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terça-feira, 11 de maio de 2010

Seleção brasileira para a Copa do Mundo

Tabela da Copa do Mundo

Maria Bonita - 100 anos


Segundo o depoimento de um contemporâneo do Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e de sua companheira, Maria Bonita, referindo-se a esta, disse: “nenhum retrato dela dava conta da opulenta e graciosa beleza possuída por aquela mulher de temperamento silenciosamente afoito”. Bem vemos que a companheira de um dos principais mitos nacionais não era o que chamamos de pessoa fotogênica. Creio que o relato desse cangaceiro foi o que conseguiu apreender com racional propriedade e intuitiva perspicácia um fenômeno que tinge desde sempre a história do cangaço, a saber: o da polêmica de se considerar como detentora de uma beleza fora do comum, que se sobrepunha às demais mulheres integrantes de grupos de errantes bandoleiros das caatingas, incluindo-se no rol a tão decantada formosura de Lídia (Lídia Pereira de Souza), companheira de Zé Baiano e de Dada (Sérgia Ribeiro da Silva), companheira de Corisco .
Considerar Maria Gomes de Oliveira, nascida no distrito de Malhada da Caiçara, município de Paulo Afonso (*08.09.1911), Bahia, como detentora de assombrosa beleza, é, no mínimo, resultado de exarcebada admiração. O que parece fazer sentido é que se torna muito difícil uma caracterização, a partir de dados concretos, ou seja, de elementos concernentes à compleição física (dentro do que se convencionou como o belo feminino). Inútil repisar a fala fluida das narrativas relacionadas àquela que se incorporou ao cangaço em 1930, com apenas 19 anos, pouco se importando com o que iam dizer, ao abandonar marido e casa, tendo sido pioneira, pois até então não se tinha conhecimento de mulheres nos agrupamentos de bandoleiros. E não esquecer um dado muito importante: quem entrava no Cangaço não podia sair. Era um caminho sem volta, labirinto com apenas entrada.Haja coragem para se viver em risco constante e submetido a um código de leis e moral diferentes da DOXA.
Se usarmos a técnica de nos determos nas partes em detrimento do todo, fica meio complicado de se achegar ao nosso objeto de estudo. Então façamos o contrário. A verdade, menino, parece ser o inverso: apenas uma visão que comporte a totalidade, tendo em vista uma visão do conjunto, sendo este resultado de um amálgama no qual encontram-se fundidos o temperamento e o modus vivendi que, por se turno, se somará a alguns traços físicos tidos em terras do sertão como atributos da boniteza de uma mulher. Não raro sucede esse fenômeno a alguns indivíduos.Com efeito, mesmo não se enquadrando nos padrões de beleza estabelecidos pelas classes dominantes e pelo bombardeamento constante das mídias, alguns conseguem possuir algo indefinível – ou não passível de ser submetido aos nossos esquemas mentais apreendedores do “belo”, desde sempre repassados de geração a geração .
Destarte, tomo a liberdade de usar a noção de “it” como categoria analítica. It é uma espécie de “aquilo”; um quê acometido pela presença de alguém ou de algo, refutador de categorias consideradas como as “normais” e que fundam nossas expectativas mentais, socialmente produzidas, quase que impostas de goela abaixo. Como sinônimo de it posso arrolar “encanto”, “donaire”, condão”. Se quiserem, posso dizer só um exemplo. Vejamos o caso da atriz Fernanda Montenegro. Alguém poderia considerá-la bonita? Dificilmente, porém não há como não admitir que uma beleza de outra ordem ali se instalou, fulgurando por meio de ângulos retos no rosto, do tom de voz categórico, dos olhos quebrantados pela presença de um passado pleno de vivências e rastros de sóbria melancolia, enfim, um planeta sem vida arrodeado por inúmeros satélites de envergadura, texturas, cores e brilhos de muitas qualidades.Falo de uma coisa que irrompe de dentro para fora, que sai das vísceras e contamina a epiderme, engendrando uma aura de mágica e indefinível porque indecifrável atmosfera, banhando o corpo e a alma, fundindo, estes, num só e absoluto monólito capaz de elevar o indivíduo a um patamar de destaque face à média dos seus semelhantes. Assim, mais ou menos: aquele tipo de gente que quando chega em qualquer ambiente não precisa nem abrir a boca, proclamando seu timbre de voz, para se fazer notar e espalhar curiosidade nas cabeças presentes.Usando livremente as idéias da antropologia do imaginário do francês Gilbert Durand, esse tipo de gente inscreveria-se no entorno semântico da louca da casa (“la fole du logis”). Isso mesmo, como a história do velho tio vindo de longe dizendo: “esse menino é diferente dos outros”. Por que é mais bonito? Não, porque detém algo de mágico no donaire da postura física e sobretudo no olhar.
