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domingo, 12 de março de 2017

VIAGEM AO PASSADO: A usina que mexeu com o imaginário de muita gente em Serra Talhada

Fotos: Farol de Notícias/Alejandro García

O ciclo do algodão em Serra Talhada é um tema pouco explorado pela historiografia local, assim como tantos outros, o que acaba deixando uma grande lacuna no que se refere a “preservação da memória” da cidade.

Muitas praças, prédios públicos e privados que hoje fazem parte do conjunto arquitetônico da “Capital da Beleza Feminina” foram construídos no auge da produção de algodão, entre as décadas de 1930, 40 e 50. Um desses prédios é o da antiga usina de beneficiamento de algodão, que fica localizado na Rua Cornélio Soares.

Na se sabe em que ano ocorreu a construção da antiga usina, sabe-se apenas que ela possuiu mais de um proprietário, um deles foi Peixe Gomes, um dos empresários bem sucedidos da família Gomes, que no período em foco possuía vários empreendimentos. Também não se tem certeza se a usina pertenceu à empresa americana de beneficiamento Anderson Clayton, que tinha como preposto o ex- prefeito Cornélio Soares.

ARQUITETURA

O prédio é bastante amplo e nos fundo está uma chaminé de cerca de mais de 20 metros de altura, uma relíquia arquitetônica que deve ser preservada como símbolo da pujança do ciclo do “ouro branco” no Sertão do Pajeu. Do maquinário nada restou, sendo que apenas uma mensagem de alerta ao funcionário na área onde funcionava a produção nos faz viajar ao passado. Boa parte fachada do prédio permanece inalterada.
Após o declínio da produção do algodão o prédio da usina ficou sem uso, sendo utilizado apenas em momentos pontuais, como por exemplo, da grande cheia do rio Pajeú, em 1966, onde boa parte dos desabrigados foram alojados no interior da usina.

O QUE RESTOU

Por muitos anos os jovens que morava no entorno da Rua Cornélio Soares costumavam pular o muro dos fundos para ir brincar nas máquinas que ainda restavam ou para subir na chaminé, que ao longo dos anos passou a ser conhecida popularmente como “o bueiro da usina”.
Atualmente o prédio foi dividido em duas partes, em uma delas funciona uma funerária, e na outra o depósito da loja do empresário Wilson Godoy, o popular “Ilumina”. Segundo Wilson, a área total da usina deve ultrapassar os 4 mil m².

Em entrevista ao FAROL, o empresário relatou algumas histórias e momentos relacionados ao local. “Quando eu era criança as pessoas contavam que vários funcionários foram jogados no forno da usina, era algo assustador. Também me recordo de quando chovia todo mundo da rua ia tomar banho nas bicas da usina, era uma coisa marcante e divertida”, conta Godoy.

Do período áureo do algodão o empresário se recorda de ter ouvido dizer que a sua avó, dona Isabel Otaviano Alves de Barros, conhecida carinhosamente como Dona Bezeca, foi convidada pelo empresário e senador Assis Chateaubriand, em 1953, para ir para o Rio de Janeiro.

“Minha avó era muito ligada Igreja e gostava de cantar. Assis Chateaubriand estava aqui para participar da Festa do Algodão e ouviu a minha avó cantar. Ele gostou muito e a convidou para ir para o Rio de Janeiro para gravar um disco e fazer carreira como cantora, mas os pais dela não concordaram com ideia por que ela era muito jovem na época”, concluiu Wilson Godoy.

Aviso de alerta aos funcionários da antiga usina
Boca do Forno ainda é conservada
Wilson Godoy: “Cresci ouvindo histórias sobre a usina”

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Cientistas descobrem planetas com tamanhos parecidos ao da Terra em sistema a 40 anos-luz


Desde a detecção desse primeiro trio de exoplanetas há quase 10 meses, os pesquisadores monitoraram a TRAPPIST-1 a partir do solo, com o Telescópio Liverpool, e do espaço, com a ajuda de equipamentos da agência espacial dos Estados Unidos. Com isso, as estimativas iniciais apontam que os seis planetas mais próximos da estrela anã têm massas que são semelhantes à da Terra, além de possivelmente terem estruturas rochosas.
"Existir esse sistema com sete planetas é realmente incrível", disse Elisa Quintana, astrofísica da Nasa. "É possível imaginas quantas estrelas podem estar próximas e abrigar muitos e muitos planetas".
De acordo com a Nasa, todos orbitam a uma distância que possibilita a existência de água líquida em algum ponto de sua superfície, o que abre a possibilidade para que o sistema tenha condições de abrigar vida.
Gillon e seus colegas apontam que as características e a interação do sétimo planeta com os mais próximos à estrela precisam ser esclarecidos. De qualquer forma, o grupo também disse que observações adicionais são necessárias para afirmar com mais certeza quais são as propriedades de cada um desses novos planetas.

