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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Direito Civil - CONTRATO DE SEGURO DE VIDA


O problema do cálculo atuarial nos contratos de seguro é uma realidade amarga para o consumidor. No julgado abaixo, princípios do Código Civil foram utilizados para proteger o segurado que durante anos assumiu o pagamento do prêmio.

"DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA, RENOVADO ININTERRUPTAMENTE POR DIVERSOS ANOS. CONSTATAÇÃO DE PREJUÍZOS PELA SEGURADORA, MEDIANTE A ELABORAÇÃO DE NOVO CÁLCULO ATUARIAL. NOTIFICAÇÃO, DIRIGIDA AO CONSUMIDOR, DA INTENÇÃO DA SEGURADORA DE NÃO RENOVAR O CONTRATO, OFERECENDO-SE A ELE DIVERSAS OPÇÕES DE NOVOS SEGUROS, TODAS MAIS ONEROSAS. CONTRATOS RELACIONAIS. DIREITOS E DEVERES ANEXOS. LEALDADE, COOPERAÇÃO, PROTEÇÃO DA SEGURANÇA E BOA FÉ OBJETIVA. MANUTENÇÃO DO CONTRATO DE SEGURO NOS TERMOS ORIGINALMENTE PREVISTOS. RESSALVA DA POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DO CONTRATO, PELA SEGURADORA, MEDIANTE A APRESENTAÇÃO PRÉVIA DE EXTENSO CRONOGRAMA, NO QUAL OS AUMENTOS SÃO APRESENTADOS DE MANEIRA SUAVE E ESCALONADA.

1.       No moderno direito contratual reconhece-se, para além da existência dos contratos descontínuos, a existência de contratos relacionais, nos quais as cláusulas estabelecidas no instrumento não esgotam a gama de direitos e deveres das partes.
2.        
3.       Se o consumidor contratou, ainda jovem, o seguro de vida oferecido pela recorrida e se esse vínculo vem se renovando desde então, ano a ano, por mais de trinta anos, a pretensão da seguradora de modificar abruptamente as condições do seguro, não renovando o ajuste anterior, ofende os princípios da boa fé objetiva, da cooperação, da confiança e da lealdade que deve orientar a interpretação dos contratos que regulam relações de consumo.
4.        
3. Constatado prejuízos pela seguradora e identificada a necessidade de modificação da carteira de seguros em decorrência de novo cálculo atuarial, compete a ela ver o consumidor como um colaborador, um parceiro que a tem acompanhado ao longo dos anos. Assim, os aumentos necessários para o reequilíbrio da carteira têm de ser estabelecidos de maneira suave e gradual, mediante um cronograma extenso, do qual o segurado tem de ser cientificado previamente. Com isso, a seguradora colabora com o particular, dando-lhe a oportunidade de se preparar para os novos custos que onerarão, ao longo do tempo, o seu seguro de vida, e o particular também colabora com a seguradora, aumentando sua participação e mitigando os prejuízos constatados.
4. A intenção de modificar abruptamente a relação jurídica continuada, com simples notificação entregue com alguns meses de antecedência, ofende o sistema de proteção ao consumidor e não pode prevalecer.

domingo, 28 de abril de 2013

O que de fato se esconde por trás da instalação do curso de medicina em Serra Talhada?


Paulo César Gomes é professor e escritor


O que de fato se esconde por trás da instalação do curso de medicina em Serra Talhada? Faltando pouco mais de quatro meses para o início das aulas do tão sonhando curso de medicina em Serra Talhada, o que ser ver é uma lentidão gigantesca no sentido de garantir os requisitos mínimos para o funcionamento do curso, entre eles, a definição de qual será o Hospital Escola, a aquisição de laboratório equipado com peças anatômicas naturais e artificiais e a construção de um IML (Instituto Médico Legal). As únicas coisas certas que sem têm até agora, é que as aulas vão começar em agosto e serão realizadas nas instalações da Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada (Fafopst). O que na verdade é muito pouco para um curso que forma profissionais de importância ímpar para a nossa sociedade.

É inegável que o processo de expansão e de interiorização das universidades é salutar para o estado e para o país. O problema é qualidade do ensino e da infraestrutura que será disponibilizada pelos governos, seja ele estadual ou federal, para que esse objetivo seja atingido com êxito, pois, não custa lembrar que há menos de um ano, os alunos do curso de medica do campus da UPE de Garanhuns, realizaram uma greve na qual denunciavam a falta de infraestrutura do curso.

