira, o samba é uma dança e um estilo musical que surgiu no período colonial. Como chegou por aqui por meio das mentes e corações dos escravos africanos, o samba provém da fusão entre as culturas africana e brasileira.
Há algumas versões acerca da etimologia do termo “samba”. Uma delas diz que é originário de uma das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo, onde “sam” significa “dar”, e “ba” quer dizer “receber” ou “coisa que cai”. Existe também uma versão que diz que a palavra deriva da palavra semba, que significa umbigada.
tradição do samba começou em SP
Precursores do samba da Barra Funda, em São Paulo (Foto/Internet)
Em seus primórdios, como matrizes sonoras, o samba carregou traços das estruturas musicais europeias e africanas. Embora tenha tido forte presença no Maranhão, em Minas Gerais, em São Paulo e na Bahia, por exemplo, o samba ganhou um caráter singular a partir do momento em que começou a dialogar com estilos musicais populares entre os cariocas, como a polca, o maxixe, o lundu e o xote. Inclusive, o primeiro grande marco da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1916, no Rio de Janeiro, com o registro em disco da música Pelo Telefone, na voz de Donga, considerado o primeiro samba gravado no Brasil. A gravação contou com participação de João da BaianaPixinguinhaCaninhaSinhô, entre outros.
Donga, um dos principais personagens da história do samba (Foto/Internet)
Movimentos artísticos vêm e vão, mas o samba continua como um dos pilares mais fortes da cultura nacional. Por essas e outras, a nossa conversa de hoje é um panorama acerca de cinco dos vários estilos de samba. Na real, minha intenção é impulsionar os seus laços com a cultura brasileira ;)

1. Samba de roda

Com origens na Bahia, por volta de 1860, essa é a modalidade mais tradicional do samba. De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o samba de roda é patrimônio imaterial da cultura brasileira.
Samba de roda resiste
O samba de roda resistiu ao teste do tempo (Foto: IPHAN)
O samba de roda é estritamente ligado ao culto aos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está também presente na manifestação cultural por meio da viola, do pandeiro e do idioma cantado nas letras das canções. A música é associada a uma dança que, por sua vez, está ligada à capoeira. No que tange a parte instrumental, é tocada por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado principalmente por canções e palmas.
Felizmente, o samba de roda não foi vítima da urbanização e da modernização do samba. À sua maneira, ao longo dos dois últimos séculos, vários artistas mantêm acesa a chama dessa forma de samba.
Grandes representantes: Dona Edith do PratoDudu Nobre e Mariene de Castro.

2. Samba-canção

Surgiu no final da década de 1920, em meio aos processos de modernização do samba urbano do Rio de Janeiro. Naquele momento, o samba iniciava seu processo de gradual distanciamento do maxixe.
Nelson Gonçalves, ícone da música brasileira popluar
Nelson Gonçalves, o boêmio, também teve sua fase samba-canção (Foto/Internet)
O samba-canção possui um andamento moderado (o mais lento dentro das vertentes do moderno samba urbano) e tem um olhar mais elaborado sobre a melodia. As letras são centradas em temáticas de amor, solidão e a chamada “dor-de-cotovelo”, que hoje muitos entendem como “sofrência”.
Com a chegada da bossa nova, no final da década de 1950, o samba-canção perdeu um pouco do terreno dentro da música brasileira. Porém, sua importância está imortalizada em um acervo de obras que sempre são regravadas.
Grandes representantes: Noel RosaNelson Gonçalves, CartolaNelson Cavaquinho e Ataulfo Alves.

3. Samba-enredo

Também chamado samba de enredo, surgiu no Rio de janeiro, durante a década de 1950. Foi criado especificamente para os desfiles das escolas de samba no Carnaval. Tende a seguir temas sociais ou culturais, e conduz a coreografia e a cenografia que a escola apresenta durante o desfile.
Embora o primeiro samba-enredo gravado ter sido Exaltação a Tiradentes, pelo cantor Roberto Silva, com o título reduzido para Tiradentes, para o Carnaval de 1955, considera-se como primeiro samba-enredo da história a música que a Unidos da Tijuca cantou no desfile de 1933.
Mocidade indepéndente
Parte da equipe que conduz a parte musical de uma escola de samba (Foto: Internet)
Por mais que a maioria das escolas toquem um samba mais agitado, o sambinha calmo e/ou romântico também é bem-vindo! Como as escolas de samba tradicionalmente se apresentam com uma quantidade muito grande de componentes, em geral usam uma batida mais rápida para acelerar o movimento dos foliões na avenida e manter a harmonia do conjunto.
Grandes representantes: Silas de Oliveira, Neguinho de Beija-FlorPaulinho Mocidade e Mano Décio da Viola.