Detalhes preliminares

  • O sistema da TRAPPIST-1 fica na constelação de Aquário. Essa estrela é mais fria e vermelha que o Sol, de um tipo muito comum na Via Láctea.
  • Ele contém sete planetas, que foram chamados de b, c, d, e, f, g e h.
  • O telescópio espacial Spitzer, da Nasa, observou a TRAPPIST-1 durante 21 dias em 2016.
  • O trânsito do planeta h, mais longe da estrela anã, só foi visto pelo Spitzer uma vez.
  • O planeta b precisa de 1,5 dia da Terra para completar a órbita do TRAPPIST-1.
  • Os maiores planetas, o g e o b, são cerca de 10% maiores que a Terra.
  • Já os menores, o d e o h, são cerca de 25% menores que o nosso planeta.
Ilustração: a estrela anã TRAPPIST-1 e sete planetas em sua órbita (Foto: NASA / JPL-Caltech)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Um momento de rara beleza; abelha buscando néctar em flôr tipicamente sertaneja

Um momento de rara beleza; abelha buscando néctar em flor tipicamente sertaneja.

Fotos de Paulo César Gomes (imagens captadas com um aparelho celular).





domingo, 19 de fevereiro de 2017

VIAGEM AO PASSADO: As mudanças em Serra Talhada após 60 anos e os avanços urbanos do dia a dia





A fotografia em destaque foi tirada entre o final dos anos 50 e início dos anos 60, de um ponto privilegiado do cume da serra talhada por um fotografo desconhecido, no registro em preto e branco dar para perceber o quanto a cidade se expandiu urbanisticamente nas últimas seis décadas.

Ao fundo da imagem é possível ver dois clarões no meio da caatinga. Um deles era pista de pouso do campo de aviação, na região onde hoje está localizada a Rua José Joaquim de Lima, no bairro da AABB, o outro era do campo da Várzea, nesta área foi erguido o estádio “O Pereirão”.

Chama atenção na foto os contornos do açude da Borborema e as silhuetas bem definidas, e ainda naturais, do rio Pajeú. No canto direito da foto percebesse a existência de uma área isolada em forma de quadrado. Pela localização é possível dizer que se trata do cemitério, uma obra idealizada pelo ex-prefeito Luiz Lorena, no ano de 1957.

SERRA HOJE

A outra foto em destaque é de autoria do repórter  do FAROL, Alejandro García, e que ilustra a capa do livro História Perdidas de Serra Talhada (2015), ela foi tirada do cruzeiro que fica encravado na serra. A foto do repórter não é do mesmo ponto da feita há seis décadas, no entanto, retrata a beleza da cidade e o seu desenvolvimento arquitetônico atual.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O escritor Paulo César Gomes participou de evento para divulgar e de lançar o livro "As Duas Pedras. Contos e Prosas"

O escritor Paulo César Gomes participou de um evento de divulgação e de lançamento do livro "As Duas Pedras. Contos e Prosas" e também expôs outros trabalho de sua autoria. A exposição dos livros ocorreu durante a reunião do Grupo de Amigos de Serra Talhada, na AABB, em Recife, que realizada no último dia 10 de fevereiro.









domingo, 5 de fevereiro de 2017

DO PASSADO AO PRESENTE: O Pátio do Rosário dos anos 30 e a origem das algarobas ‘três marias’ em Sera Talhada; veja imagens

Por Paulo César Gomes, Professor, Pesquisador e Escritor  



A foto em destaque é do final dos anos trinta. Nela é possível verificar o grande numero de casas que compunham o centro da cidade. Dois prédio se destacam na Praça da Igreja do Rosário, na época era chamada de rua João Pessoa, das duas construções poucos se sabe.
Outro fato que chama atenção não existe árvores nas ruas da cidade, isso só comprova que não haviam projeto de arborização naquele período. Também destaque a imagem da antiga prefeitura municipal, que


ficava do lado direito da Igreja, e onde se pode ver que não haviam sido plantadas as tradicionais algarobas que enfeitam a rua dos Correios.


