Em abril de 2003 os estudantes de Serra Talhada saíram às
ruas para pedir PAZ no mundo e para repudiar a invasão do Iraque pelas tropas
militares americanas e inglesas. O movimento foi organizado pela União dos
Estudantes de Serra Talhada – UEST e contou com a presença de mais de 6 mil
alunos das Escolas Cornélio Soares, Solidônio Leite, Irnério Ignácio, Pequeno Príncipe,
Irmã Elizabeth, Colégio Municipal Cônego Tôrres e Colégio de Aplicação. A
passeata foi coordenada por Paulo César, Emanuel Alexandre Vasconcelos,
Alexsandro Barros e Roberto Gomes.
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Georg Simmel
Georg Simmel
Filho de Edward Simmel e Flora Bodstein, Georg
Simmel foi o último dos sete filhos do casal com ascendência judia tanto pelo
lado do pai como da mãe.
Em 1874 Edward Simmel morre e Julius Friedländer,
amigo da família, torna-se tutor de Georg tendo-lhe, mais tarde, deixado uma
herança expressiva a qual lhe permitiu seguir a vida acadêmica.
Diplomou-se na Universidade de Berlim passando
pelos cursos de filosofia. Sua tese de doutorado, também em filosofia, levou o
título de A natureza da matéria segundo a monadologia física de Kant e
rendeu-lhe o título no ano de 1881.
Em 1885 foi designado como Privatdozent na
mesma Universidade de Berlim e ganhava apenas o que vinha das taxas pagas pelos
estudantes que se inscreviam em seus cursos. Em 1901, tornou-se ainda
"professor extraordinário", mas jamais foi incorporado de modo formal
e definitivo na academia berlinense.
Em 1890 casou-se com Gertrud Kinel, diplomada
também em Berlim, de família católica. Os dois não tiveram filhos.
Em 1912, ele foi nomeado professor em Estrasburgo,
então uma cidade que pertencia ao Império Germânico. No entanto, o autor morreu
em 1918, aos 60 anos de idade.
Sociologia (1908)
Muito antes do grande tratado sociológico de Max
Weber - Economia e Sociedade -, a Alemanha já conhecia o desenvolvimento
consistente de uma discussão epistemológica voltada para a determinação do
objeto, métodos e temas da ciência sociológica: reunindo diversos escritos
produzidos em momentos anteriores, Georg Simmel apresentou sua
"Soziologie" em 10 capítulos (e diversos outros excursos) no ano de
1908 e contribuiu decisivamente para a consolidação desta ciência na Alemanha.
Nesta obra, ele trata especificamente da sociologia
(Capítulo 1 - O problema da sociologia) e aprofunda a análise das formas de
sociação (objeto da sociologia), como a dominação (capítulo 3), o conflito
(capítulo 4), o segredo (capítulo 5), os círculos sociais (capítulo 6) e a
pobreza (capítulo 7). Ao mesmo tempo, reflete sobre os determinantes
quantitativos da vida social (capítulo 2), bem como sobre a relação entre a
vida grupal e a individualidade (capítulo 10).
Simmel desenvolveu a sociologia formal, ou das
formas sociais, influenciado pela filosofia kantiana (o neokantismo
era uma corrente muito forte na Alemanha da época) que distinguia a forma do
conteúdo dos objetos de estudo do conhecimento
humano. Tal distinção pretendia tornar possível o entendimento da vida social
já que no processo de sociação (Vergesellschaftung, termo que
cunhou para o estudo da sociologia) o invariante eram as formas em que os
indivíduos se agregavam e não os indivíduos em si.
Os processos qualitativos, no entanto, que assumiam
tais formas também deveriam ser estudados pela sociologia geral, subproduto da
formal, como a concebia Simmel. O autor não conferia aos grupos sociais
unidades hipostasiadas, supervalorizadas com relação ao indivíduo (um
distanciamento seu com relação a Durkheim, por exemplo). Antes via neste o
fundamento dos grupos, daí que as formas para Simmel constituem-se em um
processo de interação entre tais indivíduos, seja por aproximação, seja pelo
distanciamento, competição, subordinação, etc.