Au dèla de uma tentativa de explicação que leve em conta aspectos não racionais, não podemos esquecer dos traços físicos propriamente ditos da inolvidável Maria Déa. Segundo relatos de contemporâneos, tinha cerca de 1,58m, altura suficiente para integrá-la num padrão de normalidade de altura das mulheres, bem diferente de Inacinha, companheira do cangaceiro Gato, mulher pequena. Outra referência para se comparar é Cristina, companheira do cangaceiro chamado Português, considerada como alta diante da estatura média das mulheres do Nordeste. Contudo, a força expressiva maior parecia advir do fato de ter pernas grossas e bem torneadas, coisa muito valorizada na estética sertaneja; é logo no que se fala quando se começa a discorrer acerca do físico de uma mulher .
O segundo elemento era o contorno da boca: lábios carnudos e corados, em permanente expectativa de luxúria numa mulher morena, acaboclada, atributo também reputado como valor numa região em que se despreza a pessoa de pele negra ou “cabra (os que têm traços de negros, porém são claros, com “cabelos ruins”, também conhecidos pejorativamente como “amarelos”). Sim, não podemos esquecer os olhos oblíquos que, juntando-se a um queixo “insolente” (de quem não se intimida com nada: nem com gente, nem com situações), delineiam uma composição bandeando-se para áreas semânticas que remetem a temperamento forte, passional, o que chamam de pessoas “positivas” (pouco dadas a representar socialmente, não afeitas à hipocrisia). E ainda: tinha uma dentadura perfeita, coisa também valorizada em terras sertanejas e alhures.Os poucos minutos de filmes que a retratam, feitos por Benjamin Abraão, deixa transparecer uma mulher elegante no pisar firme o solo agreste da caatinga, de postura reta ao caminhar, seguida por um cão. A maneira como retirava, elegantemente, com graciosas mãos, o chapéu de massa, demonstra um domínio do corpo que poucos são capazes de possuir, o mesmo ocorria nas cenas que penteava os longos cabelos de Lampião, ao mesmo tempo em que ataviava-se pondo trancelins, perfume ou anéis nos dedos.
1- Outrora havia nas cidades do interior o costume de algumas mulheres cortarem a parte inferior de uma fotografia, recusando o fato de terem pernas finas. Duas coisas odiadas pelas mulheres de antigamente: perna fina e peito grande; tanto é que se especulava, na família, a quem ‘puxou” tão graves defeitos.
A graça das suas maneiras permitia entrever uma mulher cujos sentidos estavam sempre em estado de alerta, prontos e prestos a compreender ou decifrar signos que se lhe apareciam à vista, não é a toa a sua tão decantada intuição, capaz de extrair das forças físicas da natureza oráculos e deduções lógicas, capazes de contribuir para livrá-la de perigos ou se apoderar de uma situação em proveito próprio, com enorme senso de oportunidade (o que os gregos chamavam KAIRÓS).
O certo é que toda uma série de significados achegam-se para reforçar o núcleo central do mito, que como todo mundo sabe, detém uma poderosa força centrípeta, atraindo para si todo e qualquer signo que possa vir a reforçar o eixo semântico principal. Nesse sentido, o mito de Maria, como a Bonita teria “chupado” muito da constelação de signos que orbitavam em torno de Lampião. Mesmo que dispusesse de atributos próprios que a tornavam autônoma enquanto mulher, sobretudo no que diz respeito à bravura e a coragem de abandonar seu marido Zé de Nenén para levar uma vida nômade e perigosa ao lado de um bando de homens que circunscreveram suas próprias leis, paralelas ao status quo de então.
