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quinta-feira, 12 de março de 2020

VILABELIANDO. CONTOS DE UMA CIDADE PERDIDA NO TEMPO

SAÚDE: Como a quarentena foi usada para combater doenças ao longo da história

Na província chinesa de Hubei, mais de uma dúzia de cidades estão isoladas do mundo, na esperança de prevenir novos casos de coronavírus. E países ocidentais também estão colocando as pessoas que retornam de Wuhan, a cidade no centro do surto, em isolamento forçado por até duas semanas.
No domingo, o governo brasileiro anunciou que trará de volta os brasileiros que estão em Wuhan e os colocará em quarentena. Mais cedo, a BBC News Brasil havia revelado que um grupo de brasileiros na China fez um apelo ao governo de Jair Bolsonaro para a retirada de cidadãos do país afetado pelo surto do coronavírus.
A quarentena é um recurso usado há muito tempo para evitar que doenças se espalhem. Geralmente implica manter um grupo de pessoas separado e isolado do público em geral.
O termo em si faz referência ao primeiro exemplo conhecido do método de isolamento.
Quando a peste negra se espalhou pela Europa durante o século 14, Veneza aplicou uma regra em que navios tinham que ancorar por 40 dias antes que a tripulação e passageiros pudessem desembarcar. O período de espera foi denominado “quarantino”, que deriva da palavra em italiano para o número 40.
Não está claro de onde surgiu exatamente o conceito dos 40 dias, explica Mark Harrison, professor de história da medicina na Universidade de Oxford. Uma possibilidade é que tenha sido uma referência bíblica — a ideia de passar 40 dias e 40 noites no deserto como Jesus teria feito.
Com o tempo, a duração da quarentena foi encolhida, mas o isolamento continua sendo chave para limitar surtos de doença ao redor do globo.
No Reino Unido, um dos exemplos mais famosos é o da aldeia inglesa de Eyam, que se colocou de quarentena durante a peste bubônica. Entre setembro e dezembro de 1665, 42 moradores do vilarejo morreram. Em junho de 1666, o recém-nomeado pároco da aldeia, Willliam Mompesson, decidiu que a vila deveria ser colocada em quarentena.
Fonte: Terra

Pernambuco confirma primeiros casos de coronavírus

FolhaPE


Pernambuco confirmou os primeiros dois casos importados do novo coronavírus (Sars-CoV-2), hoje. Os pacientes são um casal, uma mulher de 66 anos e um homem de 71 com viagem recente para a Itália, segundo país com mais casos do vírus no mundo. Ambos residem no Recife. Ela está em um hospital privado na capital pernambucana e ele está na UTI desta mesma unidade de saúde. Os sintomas relatados pelo casal são febre, tosse e problemas respiratórios. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa pelo secretário de Saúde do Estado, André Longo. 
Além dos dois confirmados, um dos 17 casos suspeitos do novo coronavírus trata-se de um contato desse casal. Esse paciente teve contato direto com os dois e está em tratamento domiciliar. Ele aguarda o resultado do teste para covid-19. Caso seja positivo, será o primeiro registro de contaminação local do novo coronavírus.
Em balanço divulgado na tarde de ontem, a SES-PE havia informado que subiu para 17 o total de casos suspeitos no Estado. Outros 22 foram descartados, totalizando 39 notificações desde o dia 24 de fevereiro. Dos 17, três estão em isolamento hospitalar em unidades de saúde. Os demais foram encaminhados para isolamento domiciliar. Segundo a pasta, todos apresentam quadros de saúde estáveis e com boa evolução clínica.
Os laudos oficiais do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, ainda não foram oficialmente divulgados, mas o secretário André Longo adiantou que mais sete casos foram descartados. Entre esses descartes, duas crianças. Com a confirmação dos casos, Pernambuco passa a ser o terceiro estado do Nordeste a registrar o vírus, acompanhado da Bahia, com três casos, e de Alagoas, com um caso.

