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sábado, 18 de janeiro de 2020

VIAGEM AO PASSADO: A beleza do Rio Pajeú na década de 1970 em Serra Talhada

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Noticias


A imagem em destaque é do leito do Rio Pajeú, no ano de 1977. Apesar da fotografia não possuir uma boa resolução, ainda assim é possível perceber como existia uma grande quantidade de areia no percurso do rio ao longo da trecho paralelo a zona urbana. No registro que foi feito de um ponto do bairro Bom Jesus, sentido ponte da Caxixola, verificamos a presença de um considerado volume de água.

A imagem, no entanto, traz uma triste constatação, a de que em 40 anos não ocorreram iniciativa dos órgãos públicos para preservar o rio, um exemplo foi a comercialização das areias do Pajeú, além da falta da falta de planejamento em relação ao despejo dos resíduos líquidos e sólidos produzidos na cidade.

Hoje, o leito do velho Pajeú  é dominado por algarobas, cercas, lixo e esgotos, bem diferente da realidade de 1977, onde o rio era um dos lugares mais frequentados e democráticos da cidade. Diferentes pontos do rio eram usados para banhos e para jogar bolas, entre tantas outras atividades de lazer e diversão.

VIAGEM AO PASSADO: O que restou do ‘Clube dos Velhos’ em Serra Talhada?

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Noticias



A foto em destaque é de 1977, nela podemos observar a fachada do clube da Sociedade Recreativa dos Tempos Idos (CSRTI) que funcionava como ponto de encontro e de lazer dos serra-talhadenses com mais de sessenta anos. Também era chamado de ‘Clube dos Velhos’ e existia na Rua Cornélio Soares.

Nos encontros, os frequentadores batiam papo, se confraternizavam, tocavam violão e dançavam em um clima bastante animado. Lá também era realizados um dos carnavais mais animados da cidade. O primeiro presidente do Clube foi José Pedro Jurubeba.

O mais curioso disso tudo é o fato de que Serra Talhada, com o passar dos anos, passou a ser uma cidade sem memória. Uma simples foto como esta é um achado arqueológico.

Ao mesmo tempo, fica o questionamento sobre a preservação de espaços como esses, ainda que o prédio da antiga usina esteja em bom estado de conservação, prédios onde funcionaram o clube Líder, a antiga AABB, o Forró da Bacurinha, o Batukão não existem mais.

E nem adianta falar do CIST, porque já encontra-se com os seus dias contados.

OPINIÃO: Eleições em Serra Talhada: Briga de criadores e criaturas

Por Paulo César Gomes, jornalista, escritor, pesquisador e professor com formação em História e Direito. É Mestre em História pela UFCG

Na noite desta quarta-feira, 18, a Dra. Márcia Conrado foi oficializada como a pré-candidata a prefeita de Serra Talhada, em 2020, do grupo politico do prefeito Luciano Duque.

Márcia tornou-se a preferida de Duque após ter deixado para trás nomes com mais projeção política, a exemplo do vice-prefeito Márcio Oliveira, Faeca Melo e do sempre candidato Dr. Nena Magalhães. Nessa conjuntura, Márcia será a segunda mulher a disputar a prefeitura da cidade, a primeira foi Penha Oliveira, em 1992.

O fato é que essa será a eleição em que haverá um confronto entre “os criadores versus as criaturas”. Luciano foi ‘criado’ pelo ex-prefeito Carlos Evandro, que é o líder das pesquisas eleitorais e ao que tudo indica, será o oponente de Márcia Conrado. Por outro lado, Carlos Evandro terá o apoio do deputado federal Sebastião Oliveira.

O curioso é que Sebastião ‘criou’ Victor Oliveira em 2016, que é hoje a voz com maior dissonância em relação ao restante da oposição. Para quem não se lembra, foi Sebastião que montou toda estrutura política e trouxe Marquinhos Dantas, Duquinho e André Maio para o palanque de Victor Oliveira na disputa de três anos atrás.