Vejam bem, embora fotografada quase sempre ladeada por homens, em nenhum momento parece perder uma espécie de senso de autoridade que lhe era inerente. Ora, uma mulher saída das brenhas do interior, bem que poderia deter uma atitude mais retraída quando do encontro com pessoas mais urbanas e cosmopolitas, o que quero dizer é que não era beradeira. Era justo o contrário: firma-se de cabeça erguida e queixo empinado, como a desafiar de maneira insolente o expectador. Mais também podemos conjecturar uma outra coisa, é que, no fundo, a companheira de Lampião não ligava mesmo para nada nem para ninguém. Erguia-se face a si com uma elevada auto-estima que a fazia esplender no meio de qualquer grupo de gente que se encontrasse. Acreditava em suas potencialidades e em seus tinos e palpites.Tinha a exata consciência do limite de tempo, de quem vive a desdenhar do modo de vida instituído, que desde sempre todos seguem, cumprindo como se fosse parte de uma ordem natural, e não como simples instituição humana.
Quanto às fotografias feitas sentadas, permanece com uma aura de solenidade e hieratismo, porejando um misto de ingenuidade e digno estar-se à vontade no seu corpo. É assim como se tivesse plena consciência do seu lugar histórico e da importância que a posteridade lhe outorgaria, como um dos principais signos da emancipação feminina, mesmo que nunca tenha articulado um discurso acerca da condição da mulher.O certo é que pulsa como um signo de forte poder de sugestão no imaginário do país, mormente da região Nordeste. Com efeito, nos retratos atestamos um indefectível sorriso feminino, composto mais pelos olhos do que pelos lábios e dentes, pleno de graça e autoconfiança, puxado a uma certa timidez, aureolado de um suave encantamento que os seres de bom sangue passam. Há quem fale da existência de uma coisa chamada “inconsciente ótico”, sendo bem mais perceptível nas fotografias em preto e branco, fazendo evocar no observador certos símbolos do imaginário que funcionam como estruturas antropológicas, remetendo a áreas partilhadas por toda uma coletividade, aqui, no nosso caso, discorremos acerca de alguns elementos capazes de configurar uma unidade: o aparente recato, o magnetismo, o hieratismo que circunscreveram a beleza de uma mulher que não se enquadrava nos padrões tidos como belos pela maioria.Esse comedido refinamento de que aludi a pouco, não impediu que vez ou outra, consoante a ocasião, o comportamento tenha sido tisnado, explodindo num aluvião de impropérios e mesmo até partindo para a agressão física, como sucedeu muitas vezes com Maria Bonita, expressas em cenas de ciúme ou vingança contra inimigos.
Enfim, o mito com sua lógica própria parece querer demonstrar sua despótica autonomia face aos eventos históricos; embora ainda não se passaram nem 70 anos da morte de Maria Déa, e tudo já parece muito longínquo, tudo já integra um tempo que tem mais a ver com fatos cujos contornos são indecisos e povoados de lacunas e hipérboles. Não devemos esquecer o fato extremamente elucidatório de que ainda lhe sobrevive uma filha: Expedita . A fornalha do mito requer combustível de outra espécie para queimar seus arquétipos e metáforas, tendo em vista a necessidade humana de fábulas e espelhos. É como se fosse uma espécie de lenha servindo para alimentar as chispas simbólicas configuradoras das estruturas da alma espírito e do conseqüente funcionamento do espírito humano que ardem nas trempes do cotidiano.Por não dispormos de documentos ou relatos da época, seguimos um percurso através de lacunas que muitas vezes nem começam nem terminam, contentando-nos em inferir possíveis significados a signos que orbitam em torno do mito da primeira mulher a fazer parte de um bando de cangaceiros. Com efeito, podemos nos apropriar daquilo detectado por Max Weber em certos fenômenos sociais centrados em indivíduos, e que chamou com propriedade “autoridade carismática”. Quando tentamos explicar os possíveis contornos de uma beleza que não se prova muito por si, mas que demanda elementos extra-estéticos ou sócio-antropológicos para sua consecução, a categoria de Weber parece lançar luz sobre o fato de se gabar a beleza de uma mulher que não era nem tão bonita assim. Agora é bom lembrar de uma versão que fala dessa fama, a de “bonita”, como difundida pela mídia da época, ou seja, não surgiu no ceio do próprio cangaço. Bem, parece que o carisma de Lampião respingava sobre sua companheira.O Rei do Cangaço como personificação de um arquétipo presente desde sempre no inconsciente coletivo, sugeria a presença do sumo-sacerdote, pleno de magnetismo, do guerreiro não temeroso da morte ou do patriarca de um clã.
Maria Bonita foi a banda feminina desse arquétipo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

