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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Política do filósofo grego Aristóteles de Estagira

Apresenta suas idéias políticas, unidas a sua moral. A tese principal é mostrar que política encontra-se, de certa forma, ligada à moral e que o estado deve levar o homem a virtude e a felicidade, fins aos quais se propõe a atividade política. Suas idéias estão basicamente expressas nos livros I e IV. O primeiro trata das origens e necessidade do estado, e o quarto, dos elementos básicos para um governo virtuoso.

No livro I, o Estagirita procura ressaltar a formação da cidade e como se dá a coesão social dos elementos que a constitui. Ao contrário de Platão, ele acredita que a formação de uma comunidade não está na reunião de indivíduos, mas na união familiar. A família é a primeira forma de sociedade, compreendendo três partes: os filhos, a mulher e os escravos, além da relação desses com o chefe e dos instrumentos necessários à subsistência. Assim, o filósofo comenta qual deve ser a relação do soberano da casta com seus membros.

A mulher e os filhos são imperfeitos. Cabe ao homem, virtuoso e racional, guia-los para melhor conservação dos mesmos. No livro IV, Aristóteles irá tratar especificamente sobre a educação dos filhos, abordando as características que estes precisarão adquirir para se tornarem futuros cidadãos.

Com relação aos escravos, Aristóteles cria uma teoria bastante complexa e ligada a outros elementos de sua filosofia. Sua tese parte dos fatores econômicos para a necessidade natural da escravidão. Por isso, é preciso que haja instrumentos animados e inanimados para a garantia do trabalho que proporcionará uma estabilidade econômica para a família. É de direito natural o uso da propriedade para adquirir bens, que ele chama de fortuna, e que os homens devem usufruir desse direito.

Para o lar, além da propriedade, são necessários também os meios para a produção dos bens. O senhor, no caso, tem a propriedade das ferramentas indispensáveis ao trabalho e possui ainda um instrumento animado, que é o escravo. O escravo não é destituído de humanidade, mas surge de maneira natural, ou seja, “existem homens que nasceram para ordenar e outros para obedecer”.

A inclinação natural do escravo é para o seu senhor, que é seu fim e orientação. Dessa forma, o escravo possui virtude até o ponto de essa ser necessário para a obediência. Mesmo aceitando a escravidão por natureza, Aristóteles condena a escravidão pela violência, pela guerra, pois os motivos que geram a guerra podem ser injustos.

Logo após o estudo sobre os escravos, o Estagirita passa a definir os tópicos para aquisição de bens. Ele revela que o cidadão não pode se ater a conquista de riquezas em metais, pois é algo condicionado pelos homens e não natural. O homem precisa satisfazer apenas as necessidades que garantam conforto e ociosidade para a vida política.

A vida política só pode ser exercida pelos cidadãos. Havia também a classe militar e trabalhadora, estes últimos, apensar de serem homens livres, não lhes era aceito participar das decisões. O papel que desempenhavam era apenas o trabalho público e o comércio.

Em síntese, no livro I, o estado é formado pela reunião de famílias, pois a necessidade de bens assim exigiu, e que ela compreende a relação: pais e filhos, marido e mulher, senhor e escravo. O homem é um animal político. A atividade política deve levá-lo a virtude e a felicidade, e sua participação como cidadão faz parte do status social necessário em um governo.

No livro IV, encontram-se os elementos que irão constituir uma cidade ou nação virtuosa. Isso compreende sua posição territorial, sua defesa, o número de pessoas e as atividades sociais como os banquetes e culto aos deuses. Concomitantemente, também compreende a forma educacional dos jovens para a cidade. Aristóteles trabalha assim, de uma maneira empírica e direta.

A cidade ou nação deve, em sua forma de governo e leis, promover a felicidade de seus membros para que a virtude seja alcançada. Elementos que possibilitem sua defesa e, ao mesmo tempo, o comercio e a prosperidade, são fatores para uma cidade bem desenvolvida.

Os cidadãos devem desempenhar funções que melhorem a administração do estado e que sejam flexíveis. São elas: a jurista, a sacerdotal e a militar. Aos outros membros, como escravos e trabalhadores, irão continuar a exercer sua tarefa específica, indispensáveis para a economia.

Por último, existe a educação dos filhos, que deve ser estimulada pela ginástica e pela música, como também o conhecimento da ciência para bem exercer seu papel na sociedade. Os filhos devem evitar os prazeres que não levam a uma perfeita moralidade e também buscar, nos mais velhos, o exemplo necessário. As mulheres não devem casar-se novas e precisam amamentar seus filhos com o próprio leite, pois isso é saudável e de acordo com a natureza, destaca o filósofo. Com mais detalhes, Aristóteles procura estabelecer os elementos da educação no restante da obra.