quarta-feira, 11 de março de 2020

MEDICINA: OMS decreta pandemia do novo coronavírus. Saiba o que isso significa

Fonte:https://saude.abril.com.br/

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que vivemos uma pandemia do novo coronavírus, chamado de Sars-Cov-2. “Nas últimas duas semanas, o número de casos de Covid-19 [doença provocada pelo vírus] fora da China aumentou 13 vezes e a quantidade de países afetados triplicou. Temos mais de 118 mil infecções em 114 nações, sendo que 4 291 pessoas morreram”, justificou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A definição de pandemia não depende de um número específico de casos. Considera-se que uma doença infecciosa atingiu esse patamar quando afeta um grande número de pessoas espalhadas pelo mundo. A OMS evita usar o termo com frequência para não causar pânico ou uma sensação de que nada pode ser feito para controlar a enfermidade.
Mas como esse anúncio interfere no manejo do novo coronavírus? Na verdade, ele serve apenas como um alerta para que todos os países, sem exceção, adotem ações para conter a disseminação do problema e para cuidar dos pacientes adequadamente. Não se trata, portanto, de um novo pacote de diretrizes — as recomendações da entidade seguem as mesmas.

“Estamos chamando todos os países para ativar e intensificar mecanismos emergenciais de resposta, buscar casos suspeitos, isolar, testar e tratar todo episódio de Covid-19, além de traçar as pessoas que tiveram contato com ele”, afirmou Ghebreyesus. “Preparem-se, detectem, protejam, tratem, reduzam o ciclo de transmissão, inovem e aprendam”, resumiu.

Organização Mundial de Saúde decreta: coronavírus é pandemia

Do BR 247
Diretor-geral da OMS declara pandemia por coronavírus — Foto: Fabrice Coffrini/AFP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11) que o surto da doença Covid-19, causada pelo novo coronavírus, é uma pandemia. Segundo a OMS, há agora mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 pessoas perderam a vida.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a mudança do status do surto não altera as recomendações de controle dadas aos países. "Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leve ou descuidada. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários. A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse coronavírus. Não muda o que a OMS está fazendo e nem o que os países devem fazer".
“Nunca vimos uma pandemia provocada por um coronavírus. E nunca vimos uma pandemia que possa ser controlada, ao mesmo tempo. A OMS está em modo de resposta completa e de total atenção desde que foram notificados os primeiros casos", complementou o diretor da OMS.
O diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, reforçou que a OMS não mudará suas recomendações após a classificação de pandemia. 

Descubra quais foram as piores epidemias ao longo da história

Escrito por Ana Ligia

Ao longo da história, a humanidade presenciou epidemias que chegaram a ser tão mortíferas quanto verdadeiras guerras. Bilhões de pessoas já chegaram a morrer em cerca de 100 anos em decorrência de apenas uma doença.
Epidemia é quando uma enfermidade ganha uma proporção de contaminação excessivamente maior do que o considerado “normal”. Conheça quais foram as maiores e piores epidemias da história da humanidade.

Peste Negra

A doença que ficou também conhecida como peste bubônica alastrou a Europa durante o século 14 e matou aproximadamente metade da população, cerca de 75 milhões de pessoas.
A peste negra é transmitida através da bactéria Yersinia pestis, normalmente encontrada em roedores e sendo transmitida para o humano a partir do animal. A doença também pode ser contraída através do contato com seres humanos infectados com a enfermidade.
O problema foi um dos maiores desastres da Europa (que também atingiu China e Índia) e foi combatido à medida que se melhorou o saneamento básico e a higiene das cidades.

Gripe Espanhola

Apesar do nome, a doença não se restringiu apenas à Espanha e contagiou quase todos países. Considerada a maior epidemia do mundo, matou cerca de 50 milhões de pessoas em apenas um ano.
Também conhecida como “a gripe de 1918” a pandemia causada pelo vírus influenza surgiu um ano após a primeira Guerra Mundial. Acredita-se que a doença ganhou forças graças ao transporte e as linhas de abastecimento que aconteceu durante e depois da batalha.