Na época estudante Breno Moura, do segundo período, fez o seguinte desabafo: “a política do estado de expansão dos cursos para o interior é boa, mas não concordo que seja a qualquer custo e sem qualidade. Eles usaram 40 sonhos na aula inaugural e depois nos abandonaram”. Na verdade o curso de medicina em Serra Talhada significa um avanço para ensino superior de o todo o sertão pernambucano, além de ser uma grande oportunidade para os jovens de baixa renda da região, que dificilmente, por questões financeiras, teriam a condições de estudar em Recife ou em outra cidade do país.

No entanto, é bom que se frise que o funcionamento do curso no atual quadro, nada mais é, do que uma prova do devaneio do governador Eduardo Campos (PSB), que quer a todo custo ser candidato a presidente em 2014, e para isso precisa mostra o que têm e o que ainda não existe no estado. Sem contar que a obra também visa atender aos caprichos políticos dos deputados Inocêncio Oliveira (PR) e Sebastião Oliveira (PR). Porém, as nossas esperanças estão depositadas nesses jovens que irão a partir de agosto enfrentar essa longa jornada até a colação de grau. Estudantes que dedicaram horas e horas se preparando para o vestibular, e que mesmo com todas as incertezas, irão com certeza, ser grandes profissionais. 

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!

P.S.: Durante a semana passada, o advogado Ricardo Valões enviou o comentário sobre o texto escrito por mim no último domingo. No comentário, o advogado cobra de mim uma “matéria sobre os desvios de verbas na previdência municipal”. Em primeiro lugar eu quero agradecer a Ricardo pela atenção ao meu texto, e em segundo lugar, quero dizer que só posso emitir opiniões em cima de fatos comprovados, não posso e não devo comentar fatos que eu tenho como comprovar. Com bem sabe o nobre advogado, o ônus da prova e de quem acusa… Então, vamos às provas!

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 29 de abril de 2013

Polícia investiga exposição de fotos de adolescentes nuas do Facebook



A Polícia Civil está investigando a divulgação de várias fotos onde alunas de escolas de classe média alta das zonas Norte e Sul do Recife aparecem nuas em um grupo fechado no Facebook. O caso que envolve adolescentes de 12 a 17 anos está sendo investigado pela Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), desde o início do mês passado. Cerca de 60 estudantes faziam parte do grupo que já foi retirado do ar. Mais de 40 fotografias das alunas estavam expostas.
A investigação corre em segredo de Justiça, no entanto, o Diario descobriu que muitos adolescentes já prestaram depoimento e que as imagens que estavam sendo compartilhadas foram enviadas aos meninos pelas próprias garotas. Porém, elas não tinham conhecimento de que as fotos seriam divulgadas para o grupo. O caso traz à tona a exposição dos jovens na internet.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é crime adquirir, possuir ou armazenar vídeo ou fotos com pornografias ou cenas de sexo explícito que envolvam crianças e adolescentes. (Diário de Pernambuco)

Direito Penal - Crime Culposo e Crime Doloso


O crime pode ser definido pelo conceito material - conduta humana que lesa ou expõe a perigo bens jurídicos tutelados; pelo conceito formal - conduta humana proibida por lei, com cominação de pena. Mas aqui, adotaremos o conceito analítico do crime, analisando-o pela TEORIA TRIPARTIDA DO CRIME. Por essa Teoria, temos que o crime é um fato típico (previsto na lei como crime), antijurídico (ilícito), e culpável (reprovável ante a sociedade). em uma outra postagem comentaremos sobre cada um desses elementos.

O crime pode ser Doloso ou Culposo.

Dolo é a vontade livre e consciente de realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador.

TIPOS DE DOLO:

DOLO DIRETO: O agente quer, efetivamente, praticar a conduta livre e conscientemente para alcançar determinado resultado. Ex: João atira em Pedro porque quer matá-lo. Aqui João agiu com dolo direto, pois praticou a conduta livre e conscientemente em busca do resultado pretendido, ou seja, matar Pedro.

DOLO INDIRETO: Embora a conduta seja livre e consciente, a princípio não há um resultado certo a ser alcançado. Divede-se em:

Dolo Eventual: Mesmo sem atuar com a vontade definida de causar o resultado, o agente ASSUME O RISCO de produzi-lo. Aqui ele pensa: "eu não quero que aconteça, mas se acontecer dane-se".
Ex: João, "tirando um racha", acaba atropelando uma pessoa. Sua vontade era tirar um racha, mas assumiu o risco do resultado por dirigir em alta velocidade.