Lamentável. Essas algarobas foram podadas neste sábado (4) de forma estranha e sem muitas explicações pela Prefeitura Municipal.

A PRESENÇA DAS ALGAROBAS ‘TRÊS MARIAS’ EM SERRA TALHADA

A algaroba chegou a Serra Talhada por iniciativa do Professor J. B. Griffing, da Escola de Agronomia de Viçosa, Minas Gerais, que enviou as sementes da planta para a Estação Experimental da Fazenda Saco, no início dos anos 40. Na Estação Experimental, na época uma das maiores referências em agronomia do país, foram desenvolvidas as primeiras mudas da algaroba.

Em 1942, no dia da árvore, 21 de setembro, a diretora do então recém inaugurado Grupo Escolar Solidônio Leite, a Professora Maria Stella de Godoy Batista, junto com um grupo de alunos resolveram plantar as primeiras mudas de algaroba em frente ao prédio da prefeitura municipal, onde hoje funciona a coletoria estadual.

Naquela data foram plantadas cinco mudas, das quais apenas três sobreviveram, outras mudas posteriormente foram plantadas na própria escola e no Hospital Professor Agamenon Magalhães (HOSPAM).

As três primeiras mudas que sobreviveram são hoje conhecidas popularmente como “as três Marias” e por diversas razões já se incorporaram a paisagem e a memória histórica da cidade, mas que por questões desconhecidas, estas que são as primeiras algorabas plantadas no Brasil – há quase 75 anos – não são reconhecidas e nem tão pouco valorizadas. Ao invés de serem cuidadas, são bruscamente cortadas, literalmente, até o tronco.

O ideal é que elas fossem identificadas com placas de mármore, ou outro material, e que recebessem acompanhamento de biólogos periodicamente, desta forma, o local ficaria mais seguro e belo, e as plantas poderiam se tornarem uma atração turística.

Infelizmente a cidade de Serra Talhada é muito pobre no que se refere à preservação da sua identidade e de sua memória, mas o que se esperar de uma cidade na qual só se preserva apenas as pegadas deixadas por Lampião? Talvez se Lampião tivesse feito xixi nas “três Marias” elas estariam bem mais valorizadas.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Filme Nero, o imperador de Roma


Filme Nero, o imperador de Roma (Dublado e em HD) 

Mais do que uma biografia, Nero é a recriação de um período de mudanças radicais vividas por Roma durante o governo de um dos seus mais famosos e enigmáticos líderes. Durante os 31 anos em que comandou o imbatível Império Romano, Nero enfrentou poderosos inimigos externos, além da inveja dentro da sua própria família, que fez de tudo para destruí-lo. Cresceu entre homens e mulheres escravos e se apaixonou por uma delas. Mas, quando chamado pelo dever, o jovem é obrigado a abrir mão do seu amor, para assumir o poder e se casar com alguém a altura de suas raízes nobres. Depois de proclamado imperador, a loucura passa a tomar conta do novo líder, colocando em risco todo o Império Romano.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Vídeos do protesto dos movimentos sociais durante a visita de Michel Temer a Serra Talhada


Vídeos do protesto dos movimentos sociais durante a visita de Michel Temer a Serra Talhada, no dia 30 de janeiro de 2017. Imagens exclusivas.



Manifestantes fizeram o coro de ‘Fora Temer’ e enfrentaram forte esquema de segurança em Serra Talhada

Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias
Fotos: Alejandro García, para o Farol de Notícias

Durante a sua visita a Serra Talhada, para inaugurar a unidade do Campus do IF Sertão, o presidente Michel Temer foi recebido com protesto por parte dos movimentos sociais e do PT local. Segundo os organizadores estiverem presentes caravanas vindas de mais de 20 cidades da região do Pajeú e Sertão Central. Entres os movimentos estavam presentes a Fetape, MST, CUT e o movimento estudantil. O ato ainda contou o reforço dos  vereadores serra-talhadenses Sinézio Rodrigues e Manoel Enfermeiro, ambos do PT.