Tuberculose

A também conhecida peste branca já foi considerada, por muitos, uma “doença romântica” por ser sempre idealizada em obras artísticas e literárias e por ter sido a causa da morte de grande parte dos escritores e intelectuais.
No século 17 a epidemia chegou a matar uma em cada sete pessoas enfermas. Em cem anos ela causou o óbito de aproximadamente 1 bilhão de pessoas.
Mesmo sendo uma doença hoje em dia mais controlada, ainda existem vários casos de tuberculose pelo mundo, principalmente em países mais pobres. Um problema altamente contagioso que ataca principalmente os pulmões.
Descubra quais foram as piores epidemias ao longo da história
Foto: Depositphotos

Malária

Desde a antiguidade é uma doença que afeta milhões de pessoas. Um número tão forte, que é difícil existir uma quantidade certa de pessoas que a malária já matou. Mas calcula-se que cerca de 300 milhões de pessoas contraem a doença por ano. Estima-se ainda que no início do século 20 a porcentagem era 10% maior do que a atual.
A contaminação acontece através da picada do mosquito Anopheles. A doença destrói os glóbulos vermelhos, células do fígado e artérias que levam sangue até o cérebro.

Aids

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é uma epidemia relativamente nova, mas que já fez (e ainda faz) grandes estragos. Identificada nos anos 80 nos Estados Unidos, com um pouco mais de 30 anos a doença já matou cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo.
Acredita-se que o vírus tenha sido transmitido para os humanos através do macaco. Seu contágio se dá a partir do contato com o sangue contaminado.
Ainda não foi descoberta uma cura para a doença, mas existem tratamentos adequados para diminuir os sintomas.

Febre amarela

A doença se alastrou quando os europeus começaram a trazer escravos da África. Junto à essas pessoas, algumas enfermidades vinham também e uma delas foi a febre amarela. Entre 1960 e 1962, ela matou cerca de 30 mil pessoas só na Etiópia. Seus principais locais de contagio foram nos continentes das Américas e africano.
A febre amarela também é transmitida através da picada de um mosquito portador do vírus. Apesar do controle, comparando aos séculos passados, a doença ainda mata muitas pessoas nos países da África e América do Sul.

Cólera

A cólera teve sua primeira epidemia global em 1817 e chegou a matar centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo.
O contágio da doença se dá, principalmente, através da água contaminada. Mas pode ainda ocorrer com contato direto com pessoas que portam a bactéria.

Tifo

Uma doença que atinge países de terceiro mundo com misérias e péssimas condições de higiene. Ao longo da história ela também surgiu nos campos de refugiados ou contrações, matando até três milhões de pessoas em apenas quatro anos (1918-1922).
É uma doença bacteriana adquirida através de pulgas, carrapatos e piolhos.

Varíola

Só em 84 anos (1896-1980) 300 milhões de pessoas morreram vítimas da varíola, principalmente na população indígena. Entre as diversas doenças que os europeus trouxeram ao colonizar as terras, o vírus da varíola foi uma delas.
No século 18 a varíola foi responsável por 10% da causa de mortes na Inglaterra e levou ao óbito mais de um terço da população infantil.

terça-feira, 10 de março de 2020

Zygmunt Bauman

Fonte: https://www.ebiografia.com/



Zygmunt Bauman (1927-2017) foi um sociólogo, pensador, professor e escritor polonês, uma das vozes mais críticas da sociedade contemporânea. Criou a expressão “Modernidade Líquida” para classificar a fluidez do mundo onde os indivíduos não possuem mais padrão de referência.
Zygmunt Bauman (1927-2017) nasceu em Poznan, Polônia, no dia 19 de novembro de 1925. Filho de judeus, em 1939, junto com sua família, escapou da invasão das tropas nazista na Polônia e se refugiou na União Soviética. Alistou-se no exército polonês no front soviético. Em 1940 ingressou o Partido Operário Unificado – o partido comunista da Polônia. Em 1945 entrou para o Serviço de Inteligência Militar, onde permaneceu durante três anos.

