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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Resumo sobre As treze colônias


As 13 colônias eram povoações instaladas pelos britânicos, na costa leste da América, no decorrer do século XVII.
Os colonos se fixaram entre o oceano Atlântico e os montes Apalaches, constituindo o embrião dos futuros treze estados americanos.

As Treze Colônias

Situadas no litoral atlântico, as treze colônias se desenvolveram de maneira distinta entre si e marcaram profundamente a formação dos Estados Unidos.
As treze colônias eram constituídas por:
1.    Carolina do Norte
2.    Carolina do Sul
3.    Connecticut
4.    Delaware
5.    Geórgia
6.    Rhode Island
7.    Massachusetts
8.    Maryland
9.    New Hampshire
10. Nova York
11. Nova Jérsei
12. Pensilvânia
13. Virgínia

Formação das Treze Colônias

Oficialmente, a colonização inglesa começou em 1607, com a fundação da cidade de Jamestown, na Virgínia.
A ocupação ocorreu no decorrer do século XVII, quando a Grã-Bretanha vivia um período de revoluções e disputas políticas e religiosas.
Por discordar das ideias absolutistas e teológicas discutidas durante a Revolução Puritana, grupos de protestantes, calvinistas e presbiterianos deixaram a Grã-Bretanha e encontraram na América um novo lar para escapar das perseguições.
Este território pertencia, segundo o Tratado de Tordesilhas, à coroa espanhola. No entanto, naquele momento, os espanhóis estavam ocupados em conquistar a região que hoje representa o México e o Peru e acabaram não ocupando esta zona.
Ainda assim, os espanhóis se estabeleceram na Flórida, em 1565, e na costa oeste.
Características das Treze Colônias
Segundo a localização geográfica, as colônias da costa leste da América do Norte podem ser divididas em três: nordeste (Nova Inglaterra), centro e sul.
Cada uma delas desenvolveu um perfil sócio-econômico diferente. Vejamos:

Colônias do Nordeste (Nova Inglaterra)


A região norte das 13 colônias foi denominada Nova Inglaterra e compreendia os territórios de Massachusetts, Delaware, Connecticut, Rhode Island e Maine.

Os colonos se dirigiam ali especialmente em busca de liberdade religiosa e política. Assim, desenvolveram uma ligação muito forte entre a religião e a política, pois as decisões eram tomadas em assembleias na igreja.
O clima era hostil e a agricultura não era rentável. Desta maneira, os colonos se dedicaram à pesca e à captura de baleias fazendo o porto de Boston a principal porta de saída e entrada de produtos.
Apesar da mão de obra livre ser predominante, existiam africanos escravizados que faziam os trabalhos domésticos. Alguns eram livres, mas ainda assim tratados de forma inferior a uma pessoa branca.


Exemplo de uma casa típica das colônias do centro da costa leste americana
As colônias do centro estavam formadas por Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware.
Nesta zona houve ocupação de holandeses, suecos e alemães, que gradualmente foram expulsos pelos colonos britânicos.
Nessa região, o clima era mais favorável ao cultivo, e foi desenvolvida tanto a agricultura de subsistência como aquela que permita a venda de excedentes.
O trabalho escravo convivia com a mão de obra livre. Igualmente, foram instaladas fábricas têxteis e de siderurgia.
Ocorria trocas comerciais entre colônias espanhola e portuguesa da América do Sul, que incluíam o tráfico humano com a África.

Colônias do Sul


Gravura retratando uma plantação de arroz nas colônias do sul. Observe o uso de pessoas escravizadas nos cultivos.
As colônias do sul estavam constituídas por Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
Ao contrário das colônias do norte, as áreas exploradas na região sul da costa leste tiveram uma ocupação distinta. Nessa região, o clima era subtropical, o que favoreceu a implantação da monocultura de produtos como arroz, algodão e tabaco.
No sul era mais comum o trabalho da lavoura ser realizado por negros escravizados. A produção era voltada basicamente para a exportação, e baseada na grande propriedade.