Além de protestar contra a presença de Temer, os manifestantes trouxeram cartazes e faixas contra a reforma da previdência e da educação, muitos deles diziam que o presidente estava se apropriando de uma obra deixada pela sua antecessora, Dilma Roussef. Durante o movimento foram ditas palavras de ordem como: ‘Fora Temer’. ‘Temer, você não é bem vindo aqui’ e Fora golpistas! Alguns manifestantes ainda ensaiaram gritos de volta Lula.

CHOQUE E FORÇA NACIONAL

O grupo que inicialmente era pequeno nas primeiras horas da manhã, logo foi crescendo com a chegada de várias caravanas.

À medida que aumentava o número de manifestantes, a preocupação da segurança presidencial também aumentava e começaram a colocar grandes de proteção para isolar os manifestantes, e em dando momento, recorreram à presença da tropa de choque para inibir os ânimos dos mais exaltados, apesar disso não houve confronto, apenas bate boca.

Já no final do evento a equipe presidencial, temendo um encontro da comitiva de Temer com os manifestantes, acionou a Força Nacional de Segurança, que chegou a se posicionar por duas vezes na porta da instituição de ensino.

Apesar da gritaria, a visita de Temer terminou de forma pacifica, no entanto, o presidente teve que ver e ouvir, tanto na chegada, como na saída, palavras e cartazes de reprovação ao seu governo.




domingo, 29 de janeiro de 2017

VIAGEM AO PASSADO: Imagens da antiga Estação Ferroviária de Serra Talhada

Paulo César Gomes (para o Farol de Notícias) 


A foto acima é do final da Rua Comandante Superior, possivelmente do ano 1958. O registro indica que as pessoas estavam voltando da Estação Ferroviário indo em direção ao centro da cidade.

Hoje nesse trecho da rua funciona de um lado o restaurante de Plínio e do outro o depósito da Tupan Construções.

Um ano antes, em 7 de fevereiro de 1957, os serra-talhadenses lotaram o pátio da Estação para presenciar a chegada do primeiro trem a Capital do Xaxado. Foi uma festa. Afinal, era o progresso chegando a Serra Talhada pelos trilhos da ferrovia. Um bom domingo de lembranças!


sábado, 28 de janeiro de 2017

OPINIÃO: A visita de Michel Temer prova que o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, colocou o PT no bolso

Por Paulo César Gomes, professor, escritor e pesquisador da história serra-talhadense / Foto: Arquivo Farol de Notícias


O prefeito Luciano Duque é o típico político que pode se dizer que nasceu “virado para a lua”.  Foi eleito com o apoio de um prefeito que possuía mais de 80% de aprovação e reeleito enfrentado dois jovens iniciantes na política, após ter convivido sem oposição por quatro anos.

Ainda conta o favor da sua maré de sorte, o fato de ser pela terceira vez, em menos de quatro anos, anfitrião de um Presidente da República, o que lhe coloca mais uma vez em evidência em toda a imprensa nacional.

A grande questão é que Luciano não faz uma gestão acima da média e que venha a merecer tanto reconhecimento e afagos de gente tão importante. O grande diferencial sem dúvidas é o fato dele ser do Partido dos Trabalhadores. Se Dilma veio duas vezes à cidade e Michel Temer está a caminho, uma das razões principais é que Duque é petista.

No entanto, o prefeito parece não dar muita bola para o seu partido, pois já disse que não morre de amores pelo PT e não participou do último encontro regional da legenda, realizado em Serra Talhada, porque preferiu privilegiar a sua agenda política, que incluía casamento e batizados. Sem contar que ele reduziu as secretarias gerenciadas pelo PT e ainda não nomeou petistas para o seu primeiro escalão.

Diante da força de Duque e para não arranhar a imagem do seu “pupilo”, o PT cala-se frente à visita do “golpista” Michel Temer, tanto a nível nacional, como regional. De quebra ainda coloca mordaças no MST, Fetape e CUT, além de outros movimentos sociais que foram as ruas dizer: “Temer é golpista!” ou “Fora Temer”.
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ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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