Em suma, foram expostas, de maneira genérica, as teses principais dos dois livros da Política que, de certa forma, abordam as intenções do autor sobre a natureza do homem quanto ao social e político. O objetivo principal é responder a pergunta: por que os homens vivem ou procuram viver em sociedade?

A Política de Aristóteles procura definir as bases que o homem precisa para chegar à virtude. É um trabalho que possui ligação intima com outras obras do filósofo. O Estagerita define três formas de governo: a monarquia, a aristocracia e a democracia. Ele não elege a melhor, mas acredita numa forma de governo democrático-intelectual que leve os homens ao fim último que sua moral propõe, a virtude. Assim, nos dias de hoje, só uma política séria, que se comprometa com o bem comum, pode contribuir na formação do homem. A política não deve, segundo o filósofo, pautar suas ações nas exigências de um déspota, mas em interesses que levem ao bem comum de uma nação. É essa a tese que se defende aqui.

Referência

ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Escala, s/a.

Um exemplo de conhecimento tácito e conhecimento explícito baseado no texto “De dar inveja à Fidel”

Rogerio Carlos Petrini de Almeida[1]

 O presente trabalho tem a finalidade de identificar a aplicação de conhecimento tácito e de explícito, no texto “De dar inveja em Fidel”, inicialmente se procurou  em conceituação de conhecimento  tácito encontrados com alguma  facilidade em dicionários e textos da internet,  resumindo aí temos: tácito – do latim – não expresso por palavras; adquiridos ao longo do tempo da vida; intrínseco e inerente a habilidade da pessoa, ligado a pessoa,  com base nestes princípios destaca-se do texto os seguintes trechos: . “O escritor, por sua vez, era um admirador dos charutos produzidos manualmente por Menendez, na pequena fábrica da Menendez & Amerino,”  [.....]“A produção é totalmente artesanal, do plantio à confecção, exatamente da mesma forma que o pai de Félix, Alonso Menendez, fazia em Cuba até a tomada do poder por Fidel Castro.” ; [...] “a secagem das folhas de fumo é feita uma a uma e o processo de fermentação é acompanhado pessoalmente pelo diretor da fábrica, Arturo Toraño. Primo de Félix” [...].  A primeira e segunda colocação evidência o conhecimento tácito pela manifestação de conhecimento da pessoa na produção e no plantio manual, conhecimentos intrínsecos que lhe permitem um reconhecimento nesta produção artesanal; e podemos dizer que a admiração aos charutos também emana conhecimento próprios da pessoa, na terceira citação vê-se que o processo é acompanhado pessoalmente pelo Senhor Aturo o que ressalta a pura manifestação do conhecimento adquirido ao longo dos anos, tácito. A secagem das folhas já pode nos induzir ao conhecimento explícito – do latim: formal; é aquele claro, regrado, facilmente comunicado, pode ser formalizado em texto, desenho.
Ainda para destacar o conhecimento explícito retira-se do texto a seguinte passagem:“conquista é um tipo peculiar de fumo desenvolvido nos últimos dois anos em parceria com a escola de agronomia da Universidade Federal da Bahia. A planta usada nos charutos da empresa é uma variante obtida de cruzamentos de variedades cubanas com brasileiras.”; de onde se percebe que a demanda produz conhecimentos formalizados, regrados, registrados e que podem ser seguidos sem perda de conhecimento, ao contrário do tácito que está contido na pessoa e com ela se perde.

Para se relacionar o conhecimento tácito e o conhecimento explícito busca-se o seguinte episódio: “A região do Recôncavo Baiano é, no território brasileiro, a que mais se aproxima em condições climáticas e de solo à principal área produtora de Cuba, Piñar Del Rio. Mas, mesmo com as semelhanças, é praticamente impossível produzir por aqui habanos como os caribenhos", diz Félix.” O conhecimento explicito identifica a região, condições semelhanças de clima mas o conhecimento tácito do Sr. Felix, registra a dificuldade de se ter um produto igual ao de Cuba.

Resta esclarecer que o conhecimento tácito e conhecimento explícito se completam e relacionam em cada individuo, formando este, talvez, um ser único.  O texto bem demonstra exemplificando pelos dados estatísticos, pesquisa, condições climáticas identificadas pelo homem, e por ele registradas, ao mesmo tempo reflete a experiência e conhecimento arraigado nas pessoas da família Menendez. 