As principais formas de sociação estudadas por
Simmel em sua obra são:
·
a determinação quantitativa do grupo: investigação
entre o número de indivídos no seio das formas de vida coletiva, ou seja, o
modo como o aspecto quantitativo afeta o tipo de relação social existente.
Neste tópico, Simmel mostrou que estar isolado, em uma relação exclusiva entre
duas pessoas e, por fim, entre três, produz diferentes tipos de interação entre
as pessoas.
·
dominação e subordinação: as relações de poder não
são unilaterais e é preciso explicar como as formas de comando e obediência
estão relacionadas. Dentre os tipos de relação de poder, Simmel destacou a
obediência do grupo a um indivíduo, a dominação do grupo ou a dominação de
regras impessoais.
·
o conflito: os indivíduos vivem em relações de
cooperação, mas também de oposição, portanto, conflitos são parte mesma da
constituição da sociedade. Seriam momentos de crise, um intervalo entre dois
momentos de harmonia, vistos, portanto, numa função positiva de superação das
divergências. Influenciou assim as concepções do conflito presentes na obra de Lewys Coser e Ralf Dahrendorf.
·
pobreza: constitui um tipo de relação na qual o
indivíduo acha-se na dependência de outros, provocando, ao mesmo tempo, a
necessidade de assegurar o socorro social.
·
a individualidade: ela pode ser de dois tipos. Sua
forma quantitativa significa que todo indivíduo possui a mesma dignidade
formal, ou seja, são iguais entre si. Mas, do ponto de vista qualitativo, todos
procuram afirmar sua singularidade, sua personalidade, diferenciando-se dos
demais.
Assim, apesar do seu caráter fragmentado, o livro
"Sociologia" apresentou lançou as bases da orientação hermenêutica de
sociologia (depois retomada e aprofundada por Max Weber), bem como explorou
importantes temáticas da análise sociológica, como a questão do indivíduo e dos
grupos sociais. Muitos entendem que sua abordagem foi vital para o
desenvolvimento do que ficou conhecido como microssociologia, uma análise dos
fenômenos no nível das interações diretas entre as pessoas.
Microssociologia
Escrito em 1908, a Filosofia do Dinheiro de Georg
Simmel pode ser considerada como um dos grandes tratados que analisam
sociologicamente a vida moderna, como "O Capital" de Karl Marx,
"A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" de Max Weber e A
"Divisão do Trabalho Social", de Émile Durkheim. Dividido em duas
partes, este escrito realiza uma ampla abordagem fenomenólogica do dinheiro e,
a partir dele, vai desenhando sua influência e sua relação com os elementos
centrais da sociedade contemporânea.
A primeira parte, intitulada "analítica"
destaca os aspectos estritamente econômicos do tema e analisa a relação entre
valor e dinheiro (capítulo 1) e a relação do dinheiro com o valor substancial
(capítulo 2). A segunda parte, chamada de "sintética", destaca o
lugar do dinheiro na ordem teleológica (relação entre meios e fins, conforme o
capítulo 3), discute sua relação com a liberdade individual e os valores
pessoais(capítulos 4 e 5) e desemboca em uma análise do estilo de vida moderna
(capítulo 6).
Ao tomar o dinheiro como ponto de partida de sua
análise, Simmel procura mostra que a modernidade se caracteriza por traços
intrinsecamente ligados a vida monetária, como a aceleração do tempo, a
monetarização das relações sociais, ampliação dos mercados, racionalização e
quantificação da vida e inversão de meios e fins. O dinheiro é o deus da vida
moderna, afirma Simmel, mostrando como na modernidade tudo gira ao redor do
dinheiro e, ao mesmo tempo, o dinheiro faz tudo girar. Não se trata de afirmar
que no mundo contemporâneo tudo é determinado e explicado pela vida monetária, mas
de perceber que esta é uma manifestação e encarnação de traços que caracterizam
os traços sociais de nossa época. É neste sentido que a obra de Simmel é uma
das grandes interpretações sociológicas do mundo moderno.