Formação

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Zygmunt voltou para Varsóvia. Conciliou sua carreira militar com os estudos universitários e com a militância no Partido Comunista. Estudou Sociologia na Academia de Política e Ciências Sociais de Varsóvia. Casou-se com Janina Bauman, uma judia de família próspera que sobreviveu aos horrores da invasão nazista. Zygmunt viveu com Janina (também escritora) até sua morte em 2009.
Bauman ingressou no mestrado na Universidade de Varsóvia. Em 1950, deixou o Partido Operário. Em 1953 foi expulso do Exército da Polônia. Em 1954 concluiu o mestrado e tornou-se professor assistente de Sociologia na mesma Universidade. Durante muitos anos se manteve próximo à ortodoxia marxista, mas depois passou a fazer severas críticas ao governo comunista da Polônia, sofrendo perseguições durante 15 anos.
Em março de 1968, uma série de protestos de professores, estudantes e artistas que lutavam contra a censura do regime, culminou com o expurgo antissemita que obrigou muitos poloneses de origem judia a deixarem o país. Brauman e sua mulher foram expulsos da Polônia. Exilado em Israel, lecionou na Universidade de Tel-aviv. Em 1971, foi convidado para lecionar Sociologia na Universidade de Leeds, Inglaterra, onde também dirigiu o departamento de sociologia da Universidade até sua aposentadoria, em 1990.
Durante mais de meio século, Zygmunt Bauman foi um dos mais influentes observadores da realidade social e política. É descrito como um pessimista, que entra no coro dos que criticam a pós-modernidade, em busca das causas do processo social perverso, no mundo das ideias do pensamento anticapitalista.

Modernidade Líquida

Zygmunt criou o termo “modernidade líquida” – título de um livro seu publicado em 2000 – para descrever as transformações do mundo contemporâneo, no qual nada é sólido: tudo se dilui no ar.
Em sua última obra, “Estranhos à Nossa Porta”, observa a crise dos refugiados que batem à porta da Europa.
Zygmunt Bauman faleceu em Leeds, Inglaterra, no dia 9 de janeiro de 2017.

Obras de Zygmunt Bauman

  • Pensando Sociologicamente (1990)
  • Modernidade e Ambivalência (1991)
  • Vidas em Fragmentos (1995)
  • O Mal-estar da Pós Modernidade (1997)
  • Globalização (1998)
  • Em Busca da Política (1999)
  • Modernidade Líquida (2000)
  • Comunidade (2001)
  • Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos (2003)
  • Vidas Desperdiçadas (2003)
  • Vida Líquida (2005)
  • Medo Líquido (2006)
  • Vida Para Consumo (2007)
  • Tempos Líquidos (2007)
  • Cegueira Moral (2014)
  • A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? (2015)
  • Estado de Crise (2016)
  • Estranhos à Nossa Porta (2016)
Por Dilva Frazão
Possui bacharelado em Biblioteconomia pela UFPE e é professora 
do ensino fundamental. Desde 2008 trabalha na redação e revisão de conteúdos educativos para a web.

Bolsa despenca 12% mesmo com parada, em dia tenso; é maior queda desde 1998

Do UOL, em São Paulo 
09/03/2020 17h02Atualizada em 09/03/2020 17h56 

A segunda-feira (9) foi um dia de caos nos mercados globais e aqui no Brasil, com uma guerra no preço do petróleo somando-se aos efeitos do surto de coronavírus. Apesar de uma suspensão temporária pela manhã, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com forte queda de 12,17%, aos 86.067,20 pontos —mesmo nível de dezembro de 2018, antes de Jair Bolsonaro assumir a Presidência. É a maior queda percentual diária desde setembro de 1998, ano marcado pela crise financeira russa. As ações da Petrobras lideraram as perdas, com um tombo de quase 30%.

A Bolsa brasileira teve as negociações suspensas durante 30 minutos por volta das 10h30 após despencar na manhã desta segunda-feira (9). A interrupção é um mecanismo automático, chamado de "circuit breaker", acionado quando há uma queda de mais de 10%. Isso não acontecia desde maio de 2017, quando Michel Temer foi acusado pelo empresário Joesley Batista de integrar um esquema de corrupção. Após a interrupção, a Bolsa voltou a operar em forte queda, mas não chegou a passar de 15%, limite necessário para uma nova parada.

O dólar comercial fechou em alta de 1,97%, a R$ 4,726 na venda. Este é o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento desde a criação do Plano Real. O dólar subiu forte mesmo após o Banco Central ter feito uma intervenção reforçada no mercado de câmbio (leia mais abaixo). O dia foi de caos nos mercados mundiais, com o derretimento das Bolsas na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos, após uma disputa de preços entre a Rússia e a Arábia Saudita derrubar a cotação do petróleo em mais de 20%. 

