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quarta-feira, 23 de março de 2016

OPINIÃO: Quem perde mais com a aliança Luciano Duque e Sebastião Oliveira?

Por Paulo César Gomes, Professor e escritor serra-talhadense

“Juntos e misturados”, essa frase profética foi amplamente difundida pelo então candidato a prefeito Sebastião Oliveira, em 2012, em meio a um processo eleitoral marcada pelo intenso enfrentamento ao hoje prefeito Luciano Duque. Passados quatros anos da épica eleição, os dois protagonistas voltam ao foco do embate de político, só que dessa vez em uma improvável e questionável aliança.

Após a reunião entre o Governador Paulo Câmara, o prefeito Luciano Duque e o secretário de transporte Sebastião Oliveira, um silêncio mórbido passou a dominar o cenário político, deixando a impressão de que a aliança está selada, faltando apenas colocar os pingos nos “is”, ou seja, definir o roteiro da saída de Luciano Duque do PT, e as explicações de Sebastião a sua base oposicionista, em particular, a Fonseca Carvalho.

Passados os primeiros imbróglios, tende-se a criar um clima de harmonia. No entanto, as dissidências aos poucos irão surgir. Surgiram porque essa aliança não tem princípios. Além do que, as palavras de Luciano como liderança política está em xeque, isso porque ele jurou gratidão ao PT e pediu perdão a Augusto César, e garantiu que a aliança estava em construção, mas preferiu o cafezinho do palácio e uma saída pelas portas do fundo do PT. Se bem que ele (Duque) nunca foi petista e claramente está com medo de defender o PT que lhe deu abrigo na hora em que mais preciso.

O OUTRO LADO

O secretário Sebastião também tem que explicar muito coisa, já que ele foi o maior critico do prefeito nos últimos anos. Ao mesmo tempo, sua liderança como herdeiro do grupo político do Deputado Inocêncio Oliveira fica inevitavelmente questionável. É bom lembrar que Sebastião já viu parte do grupo ser cooptado por Luciano; o nome do seu irmão, Waldemar Oliveira, não decolou como pré candidato a prefeito, ou seja, aliança tem um lado bom e um lado ruim. O lado bom fica com Luciano Duque, e o lado ruim vai ficar com Sebastião. Já que palavra de político é algo que não se leva a sério, mas a liderança é algo que não se pode questionar. É algo que não se pode perder.

Na outra ponta da corda, está o ressurgimento de Augusto César como liderança de oposição. Ele que durante décadas foi o principal oponente de Inocêncio Oliveira, agora, diante da aliança Lubá (Lula+Sebá), resolveu marca sua posição e liderar a oposição. Com todos os problemas, Augusto César ainda detêm um mandato e uma vasta experiência política, o que certamente facilitará a chegada de dissidentes, tanto duquistas, como sebastianistas.

Um forte abraço e até a próxima!

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