REFERÊNCIA

Exame.com. De dar inveja a Fidel. Revista Exame. São Paulo Ed. Abril, ed. 916. 2008.Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0916/noticias/de-dar-inveja-em-fidel-m0156973 Acesso em: 03 set. 2011.




[1]              Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Gestão do Conhecimento (BIB03225), ministrada pela Professora Maria do Rocio Fontoura Teixeira. Porto Alegre, set. de 2011. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com. Blogue - http://rogeriopetrinialmeida.blogspot.com/.

domingo, 27 de outubro de 2013

OPINIÃO: O difícil calvário de Augusto César, seus pecados, e os riscos da não reeleição

Por Paulo César, professor, escritor e historiador

O deputado Augusto César (PTB) enfrentará no próximo ano a sua mais dura batalha eleitoral desde a primeira campanha para o cargo, em 1986, pelo PDT. As previsões para 2014 não são nada animadoras e com possibilidades reais de não haver a renovação do mandato para a Assembleia Legislativa.

O petebistas disputará uma campanha extremamente competitiva que envolverá os nomes de Manoel (PT), Rogério Leão (PR), Rodrigo Novaes (PSD), e se estiver apto, o ex-prefeito Carlos Evandro (PSB). O que pesa a favor de Augusto César é bom desempenho do senador Armado Monteiro (PTB) nas pesquisas para governador. Esse elemento poderá facilitar a criação de uma chapa PTB/PT que beneficiaria Augusto. No entanto, se a chapa proporcionada for sangue puro, a situação ficará ainda mais complicada, já que o deputado terá que tirar entre 45 e 50 mil votos, ou até mais.

Augusto César só chegou a esse ponto porque ao longo dos anos se tornou um político centralizador e por isso acabou perdendo um significativo número de aliados. Sem contar que na última campanha, em 2012, o parlamentar fez uma aliança sem critérios com o adversário histórico Inocêncio Oliveira (PR). A união acabou sendo refutada pela população, além de expor publicamente as fragilidades e as divergências existentes no grupo político que surgiu com o discurso de mudança e que governou a cidade em duas oportunidades, 1993/96 e 2001/2004, mas que acabou virando mais um ilustre troféu na galeria de conquistas do deputado Inocêncio Oliveira.

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!


P.S.-As últimas pesquisas para presidente confirmam uma tendência apontada por mim, aqui no Farol, de que a união de Marina e Eduardo acabou beneficiando a candidatura de Dilma a reeleição.

Publicado no Portal Farol de Noticias de Serra Talhada, em 27 de outubro de 2013.

Tema da redação do Enem 2013 fala sobre a Lei Seca no Brasil

A prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 tem como tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) minutos após o fechamento dos portões dos locais de prova pelo Brasil.
Pelo Twitter, o Inep afirmou que "sobre esse tema, os participantes devem desenvolver um texto dissertativo-argumentativo segundo os critérios definidos no Edital do exame." A autarquia do Ministério da Educação disse ainda que os candidatos deverão redigir o texto "a partir de leitura dos textos motivadores apresentados no exame".

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Enem 2013: 10 apostas para o tema da redação

O tema da redação do Enem costuma mexer com a imaginação e a curiosidade dos brasileiros. Por ser a única prova em que os candidatos podem alcançar nota máxima, a redação deixa estudantes e professores apreensivos na reta final da preparação para o Enem. O Educação ouviu professores de redação que deram dez palpites de temas que podem aparecer no exame.


Sustentabilidade


Braulio Fernandes, professor do Colégio Qi, acredita que a sustentabilidade pode ser utilizada como tema. “Para este assunto, as propostas de solução devem envolver a responsabilidade dos consumidores sobre a degradação do meio-ambiente”. O professor de redação Paulo Sergio Pedrosa concorda com Bráulio quanto ao tema. Para ele, a conscientização da população sobre as questões ambientais pode ser cobrada na prova. “Temas como reciclagem e conscientização do consumidor são plausíveis para o Enem”.


Energia


A questão energética também pode aparecer na prova. Os impactos ambientais e sociais gerados pela atual composição da matriz energética brasileira são apostas do professor Paulo Sergio. “Alternativas às fontes atuais de energia têm grandes chances de estar presentes na prova”, afirma. 


Manifestações


Depois de se estabelecerem como marco na história política do país, as manifestações de junho podem surgir como tema de redação. Para Braulio, o engajamento dos jovens na luta por mudanças na cena política brasileira pode aparecer na avaliação.“A juventude assumiu um protagonismo como não se via há décadas. Organizaram-se através das redes sociais. O virtual levou ao real, assim como aconteceu na Primavera Árabe. Essa pluralidade de assuntos que se relacionam às manifestações tornam o tema um bom palpite para o exame”, reflete Braulio.