História do apartheid na África do Sul

A África do Sul foi colonizada pelos neerlandeses e britânicos do século XVII em diante. Como acontecia normalmente no caso de colónias na África, os colonizadores Europeus dominavam os nativos através de controle político e militar e do controle da terra e da riqueza.
Depois da
Guerra dos Bôeres entre os independentistas bôeres e os ingleses, foi criada a União Sul-Africana em 1910, com o estatuto de Domínio do Império Britânico. Embora o sistema colonial fosse essencialmente um regime racista, foi nesta fase que se começaram a forjar as bases legais para o regime do apartheid. Por exemplo, na própria constituição da União, embora fosse considerada uma república unitária, com um único governo, apenas na Província do Cabo os não-brancos que fossem proprietários tinham direito ao voto, porque as províncias mantinham alguma autonomia.
Uma das primeiras leis adoptadas foi o "Regulamento do Trabalho da População Nativa" ("The Native Labour Regulation Act", em
inglês) de 1911, segundo a qual era considerado um crime - apenas para os "africanos", ou seja, os "não-brancos", a quebra dum contrato de trabalho. Ainda no mesmo ano, foi promulgada a "Lei da Igreja Reformada Neerlandesa" ("The Dutch Reformed Church Act"), que proibia os negros de se tornarem membros de pleno direito daquela igreja.
Mais importante ainda foi a "Lei da Terra" ("Natives Land Act") de
1913, que dividiu a África do Sul em áreas onde só negros ou brancos podiam ter a posse da terra: os negros, que constituíam dois terços da população, ficaram com direito a 7,5 % da terra, enquanto os brancos, que eram apenas um quinto da população, ficaram com direito a 92,5 % da terra; os mestiços ("coloured") não tinham direito à posse da terra. Esta lei determinava igualmente que os "africanos" só poderiam viver fora das suas terras quando empregados dos brancos. Passou também a ser ilegal a prática usual de ter rendeiros negros nas plantações.
Nos anos que se seguiram à vitória do
Partido Nacional nas eleições gerais de 1948, um grande número de leis foram aprovadas, instituindo ainda mais a dominação da população branca sobre outras raças.
As principais leis do apartheid foram as seguintes:
Lei de Proibição de Casamentos Mistos (
1949)
Tornou crime um
casamento entre uma pessoa branca e uma não-branca.
Emenda à Lei de Imoralidade (
1950)
Tornou ato criminoso uma pessoa branca ter
relações sexuais com uma pessoa de raça diferente.
A Lei de Registro Populacional (1950)
Requeria que todos os
cidadãos se registrassem como negros, brancos ou mestiços.
A Lei de Supressão ao Comunismo (1950)
Bania qualquer
partido de oposição ao governo que o governo decidisse catalogar como "comunista".
Lei de Áreas de Agrupamento (Group Areas Act de
27 de Abril de 1950)
Barrou o acesso de pessoas de algumas raças de várias áreas
urbanas
Lei da Auto-determinação dos Bantu (Bantu Self-Government Act, de
1951)
Estabelecia as chamadas “Homelands” (conhecidas para o resto do mundo como “
Bantustões”) para dez diferentes tribos “africanas” (de negros), onde eles podiam residir e ter propriedades.
Lei de Reserva de Benefícios Sociais Separados (
1953)
Proibiu pessoas de diferentes raças de usar as mesmas instalações públicas como
bebedouros, banheiros e assim por diante.
Lei de Educação Bantu (1953)
Trouxe várias medidas explicitamente criadas para reduzir o nível de
educação recebida pela população negra.
Lei de Minas e Trabalho (
1956)
Formalizava a
discriminação racial no emprego.
Lei de Promoção do Auto-Governo Negro (
1958)
Criou "pátrias" nominalmente independentes para pessoas negras. Na prática, o governo sul-africano tinha uma influência forte sobre um
bantustão.
Lei de Cidadania da Pátria Negra (
197)
Mudou o estatuto dos nativos das 'pátrias' de forma que eles não fossem mais considerados cidadãos da África do Sul, não tendo assim mais nenhum
direito associado a essa cidadania.
Em
21 de Março de 1960, 5.000 pessoas negras congregadas em Sharpeville demonstraram contra o requerimento para negros portarem as identidades (sob as regras estipuladas na Lei da Licença). A polícia abriu fogo nos protestantes, matando 69 e ferindo 180. Todas as vítimas eram negras. A maioria delas foi baleada nas costas. O Coronel J. Pienaar, o oficial da polícia encarregado no dia, foi visto dizendo que: "Hordas de nativos cercaram a delegacia. Meu carro foi acertado com uma pedra. Se fazem essas coisas, eles devem aprender a lição do modo difícil."