Outro destacado tema da sociologia simmeliana foi
sua análise da vida urbana em um escrito intitulado Die Großstädte und das
Geistesleben [A metrópole e a vida espiritual], de 1903, traduzido
para vários idiomas e considerado um dos textos fundadores da chamada sociologia urbana.
Como o dinheiro, a vida nas grandes aglomerações urbanas é outro traço
fundamental dos tempos modernos. Analisando seu impacto sobre a sociabilidade e
a individualidade, Simmel destacou o fenômeno do embotamento dos sentidos. A
imensidade de estímulos gerados pelas intensas atividades urbanas
(intensificação da vida nervosa) tinham seu reflexo na personalidade do
indivíduo, gerando sujeitos que iam perdendo sua capacidade de relação com seu
meio circundante, tornando-se objetivos, impessoais, distantes e calculistas.
Nas palavras de Simmel:
A pontualidade, a
contabilidade, a exatidão, que coagem a complicações e extensões da vida na
cidade grande, estão não somente no nexo mais íntimo com o seu caráter
intelectualístico e econômico-monetário, mas também precisam tingir os
conteúdos da vida e facilitar a exclusão daqueles traços essenciais e impulsos
irracionais, instintivos e soberanos, que pretendem determinar a partir de si a
forma da vida, em vez de recebê-la de fora como uma forma universal, definida
esquematicamente."
A caracterização sociológica desta personalidade
social é o indivíduo blasé, atomizado, indiferente e distante do ambiente
social: "A essência do caráter blasé é o embotamento frente à distinção
das coisas; não no sentido de que elas não sejam percebidas, como no caso dos
parvos, mas sim de tal modo que o significado e o valor da distinção das coisas
e com isso das próprias coisas são sentidos como nulos".
Também são famosas as análises de Simmel sobre a
moda, a psicologia feminina, os círculos sociais, a carta, o segredo, a
conversação ou sociabilidade, o estrangeiro e outros aspectos elementares da
vida social, presentes no dia a dia. Por esta razão, Simmel é considerado um
dos precursores da microssociologia.
Dada a importância de sua sobra, ele influenciou
autores como Robert E. Park, Louis Wirth,
Ernst Burgess, Merton, Georg Lukács,
Leopold von Wiese, Ernst Bloch,
Karl Mannheim,
Walter Benjamin,
Theodor Adorno,
Max Horkheimer,
Max Weber,Max Gluckman
entre outros.
sábado, 19 de janeiro de 2013
A Democratização da Gestão na Escola
Autor: Professor Paulo César Gomes - Especialista em História Geral
A democratização da gestão na escola
possibilita o crescimento e a melhoria de toda a escola e dos agentes nela
inseridos. No entanto, ainda são muitos os desafios que rodeiam a efetivação da
gestão democrática nos espaços educacionais, sendo um deles a percepção
burocrática da gestão escolar.
Uma concepção burocratizada e hierarquizada da
gestão, em que o papel do diretor é o principal autor, faz com que os contextos
escolares tornem-se espaços fechados, sem momentos de discussão, crescimento e
melhoria da educação.
Adotando a gestão democrática, a instituição
de ensino define o rumo de seus encaminhamentos, promovendo a participação de
todos, preservando e construindo sua identidade e autonomia pedagógica,
administrativa e financeira.
Toda instituição de ensino necessita de
estratégias que a organizem como um espaço escolar no que diz respeito à
missão, objetivos, metas, metodologia, currículo e avaliação. Nesse aspecto, o PPP
(projeto-político-pedagógico) da escola, torna-se estratégia indispensável e
insubstituível para a gestão democrática dela, direcionando, de maneira
participativa e democrática, os caminhos que a instituição de ensino irá
trilhar.