Dolo Alternativo: O agente não quer um resultado certo como no caso do dolo direto. Ele pratica a ação sem se importar com qual venha a ser o resultado. Ex: João atira em Pedro para feri-lo ou matá-lo.

O crime é CULPOSO quando não há intenção do agente em produzir o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo, entretanto o resultado era previsível e se fossem tomados os devidos cuidados, teria sido evitado. Essa espécie de crime decorre de três fatores, são eles:

Imprudência (ação descuidada): prática de ato que não deveria ter ocorrido, há UM FAZER(conduta positiva) contrário a conduta normal Ex: Dirigir em alta velocidade

Negligência: Aqui o agente deixa de praticar algo que deveria ter sido praticado. há uma OMISSÃO(conduta negativa) o agente não age de acordo com a conduta normal, esperada. Ex: Esquecer arma municiada em local de fácil acesso.

Imperícia: é a FALTA DE CONHECIMENTO TÉCNICO. Prática de um ato sem a devida aptidão. Ex: dirigir sem ser habilitado, cirurgia realizada por quem não é médico.

Existem ainda algumas modalidades de culpa, como a CULPA CONSCIENTE E A CULPA INCONSCIENTE. Na primeira, o agente tem previsão do resultado, mas em momento algum aceita o risco de produzi-lo, ele se acha tão bom no que faz chegando a pensar que jamais acontecerá alguma fatalidade. A palavra chave da culpa consciente é a SUPERCONFIANÇA; na culpa inconsciente o agente possui previsibilidade, todavia diante do caso concreto há ausência de previsão e o agente em nenhum momento quis produzir o resultado. Resumindo:

CULPA CONSCIENTE - o agente prevê o resultado, mas confia tanto em si mesmo que acredita sinceramente que não ocorrerá resultado algum.
CULPA CONSCIENTE - o agente, naquela situação, nao previu e nem quis o resultado.

OBS: É importante não confundir culpa consciente com dolo eventual, visto que neste o agente assume o risco de produzir o resultado, pouco importando se vier a acontecer, enquanto naquela o agente acredita sinceramente que o resultado não se produzirá, pois penas que é bom o bastante para evitá-lo.

O Dep. Inocêncio Oliveira (PR) vendeu um terreno de R$ 151,00 por R$ 2,6 milhões para a construtura responsável pelo Programa Minha Casa, Minha Vida em Serra Talhada

Num claro conflito de interesses, parlamentares lucram com contratos milionários do maior programa habitacional do governo. Políticos são beneficiados na venda de terrenos e ao colocar suas próprias empreiteiras para tocar as obras.
por Josie Jeronimo ( Revista Isto É)
De vitrine do governo Dilma Rousseff à vidraça para os órgãos de controle, o programa Minha Casa, Minha Vida se tornou uma fonte de problemas e fraudes. Nas últimas semanas, o jornal "O Globo" denunciou que ex-servidores do Ministério das Cidades integrariam um esquema para ganhar contratos de habitação destinados às faixas mais pobres da população. Os antigos funcionários das Cidades não são, porém, os únicos que lucram com um dos principais programas sociais do governo. Levantamento feito por ISTOÉ indica que a política habitacional criada para ajudar os mais pobres enriquece também deputados e senadores. Os parlamentares se aproveitam de um filão imobiliário que já movimentou R$ 36 bilhões em recursos públicos para a construção de 1,05 milhão de casas e apartamentos para famílias de baixa renda. Os dados do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) – reserva financeira composta por recursos do FGTS e gerenciada pela Caixa Econômica Federal – mostram que parlamentares de diferentes partidos têm obtido vantagens financeiras com o programa de duas maneiras: na venda de terrenos para o assentamento das unidades habitacionais e na obtenção de contratos milionários para obras que são realizadas por suas próprias empreiteiras. Entre eles, os senadores Wilder Morais (DEM-GO) e Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro de Minas e Energia e presidente da Comissão de Orçamento do Senado, e os deputados Inocêncio Oliveira (PR-PE), Augusto Coutinho (DEM-PE) e Edmar Arruda (PR-PR).
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A CASA É NOSSA 
Os deputados Augusto Coutinho, Inocêncio Oliveira e os senadores Wilder Morais
e Lobão Filho (da esq. para a dir.) têm sido favorecidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida

O procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), não tem dúvidas da irregularidade de tais práticas. Segundo ele, a utilização de financiamento habitacional de programa do governo a empresas de parlamentares constitui, no mínimo, conflito de interesses. “O parlamentar é um ente público. Assim, quando firma contrato com recursos públicos, ele está dos dois lados do contrato, porque ele é responsável por gerir ou fiscalizar essas verbas. Há uma incompatibilidade. Não é possível servir a dois senhores. Ou você é administração pública ou é empresa”, critica Marinus. Na terça-feira 23, a própria presidenta Dilma admitiu a possibilidade de haver irregularidades no programa e foi enfática ao dizer que o governo tem a obrigação de investigá-las.