Mobilidade urbana


A mobilidade urbana, que voltou à tona com toda a força durante as manifestações, requer complexas propostas de solução. Caso o tema esteja no Enem, é importante que o candidato pense em argumentos para defender seu ponto de vista. O professor Braulio explica: “Os candidatos precisam mostrar como o tema afeta a vida da população, propondo soluções amigáveis do ponto de vista ambiental e econômico”. 

Mulher na sociedade atual

A mudança do papel da mulher na sociedade é outra aposta para o tema da redação. Depois de conquistarem o direito a voto em 1932, as mulheres atualmente ocupam a Presidência da República e são maioria no eleitorado brasileiro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Ao abordar o tema, o candidato deve fugir dos clichês, como o sexo frágil, por exemplo. “Uma boa solução é falar dos direitos que a mulher tinha no século passado e os que tem hoje, abordando os problemas que ainda persistem. Violência doméstica e disparidade salarial entre homens e mulheres são boas saídas”, conclui o professor Paulo Sérgio.

Supervalorização da beleza


bullying, sofrido por muitos jovens e adolescentes, pode ser abordado na prova. Muitos jovens deixam de comer ou usam anabolizantes para se encaixar num padrão estético respeitado pelos colegas e pela sociedade. Isabel Vega, professora de língua portuguesa do Colégio Pedro II, afirma que os alunos devem "falar da importância da família, da conversa em casa sobre anorexia e o fim do bullying nas escolas na proposta de solução." Outro ponto importante que deve ser abordado pelos alunos é o investimento do governo em propagandas de conscientização, importantes para a resolução do problema.


Esporte como meio de inclusão social


A Copa do mundo de 2014 e as Olímpiadas de 2016 podem ser excelentes panos de fundo para a dissertação do exame. Os participantes podem encontrar uma proposta que discuta as dificuldades encontradas pelos cadeirantes, por exemplo. Atividades esportivas podem ser um meio para que deficientes físicos e menores carentes se incluam na sociedade. Além disso, o esporte é, antes de tudo, uma boa forma para recuperar e equilibrar a saúde física e mental.


Redução da maioridade penal


Segundo a professora Isabel, caso apareça no exame, a proposta deve pedir ao candidato que discuta se a diminuição da maioridade penal resolve ou não os crimes cometidos por menores de idade. Ela explica:

"Os alunos devem pensar no que a sociedade faz pelos menores para depois cobrar um caráter cidadão deles. É importante sugerir que o governo e a sociedade civil, por meio de ações coletivas e individuais, devem investir em educação, esporte e arte.  E, por fim, estabelecer uma conclusão: se a diminuição da maioridade penal resolve ou não a origem do problema".

Crack


Seguindo a tendência de temas ligados a problemas que acometem os jovens, o crack é outro palpite para a prova deste fim de semana. A droga, que é barata e cinco vezes mais forte que a cocaína, tem alto poder viciante. Durante seis meses de 2012, cerca de 370 mil brasileiros de todas as idades usaram regularmente crack e similares, segundo levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Em seus textos, os candidatos podem abordar a necessidade de investimentos em educação e no combate às drogas. É válido lembrar a questão da internação compulsória, que foi muito discutida nos meios de comunicação.


Valorização da saúde pública


Lançado em junho deste ano, o programa Mais Médicos tem o objetivo de aumentar o número de médicos na rede pública de saúde em áreas carentes do país, por meio da contratação de mão-de-obra estrangeira. No Enem, os candidatos podem refletir sobre a importância da saúde para o desenvolvimento da sociedade. Por ser um tema delicado, os participantes devem tomar cuidado com os argumentos utilizados em críticas ao governo. As críticas devem ser bem fundamentadas, com exemplos concretos e soluções viáveis.

Fonte: G1

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Resumo sobre a Desobediência Civil

Desobediência Civil é uma maneira de protestar contra um governo opressor.

O conceito de Desobediência Civil é proveniente do ensaio escrito por Henry David Thoreau em 1849. Inicialmente, seu texto foi intitulado de Resistência ao Governo Civil traçando as linhas principais de sua ideia de auto-aprovação. O ensaio de Henry dizia que não seria preciso lutar fisicamente contra um governo ou sistema político caracterizado pelo autoritarismo ou pela opressão, seria suficiente e efetivo que a população não apoiasse o sistema e que também não permitisse que o governo apoiasse os movimentos populacionais.