Nesse complexo jogo de xadrez, vencerá aquele que tiver a capacidade de canalizar pra si os votos dos eleitores que desde 2004 veem elegendo e reelegendo Carlos Evandro e Luciano Duque respectivamente.

Segundo as pesquisas, Victor e Márcia (as criaturas), até o momento só conseguem penetrar no núcleo central dos seus grupos políticos, diferente de Carlos Evandro (o criador), que conseguiu atrair pra si muitos eleitores do campo ‘duquista’ e ‘sebastianista’ o que o torna franco favorito a vencer as eleições de outubro de 2020. Mas como em política tudo é possível, nãos será surpresa se “as criaturas” vierem a derrotar os criadores”.

VIAGEM AO PASSADO: Lembranças da Planeta Terra de Serra Talhada

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Noticias


O “Viagem ao Passado” deste domingo convida o amigo leitor a adentrar pelo universo musical serra-talhadenses dos anos de 1980, um período nostálgico, onde a diversão rolava entre o CIST, a Concha Acústica e o Batukão.

Foi uma época em que as trilhas musicais das novelas e dos filmes estabeleciam uma relação direta com os jovens daquela geração. Possuir uma TV e um som 3 em 1 era símbolo de status social, apesar disso, tudo era motivo para festas e diversão.

Foi nesse cenário extrovertido que a Planeta Terra, que já era famosa por acompanhar o cantor Assissão, lançou o seu disco. Na imagem acima é possível ver a capa do LP, gravado em um estúdio da cidade do Recife, só que a foto da capa foi feita em uma das ‘ribanceiras’ próximas ao poço do curtume, no Rio Pajeú, a fotografia foi feita por Anacleto Reis.

Muitos pensam que este LP contém músicas de forró, mas na realidade ele é um trabalho totalmente autoral, com algumas baladas e também pop rock, todas as músicas compostas pelos componentes da banda, sendo três de Orlando Lima (Zé Orlando) e uma versão em português de um sing internacional feita por Assissão.

O disco foi lançando em 1986, faziam parte da banda Planeta Terra os músicos: Arnor de Lima (teclado), Zé Orlando (contra baixo), João Harmonia (guitarra e voz) e Douglas Batera (bateria). Dada à importância histórica da obra, o valor de um LP da banda em tempos atuais é incalculável.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Modelo recurso por não usar cinto de segurança

ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS DE INFRAÇÕES DO ESTADO DE [XXXXXX] - DETRAN/XX
Auto de Infração: XXXXXXXXX
[NOME], [ESTADO CIVIL], [PROFISSÃO], inscrito no CPF sob o nº XXX. XXX. XXX-XX, identidade nº XX.XXX.XXX-X, órgão expedidor: XXXXXXXXXXXXXXX CNH de nº XXXXXX, telefone: XXXX-XXXX, celular: XXXX-XXXX, e-mail: XXXXXXXXXXXXX, domiciliado na Rua XXXX, [Bairro], [Cidade], [Estado], Cep XXXXX-XX, vem, tempestivamente, à presença de V. Senhoria, apresentar
RECURSO ADMINISTRATIVO
pelos fatos e fundamentos abaixo elencados:
DA INFRAÇÃO
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.
DO VEÍCULO
Modelo: XXXXXX
Ano: XXXX
Placa: XXXXXXX
Renavam: XXXXXXX
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
No caso em tela, não há que se discutir o mérito da questão. Com efeito, o auto de infração foi lançado sob o código 518-51 – condutor sem cinto de segurança /518-52 – passageiro sem cinto de segurança, previstos no art. 167 do CTB.
Entretanto, no caso concreto, o veículo está com o dispositivo inoperante/ineficiente.
Com efeito, houve erro inequívoco no enquadramento da infração. No caso de cinto de segurança ineficiente e ou inoperante, o agente de trânsito deveria proceder à autuação pela infração prevista no art. 230, IX, código 663-72:
Art. 230. Conduzir o veículo:IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante.
A redação do art. 281parágrafo únicoI, do CTB, é no sentido de que, uma vez constatada a insubsistência do auto de infração, este deve ser arquivado.
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:I - se considerado inconsistente ou irregular.
Vislumbrada a insubsistência, deve ser arquivado o auto de infração.
Diante de todo o exposto, requer:
1. O deferimento do presente recurso, com consequente arquivamento por insubsistência, assim como cancelamento da multa indevidamente imposta e restabelecimento do pontos anotados no prontuário do condutor/recorrente.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[DATA]
_____________________________________
[ASSINATURA]