Os casos levantados pela reportagem, segundo o procurador, podem ser apenas uma mostra de um crime muito maior. É prática corrente colocar empresas e imóveis, como terrenos, em nome de terceiros, o que dificulta a fiscalização. Mas em Pernambuco o vínculo com o parlamentar beneficiado é direto. No Estado, nove mil das 20 mil casas prometidas pelo programa do governo federal já foram entregues. A especulação imobiliária é intensa, como também é grande a oferta de enormes áreas para a construção das casas populares. Apesar disso, a construtora Duarte, uma empreiteira local que abocanhou o contrato para erguer 1.500 casas no município de Serra Talhada, escolheu justamente as terras do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) para construir as habitações.

A área de 34 hectares fora adquirida pelo parlamentar 30 anos atrás, antes de ser desapropriada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). Era parte de uma fazenda, que foi dividida em vários lotes. O lote em questão foi declarado por Inocêncio à Justiça Eleitoral em 2010 pelo valor de R$ 151 mil. No mesmo ano, ele vendeu o terreno à construtora do programa Minha Casa, Minha Vida por R$ 2,6 milhões, de acordo com registros do cartório do 1º ofício de Serra Talhada. Ou seja, uma valorização espontânea de 1.600%. Procurado por ISTOÉ, Inocêncio confirmou o negócio, mas disse ter recebido “apenas R$ 1 milhão”, dando a entender que a empreiteira registrou valor diferente. O parlamentar disse ainda desconhecer o uso da área. “Eu não tenho nada a ver com a Caixa. Vendi para uma empresa particular”, afirma. Coincidência ou não, o negócio foi fechado no fim de 2010, momento em que a prefeitura de Serra Talhada era comandada por Carlos Evandro, do PR, um colega de partido de Inocêncio.
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DE VITRINE À VIDRAÇA
Dilma Rousseff admite irregularidades no Minha Casa,
Minha Vida e diz que o governo deve investigá-las

No Recife, o deputado federal Augusto Coutinho (DEM) também tenta tirar proveito do programa Minha Casa, Minha Vida, seguindo o exemplo de Inocêncio Oliveira. O governo negocia com o parlamentar a compra de uma área de 2.400 metros localizada no bairro de Campo Grande para construção das casas populares. As terras estariam registradas em nome de sua construtora, a Heco. Os valores precisos da negociação não foram divulgados. Coutinho já declarou que não aceita menos de R$ 300 mil para ceder o terreno para o Minha Casa, Minha vida. O caso, no entanto, deve parar na Justiça. A prefeitura, nas mãos do PSB, alega que a área é de propriedade da Marinha. 


Outro jeitinho arranjado pelos parlamentares para lucrar com o programa federal é fechar contratos com suas próprias empreiteiras para a construção das unidades habitacionais. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, obtidos por ISTOÉ, um dos barões do Minha Casa, Minha Vida é o senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), presidente da Comissão de Orçamento do Senado. Até o fim do ano passado, ele já havia embolsado R$ 13,5 milhões por meio de contratos firmados por sua empreiteira, a Difusora Incorporação e Construção. Um dos empreendimentos populares de Edinho, como ele é conhecido no Senado, financiados pelo Fundo de Arrendamento Residencial, está sendo erguido no município de Estreito, a 700 quilômetros de São Luís.