O ensaio de Henry David Thoreau serviu para formular o conceito de Desobediência Civil  e influenciou muitas pessoas que compartilharam da ideia. Embora outros intelectuais já tivessem tocado em assunto semelhante muito antes de Henry Thoreau, desde Sófocles na Grécia Antiga até Immanuel Kant, foi ele que recebeu a fama pela formulação do conceito. Isso porque Henry Thoreau foi o primeiro a efetivamente tratar das condutas de desobediência a um governo estabelecido, o que não era foco no pensamento de teóricos anteriores.

A leitura da Desobediência Civil  de Henry Thoreau influenciou muitos movimentos no mundo. O conceito apresentado pelo autor inglês serviu de tática na luta de colônias africanas e asiáticas em busca da liberdade. Na Ásia, o caso mais emblemático de prática das formulações de Henry se deu com as ações lideradas por Mahatma Gandhi, que mobilizou a população da Índia para libertar seu país da exploração inglesa. Mais tarde, foi a vez de Martin Luther King adotar as proposições do conceito de Desobediência Civil para liderar os negros estadunidenses em uma campanha por direitos civis, uma vez que, embora a escravidão já tivesse sido abolida no país há muitos anos, os negros sofriam com condições inferiorizadas impostas pela sociedade branca dos Estados Unidos.

Juridicamente, hoje, a Desobediência Civil é considerada uma forma de expressão do Direito de Resistência que possui cunho jurídico, mas não precisa de leis para garantia. A Desobediência Civil está no mesmo patamar jurídico do Direito de Greve e do Direito de Revolução, o qual se refere ao direito do povo de resguardar sua soberania quando é ofendida.

Fonte:
THOREAU, Henry David. A Desobediência Civil.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Resumo sobre Acionista

Acionista é a pessoa física ou jurídica, proprietária de ações (ou ações no Brasil) de um (ou mais) dos tipos de Sociedades Anônimas ou Sociedade em comandita por ações.

Definição

O acionista é um sócio capitalista que participa na gestão da sociedade na mesma medida em que detém capital da mesma, tendo por isso, direitos de voto proporcionais à quantidade de ações que possui. Dentro da sociedade, quem detém mais ações, tem direito a maior quantidade de votos.
No caso da Sociedade Anônima, existe geralmente, um grande numero de acionistas que não participam necessariamente na gestão da empresa, cujo único interesse é unicamente o de receber uma retribuição em forma de dividendo em troca do seu investimento, tendo no entanto, um interesse direto no conhecimento do desenvolvimento da sociedade. A informação em tempo útil é considerada a ferramenta preponderante para permitir a tomada de decisão e o seguimento do decurso da gestão da sociedade.

Direitos dos acionistas

Muitos fatores podem determinar ao detalhe os direitos do acionista, mas a legislação do país onde se encontra a sociedade e os estatutos da sociedade definem, normalmente, os principais direitos dos acionistas:

Direitos econômicos

·         Direito a subscrever dividendos em função da sua participação e quando a sociedade assim o permita;
·         Direito a receber uma percentagem do valor da sociedade, caso esta seja dissolvida.
·         Direito a vender a sua ação livremente no mercado, direito este por vezes limitado através dos estatutos da sociedade.

Direitos políticos ou de gestão


·         Direito de voto. Normalmente, cada ação equivale a um voto, mas a percentagem pode variar, conforme definição nos estatutos.
·         Direito à informação, com a finalidade de conhecer a gestão da empresa. O acionista que detenha uma determinada percentagem de ações, pode, dependendo da legislação ou dos estatutos da sociedade, exigir auditorias às empresas.

Acionista como investidor.

O acionista é também um investidor, dado que emprega uma determinada quantidade de capital com vista a obter um dividendo. O investimento pode ser de renda variável, quando não existe um contrato que especifique que o acionista deve receber quotas fixas proporcionais ao seu investimento. A retribuição do investimento pode ser através de duas formas:
·         Dividendos


·         Aumento do valor da sociedade, o que acontece quando esta se encontra em boa forma no desempenho das suas atribuições, bem como quando tem capacidade para gerar benefícios futuros, assim como o incremento dos ativos através de benefícios passados.