No contexto escolar, "o projeto não se
constitui na simples produção de um documento, mas na consolidação de um
processo de ação-reflexão-ação, que exige o esforço conjunto e a vontade
política do coletivo escolar" (VEIGA, 2004, p.56).
A LDB nº 9394/96 diz, no seu art. 12, que:
"Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão incumbência de: I. Elaborar e executar sua proposta
pedagógica”.
A determinação desse artigo trouxe às escolas
a tarefa de planejar suas ações, compreendendo sua especificidade e assumindo
sua função social de uma maneira coletiva e participativa, envolvendo todos os
agentes escolares, criando a cultura de que todos são responsáveis pela
instituição escolar.
Pela primeira vez o pensamento educacional
brasileiro (ele se reflete na lei, não é criado por ela) toma o planejamento
como ferramenta mais importante do que o regimento para a introdução de
processos pedagógicos. De fato, a obrigação de uma “proposta pedagógica”
sobrepõe-se, no texto da lei, à do regimento (GANDIN, 2001, p.14).
No entanto, é necessário que esse PPP seja
articulado, direcionado e executado com responsabilidade, consciência,
fundamentação, participação e preparo de todos, com o entendimento essencial de
que esse trabalho vai muito além de um simples documento burocrático, como os
estudos ainda a serem citados indicam. Eyng (2002, p. 07) refere-se à definição
do PPP da seguinte maneira:
Projeto porque faz uma projeção da
intencionalidade educativa para futura operacionalização, a teleologia, ou
seja, a finalidade de cada organização educativa expressada nos seus processos
e metas propostos. Político porque coletivo, político porque consciente,
político porque define uma posição do grupo, político porque expressa um
conhecimento próprio, contextualizado e compartilhado. Político, porque supõe
uma proposta coletiva, consciente, fundamentada e contextualizada para a
formação do cidadão. Pedagógico porque define a intencionalidade formativa,
porque expressa uma proposta de intervenção formativa, refletida e
fundamentada, ou seja, a efetivação da finalidade da instituição de ensino na
formação para a cidadania.
Assim, o PPP significa um projetar de ações
apoiado na totalidade, identidade, autonomia e participação de toda
instituição, ações estas propostas por todos os participantes escolares, de
maneira que a responsabilidade da instituição de ensino se torne coletiva, com
a intenção de efetivar o papel da instituição de ensino na formação do cidadão.
Veiga (2004, p.57) reafirma a posição acima,
indicando que o PPP é “ação consciente e organizada porque é planejada tendo em
vista o futuro”.
O projeto pedagógico aponta um rumo, uma
direção, um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente. O
projeto pedagógico, ao se constituir em processo participativo de decisões,
preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que
desvele os conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações
competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando
pessoal e racionalizado da burocracia e permitindo as relações horizontais no
interior da instituição de ensino (VEIGA, 2003, p12).
Nesse sentido ele sintetiza os interesses, os
desejos, as propostas dos educadores que trabalham na escola. Com esse enfoque
que o PPP da escola deve ser construído, implantado, avaliado e constantemente
readaptado nas percepções de suas deficiências, com a promoção e o envolvimento
de todos, em uma perspectiva democrática de transformação para a democracia e
de busca da democracia.
Neste contexto a avaliação vem ganhando grande
destaque e relevância na atualidade. Por contribuir com a gestão, no sentido de
melhoria da instituição, esse tipo de estratégia traz de forma eficaz auxílio
para a tomada de decisões que norteiam os caminhos educacionais.
O avanço da educação também se constrói a
partir de ações propostas e articuladas pela gestão escolar. Assim, a avaliação
institucional torna-se uma ação que subsidia os contextos escolares, indicando
as potencialidades e os aspectos que precisam ser melhorados.