Esse evento ficou conhecido como o
Massacre de Sharpeville. Como conseqüência, o governo baniu o Congresso Nacional Africano (CNA) e o Congresso Panafricanista (PAC).
O evento levou a uma grande mudança nas táticas do ANC, mudando de meios pacíficos para meios violentos. Apesar de suas unidades terem detonado bombas nos edifícios do governo nos anos seguintes, o ANC e o PAC não eram ameaças ao Estado, que tinha o monopólio de armamento moderno.
A
Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 1761 em 6 de Novembro de 1962 que condenou as políticas racistas do apartheid sul-africano e pediu que todos os países-membros da ONU cortassem as relações militares e econômicas com a África do Sul.
Em
1964, Nelson Mandela, líder do ANC, foi condenado a prisão perpétua.
Em
1974 o governo aprovou o Decreto de Mídia Afrikaans que forçava todas as escolas a usarem o africânder quando ensinassem aos negros matemática, ciências sociais, geografia e história nas escolas secundárias. Punt Janson, o vice-ministro de educação bantu disse: "Eu não consultei o povo Africano na questão da língua e não vou consultar. Um Africano pode achar que 'o chefe' apenas fala Afrikaans ou apenas fala Inglês. Seria vantajoso para ele saber as duas línguas".
Essa política foi profundamente impopular. Em
30 de Abril de 1976, crianças da escola primária Orlando West no Soweto entraram em greve, recusando-se a ir às aulas. A rebelião espalhou-se por outras escolas em Soweto. Os estudantes organizaram um protesto em massa para 16 de Junho de 1976, que acabou com violência - a polícia respondendo com balas às pedras jogadas pelas crianças. O incidente disparou uma onda de violência generalizada por toda a África do Sul, custando centenas de vidas.
Internacionalmente, a África do Sul ficou isolada. Inúmeras conferências aconteceram e as resoluções das
Nações Unidas foram aprovadas condenando-a, incluindo a Conferência Mundial Contra o Racismo em 1978 e 1983. Um imenso movimento de cerceamento de direitos iniciou-se, pressionando os investidores a se recusarem a investir em empresas da África do Sul ou empresas que fizessem negócios com a África do Sul. Os times esportivos da África do Sul foram barrados de participarem de eventos internacionais, e o turismo e a cultura sul-africanos foram boicotados.
Esses movimentos internacionais, combinados com problemas internos, persuadiram o governo Sul-Africano que sua política de linha-dura era indefensável e em
1984 algumas reformas foram introduzidas. Muitas das leis do apartheid foram repelidas, e uma nova constituição foi introduzida que dava representação limitada a certos não-brancos, apesar de não estendê-las à maioria negra. A violência continou até os anos 1980.
Os anos mais violentos dos anos 80 foram os de
1985 a 1988, quando o governo P. W. Botha começou uma campanha para eliminar os opositores. Por três anos a polícia e os soldados patrulharam as cidades sul-africanas em veículos armados, destruindo campos pertencentes a negros e detendo, abusando e matando centenas de negros. Rígidas leis de censura tentaram esconder os eventos, banindo a mídia e os jornais.
Em
1989, F. W. de Klerk sucedeu a Botha como presidente. Em 2 de Fevereiro de 1990, na abertura do parlamento, de Klerk declarou que o apartheid havia fracassado e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o ANC, seriam retiradas. Nelson Mandela foi libertado da prisão. De Klerk seguiu abolindo todas as leis remanescentes que apoiavam o Apartheid.
Mandela torna-se presidente nas primeiras eleições presidenciais livres em muitos anos. Em
15 de Abril de 2003, o seu sucessor, presidente Thabo Mbeki anunciou que o governo da África do Sul pagaria 660 milhões de Rand (aproximadamente 85 milhões de dólares norte-americanos) para cerca de 22 mil pessoas que haviam sido torturadas, detidas ou que haviam perdido familiares por consequência do apartheid. A Comissão da Verdade e Reconciliação, formada para investigar os abusos da era do apartheid, havia recomendado ao governo pagar 3000 milhões de rands em compensação, pelos cinco anos seguintes.