Lei do feminicídio: entenda o que mudou

FONTE: https://aurineybrito.jusbrasil.com.br/
Por Auriney Brito
Publicado em 2015

Entrou em vigor hoje a lei 13.104/15. A nova lei alterou o código penal para incluir mais uma modalidade de homicídio qualificado, o feminicídio: quando crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
O § 2º-A foi acrescentado como norma explicativa do termo "razões da condição de sexo feminino", esclarecendo que ocorrerá em duas hipóteses: a) violência doméstica e familiar; b) menosprezo ou discriminação à condição de mulher; A lei acrescentou ainda o § 7º ao art. 121 do CP estabelecendo causas de aumento de pena para o crime de feminicídio.
A pena será aumentada de 1/3 até a metade se for praticado: a) durante a gravidez ou nos 3 meses posteriores ao parto; b) contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência; c) na presença de ascendente ou descendente da vítima.
Por fim, a lei alterou o art. 1º da Lei 8072/90 (Lei de crimes hediondos) para incluir a alteração, deixando claro que o feminicídio é nova modalidade de homicídio qualificado, entrando, portanto, no rol dos crimes hediondos.
De acordo com o Instituto Avante Brasil (www.institutoavantebrasil.com.br) uma mulher morre a cada hora no Brasil. Quase metade desses homicídios são dolosos praticados em violência doméstica ou familiar através do uso de armas de fogo. 34% são por instrumentos perfuro-cortantes (facas, por exemplo), 7% por asfixia decorrente de estrangulamento, representando os meios mais comuns nesse tipo ocorrência.
O debate que se inicia agora é: transformar em crime hediondo reduzirá os números de homicídio contra mulher? Ou estamos diante de mais uma lei simbólica, eleitoreira e populista?

Dólar alto? Entenda por que ele sobe e desce tanto

Fonte: https://blog.nubank.com.br/
Talvez você saiba que o dólar está sempre oscilando, mas entende exatamente o porquê – ou por que isso importa para nós, no Brasil?
Para além do efeito mais imediato no bolso do brasileiro (o aumento de custo em viagens ao exterior), a cotação do dólar é um reflexo de vários fatores na economia.
A seguir, veja o que faz o dólar subir ou cair e como isso afeta a vida das pessoas.

Dólar comercial ou turismo?

Começando do início: existem dois tipos de dólar, o comercial e o turismo. Explicamos em detalhes a diferença entre eles aqui, mas, em linhas gerais…

Dólar turismo 

É o que pode ser comprado por pessoas físicas – por exemplo, na hora de trocar dinheiro vivo para viajar. Na prática, ele costuma ser mais caro porque, entre outras coisas, o volume de cada transação é relativamente pequeno.

Dólar comercial

É aquele negociado por empresas ou instituições financeiras. Ele costuma ser mais barato justamente pelo volume das transações: como empresas ou instituições movimentam grandes quantias, o preço do dólar fica menor.
Ao ler o noticiário econômico, o mais comum é que as reportagens estejam falando sobre o dólar comercial, já que é o valor dele que impacta a economia.

Como funciona a oscilação do dólar?

Dólar: montanha russa subindo
O dólar comercial é usado em transações comerciais (do governo e dos bancos), para compra e venda de mercadorias, investimentos, importações e exportações. A explicação mais simples para sua variação – diária e ao longo do dia – é justamente a oferta e demanda do mercado.
Ou seja: quando sobra dólar no mercado, a cotação fica mais baixa. Quando tem mais gente comprando dólar, a cotação sobe.

Por que o dólar sobe?

Basicamente, há três fatores principais que causam essa oscilação:
  • Déficit da balança comercial: quando o Brasil importa mais do que exporta, a oferta de dólares diminui, o que puxa pra cima a cotação da moeda.
  • Gastos no exterior: um número elevado de turistas brasileiros fora do país gera uma demanda maior por dólares que serão gastos fora do Brasil.
  • Juros dos Estados Unidos: quando os juros americanos sobem, a tendência é que investidores no Brasil levem seu dinheiro para fora, já que os rendimentos lá ficam mais altos.