VIAGEM AO PASSADO: ‘Luca Doido’ era um patrimônio das ruas de ST

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



A foto em destaque é do popular ‘Luca Doido’ (a direita), figura muito conhecida em Serra Talhada nas décadas de 1970, 80 e 90. Na imagem ele aparece tomando uma ‘brahminha da antárctica’ tendo ao fundo o Bar Scorpius, do nosso amigo ‘Seu Carlos’.

Luca Doido foi uma das últimas figuras que viviam perambulando pelas ruas e que fazia parte do contexto social da cidade. Era um ‘excluído’ que era querido por todos. Infelizmente, até a nossa relação com os ‘doidos’ e ‘bêbados’, além dos ‘pedintes’ tem mudado.

A sociedade e todos os males que a sociedade moderna, e cada vez mais individualista e egoísta, tem criado mais zonas de exclusão. Se nos falta a esmola, ainda podemos dar um ‘bom dia’, um ‘boa tarde’, e até um ‘perdoe’. Um dos últimos serra-talhadenses que se encaixa no perfil, e na personalidade, de Luca Doido é Lenildo de Ana.

sábado, 30 de novembro de 2019

DE OLHO NA HISTÓRIA:Casarões abandonados guardam segredos de ST

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias

Na última quinta-feira (21), a reportagem do Farol visitou as ruínas de dois casarões, que ficam às margens da Avenida Gregório Ferraz Nogueira, e que podem conter elementos importantes sobre o povoamento de Serra Talhada. Segundo os relatos oficiais, as fazendas Serra Talhada e Saco, propriedades que deram origem a cidade, foram adquiridas pelo português Agostinho Nunes de Magalhães, no ano de 1700.

Acontece que Agostinho só veio a pagar os primeiros tributos em abril de 1757, quase seis décadas depois da aquisição das terras, quando segundo registros chegou à região. O curioso é que ele já chegou aqui com certa idade e de imediato contraiu matrimônio e teve seus filhos (Joaquim, Pedro, José, Damião, Manoel e Filadelphia). Uma das dúvidas que fica nas pesquisas é com relação ao exato período em que o português chegou a Serra Talhada. Nesse sentido, aguarda-se que as futuras pesquisas possam elucidar as indagações.

Diante destes fatos históricos, a reportagem foi até a região que antes dividia as duas históricas fazendas e conversou com o seu Mauro Magalhães sobre as ruínas dos casarões. Questionamos a possibilidade de terem sido construídas pelo próprio AgostinhoNunes de Magalhães, visto que as estruturas das edificações são feitas de pedras, tijolos e madeira, e com traços arquitetônicos raros para região sertaneja.


“Sempre ouvi dizer que a casa (a maior) foi construída pelo Major Lopita (Sebastião José Lopita de Magalhães), em 1848, e a outra casa (com a faixa parcialmente preservada) ele deu de presente a sua filha. Ela recebeu a casa, que já veio com uma senzala e escravos. O Major e sua esposa foram os doadores das (extensas áreas) terras para a Igreja de Nossa Senhora da Penha”, relatou Mauro Magalhães, que não soube dizer se as construções foram feitas durante a chegada de Agostinho Nunes de Magalhães.