4. Partido-alto

Esse estilo surgiu no início do século XX, dentro dos processos de modernização do samba urbano do Rio de Janeiro. Segundo estudiosos, é a forma de samba que mais se aproxima da origem do batuque angolano, do Congo e regiões mais próximas.
 rainha do partido alto
Clementina de Jesus, a rainha do partido alto (Foto/Divulgação)
De acordo com a Enciclopédia da Música Brasileira, o partido-alto concilia formas antigas e modernas de samba, “desde os versos improvisados à tendência de estruturação em forma fixa de canção, e que era cultivado inicialmente apenas por velhos conhecedores dos segredos do samba-dança mais antigo”. Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes.
O partido-alto da década de 1970 serviu de embrião para o que viria a ser o pagode de raiz, um tipo de música direcionada por instrumentos como banjo e tantã.
Grandes representantes: DongaClementina de Jesus, CandeiaMartinho da Vila e Zeca Pagodinho.

5. Samba-joia

Trata-se de um termo cunhado por alguns críticos musicais, na década de 1970, para designar um tipo de samba supostamente de qualidade duvidosa. Também chamado de “sambão”, o estilo é caracterizado por reunir elementos de samba, soul music, bolero e jovem guarda.
O que pouco se comenta, no entanto, é que essa vertente do samba abriu portas para uma geração de artistas que foi muito bem recebida por pessoas das mais variadas classes sociais. A turma do sambão, inclusive, recolocou o estilo nas principais emissoras de rádio e TV do país, sendo responsáveis por vendas expressivas do gênero na década de 1970.
Luiz Ayrão, cantor e compositor
Luiz Ayrão, autêntico bamba do samba-joia (Foto/Divulgação)
Passadas mais de quatro décadas, o samba-joia permanece discriminado no meio acadêmico. Alguns estudiosos, inclusive, colocam na conta do sambão o surgimento do pagode romântico da década de 90.
Grandes representantes: Benito Di PaulaWandoAgepê e Luiz Ayrão.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O que é História?

FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/


História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. Esse estudo, no entanto, não é feito de qualquer maneira, pois o historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados.
A palavra “história” tem origem no idioma grego e é oriunda do vocábulo “hístor”, que significa “aprendizado”, “sábio”. Sendo assim, faz referência ao conhecimento obtido a partir da investigação e do estudo. A importância da História está em seu papel de nortear o homem no espaço e no tempo, dando-lhe a possibilidade de compreender a própria realidade.
O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. O historiador Marc Bloch, por exemplo, considera que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados, mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo|1|. Outros entendem como o estudo das transformações na sociedade humana ao longo do tempo.
Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas. O historiador não deve glorificar ou demonizar determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas as fontes que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu exercício.

Quando se iniciou a História?

O surgimento da História enquanto ciência e campo de estudo foi obra dos gregos antigosHeródoto é considerado o pai da História. Seu trabalho aconteceu por meio da sistematização dos eventos da história dos gregos e de outros povos da antiguidade, como os egípcios. Um dos eventos da história grega narrados por Heródoto foram as Guerras Médicas, conflito travado durante a invasão da Grécia pelos persas.
Tucídides foi o primeiro historiador a utilizar, de fato, um método de análise que permitisse reconstituir e formular uma análise a respeito de um acontecimento passado. Seu trabalho foi a respeito da Guerra do Peloponeso, conflito travado entre as cidades de Atenas e Esparta.