Por que o dólar cai?

Os mesmos fatores que causam a alta da moeda americana, se aplicados ao contrário, explicam a queda em relação ao real:
  • Superávit comercial: quando empresas brasileiras vendem mais produtos no exterior, entram mais dólares no país, aumentando a oferta.
  • Gastos de estrangeiros: a entrada de turistas estrangeiros no Brasil também traz mais da moeda para o país.
  • Juros do Brasil: quando os juros brasileiros sobem, vale a pena para investidores trazerem seu dinheiro, já que os rendimentos aqui ficam mais altos.

Dólar alto: o que isso significa?

Dólar: estátua da liberdade com um traço no meio
A economia é dinâmica e, portanto, há uma série de fatores além dos citados acima que podem influenciar a moeda para cima ou para baixo.
Se o mercado tem a percepção de que um país está em uma situação política turbulenta, por exemplo, os investidores tendem a tirar seu dinheiro de lá. Se o governo demonstra que a economia está se fortificando, por outro lado, entra mais moeda no país. Até mesmo acontecimentos em outros países, sem nenhuma relação aparente no Brasil, podem influenciar a cotação.

Quais os efeitos da variação do dólar?

De imediato, a oscilação do dólar impacta principalmente quem vai viajar, já que ele baliza os preços das passagens, a cotação das casas de câmbio e os gastos no exterior.
A médio e longo prazo, a variação do dólar também pode afetar o dia a dia do consumidor, já que impacta os custos das empresas – indústrias que importam itens, por exemplo, podem repassar essa variação ao produto final, o que, por sua vez, mexe na inflação e no bolso do consumidor.
O dólar também influencia as exportações do Brasil – quando a moeda americana está mais valorizada, os produtos brasileiros tendem a ficar mais competitivos no exterior.
O importante é lembrar que, na economia, o cenário vantajoso muda de acordo com as circunstâncias e objetivos do país a cada determinado momento.

Afinal, por que ligamos tanto para o dólar?

Se a nossa moeda é o real, por que o dólar importa tanto para a economia brasileira – e do resto do mundo?
Acontece que o dólar é a referência monetária mundial. Esse papel, que costumava ser ocupado pela libra esterlina, do Reino Unido, tem a ver com a força da economia dos Estados Unidos – não necessariamente com o seu tamanho ou com suas dívidas, mas com seu poder de influência sobre os demais países.
Os Estados Unidos ganharam fôlego no cenário econômico ao longo do século 20, com o crescimento de sua participação no comércio exterior e o fortalecimento de sua economia após as guerras mundiais na Europa.
Hoje, isso se reflete no fato de que, por mais que o país passe por crises econômicas, o dólar continua contando com a confiança internacional. Assim, os bancos e governos:
  • Possuem reservas em dólares;
  • Emprestam dinheiro em dólares;
  • Realizam todo tipo de transação comercial em dólares.
É por isso que ele estampa as manchetes de noticiários de todo o mundo: o que acontece com o dólar afeta todas as moedas.

domingo, 8 de março de 2020

VIAGEM AO PASSADO: A sertaneja que foi indicada ao prêmio Nobel da Paz

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



O Viagem ao Passado deste domingo (8) presta uma singela homenagem a todas as mulheres sertanejas, e para isso, resgata uma imagem de uma guerreira sertaneja que saiu da zona rural para conquistar o mundo. A foto em destaque é da saudosa Vanete Almeida, conhecida com Netinha.
A imagem mostra Netinha em uma atividade do movimento dos trabalhadores rurais na década de 1980, cercada por várias lideranças, entre eles, o também saudoso Manoel Santos.

A fotografia é tão emblemática que acabou se tornando a capa do livro  “Ser Mulher num mundo de homens, de autoria de Cornélia Parisius. Vanete Almeida foi um símbolo para a sua geração e todas as outras que virão, por ser mulher negra, agricultora, sertaneja, militante e feminista, em um mundo de homens misóginos não é fácil. Porém, Netinha deixou o legado de que com muita luta e determinação isso é possível.