PRESERVAÇÃO E TOMBAMENTO

A equipe do Farol visitou as ruínas e pode verificar a grandiosidade da parte externa e interna dos casarões, que se encontram a cerca de 1 km, da UAST/UFRPE. Apesar do abandono, é possível encontrar no local tornos e argolas de ferro encravadas em linhas de madeiras, que funcionavam com uma espécie de coluna de sustentação.

Outros detalhes são as espessuras das paredes que chegam a medir cerca 80 cm, além das caixas de madeiras usadas para sustentar as portas e janelas, vale registrar que o formato das janelas e portas lembram as que foram usadas na construção da Igreja do Rosário, erguida entre os anos 1789 e 1790.

As imagens feitas pelo repórter fotográfico, Max Rodrigues, deixam claro a necessidade de se tombar de imediato os casarões, e quem sabe, que sejam feitas obras de restauro para que os históricos imóveis possam nos dar uma ideia de como se deu o povoamento da cidade e de como era vida dos serra-talhadenses durante os séculos XVIII e XIX.

Link do video sobre os casarões: 















terça-feira, 19 de novembro de 2019

LITERATURA, MEMÓRIA E FICÇÃO: Vilabeliando é o mais novo livro de escritor serra-talhadense

Por Manu Silva, para o Farol de Notícias



O escritor, professor e colunista do Farol, Paulo César Gomes, se prepara para lançar o seu mais novo livro ainda este ano. “Vilabeliando, contos de uma cidade perdida no tempo”, que está sendo produzida pela Editora Hope, sediada no estado de São Paulo.

“Vilabeliando é um casamento perfeito entre a história e a literatura de ficção, tendo como pano de fundo a cidade de Villa Bella, sua gente e seus espaço urbanos. O livro é composto de 20 contos que são narrativas feitas sobre diferentes olhares, onde fatos verídicos ganham desfechos fictícios e lúdicos”, explica o escritor.

“Em Vilabeliando, os contos são reencontros na memória de cada serra-talhadense e seus visitantes, como uma cidade para cada leitor. Uma lembrança ufanista que revisita a nossa história e imaginação. Em seu primeiro livro inteiramente dedicado às narrativas do universo dos contos, ele traz leves toques de uma poética urbanística e apegada aos prazeres das miudezas da infância, juventude, cultura popular e costumes bem peculiares do sertanejo”, revela a jornalista, professora e repórter do Farol, Manu Silva, autora do prefácio do livro.

Além da versão impressa, Vilabeliando trará uma novidade, todo o seu conteúdo será publicado em e-book e estará disponível nas maiores plataformas digitais do planeta.

“A ideia é que o livro seja comercializado para outras regiões do país, rompendo assim as fronteiras que separam a nosso literatura os grandes centros. Por essa razão buscamos trabalhar a imagem da nossa cidade em uma perspectiva literal, onde cada leitor reconstrua através de sua leitura a sua Villa Bella”, concluiu Paulo César Gomes.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

VIAGEM AO PASSADO: Imagens da chegada do primeiro trem a Serra Talhada.

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



O Viagem ao Passado deste domingo buscar corrigir um erro histórico em relação a chegada do trem ao município de Serra Talhada, e essa informação pode ser confirmada através da foto acima, que foi cedida pelo vereador Dedinha Ignácio, onde podemos ver um trem de carga, com uma bandeira do Brasil à frente da locomotiva, muita pessoas nos vagões, e sendo acompanhado por dezenas de curiosos.

A imagem foi feita nas proximidades do bairro da Cagepe, a poucos metros de onde estava sendo construída a Estação Ferroviária, ainda no ano de 1955.

Na fotografia abaixo é possível ver o mesmo trem já na estação e cercado pela população. Nota-se então, que muitas obras ainda estavam sendo realizadas no intuito de que fosse definitivamente inaugurada.