Nos últimos anos a relevância que o tema
avaliação institucional vem conquistando nos espaços institucionais aponta para
a discussão de sua importância para o processo de melhoria das escolas. Segundo
Dias Sobrinho (2003, p.13), "a avaliação adquiriu dimensões de enorme
importância na agenda política dos governos, organismos e agências dedicadas à
estruturação e à gestão do setor público e, particularmente, da educação",
ou seja, a avaliação tornou-se um aspecto decisório no direcionamento das
políticas públicas da educação, contribuindo para as transformações de estrutura
já consolidadas.
No entanto, é preciso compreender a avaliação
de maneira completa e complexa, num contexto de busca contínua da qualidade e
aperfeiçoamento da instituição de ensino. Dias Sobrinho (1995, p.53) afirma
que:
A avaliação institucional
ultrapassa amplamente as questões das aprendizagens individuais e busca a
compreensão das relações e estruturas. (...) è importante destacar que essas
relações ou processos e as estruturas que engendram são públicos e sociais. É
exatamente este caráter público e social de qualquer instituição escolar,
independente de sua forma jurídica, que impõe com maior força e mais urgência a
necessidade da avaliação institucional. Tendo em vista que esses processos são
públicos e por ser uma instituição social, criada e mantida pela sociedade, a
precisa avaliar-se e tem o dever de se deixar avaliar para conhecer e aprimorar
a qualidade e os compromissos de sua inserção.
A avaliação deve servir como instrumento de
gestão no sentido de direcionar as práticas educativas da escola. Como afirma
Stufflebeam (Dias Sobrinho, 2003) a "tomada de decisão se apoia e se
orienta no conhecimento institucional que a avaliação propicia". Sem essas
informações, as decisões podem perder a objetividade, não gerando mudanças
necessárias no sentido da melhoria do espaço escolar.
Uma proposta de avaliação institucional
deveria estar envolvendo instrumentos de coleta como o SAEB, a prova Brasil,
censo escolar e outras instâncias do espaço educacional, inclusive a
auto-avaliação e a meta-avaliação, abrangendo de maneira mais qualitativa os
contextos e realidades escolares.
Num contexto geral, as contribuições da
avaliação institucional para a gestão escolar propiciam reflexões sobre a
mudança da concepção da avaliação, exercício da gestão democrática, efetiva
participação e a consolidação da identidade da escola.
Outra contribuição que a avaliação
institucional trouxe para a melhoria da escola foi provocar as instância de
participação da comunidade e a percepção da necessidade do engajamento dos
agentes escolares nos diversos setores da escola na tomada de decisão.
Essa proposta da participação de todos produz
a conscientização da comunidade escolar de que todos os agentes da escola
possuem o mesmo grau de importância para o bom funcionamento da instituição e
que todos podem contribuir e são responsáveis para a melhoria da educação
básica.
Propor a auto-avaliação institucional nas
escolas de educação básica é um desafio, porque as próprias políticas
educacionais não dão grande relevância a essa prática. Assim, é preciso uma
mudança de cultura para que ela se efetive nas instâncias educacionais no
intuito de trazer a melhoria para a instituição de ensino. Fernandes (2002, p.
140) propõem uma análise a respeito do processo de avaliação que resume a contribuição
da avaliação institucional em uma instituição:
A escola que passa por um
processo avaliativo sério e participativo descobre sua identidade e acompanha a
sua dinâmica. Muita coisa aprende-se com esse processo. Mas o que fica de mais
importante é a vivencia de uma caminhada reflexiva, democrática e formativa.
Todos crescem. Os dados coletados mudam, mas vivencia marca a vida das pessoas
e renova esperanças e compromisso com um trabalho qualitativo e satisfatório
para a comunidade escolar e para a sociedade. Avaliação Institucional é,
portanto, um processo complexo e não há pronto para consumo, um modelo ideal e
único para as escolas. Ela precisa ser construída. É o desafio de uma longa
caminhada possível e necessária.