Independência das Treze Colônias

As colônias eram administradas por governadores nomeados pelo rei inglês. Os governadores recebiam assessoria de uma assembleia eleita por colonos que ficava responsável pelo recolhimento de tributos.
Desde o início, as colônias inglesas na América tiveram autonomia política e administrativa, se comparadas ao modelo espanhol e português.
Isso acabou gerando uma consciência nos colonos de que eles não precisavam da Inglaterra para se desenvolverem. Dois séculos mais tarde, este pensamento seria o indutor do processo de Independência.

Principais causas da Independência

O processo de independência das Treze Colônias ocorreu ao longo do século XVIII e teve como pano de fundo as disputas territoriais entre os colonos ingleses e franceses.
A Guerra dos Sete Anos, que elevou a crise financeira da Grã-Bretanha, fez com que os britânicos aumentassem os impostos cobrados nas treze colônias a fim de cobrir as despesas de guerra.
Além disso, os colonos também receavam que a metrópole não os socorreria em caso de ataques indígenas, o que acabou provocando um sentimento de que haviam sido "esquecidos" pela metrópole.
Com a difusão das ideias iluministas da Europa e sua mensagem de liberdade política, os colonos entenderam que poderiam dispensar o governo britânico.
O estopim para formalizar a independência foi o Imposto do Selo estabelecido pela Grã-Bretanha e a imposição do monopólio da venda do chá à Companhia das Índias Orientais, sem a aprovação dos colonos.
O termo Treze Colônias Americanas refere-se às unidades originais que se tornaram oficialmente independentes da Grã-Bretanha em 1783 e, mais tarde, ajudariam a formar o atual Estados Unidos da América. Eram elas: Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island, Nova York, Connecticut, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

As 13 colônias foram fundadas ao longo do século XVII por colonos ingleses que fugiram de seu país natal de um conturbado quadro político e religioso. Formadas e desenvolvidas em diferentes momentos, as 13 colônias acabaram por não ter unidade política, sendo neste sentido questionável alegar a existência de uma “América inglesa” durante o período.
Os primeiros colonos ingleses a se fixarem em terras americanas ficaram conhecidos como “pais peregrinos”. De fé puritana, eles foram romantizados pela tradição estadunidense como tendo sido os “pais da nação” após chegarem por meio do navio Mayflower, apesar da existência anterior de ampla população indígena. Entretanto, deve ser de fato atribuído aos primeiros habitantes ingleses das Américas o início do modelo de autogoverno que marcaria boa parte da trajetória das 13 colônias dali por diante. Entretanto, nas regiões do sul, eventualmente dominadas por grandes propriedades, as relações entre as colônias e a metrópole eram bem mais fortes, enquanto que no norte os pequenos proprietários contribuíram de fato para a construção paulatina de uma autonomia regional.


Na ausência de um particular interesse por parte do governo da Inglaterra em dedicar-se à cara tarefa da colonização após curta tentativa fracassada no início do século XVII, foram os colonos protestantes que protagonizaram o esforço de fixação nas novas terras. Este tinha seu centro na questão educacional: a primeira universidade norte-americana, Harvard, foi fundada na região de Massachusetts logo em 1636. Ao final do século, entretanto, a liderança protestante enfraqueceu-se, permitindo que outras formas religiosas florescessem. A região da Pensilvânia, por exemplo, nasceu como uma colônia quaker.
À medida que era estabelecida uma organização política, as colônias ganharam governadores, conselhos e assembleias que estabeleceram definitivamente a participação política da população inglesa em detrimento da nativa. Isso se deu em paralelo ao processo de desenvolvimento econômico das colônias, que ocorreram de formas diferenciadas de acordo com as realidades geográficas específicas.