Ocorre que o evento de inauguração só foi realizado em 07 de fevereiro de 1957. Traçando um paralelo com fatos atuais, no ano de 2018, a cidade recebeu um voo teste da empresa Azul Linhas Aéreas, mesmo sem o aeroporto estar com as obras concluídas. Isso nos levar a concluir que ocorreu um espécie de viagem teste do trem no ano de 1955.

No próximo domingo traremos fotos inéditas da solenidade de inauguração da Estação Ferroviária de Serra Talhada.

Com informações do livro “SERRA TALHADA: Cem anos em quarenta (1940-1980)

terça-feira, 12 de novembro de 2019

VIAGEM AO PASSADO: Desfile Cívico em Serra Talhada em plena Ditadura Militar

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



O Viagem ao Passado deste domingo convida o leitor a passar pela nostalgia dos antigos desfiles cívicos que eram realizados em Serra Talhada. A imagem é de 07 de setembro de 1972, ano em que o Brasil completou 150 anos de independência.

Um dos carros alegóricos faz alusão a data festiva e um outro, a réplica de um tanque de guerra, destaca uma mensagem que deixa claro que o país vivia o período da famigerada Ditadura Militar.
Na fotografia também é possível ver que uma grande multidão se formou para ver o desfile na rua 15 de Novembro, atual Enock Ignácio, nas proximidades do prédio da Prefeitura Municipal.

Vários professores, militares e autoridades, se juntaram à população para prestigiar o evento cívico. Na varada do casarão do falecido empresário Valme Olavo, um grupo de pessoas acompanha a passagem do desfile de um local privilegiado.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

VIAGEM AO PASSADO: A história da cafetina que se transformou em beata

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



A foto em destaque é da beata Maria Cordeiro, que nas décadas de 1960 e 1970, era responsável por tocar o sino da Igreja Matriz da Penha, e em muitas ocasiões, ela tocava o sino quando o corpo de alguém falecido era levada em seu caixão a até a Igreja antes do sepultamento, essa tradição se perdeu com o tempo, mas a lembranças de Maria Cordeiro permanece no imaginário popular do serra-talhadenses.

Maria Cordeiro costumava usar uma espécie de vestes da Ordem Franciscana, na cor azul escura, um cordão de São Francisco e um lenço branco sobre a cabeça. De aparência sisuda, ela chegava a meter medo nas crianças da época.

Apesar de toda excentricidade, a beata carregava consigo uma grande história de transformação do seu modo de vida. Segundo alguns contemporâneos da Maria Cordeiro, ela teria passado por um processo de conversão, isso ocorreu logo após a realização de uma missão realizada pelo Frei Damião na cidade.

Consta que Maria era uma espécie de cafetina, e que após ouvir a pregação Frei Damião, abandonou a vida mundana, dou-o os seus bens materiais e passou a se dedicar a vida de servidão a fé cristã.

A beata gozava da confiança e do respeito do Padre Jesus, o que lhe permitiu ser sepultada em um túmulo que pertencia a Igreja – localizada na entrada do cemitério local – a pedido do Padre. Na lápide da sepultara é possível ver a seguinte frase: “Rezai por caridade por Maria Cordeiro”.

domingo, 3 de novembro de 2019

OPINIÃO: O mito, o porteiro, a casa 58 e o retorno do AI-5 ao Brasil

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



Nas últimas semanas os brasileiros se depararam com uma série de fatos que colocam em xeque o discurso de que Jair Messias Bolsonaro, é um “Mito”, e o de que a sua família é um bom exemplo para os políticos brasileiros, vale também uma menção honrosa ao ex-todo poderoso Sérgio Moro, que hoje mais parece um moleque de recados do presidente.