domingo, 9 de maio de 2010

A Fundação Cabras de Lampião informa:


Vencedores do 1º Festival de Músicas do Cangaço

MELHOR INTÉRPRETE:HERBERT LUCENA
Música: HERÓI, VILÃO OU LIBERTÁRIO
Compositores: HERBERT LUCENA E DJA VASCONCELOS
RECIFE – PERNAMBUCO


1º LUGAR:Música: CANGAÇO
Compositor: CARLOS GOMES
Intérprete: IVÂNIA CATARINA
PRAIA GRANDE – SÃO PAULO


2º LUGAR:Música: MARIA BONITA
Compositor: RUI GRUDI
Intérprete: RUI GRUDI
SERRA TALHADA – PERNAMBUCO

3º LUGAR: Música: CANGA
Compositor: LAÉRCIO BEETHOVEN
Intérprete: LAÉRCIO BEETHOVEN
SALVADOR – BAHIA
PRIMEIRO LUGAR – RECEBEU TROFÉU E 3.000.00.
SEGUNDO LUGAR – RECEBEU TROFÉU E 2.500.00.
TERCEIRO LUGAR – RECEBEU TROFÉU E 2.000.00.
E MELHOR INTÉRPRETE – RECEBEU TROFÉU E 2.000.00.


A COMISSÃO JULGADORA analisou a letra, melodia, harmonia, abordagem do tema e interpretação. Foi formada por:Adriano Marcena – Formado em artes cênicas pela universidade federal de Pernambuco, é músico formado pelo conservatório pernambucano de música, compositor e dramaturgo.

Membro da ordem dos músicos do Brasil.
Vanderlei Catalão – Poeta, jornalista, letrista, músico, ativista cultural de plantão. Secretario de cidadania cultural do ministério da cultura, representando o ministro Juca Ferreira.
Assisão – Cantor e compositor, com mais de trinta anos de carreira. Ícone da música nordestina, património vivo da cultura de Serra Talhada.
Sara Nascimento – Professora de música do conservatório pernambucano de música é presidente do sindicato dos músicos de Pernambuco.
Rafael Cortes – Formado em comunicação social com habilitação em rádio e TV é pesquisador musical e coordenador de música da fundação do patrimônio histórico e artístico de Pernambuco – Fundarpe.
A comissão julgadora teve o acompanhamento técnico de Clébio Marques, vive presidente da Artepe.