O município tem atraído investimentos milionários desde que recebeu o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Estreito em 2007 – empreendimento de R$ 1,6 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A população local cresceu 60%, saltando de 25 mil habitantes para 40 mil. No mês passado, a Caixa Econômica Federal abriu sua primeira agência no município e anunciou investimentos de R$ 57 milhões para construir mil casas.
No Paraná, em pelo menos três municípios, imóveis do Minha Casa, Minha Vida levam o selo da Cantareira Construções. A empreiteira pertence ao deputado Edmar Arruda (PR-PR). Só da Caixa, a Cantareira recebeu R$ 65,5 milhões até o fim de 2012. E a empresa do deputado fechou novo contrato para construir 400 casas no município de Paranavaí, um acerto de R$ 30 milhões. Os recursos, desta vez, virão do Banco do Brasil. Acumulando as funções de representante do Legislativo e presidente do Grupo Cantareira, Arruda percorre municípios do Estado discutindo com prefeitos projetos de ampliação do Minha Casa, Minha Vida. Em um evento na Câmara Municipal de Ivatuba (PR), no fim de 2011, Arruda foi homenageado por anunciar um empenho de R$ 300 mil de uma emenda parlamentar para a cidade. Na mesma reunião, aproveitou para fazer lobby pela construção de 140 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. O próprio deputado-empreiteiro, sem nenhum constrangimento, explicou aos vereadores que o município precisaria captar R$ 2,3 milhões com o programa do governo para tirar as habitações do papel. Procurado, ele alegou que já foi sócio da empresa, mas hoje não faz mais parte dela. Embora, na reunião com os prefeitos, ele seja apresentado como presidente do Grupo Cantareira, Arruda diz que a empresa “está em poder da sua família”, como se isso resolvesse o conflito de interesses. Arruda argumenta ainda “que o dinheiro do Programa Minha Casa, Minha Vida não é público e que advém de recursos oriundos de fundos como o FAT e o FGTS”.
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DESPISTE
Deputado Edmar Arruda diz que empreiteira que lucra com casas "é da família"

No Estado de Goiás, a história se repete. Em Nerópolis, município próximo a Goiânia, a Orca Incorporadora constrói o conjunto residencial Alda Tavares. A empreiteira é do senador Wilder Morais (DEM), que assumiu o gabinete de Demóstenes Torres após sua cassação por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Até o final de 2012, só em contratos com a Caixa, a empresa de Morais faturou R$ 42,1 milhões. O empreendimento de Nerópolis está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás depois que moradores relataram que as casas lá são feitas com chapas metálicas. Os choques elétricos são rotina, um dos beneficiados do programa disse que seu cachorro morreu eletrocutado no quarto do filho. A construtora do senador também tem empreendimentos populares em Aparecida de Goiânia. Procurado por ISTOÉ, Morais não retornou as ligações. Questionada pela reportagem, a Caixa também não se manifestou. O ex-superintendente da Caixa Econômica Federal José Carlos Nunes diz que os métodos de escolha dos terrenos e empresas para o Minha Casa, Minha Vida ainda não são uniformes. “Tudo fica a critério da Caixa, que escolhe quem quer”, critica Nunes.
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Aluizio Fernã promove curso e oficina GRATUITA em Serra Talhada


sábado, 27 de abril de 2013

Serra-talhadenses lançam abaixo assinado para cobrar IML do Estado; é hora de aderir! Assine!

Parentes e amigos do protético Paulo Marcos de Lima, assassinado na última terça-feira (23) estão se mobilizando através de um abaixo assinado virtual (assine aqui), na intenção de sensibilizar as autoridades para conseguir uma unidade do IML para Serra Talhada. A família passou mais de 10 horas à espera de um carro do Instituto Médico Legal que vinha de Caruaru, chorando o corpo do rapaz. Participem, assinem, divulguem, essa causa também é sua, amanhã poderá ser um dos seus parentes que passaram por esse sofrimento.

Com informações do site Farol de Notícias

Curiosidades sobre o filme "O Grande Ditador" de Charles Chaplin



- Charles Chaplin teve a ideia de O Grande Ditador quando Alexander Korda, seu amigo, reparou na semelhança física existente entre Carlitos e Adolf Hitler. Posteriormente Chaplin descobriu que ele e Hitler tinham nascido com apenas uma semana de diferença, tinham a mesma altura e peso e ainda nasceram na pobreza e depois ascenderam. Chaplin resolveu usar esta semelhança para atacar Hitler quando soube da política de opressão racial que o governante estava implementando na Alemanha;


- A produção teve início em 1937, quando ainda não estava claro que o nazismo era uma ameaça real. Em 1940, quando foi lançado, não havia mais esta dúvida;

- Quando Chaplin anunciou a produção de O Grande Ditador a Inglaterra logo divulgou que iria banir o filme de suas salas de cinema. Na época o país buscava uma conciliação com o governo nazista. Na época em que o filme foi lançado a situação tinha mudando drasticamente, já que a Inglaterra e a Alemanha estavam em guerra. O filme foi então usado como veículo de propaganda anti-nazista;