Inúmeras reflexões e analises, devem ser
feitas levando em consideração o respeito da avaliação institucional serão
necessárias, mas o contexto político-social brasileiro e as diversas pesquisas
em educação indicam a necessidade de uma mudança nas práticas das escolas sobre
a avaliação escolar e a urgência em desenvolver políticas públicas de avaliação
institucional voltada para as escolas de educação básica, com fins de melhoria
dos espaços educacionais brasileiros e consequnetimente o nível educacional dos
alunos.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
D.GRITOS: DISCO NAVEGANTES (1992)
Relação das músicas gravadas no terceiro e último disco da banda D.Gritos:
Selva do Asfalto
Dias de Dúvidas
A Se Amar
Destino Sem
Fim
Alguem em
Mim
Camimhos
Cruzados (Regravação)
Jogo do Amor
Navegantes (Regravação)
Magia e Perigo
Fruto Proibido
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
D. GRITOS: DISCO TRAUMAS (1990)
Navegantes
Nós mudamos a dimensão daquilo que restou
Da lembrança de um lírio que brilhou
Pra dar ao verde o verde que se acabou
E pelo homem que foi e não voltou
E por nós mesmos, quando ninguém chorou.
E o eco gritado de uma voz
A razão torturada por todos nós
Aqui a esperar.
Se navegamos tanto sem parar
Não é motivo pra desistir
Ficar aqui e não lutar
Se nós lutamos tanto sem ganhar
Não é motivo pra desistir
Esse é um jogo que não pode parar.
E nós chegamos a desvendar todo o mistério
De uma batalha que ninguém vai ganhar
E de uma árvore que nunca vão derrubar.
E se o negro das idéias nos caçar
Nos desculpem mas não vamos nos calar.
E o eco gritado de uma voz
A razão torturada por todos nós
Aqui a esperar.
Se navegamos tanto sem parar
Não é motivo pra desistir
Ficar aqui e não lutar
Se nós lutamos tanto sem ganhar
Não é motivo pra desistir
Esse é um jogo que não pode parar.
Coisas de Palhaço
Lutei...
Até me cansar
Tentei...
Tentei superar meus medos
Como um palhaço
Fácil...
Talvez fosse assim
Sorrir...
Pra ninguém mais
Só pra mim
Até que eu fosse como um guri
Coisas de palhaço, solidão
Árvores caídas no coração
Lágrimas de sangue, anoitecer
Sonhos que não chegam
Pra que eu não possa ver
As marcas no meu rosto
Pedras nas mãos
Uma velha história
Sem nexo, sem razão.
Coisas de palhaço
Cair e se erguer
Calcular tanta besteira
Pra não vencer
Num jogo de mentiras, envenenar
Em seus olhos, eu sabia
Queria se entregar
Coisas de palhaço, solidão.
Pelos Telhados
Andei pelos telhados
De todas aquelas casas vazias
Como um ladrão
Que ainda não sabia o que roubar
Sem entender
Talvez porque quisesse
Que aparecesse alguém
Que me fizesse parar
Assim perguntado por quê
Não havia nada
Nada havia por ali
Não queria nem saber
Só pensar em fugir
Mais nem se quer alguém havia
Para tentar me impedir
Me impedir
Me impedir
Me impedir
Fiquei ali parado
Me esperando o passar
Estava atrasado e não passei
Fiquei ali parado
Me esperando o passar
Estava atrasado e não passei
Pelos telhados eu andei
Como um desesperado
Como um fantasma
E ninguém me viu
Pelos telhados me procurei
Em plena a madrugada
Sem saber que eu estava
Bem ali atrás de mim
Atrás de mim
Atrás de mim
Atrás de mim
Pelos telhados eu andei
Como um desesperado
Como um fantasma
E ninguém me viu
Pelos telhados me procurei
Em plena a madrugada
Sem saber que eu estava
Bem ali atrás de mim
Atrás de mim
Atrás de mim
Atrás de mim
Romance de Abelhas
De onde veio? Pra ficar.