As colônias localizadas ao norte – conhecidas em seu conjunto como Nova Inglaterra - tinham um clima mais similar ao existente na Europa, e, assim, pouco poderiam produzir que instigasse uma procura comercial daquele continente. Naturalmente, portanto, acabou por se construir uma economia manufatureira voltada mais ao mercado interno, formada em sua maior parte por trabalho familiar livre ou assalariado, embora também ali existisse o centro do que seria conhecido como “comércio triangular”. Feito entre a região em questão, a África e as Antilhas, ele envolvia basicamente a compra de melado e cana-de-açúcar das Antilhas, que após serem transformados em rum na Nova Inglaterra eram trocados por escravos em África. Os escravos, então, eram vendidos para trabalhar forçosamente nas Antilhas, reiniciando o processo econômico.
As colônias localizadas ao sul, por sua vez, tinham um clima mais tropical, podendo desenvolver uma economia mais atiçadora perante a Europa. A região seria marcada pela monocultura de tabaco, produzida em maior parte por mão-de-obra escrava. Apesar de ser extremamente lucrativa, a economia das colônias do sul também as colocavam em dependência da Inglaterra, de onde compravam grande parte do que necessitavam cotidianamente.

Além das colônias do norte e do sul, existiam também as colônias centrais. Dominadas originalmente pelos holandeses, elas foram as últimas das 13 colônias originais a caírem sobre o domínio inglês, e tinham uma economia agrícola formada em sua maior parte por trabalhadores livres em pequenas propriedades, apesar de também possuir manufaturas.
Os habitantes originais das Américas, enquanto isso, continuavam a ser excluídos da participação política. Como consequência, eles protagonizariam várias rebeliões que levariam, com o passar das décadas, à constituição das reservas indígenas. A existência de conflitos entre indígenas e descendentes de europeus nos EUA até hoje, porém, indica que as reservas não simbolizaram uma resolução dos conflitos.

Resumo sobre a origem do Feudalismo


O Feudalismo se localiza-se entre a Idade Antiga e a Idade Moderna, estendendo-se de 476 a 1453. Sabe-se atualmente que o período medievo trata-se de uma divisão eurocêntrica, uma vez que sua consideração leva em consideração, sobretudo, os acontecimentos relacionados ao continente europeu.
Os marcos utilizados pelos historiadores para definir-se o início e o fim da Idade Média são:
Esse período da história foi dividido em dois subperíodos: a Alta Idade Média (séculos V-X) e a Baixa Idade Média (séculos XI-XV). A Idade Média ficou marcada pelo desenvolvimento do feudalismo enquanto modo de produção econômico e sistema de organização política e social. A decadência desse modelo levou ao surgimento de novas formas de organização política e social, que caracterizaram o fim do medievo.

 

Quando começou a Idade Média?

Como mencionado, o marco utilizado pelos historiadores para determinar o início da Idade Média foi a desagregação do Império Romano do Ocidente, em 476. Nessa data, o último imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi destituído do trono pelos hérulos, povo germânico liderado por Odoacro.
A desagregação do Império Romano é o marco que deu início cronológico à Idade Média.

Portanto, esse acontecimento cronologicamente estipula o início da Idade Média. Isso, porém, não significa que mudanças significativas aconteceram no contexto europeu de um momento para o outro. Então não podemos dizer que o mundo, em 475, era um, e que, em 477, era outro radicalmente diferente.
Esse marco é utilizado pelos historiadores para estabelecer um acontecimento significativo que precipitou uma série de transformações no continente europeu. O enfraquecimento romano e a penetração dos germânicos na Europa geraram transformações que, ao longo de séculos, resultaram nas características básicas da Idade Média.

Quando surgiu o termo “Idade Média”?

O termo “Idade Média” não foi criado pelas pessoas que viveram no medievo, mas sim por pessoas que viveram após ele. Os responsáveis por essa nomenclatura foram os renascentistas, e um dos primeiros a valer-se da ideia por trás dela foi um italiano do século XV chamado Giovanni Andrea|1|.
Essa nomenclatura possuía uma conotação pejorativa, uma vez que tal “tempo médio” era considerado um período que separava a Europa da tradição clássica (greco-romana). Assim, nessa concepção, houve o período clássico (Antiguidade), interrompido pela Idade Média, entendida negativamente, e, com o fim dela, houve o resgate da tradição clássica ou um “renascimento”.
A palavra “renascimento” foi utilizada exatamente com o propósito de demonstrar que a humanidade estava renascendo pelo resgate da cultura clássica, entendida como superior. Os renascentistas consideravam que seu período era marcado pelo esplendor artístico e cultural e que a Idade Média era, portanto, uma época de atraso e ruína.
Esses conceitos negativos ajudaram a consolidar a ideia de que a Idade Média foi a Idade das Trevas, o que é bastante criticado pelos historiadores.