A locução de palco foi feita por Rosa de Tuparetama e Albemar Araújo.
Todas as músicas foram executadas pelo “Bando musical cabras de Lampião”, formado por:
Cristiano Leite – bateria
César Rasec – guitarra e violão
Chicão – baixoFábio – teclado
Deivisson - sanfona
Felipe – percussão
Gil – percussão
Pequeno – percussão
Germano – trombone
Zezê – sax alto e flauta
Agnaldo – sax tenor e flauta
Beto Cellus – vocal
Bruna – vocal
Produção musical – Orlando Lima. "Durante o Festival foi gravado o DVD e o CD que, em breve, estarão à disposição do público".Obrigado a todos.Saudações cangaceiras,


ANILDOMÁ WILLANS DE SOUZA
KARL MARX
CLEONICE MARIA
Fundação Cultural Cabras de Lampião
Ponto de Cultura Artes do CangaçoSerra Talhada – PE.

Poema para Mãe

Poema para Mãe

Mãe,Que ao dar a benção da vida,
entregou a sua...

Que ao lutar por seus filhos,
esqueceu-se de si mesma...

Que ao desejar o sucesso deles, abandonou seus anseios...

Que ao vibrar com suas vitórias, esqueceu seu próprio mérito...

Que ao receber injustiças,
respondeu com seu amor...

E que, ao relembrar o passado,
só tem um pedido:

DEUS, PROTEJA MEUS
FILHOS, POR TODA
A VIDA!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PARABÉNS SERRA TALHADA!



Criada com a Lei Provincial nº 280, de 6 de maio de 1851, agregando a seu território a então Vila Bela e a Comarca de Flores, Serra Talhada foi a cidade que mais cresceu democrafica e economicamente. Com mais de 80 mil habitantes com dados do IBGE, a cidade é também o quarto pólo médico do estado e uma das cidades mais influentes na política de Pernambuco.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

NOTA DE AGRADECIMENTO AO ILUSTRE GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS - O TODO PODEROSO

Gostaria de agradecer imensamente ao governador Eduardo Campos pelo desestímulo dado aos professores da rede estadual de Pernambuco, quando da não implementaçãodo PISO SALARIAL DA CLASSE e, consequentenmente, quebra na articulação do PLANO DE CARGOS E CARREIRAS... Ainda, em discurso, o mesmo disse "estar de coração partido, por não poder contemplar a todos como gostaria" e, na ocasião, comparou os funcionários públicos como filhos, pelos quais nem sempre pode fazer o que quer para o bem deles... Gostaria lembrar ao distinto governador que não sou um filho da mãe... Meus pais, infelizmente, já são falecidos e minha mãe sempre foi honesta...Colocar o Sr. Danilo Cabral, o tal que não entende nada de educação, foi uma das piores coisas feitas por este governo... Além disso, já no mês de abril, os funcionários da SDS - cerca de 30 mil policiais, incluindo outros cargos- receberão, cada um, um bônus que pode chegar a R$ 3.963, 60, como incentivo pela diminuição da viiolência em nosso estado... Engraçado... Eu pensava que fazia parte da luta contra a violência, quando assumi ser professor... E para isso, a minha única arma é mesmo a troca de experiência com meus alunos, que nada têm a ver com essa forma não didática e sim, DITATÓRIA do nosso governo... Pelo que entendi, Govenador, o Sr. já está certo de sua reeleição, não é ? Mas lembre-se que professores são formadores de opiniões... e nada me impede de mostrar o meu contra-cheque no final do mês aos meus alunos, para que eles vejam como o Sr. nos valoriza... Talvez até eles passem a nos respeitar mais um pouco. Saio de casa por volta das 6:30 h da manhã. Retorno, em alguns dias, somente às 22:00 h. Mas como os seus gestores já nos informaram : - todos nós, professores sabíamos o quanto iríamos ganhar e as dificuldades. Desta forma, quem não quiser mais, peça exoneração... Tudo bem. provalvelmente farei isso, assim como muitos dos meus colegas. Mas, algumas escolas estão, de fato, ficando lindas...! Umas têm equipamentos de vídeo e áudio, laboratório de informática, biblioteca, daria até orgulho de ser um professor de lá. Daria... Porque GAIOLA BONITA NÃO ALIMENTA PASSARINHO... Além do mais, o pouco que está sendo feito por algumas escolas, não nos enche os olhos Nestas, ainda faltam bancas, água, salas com ventilação adequada... Possuo uma turma, do Ensino Fundamental, Sr. Dudu, com 54 alunos... Outras com 45, 42, etc... Onde está a qualidade? Às vezes sinto-me incapaz de lhes dar a atenção necessária; porque professor não só repassa conhecimento adquirido. Existem outras formas de educar, sabia ? Enquanto o Sr. corta os nossos salários, a CELPE, COMPESA. EMBRATEL, OI, etc... corta os nossos serviços, porque com o meu salário já não consigo cumprir os meus compromissos básicos. E aquela estória de PROFESSOR CONECTADO, lembra ? Sabe quem paga a minha conexão? Eu. Quando dá, faço como no programa do Faustão - ME VIRO NOS TRINTA - isso, para mim, é uma forma de violência... Fico pensando...: Acho que vender picolé na praia (com a lábia que tenho) me deixaria menos estressado e ganharia muito mais! Finalmente, não é apenas uma questão de dinheiro. É de valorização também ... O Sr. está conseguindo camuflar a realidade, mas nós professores estamos espalhados por todas as regiões do nosso Estado e isso pode fazer uma grande diferença... Não sou seu funcionário... Sou professor efetivo do Estado de Pernambuco e quero respeito !