Resumo sobre Ação (financeira)

Uma empresa tem seu capital social dividido em pequenas parcelas chamadas ações (AO 1945: acções) (também chamadas simplesmente de "Papéis"), que seriam unidades de títulos emitidas por sociedades anônimas. Quando as ações são emitidas por companhias abertas ou assemelhadas, são negociados em bolsa de valores ou no mercado de balcão.
As ações representam a menor fração do capital social de uma empresa, ou seja, é o resultado da divisão do capital social em partes iguais, sendo o capital social o investimento dos donos na empresa, ou seja, o patrimônio da empresa, esse dinheiro compra máquinas, paga funcionários etc. O capital social, assim, é a própria empresa.
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A companhia aberta é a instituição mais democrática do mundo: não importam raçasexoreligião ou nacionalidade, qualquer um pode tornar-se sócio de uma empresa de capital aberto, por meio da compra de ações. "É um exemplo da verdadeira igualdade de oportunidade". - Peter Lynch, famoso gestor de fundos nos Estados Unidos
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Como a negociação é diária e eletrônica, o preço das ações flutua: se há muitos compradores, o preço tende a subir; do contrário, ou seja, quando há muitos investidores vendendo essas ações, o preço cai, é a lei da oferta e da procura.
Como especulador, mesmo com pouco dinheiro, pode fazer bons negócios comprando e vendendo ações de empresas. Como investidor, torna-se sócio da(s) empresa(s) da qual(is) adquiriu ações, com os poderes a ele atribuídos limitados pelo tipo de ação que comprou e também pela quantidade de ações que possui.

Tipos de ações
Existem dois tipos de ação:
·         Ordinárias nominativas (ON) - Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma empresa. Confere a seu titular o direito de voto em assembleia. Não dão direito preferencial a dividendos.
·         Preferenciais nominativas (PN) - Ação que oferece a seu detentor prioridades no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral, não concede direito a voto em assembleia. As ações também podem ser diferenciadas por classes: A, B, C ou alguma outra letra que apareça após o "ON" ou o "PN". As características de cada classe são estabelecidas pela empresa emissora da ação, em seu estatuto social. Essas diferenças variam de empresa para empresa, portanto não é possível fazer uma definição geral das classes de ações. 
Uma ação endossável é uma ação nominativa que pode ser transferida mediante simples endosso no verso. De acordo com o tipo de registro podem ser classificadas como:
·         Nominativas : Cautela ou certificado que apresenta o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação do termo, em livro próprio da sociedade emitente e identificada pelo acionista.
·         Escriturais : não são representadas por cautela ou certificado. Funciona como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas. Não há movimentação física de documentos. Por exemplo, as ações negociadas no Brasil na Bovespa e no mercado de balcão organizado são deste tipo.
·         Ao portador : Sem identificação de propriedade. São de quem apresentar as ações. Desde 1990 o Brasil não possui mais ações dessa forma, como forma de coibir o uso desses papéis na lavagem de dinheiro.
Pela liquidez do papel:
·         Primeira linha ou blue chips : grande volume negociado, grande número de vendedores e compradores;
·         Segunda linha : ações menos negociadas.
Pelo grau de capitalização de mercado da empresa:
·         Large caps: alta capitalização
·         Mid caps: média capitalização
·         Small caps: baixa capitalização
Pelo tipo de mercado que são vendidos:

·         Mercado integral (lote-padrão): Lote de títulos que apresentam múltiplos da quantidade estabelecida como lote padrão. Essa quantidade de títulos é prefixada pelas bolsas de valores. Quando um investidor opera comprando ou vendendo em múltiplos do lote padrão, sua ordem cai no Mercado Integral, onde estará disponível para investidores de maior porte, que também estão operando dentro do lote padrão.