 

Feudalismo

Os castelos eram um dos grandes símbolos do feudalismo.

Tradicionalmente, o feudalismo foi sempre entendido como um modelo exclusivamente econômico, mas a opinião predominante entre os historiadores é a de que se trata de um conceito-chave que nos ajuda a entender muita coisa da Idade Média e que não se aplica exclusivamente ao campo econômico.
Então, o conceito de feudalismo vale para entender, além da questão econômica, toda a organização social, política, cultural e ideológica da Europa medieval. Seu período clássico existiu entre os séculos XI e XIII. O período anterior — século V ao X — é entendido como o momento no qual o feudalismo esteve em formação. A partir do século XIV, iniciou-se a sua crise.
As regiões que presenciaram o feudalismo em sua aplicação clássica pertenciam à Europa Central, destacando-se a França, a Alemanha, norte da Itália, e a Inglaterra. Outros locais, como Espanha e Portugal, também viveram algumas de suas características.
Os historiadores consideram que o processo de consolidação do feudalismo estabeleceu-se com a fusão da cultura romana com a germânica. Um dos marcos desse momento foi o surgimento das relações de vassalagem no Império Carolíngio, durante o século VIII. Outros processos ainda estavam em curso, como a feudalização e a ruralização da Europa.
urbanização da Europa assim como o surgimento de outros ofícios, acontecimento que resultou em uma grande diversificação econômica, foram outros elementos que contribuíram para o fim dessa forma de organização. Econômica, social e politicamente a Europa transformou-se.
É importante falar que o feudalismo dependia basicamente da exploração da terra. Sendo assim, enquanto sistema econômico, ele era atrelado ao trabalho agrícola e à exploração do trabalho dos camponeses. Esse quadro começo a delinear-se com a ruralização da Europa durante as invasões germânicas.
Plebeus começaram a fugir das grandes cidades romanas e estabelecer-se junto às grandes propriedades rurais de romanos enriquecidos. Eles buscavam estar próximos a fontes de alimentos e garantir proteção. Para conseguir ambos, as pessoas aceitavam uma relação de servidão com o dono dessas propriedades.
O dono da terra, conhecido como senhor feudal, permitia que camponeses se estabelecessem nela e exigia em troca que eles cultivassem o solo e lhe entregassem uma parte da produção. Isso se dava por meio de uma série de impostos cobrados dos camponeses. A obrigação do senhor feudal era a de garantir a proteção daqueles que estavam em suas terras. O camponês ficava ligado à terra e não poderia abandoná-la.
Na questão ideológica, a Igreja Católica cumpria um papel importante naquela sociedade, uma vez que propagava a ideologia que justificava a organização social. Para a Igreja, cada grupo possuía uma função específica a ser realizada, e essas funções haviam sido estabelecidas por Deus. A Igreja, portanto, definia aquela sociedade como estamental, e isso resultava em pouca mobilidade social.
Os nobres cumpriam funções como guerreiros na Idade Média. Pertenciam a uma classe com  diversos privilégios.

As três grandes classes eram:
·         Nobreza: formada pelos nobres, os donos das terras. A riqueza dessa classe colocava-os no papel de guerreiros e, portanto, defensores da cristandade.
·         Clero: formado pelo corpo da Igreja Católica. Cumpria as funções religiosas, e seus componentes consideravam-se os interlocutores de Deus na terra. Eram donos de muitas propriedades e riquezas.
·         Camponeses: formados pela maioria, sobreviviam de seu próprio trabalho. Tinham obrigações a cumprir e, portanto, muitos impostos a pagar para nobres e clero.
Uma fala de um bispo francês, chamado Adalberon de Laon, é bastante conhecida e utilizada como exemplificação de como a Igreja enxergava os papéis de cada grupo na sociedade medieval. Segue o trecho:
O domínio da fé é uno, mas há um triplo estatuto na Ordem. A lei humana impõe duas condições: o nobre e o servo não estão submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros são protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos, protegem todo mundo, inclusive a si próprios. Os servos, por sua vez, têm outra condição. Esta raça de infelizes não tem nada sem sofrimento. Fornecer a todos alimentos e vestimenta: eia a função do servo. A casa de Deus, que parece una, é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Todos os três formam um conjunto e não se separam: a obra de uns permite o trabalho dos outros dois e cada qual por sua vez presta seu apoio aos outros|2|.