Seu trabalho com mulheres rurais teve início na década de 1980, quando saía de casa de madrugada e percorria 30 quilômetros de carona em caminhões com um único objetivo: conscientizar mulheres de seus direitos, quebrando séculos de repressão. Em 1982 atuou nas frentes de emergência em Caicarinha da Penha, foi da secretaria da Penha por muitos anos, assessora da Fetape, diretora do Cecor. 

Em um dos trechos do livro, publicado em 1999, ela justifica o abraço a causa feminista. “Minha revolta com os privilégios dos homens começou em casa mesmo. Mas nunca aceitei isso”.

A partir de 1996, tornou-se coordenadora internacional da Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Rede LAC), que ajudou a fundar. Foi ainda assessora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape).

Vaneta Almeida integrou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) de 1996 a 2003. Em 2005, foi indicada junto com outras 51 mulheres do Brasil, ao Prêmio Nobel da Paz. Atualmente, era presidenta do CECOR (Centro de Educação Comunitária Rural), sediado em Serra Talhada.

Ainda em vida recebeu o título de cidadã serra-talhadense, honraria concedida pela Câmara de Vereadores de Serra Talhada. Foi ganhadora do prêmio Claudia, concedida pela revista da editora Abril, um dos mais importante da categoria mulher.

Netinha faleceu em setembro de 2012, vitima de um câncer no útero. Ela também fez parte da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL) e também dá o nome um dos residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida.


No Dia da Mulher, Patrícia Campos Mello expõe bolsonaristas que a atacam com insinuações sexuais

Por Redação do site Revista Forum (https://revistaforum.com.br/ )  
  

A jornalista da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello, aproveitou este 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para fazer um desabafo em forma de artigo sobre os ataques de cunho sexual que vem recebendo de bolsonaristas desde que foi caluniada por Hans River do Rio Nascimento e insultada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em fevereiro, durante depoimento à CPMI das Fake News do Congresso, o ex-funcionário da empresa Yacows, Hans River, mentiu a parlamentares ao afirmar que Patrícia se insinuou sexualmente para ele em troca de informações sobre o disparo ilegal de mensagens no Whatsapp durante a campanha presidencial de 2018. O depoimento do ex-funcionário foi a base para o insulto de Bolsonaro contra Patrícia, quando afirmou que a repórter queria “dar o furo”, em uma frase permeada por conotações sexuais.
“Quanto valerá uma foto em que uma mulher aparece pelada, de pernas abertas, em cima de uma pilha de notas de dólares, chamada de piranha? E uma em que o rosto dessa mesma mulher aparece com a legenda: ‘Folha da Puta — tudo por um furo, você quer o meu? Patrícia, Prostituta da Folha de S.Paulo — troco sexo por informações sobre Bolsonaro’? E outra em que essa mulher —sempre a mesma— aparece com a frase: ‘Ofereço o cuzinho em troca de informação sobre o governo Bozo’?”, questiona a jornalista no início de seu artigo, em referência aos memes que recebe diariamente e que contém sua foto ou seu nome.
No texto, intitulado “No Brasil, ser mulher nos transforma em alvo de ataques”, Patrícia relembra os insultos de Bolsonaro e também de seu filho, Eduardo Bolsonaro, e faz questão de expor nomes e contas de alguns daqueles que passaram a atacá-la desde o insulto do presidente.
“‘Você tava querendo dar a buceta para ver o notebook do cara kkkkkkk então você chupa piroca por fontes?’, dizia um usuário do Facebook chamado Bruno Pires, que, segundo sua conta na rede social, estudou direito na Universidade de Rio Verde”, expôs Patrícia.
“Com a declaração do presidente, os ataques pioraram. ‘E aí, putinha da Folha, kkkkk, cuidado ao oferecer o furico’, disse o usuário matheus.schuler, no Instagram”, continuou a repórter, que seguiu divulgando nomes e contas daqueles que têm a insultado.
Ao final, respondendo a outro internauta que a atacou, Patrícia afirma que “ao contrário de você, torço muito para que nem eu nem nenhuma outra mãe seja alvo desse tipo de campanha difamatória”.
Confira a íntegra do artigo aqui.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...