Na semana passada, o fantasma de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, voltou a assombrar ‘o clã Bolsonaro’. Nos áudios divulgados, Queiroz deixa claro que ainda tem muita influência junto aos patrões e que quer ser blindado junto as investigações. O curioso é que a família que se julgava imaculada e pura, e que dizia que os corruptos eram os ‘esquerdistas’ e os militantes dos movimentos sociais, não é capaz de escapar da sombra de Queiroz e nem explicar ‘a função social’ do dito cujo junto a família. Leia-se os inúmeros depósitos na conta de Flávio e o cheque para a primeira dama.

Já nessa semana, o ex-candidato a embaixador do Brasil no Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, defendeu a ampliação de um AI-5, caso a esquerda brasileira se torne uma ameaça. É difícil entender que alguém que se projetou politicamente através de mandatos populares conseguido através do voto, venha a defender um regime de exceção, uma ditadura, e uso como argumento a atuação da esquerda! Aqui pra nós, a esquerda brasileira é extremamente dividida e a maior dela parte só sabe dizer: Lula livre! Não restam dúvidas que os golpista de 1964 foram mais inteligentes do que a família Bolsonaro, pelo menos nos argumentos. E vale ressaltar que no dia 05 de novembro ocorrerão atos contra o AI-5 em todo o Brasil.

E o caso Marielle?

Mas o mais escabroso dos episódios diz respeito a lenta e deturpada investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e principalmente, quando essas investigações, conduzidas por Promotores e Policiais assumidamente bolsonaristas, deparam-se com um depoimento de um simples porteiro, que afirmou que no dia 14 de março de 2018, estava trabalhando no Condomínio Vivendas da Barra, na Av. Lúcio Costa, Barra da Tijuca- RJ, e que no exercício de suas funções, registrou no livros de controle dos acessos ao condomínio, o ingresso do veículo Logan placa AGH 8202, tendo como destino a casa de número 58. O carro em questão era dirigido por Élcio Vieira e ocorreu às 17h10. Poucas horas depois, Élcio participaria do assassinato de Marielle e Anderson.

O detalhe mais importante da narrativa do porteira é de que Élcio queria ir para a casa 58, e que por isso ligou duas vezes para o “Seu Jair”. Na primeira ligação recebeu autorização para deixar o carro entrar. Na segunda, questionou o fato de o visitante – segundo os registros – ter ido para a casa 66 e não para a 58. Então, segundo o depoimento, “Seu Jair” disse que “sabia para onde Élcio estava indo”. O Jair em questão hoje é o presidente do Brasil e na oportunidade estava em Brasília. Só que a portaria do condomínio não possui interfone, o que indica que porteiro ligou para o “Seu Jair” de outro aparelho e ele poderia ter respondido mesmo sem está no condomínio.

Élcio foi para a casa 66, que na época era ocupada por Carlos Bolsonaro, conhecido como o ‘Pit bull’. Carlos era companheiro de vereança de Marielle, e segundo novas revelações do caso, discutiu com um assessor da vereadora dia antes dos assassinatos.

Apesar do discurso de ódio feito pelo “Seu Jair” contra a Rede Globo, logo após a emissora ter tornado público o depoimento do porteiro e do afastamento da Promotora bolsonarista, uma nova perícia deve ser feita e colheita de provas devem ser intensificadas, até para que nenhuma dúvida paire sobre o caso.
Mas falando fracamente. Não é estranho que após as investigações chegarem a porta da casa 58 e de que a voz do “Seu Jair” ecoa de dentro do imóvel, ocorra uma tentativa de se desqualificar os depoimento do porteiro e de que seja dada uma nova interpretação as provas existentes? E me surpreende também o fato de que uma família acostumada a defender torturadores e a volta da Ditadura Militar, que grita em alto bom som que vai metralhar adversário políticos, não tenham feito nenhum ‘gesto de solidariedade’ em relação aos familiares de Marielle e Anderson!”

Com a palavra os defensores da família, da moral, da ética, dos bons costumes, da nova política e do combate a corrupção.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...