·         Mercado fracionário (lote fracionário): Lote de títulos que apresenta uma quantidade de ações inferior ao lote-padrão estabelecido. Quando um investidor opera comprando ou vendendo em quantidades abaixo do lote padrão, sua ordem cai em um mercado paralelo chamado de Mercado Fracionário, onde estará disponível somente para investidores de pequeno porte, os quais também estão operando abaixo do lote padrão.
·          
Investimento & Especulação
As ações emitidas pelas companhias abertas podem ser convertidas em dinheiro a qualquer momento (desde que haja procura no mercado), por intermédio de uma Sociedade Corretora, através da negociação em bolsa de valores ou no mercado de balcão.
Independente, de qual tipo de análise (se fundamentalista, se técnica, quantitativa etc) se utilize para selecionar as ações, as 2 principais formas de se operar no mercado de ações são:
Investimento, onde se entra, dependendo do tamanho do aporte financeiro, ou como sócio - controlador ou majoritário; ou como sócio ou acionista minoritário; procurando selecionar empresas que tenham bons fundamentos econômicos. Quer pertençam ou não ao Ibovespa, sejam as chamadas blue chips, sejam as chamadas small caps, ou mesmo empresas pré-operacionais em início de atividade que apresentem grande potencial percebido de crescimento, as chamadas startups.
Em qualquer destes casos, a entrada do investimento é focado sobretudo na administração, desempenho ou (no caso das startups) potencial da empresa e, o ponto de saída/retirada do investimento (stop loss), quando os critérios utilizados para escolha da empresa para que esta fizesse parte da carteira de ações do investidor, já não são mais preenchidos.Sendo o principal objetivo financeiro a participação nos lucros e crescimento da empresa, de forma direta ou indireta (através do recebimento de dividendos por ex.).
E,Trading, termo em inglês que se refere especificamente à negociações efetuadas nos mercados financeiros. Neste caso a aplicação financeira em ações é focada sobretudo nas flutuações de preço (para cima ou para baixo), que ocorrem rotineiramente nas Bolsas de Valores, no curto e médio prazo. Neste tipo de aplicação, o que mais importa é a liquidez e volatilidade de cada ação escolhida. Sendo o principal objetivo financeiro do especulador que, ao longo do tempo a soma dos ganhos obtidos nas negociações bem sucedidas (mesmo que estas sejam em menor número) se mantenha acima da soma das perdas assumidas nas negociações fracassadas (mesmo que estas últimas representem um maior percentual do total de suas negociações).
Assim, em uma modalidade o fator principal para análise, aplicação, manutenção ou retirada de capital é o valor percebido das empresas no mercado, seja presente (blue chips) ou futuro esperado (small caps e start ups), sendo o preço um fator secundário e reflexivo, se tanto. Já na outra modalidade, o preço consensual momentâneo entre os participantes do mercado, é o fator principal, ou (dependendo da metodologia) um dos principais para análise, aplicação, manutenção ou retirada de capital.

Um erro muito comum entre a maioria dos participantes do mercado (mesmo entre profissionais, incluindo jornalistas especializados) é não ter estes conceitos básicos assimilados, e consequentemente nem os critérios de entrada, manutenção e saída de um investimento bem definidos. Assim, é comum que as pessoas em geral confundam frequentemente não apenas uma modalidade de aplicação de capital com a outra, mas também os critérios de cada uma, com consequências financeiras, não raro desastrosas. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Enem 2013: cinco temas de redação que podem aparecer na prova

O tema da redação do Enem tem grande capacidade de mexer com a imaginação e a curiosidade dos brasileiros. Por ser a única prova em que os candidatos podem alcançar nota máxima, a redação deixa candidatos e professores extremamente apreensivos na reta final da preparação para o Enem. Alguns professores de redação que deram cinco palpites de temas que podem aparecer no exame.

Sustentabilidade

Braulio Fernandes, professor do Colégio Qi, acredita que a sustentabilidade pode ser utilizada como tema. “Para este assunto, as propostas de solução devem envolver a responsabilidade dos consumidores sobre a degradação do meio-ambiente”. O professor de redação Paulo Sergio Pedrosa concorda com Bráulio quanto ao tema. Para ele, a conscientização da população sobre as questões ambientais pode ser cobrada na prova. “Temas como reciclagem e conscientização do consumidor são plausíveis com o Enem”.


Energia

A questão energética também pode aparecer na prova. Os impactos ambientais e sociais gerados pela atual composição da matriz energética brasileira são apostas do professor Paulo Sergio. “Alternativas às fontes atuais de energia têm grandes chances de estar presentes na prova”, afirma.

Manifestações

Depois de se estabelecerem como marco na história política do país, as manifestações de junho podem surgir como tema de redação. Para Braulio, o engajamento dos jovens na luta por mudanças na cena política brasileira pode aparecer na avaliação.

“A juventude assumiu um protagonismo como não se via há décadas. Organizaram-se através das redes sociais. O virtual levou ao real, assim como aconteceu na Primavera Árabe. Essa pluralidade de assuntos que se relacionam às manifestações tornam o tema um bom palpite para o exame”, reflete Braulio.


Mobilidade urbana

A mobilidade urbana, que voltou à tona com toda a força durante as manifestações de junho, requer complexas soluções de candidatos na redação do Enem. O professor Braulio explica: “Os candidatos precisam mostrar como o tema afeta a vida da população, propondo soluções amigáveis do ponto de vista ambiental e econômico”. 

Mulher na sociedade atual

A mudança do papel da mulher na sociedade é outra aposta para o tema da redação. Depois de conquistarem o direito a voto em 1932, as mulheres atualmente ocupam a Presidência da República e são maioria no eleitorado brasileiro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Ao abordar o tema, o candidato deve fugir dos clichês, como o sexo frágil, por exemplo. “Uma boa solução é falar dos direitos que a mulher tinha no século passado e os que têm hoje, abordando os problemas que ainda persistem. Violência doméstica e disparidade salarial entre homens e mulheres são boas saídas”, conclui o professor Paulo Sérgio.