 

Crise do século XIV

A Europa medieval entrou em crise, a partir do século XIV, por uma série de fatores. Primeiramente, é importante considerar que, a partir do século XI, embora o feudalismo estivesse no seu auge, transformações começaram a ocorrer no continente europeu. A população e a produção agrícola aumentaram, e houve um renascimento do comércio e das cidades.
Esse renascimento gerou transformações significativas na organização social. A sucessão de catástrofes que marcaram o século XIV fez com que o medievo entrasse em crise. Esse século ficou marcado por guerras, revoltas de camponeses e de trabalhadores urbanos, fome e peste. Houve também colheitas ruins que levaram a um aumento significativo do preço do alimento, o que  resultou em fome.
renascimento urbano enfraqueceu o isolamento feudal, e o crescimento das cidades resultou em uma série de novos ofícios. A falta de empregos nas cidades e as dificuldades de sobreviver no campo motivaram grandes revoltas em ambos lugares. Politicamente o mundo reorganizava-se, e os reinos deram lugar para os Estados Nacionais, estrutura com poder mais centralizado.
O evento mais catastrófico desse século foi a Peste Negra, o surto de peste bubônica que se espalhou e resultou na morte de 1/3 da população europeia. Em alguns locais, como na Inglaterra, o impacto dela foi mais severo, uma vez que o historiador Jacques Le Goff afirma que 70% da população inglesa morreram nesse período|3|.
fortalecimento do comércio na Europa levou à formação de novas práticas econômicas. O desenvolvimento do mercantilismo garantiu o fim do feudalismo, e o fechamento do Oriente com a queda de Constantinopla fez com que os europeus explorassem o Oceano Atlântico, abrindo novas fronteiras e levando-os à colonização das Américas.
feudalismo foi um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social e política. Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitou o surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do mundo feudal vinculou-se a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as Invasões Bárbaras.
·         Ruralização da economia
economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de circulação e a produção agrícola ganhou caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano favoreceu um processo de ruralização das populações, que não mais podiam empreender atividades comerciais. Isso ocorreu em razão das constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos centros urbanos constituídos durante o auge da civilização clássica.
·         Novos tipos sociais: o senhor feudal e o servo
A ruralização da economia também atingiu diretamente as classes sociais instituídas no interior de Roma. A antes abrangente classe de escravos e plebeus veio a compor, com os povos germânicos, uma classe campesina consolidada como a principal força de trabalho dos feudos. Trabalhando em regime de servidão, um camponês estaria atrelado à vida rural em virtude das ameaças dos conflitos da Alta Idade Média e da relação pessoal instituída com a classe proprietária, ali representada pelo senhor feudal.
senhor feudal representava a classe nobiliárquica detentora de terras. Divididos por diferentes títulos, os nobres poderiam ser responsáveis desde a administração de um feudo até a cobrança de taxas ou a proteção militar de uma determinada propriedade. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na prática, era superior à dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de um senhor feudal no interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo promotor de um poder político descentralizado.
·         O papel da Igreja
Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas transformavam-se nesse período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto. O clero entrou em acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão da classe nobiliárquica deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também se tornou uma grande “senhora feudal”.
·         Renascimento comercial e urbano e a derrocada do feudalismo
No século X, o feudalismo atingiu o seu auge, tornando-se uma forma de organização vigente em boa parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das atividades comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura hermética que marcou boa parte da Idade Média.