Periodização

Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para determinar o fim de um período e o começo de outro. O fim de um período, no entanto, não significava o registro de mudanças profundas imediatas, mas indicava, a partir daquele marco, o acontecimento de mudanças significativas com o passar do tempo.
Apesar de muitos historiadores questionarem a datação dos marcos de cada período, ela permanece em vigência e é utilizada como mecanismo para organizar o estudo da história e facilitar o ensino. Os períodos históricos são Pré-HistóriaIdade AntigaIdade MédiaIdade ModernaIdade Contemporânea.
  • Pré-História

Período que acompanha toda a evolução histórica do homem, partindo de seu surgimento e estendendo-se até o momento em que a primeira forma de escrita foi criada, por volta de 4000 a.C. A Pré-História acompanha todo o processo de desenvolvimento humano, desde a utilização da pedra e do metal para a produção de ferramentas até o processo de sedentarização.
  • Idade Antiga

Tem como ponto de partida a criação da primeira forma de escrita desenvolvida pelo homem: a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia.
Esse período estuda os acontecimentos que envolveram diferentes povos, como egípcios, sumérios, assíriospersashititas, gregos, romanos, etc. O marco do fim desse período é a queda do Império Romano do Ocidente, quando o último imperador romano foi destronado pelos hérulos, em 476 d.C.
  • Idade Média

Acompanha os eventos históricos do período que se estende de 476 a 1453. Seu marco inicial é o fim do Império Romano do Ocidente, e seu marco final é a queda de Constantinopla para os otomanos.
Nesse período, enfocam-se os fatos acontecidos na Europa com o surgimento do feudalismo e a formação de uma sociedade controlada pela Igreja Católica. Atualmente, o estudo desse período no Brasil tem expandido seu foco para estudos de outros povos, como árabes, povos asiáticos, africanos e pré-colombianos.
  • Idade Moderna

É um período mais curto o qual analisa os acontecimentos de 1453 a 1789, com destaque para o processo de colonização do continente americano. São ressaltadas também as diversas transformações que a Europa enfrentou com o surgimento de novas ideias durante o Renascimento e o Iluminismo.
O marco estipulado para o fim desse período é a Queda da Bastilha, evento que iniciou a Revolução Francesa, em 1789.
  • Idade Contemporânea

Período atual em que estamos inseridos. Acompanha acontecimentos do final do século XVIII até a os dias de hoje. Sendo assim, esse período engloba fatos que marcaram grandes transformações para a humanidade, como aqueles causados pelas revoluções industriais.

História Geral

A organização dos conteúdos de História em nosso país estipula uma divisão em História do Brasil e História Geral. Na História Geral, estão incorporados todos os assuntos de História relacionados com acontecimentos de outras localidades que não o Brasil, como aqueles relativos à História da América, à Idade Antiga e à Idade Média.
  • Exemplos de temas de História Geral

História do Brasil

Na História do Brasil, estão relacionados todos os assuntos referentes à história do país. Sendo assim, o estudo e o ensino de História do Brasil abordam acontecimentos que se passaram no espaço geográfico brasileiro ou que interferiram diretamente em nosso país.
Portanto, os povos pré-colombianos que habitavam o território que hoje corresponde ao Brasil antes da chegada dos portugueses fazem parte da história de nosso país. Isso é importante de ser mencionado porque muitas pessoas consideram que a história brasileira iniciou-se com a chegada dos portugueses, em 1500.
  • Exemplos de temas de História do Brasil

|1| BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 55.

Por Daniel Neves
Graduado em História

Geografia humana

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/

A ciência geográfica tem como principal objeto de estudo o espaço, que é organizado e modificado por meio das relações homem-natureza. Portanto, os elementos humanos e físicos estão diretamente relacionados e se interagem no processo de organização espacial.

Visando proporcionar maior praticidade para as pesquisas dos leitores, classificamos os artigos em Geografia Humana e Geografia Física. Entretanto, é importante ressaltar que essas duas vertentes não estão desvinculadas, e que essa divisão não prejudicou a análise crítica da configuração do espaço geográfico resultante das relações sociedade-meio.

Portanto, essa seção de Geografia Humana irá abordar artigos relacionados à população, distribuição populacional, composição étnica, globalização, relações econômicas, desigualdades socioeconômicas, transportes, fontes de energia, dentre outros assuntos pertinentes.

Diante da diversidade de temas que a Geografia Humana aborda, dividimos os textos em subseções. Sendo assim, os artigos estão classificados em:

- Meios de Transporte.
- Fontes de Energia.
- Acordos Internacionais.
- População.
- Países.
- Continentes.
- Migração.

Boa leitura!

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...