Apareceu pra me pegar, eu sei
Que sou seu escravo agora
E com foi? Não disse nada.
Medo da Verdade
Medo de esconder nossa cara
Medo de disso tudo
Medo de dizer a nós mesmo que não há saída
Procurando em toda parte alguma coisa que nos serva de escudo
A coragem exterminada por nós mesmo jaz perdida
Mais um motivo pra morre e ficar devendo o caixão
Na verdade são apenas as estrelas rolando no céu
Vou comer minhas palavras e defecar essa ilusão
Assistindo de camarote a mentira tira o vel
Na verdade são apenas as estrelas chorando no céu
Chorando ao ver milhões de crianças morrendo ao leu
Na verdade é tão difícil tira um centavo do bolso
Na verdade é tão difícil ser sóbrio e tão fácil fica louco
Tão fácil ficar louco
Tão fácil ficar louco
Tão fácil ficar louco
Tão fácil ficar louco
Mais um motivo pra morre e ficar devendo o caixão
Na verdade são apenas as estrelas chorando no céu
Vou comer minhas palavras e defecar essa ilusão
Assistindo de camarote a mentira tira o vel
Na verdade são apenas as estrelas chorando no céu
Chorando ao ver milhões de crianças morrendo ao leu
Na verdade é tão difícil tira um centavo do bolso
Na verdade é tão difícil ser sóbrio e tão fácil fica louco
Tão fácil ficar louco
Tão fácil ficar louco
Tão fácil ficar louco
Tão fácil ficar louco
Camimhos Cruzados
Os camimhos se cruzam
De cara com o meu destino
Aí é que as coisas mudam
E eu lembro que eu não sou mais menino.
Cresci tentando não sonhar
quanta amargura
Meus olhos tentando não enxergar
Que a mimha loucura foi ficar
Falando pra ninguém ouvir
Tantas besteiras
Quem é que vai sentir?
Meus passos não deixam pegadas
Mimhas luvas não deixam impressão
Os meus planos ainda não dão solução
Pra ela notar que eu quero que ela vá embora
E me deixe em paz com meu pesadelo
Então nossas vidas morrem
E por isso precisamos lutar
Enquanto alguns muitos fogem
Sem ao menos tentar alcançar
Um lugar seguro pra dormir
Encostar a cabeça
Num sentido lógico pra mentir
Dizer que o remédio é sorrir
Chorando pra ninguém ouvir
Por qualquer besteira
Quem é que vai sentir
Meus passos não deixam pegadas
Mimhas luvas não deixam impressão
Os meus planos ainda não dão solução
Pra ela notar que eu quero que ela vá embora
E me deixe em paz com meu pesadelo.
O Pássaro Com Uma Asa Só
Pássaro com asa só
Tendo voar
Não conseguiu
Lutava com que tinha em ser
Gritava com suas lágrimas
Não conseguiu
Como se pedisse ao vento
Me ajude pelo menos a subir
Mesmo que depois eu venha a cair
Seus olhos brilhavam ao ver
Todos os outros lá no céu
E no sorriso molhado de uma lágrima
Sonhava com aquele futuro
Sem o seu
Voar
Até morre
Voar
Até não poder
Nunca mais com seu peso
E desaparecer
Como se pedisse ao vento
Me ajude pelo menos a subir
Mesmo que depois eu venha a cair
Voando
Com uma asa só
Voando
Com uma asa só
A Canção de Um Soldado
Quando eu caminhei de pés descalços
Sobre os espinhos flutuei
Apesar do medo de pisar em falso
Eu nunca duvidei da dor vermelha
Do sangue que eu derramei
Eu não queria ir oh!oh!oh!
Eu não queria ir oh!oh!oh!