Redação do Enem: dez erros que podem diminuir a nota dos candidatos

Redação (Educação Globo)
Candidato deve ficar atento aos erros mais comuns (Foto: Wikimedia Commons)Candidato deve ficar atento aos erros mais comuns (Foto: Wikimedia Commons)
Faltam apenas cinco dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na sua preparação, será que você parou para ver os erros mais comuns na redação da prova? Pode não parecer, mas tropeços na construção de frases e em estratégias de argumentação não passam em branco pelos corretores. É bom ficar atento para evitar esses erros e garantir uma boa nota, afinal, a redação vale mil pontos, ou seja, representa 20% da nota final.


A avaliação da redação do Enem segue uma matriz de referência composta por cinco competências, segundo o Guia do Participante. A primeira competência é o respeito à norma culta da língua. Segundo Isabel Veja, professora de língua portuguesa do Colégio Pedro II, pontuação, regência e concordância são os itens em que os candidatos mais falham. 

“Uma boa dica é não cometer o erro de pontuação separando sujeito e verbo por vírgulas. Outra boa dica, de concordância, é evitar colocar o sujeito depois do verbo. Erros de crase costumam aparecer em textos de alunos. Muitos são evitados quando os estudantes lembram que verbos não são antecedidos por crase”, explica Isabel. 


Enem 2013 (Foto: Wikimedia Commons)Redação exige que o candidato elabore propostas de solução (Foto: Wikimedia Commons)

Professora de língua portuguesa do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), ]Dilza Magioli chama a atenção dos candidatos para tempos e modos verbais. O mau uso deles compromete a argumentação – item chave da redação –, por prejudicar a construção das frases e o seu sentido. Dilza também lembra que o uso da linguagem coloquial não é permitido na prova do Enem. “Expressões da internet e gírias devem ser evitadas”, esclarece.



“Compreender a proposta de redação” é a segunda competência do exame que os participantes devem cumprir, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com Isabel, para se ter êxito nesta habilidade é importante ler o tema com calma e fazer um recorte, procurando uma linha de raciocínio a seguir. Para ela, essa é a melhor forma de evitar penalidades na hora da correção. 
“Fica mais fácil selecionar argumentos para o texto, que deve ser fundamentado com estatísticas e referências. Causas e consequências da situação proposta pelo Enem não podem ser deixadas de lado”, explica Isabel. 
A professora Dilza reforça que o candidato deve ter a capacidade de propor ideias para resolver os problemas apresentados pela redação: “O Enem espera que o aluno proponha soluções viáveis”, afirma. De acordo com a professora, os candidatos não podem elaborar uma solução vaga, difícil de ser alcançada. Para isso, é importante deixar claros os caminhos que levarão à solução proposta, sempre respeitando os direitos humanos. Dilza é complementada por Isabel, que estabelece três perguntas a serem respondidas pelos participantes na hora de elaborar a proposta de solução. São elas:
- O que fazer para mudar a situação? 
- Quem vai colocar a solução em prática? 
- Como colocar a solução em prática?


Guia do Participante com critérios de avaliação da redação (Foto: Valter Campanato/ABr)Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, apresenta o Guia do Participante em coletiva de imprensa (Foto: Valter Campanato/ABr)
Por falta de planejamento, muitos candidatos se perdem na hora de argumentar ou de propor soluções. Com isso, acabam ultrapassando o limite de trinta linhas e muitas vezes não atendem a uma ou mais competências da prova de redação. Dilza revela que criar um “esqueleto” antes de escrever o texto pode evitar o problema.
“Na folha de rascunho ou em uma página em branco do caderno de questões, o candidato pode listar o seu ponto de vista e argumentos que o sustentem. Na lista também deve constar uma proposta de solução e ideias para a conclusão – que deve ir de encontro ao ponto de vista”, finaliza.

Dez erros que podem diminuir sua nota na redação do Enem
Separar sujeito e verbo por vírgulas;
Colocar crase antes de verbos;
Usar gírias e expressões da internet;
Ler o tema da redação com pressa;
Fugir da proposta de redação;
Estabelecer um ponto de vista vago;
Não colocar causas e consequências da situação proposta pela prova;
Não separar os argumentos que vão construir o texto;
Propor soluções inviáveis, difíceis de serem concretizadas;
Desrespeitar os direitos humanos

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