Idade Média: da crise romana ao feudalismo
            Chega-nos no Ocidente um rumor terrível: Roma atacada... Minha voz estrangula-se e os soluços interrompem-me, enquanto dito estas palavras. Foi conquistada esta cidade que conquistara o Universo. Quem poderia adivinhar que Roma se desmoronaria [...] e que as costas do Oriente, do Egito e da África se encheriam de fugitivos; que Belém, a Santa, todos os dias haveria de receber, reduzidos à mendicância, hóspedes de um e outros sexos, outrora nobres repletos de bens?
Epístolas. São Jerônimo apud Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977

terça-feira, 16 de junho de 2020

FOTO HISTÓRICA: Praça Agamenon Magalhães e Igreja do Rosário do Pretos em Serra Talhada, na década de 1970

Por Paulo César Gomes



A imagem acima é de um dos pontos históricos mais importantes de Serra Talhada e foi em meados da década de 1970, trata-se da Praça Agamenon Magalhães, o marco zero da cidade. Na fotografia é possível ver os detalhes do casario da praça, a chaminé da antiga usina, a Igreja do Rosário, a antiga casa do Coronel Cornélio Soares (prédio onde funcionou a APAE), a fachada do Cine Art  e os contornos da antiga praça.

No entanto, o detalhe mais chamativo é o grupo de crianças brincado e se divertindo, justamente a onde atualmente existe os degraus da Concha Acústica. 

Nessa época, era comum que as crianças fossem vistas no meio das praças e das ruas. Infelizmente, diversos fatores afastaram as crianças das ruas: a violência, o trânsito, a televisão, o computador, o celular, e agora, o novo coronavírus. A modernidade veio para mudar os costumes e os hábitos das pessoas.

Vale registrar que a Escola Reunidas Ana Ribeiro funcionava em um imóvel próximo do Cine Art, no prédio onde funcionou a agencia dos Correios da cidade, ainda no início do século XX.

domingo, 14 de junho de 2020

OPINIÃO: Há uma ‘caveira de burro’ no hospital de campanha de Serra Talhada

Paulo César Gomes, professor, escritor, pesquisador, mestre pela UFCG e colunista do Farol de Notícias


Um médico serra-talhadense fez uma declaração de forma anônima para a reportagem do Farol sobre a situação do Hospam, em relação aos números de leitos ocupados por pacientes com o Covid-19, que acabou soando como uma alerta para toda a sociedade. “Nunca tinha passado de 8 pacientes, hoje (quinta-feira) estava com 10 pacientes e lá só tem 14 leitos”, disse o médico.

Com base no relato, uma possível superlotação do Hospam já passa a entrar na pauta do debate da sociedade de uma forma geral. Isso porque o tão alardeado Hospital de Campanha ainda não foi inaugurado.

A última data foi 1º de junho, mas acabou não ocorrendo. Foram investidos mais de R$ 1,3 milhão na unidade hospitalar pelo Governo de Pernambuco.

O hospital vai atender toda a macro-região no entorno de Serra Talhada, mas existem dúvidas se vai oferecer 20 ou somente 10 leitos de UTI. O imbróglio envolvendo o Hospital do Sertão é algo bastante complexo, isso porque nenhuma autoridade estadual se manifestou sobre uma nova data para a inauguração, e até mesmo a imprensa tem sido impedida de fazer registros fotográficos dentro do hospital.

Nas últimas semanas, a reportagem do Farol tentou, por três vezes, realizar imagens no interior das instalações e foi impedida.

Diante disso, diversas indagações surgem: mas afinal, o que ocorre nas obras do hospital de campanha? Faltam operários? Faltam materiais para concluir a obra? Falta dinheiro? Ou está faltando equipamentos?O fato é que existem muitas dúvidas e poucas explicações, bem como, fiscalização. 

Então não seria a hora de uma comissão de deputados ou de vereadores, ou próprio Ministério Público, ou até mesmo a OAB, realizar uma visita às obras do Hospital?

Enquanto as repostas não surgem e as ações não acontecem, vamos pedir a Deus que os leitos do Hospam sejam suficientes para atender toda a demanda. Do contrário, terem um quadro bastante complicado em relação ao atendimento de urgência (necessidade do uso de leitos de UTI) para os pacientes de Serra talhada e de toda a região.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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