Eu queria por minha cara na chuva
Para espantar um pouco essa embriaguez
Eu não queria sonhar com as balas
Que nunca couberam no porta-luvas
Meu bem tentei
Mas você sabe que eu não sei brigar
Você sabe que eu não sei
Nossas vidas têm um sentido
Depois que se morre
Não se corre mais perigo
Para toda dúvida há uma resposta
A resposta de um doido
É outro doido na porta
A resposta de um doido
É outro doido na porta
Quando eu procurei entre os meus passos
Eu juro que não achei
Alguém que me carregasse nos braços
Porém só encontrei a dor vermelha
Do sangue que eu derramei
Eu não queria ir oh!oh!oh!
Eu não queria ir oh!oh!oh!
Eu queria por minha cara na chuva
Para espantar um pouco essa embriaguez
Eu não queria sonhar com as balas
Que nunca couberam no porta-luvas
Meu bem tentei
Mais você sabe que eu não sei brigar
Você sabe que eu não sei brigar
Você sabe que eu não sei brigar
Você sabe que eu não sei brigar
Traumas
Tantos camimhos falsos
Eu passei
No asfalto das desilusões
Eu andei
Todo o meu egoísmo
Eu superei
Com remorso por todas às vezes
Que eu não liguei
Eu não preciso de armas para lutar
As mimhas palavras me ferem mais,
Mas, se a justiça é para me julgar
Se eu estiver errado sou capaz
De saber pedir perdão
E sair da contramão
E saber pedir perdão
E sair da contramão
Eram tantos mistérios quer não tinha fim
Insônia, suplicio, loucura, um destino fatal
Encontro almas cresciam dentro de mim
Eu meu sonhos demônios gritavam
Você não é normal
Eu não preciso de armas para lutar
As mimhas palavras me ferem mais, mais!
Se a justiça é para me julgar
Se eu estiver errado sou capaz
De saber pedir perdão
E sair da contramão
E saber pedir perdão
E sair da contramão
Eu não preciso de armas para lutar
As mimhas palavras me ferem mais, mais!
Se a justiça é para me julgar
Se eu estiver errado sou capaz
De saber pedir perdão
E sair da contramão
E saber pedir perdão
E sair da contramão
O Primeiro Sorriso de Um Atormentado
Meu relógio parou
Já faz muitos dias
Minha vida mudou
Quando eu nasci
Minha praia ficou sem sol
Meu mundo ficou sem luz
Foi então que eu vi
O quanto Jesus sofreu na cruz
Vai, não vai!
Fica aqui
Vai, não vai!
Mais fique perto de mim
Junto às flores que eu plantei
Junto ao jardim
Que eu mesmo destrui
Junto às flores que eu plantei
Junto ao jardim
Que eu mesmo destrui
Meu irmão gritou
Eu esqueci de ouvir
Meu avô morreu
Eu nem se que notei
Os meus pais me jogaram na rua
Porque eu não tinha mesma cor
Me sentia uma piada sem graça
E sempre passava
Onde sempre passei
Vai, não vai!
Fica aqui
Vai , não vai!
Mais fique perto de mim
Junto às flores que eu plantei
Junto ao jardim
Que eu mesmo destrui
Junto às flores que eu plantei
Junto ao jardim
Que eu mesmo destrui
Vai, não vai!
Fica aqui
Vai , não vai!
Mais fique perto de mim
Junto às flores que eu plantei
Junto ao jardim
Que eu mesmo destrui
Junto às flores que eu plantei
Junto ao jardim
Que eu mesmo destrui
O gongo suou
Quando eu tentei reagir
Então foi a nocaute
Eu meu ringue
Derrotado por mim
No sonho feito criança
Sonhado, sonhando sem querer
Foi então que eu vi
O quanto Jesus sofreu na cruz
Então ergui minhas mãos para o céu
E senti os olhos de Deus
E pela primeira vez
Me vi sorrir
Me vi sorrir!
O Barquinho Azul
Era uma vez um barquinho azul
Que não levava ninguém
Nem pro norte nem pro sul
Era uma vez um barquinho azul
Um barquinho azul cheio de merda.
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ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO
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