Professor André Luiz

sábado, 1 de maio de 2010

Governo envia cartas cobrando devolução de bônus aos trabalhadores de Petrolina


Catorze trabalhadores em educação, sendo oito da escola Doutor Pacífico da Luz, e seis da Antônio Cassimiro, ambas em Petrolina, receberam uma notícia desagradável por meio de carta enviada pela Superintendência de Desenvolvimento de Pessoas do Estado.
O documento informa os servidores sobre a devolução, sem justificativa, do Bônus de Desempenho Educacional (BDE), pago pelo governo no ano passado. A carta também explica que os descontos serão feitos em folha de forma parcelada.
O presidente do Sintepe, Heleno Araújo, critica a medida adotada pela gestão. “Desorganização da Secretaria de Educação (Seduc) junto com a Administração que terminou prejudicando os trabalhadores”, e completa, “A falta de transparências e critérios adequados nos indicadores de avaliação do BDE faz com a autonomia da Seduc provoque essas situações constrangedoras”.

Oração do Trabalhador

Oração do Trabalhador

Jesus, divino trabalhador e amigo dos trabalhadores volvei Vosso olhar benigno para o mundo do trabalho. Nós Vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral ou materialmente. Bem sabeis como são duros os nossos dias cheios de canseira, sofrimento e insídia. Vede as nossas penas físicas, morais e repeti aquele brado de Vosso coraçã: "Tenho dó deste povo". Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que Vos alentou nas Vossas laboriosas jornadas, inspirai-nos pensamentos de fé, de paz e moderação, de economia, a fim de procurarmos, com o pão de cada dia, os bens espirituais, para transformarmos a face da terra, completando assim a obra da criação que Vós iniciastes.
E que Vossa luz nos ilumine a nós na busca de melhores leis sociais e ilumine os legisladores a estabelecer uma sociedade de justiça e amor.
Amém

MAIS DE 1.000 ACESSOS


O nosso BLOG chegou à expressiva marca de mais 1.000 acessos, um número impressionante.
Aproveito o momento para agradecer a todos aqueles que diariamente visitam o nosso BLOG.
A todos os amigos e parceiros internautas um forte abraço!

Prof. Paulo Cesar Gomes

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

        QUESTÕES DISSERTATIVAS DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA QUESTÃO 1 :  João fez um testamento para deixar um dos seus 10 imóveis para seu gra...