- Quando soube que alguns executivos de estúdios queriam convencer Chaplin a desistir do filme, o presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt enviou um representante, Harry Hopkins, para encorajá-lo a fazer o filme;

- Originalmente se chamaria The Dictator, mas a Paramount Pictures notificou Chaplin de que detinha a posse deste título devido a um livro de Richard Harding Davies, cujos direitos de adaptação para o cinema foram adquiridos pelo estúdio. A Paramount informou que cobraria US$ 25 mil caso o título não fosse alterado. Foi quando Chaplin resolveu alterá-lo para The Great Dictator;

- Foi inteiramente financiado por Charles Chaplin e tornou-se seu maior sucesso de bilheteria;

- A produção durou 539 dias;

- É o último filme em que Charles Chaplin usa as vestimentas de Carlitos;

- É o 1º filme de Chaplin desde Behind the Screen (1916) em que interpreta um personagem identificado por um nome;

- Segundo documentários da época, Charles Chaplin ficou cada vez mais desconfortável para interpretar Hitler à medida que tomava conhecimento de seus atos na Europa;

- Chaplin declarou que vestir as roupas de Hynkel fazia com que ele automaticamente ficasse mais agressivo;

- A cena em que Chaplin brinca com um globo representando o planeta foi criada em 1928, para um vídeo caseiro feito pelo ator;

- A invasão da França por parte dos alemães inspirou Charles Chaplin a incluir o famoso discurso final de O Grande Ditador;

- Chaplin pisca menos de dez vezes durante todo o discurso final, que dura cinco minutos;

- A personagem de Paulette Goddard, Hannah, recebeu este nome em homenagem à mãe de Chaplin;

- Durante as filmagens o relacionamento entre Charles Chaplin e Paulette Goddard foi se deteriorando cada vez mais. Em 1942 ele chegou a apresentá-la como sua esposa em um evento realizado em Nova York, mas meses depois já estavam divorciados;

- Todas as supostas falas em alemão foram improvisadas;

- A linguagem usada nos sinais, pôsters e no gueto judeu é o esperanto, criado em 1887 por L.L. Zamenhof;

- Charles Chaplin perdeu bastante tempo tentando simular o som do motor de um avião, usando vários métodos. Um dos técnicos de som resolveu o problema simplesmente indo a um aeroporto e gravando o som desejado;

- Nos créditos finais pode ser lido "qualquer semelhança com o ditador Hynkel e o barbeiro judeu são puramente incidentais";

- Jack Oakie certa vez declarou ter feito centenas de filmes, mas que as pessoas apenas o reconheciam pelo personagem Napaloni de O Grande Ditador;

- O ator Douglas Fairbanks visitou os sets de filmagens em 1939 e riu sem parar de uma cena que estava sendo rodada. Esta foi a última vez que Chaplin o viu, já que Fairbanks faleceu uma semana depois;

- Lançado 13 anos após o fim da era muda no cinema, é o primeiro filme inteiramente falado e sonorizado feito por Charles Chaplin;

- A première mundial de O Grande Ditador ocorreu em dois cinemas de Nova York, Astor e Capitol, em 15 de outubro de 1940. Foi um grande evento de gala, no qual compareceram, entre outros, Franklin D. Roosevelt, H.G. Wells, Alfred E. Smith, Charles Laughton, Elsa Lanchester, Constance Collier, James A. Farley e Fannie Hurst. Chaplin e Paulette Goddard compareceram em ambos os cinemas;

- Após o término da 2ª Guerra Mundial, quando os horrores do nazismo foram divulgados, Chaplin declarou que, se tivesse conhecimento do ocorrido antes, jamais teria feito graça baseado em tamanha insanidade homicida;

- Não é a primeira sátira anti-nazista feita no cinema. Nove meses antes os Três Patetas lançaram You Nazty Spy!(1940), que detém este feito;

- Adolf Hitler baniu O Grande Ditador da Alemanha e de todos os países que estavam sob seu controle. Entretanto, por curiosidade mandou vir de Portugal uma cópia do filme, para que pudesse assisti-lo. Não se sabe qual foi sua reação após vê-lo;

- Um grupo de resistência dos Balcãs conseguiu uma cópia de O Grande Ditador vinda da Grécia, durante a 2ª Guerra Mundial. O filme foi exibido em um cinema militar alemão, em substituição à uma comédia, sem que o público soubesse. Quando se deram conta do filme que estavam assistindo, parte dos soldados alemães disparou em direção à tela e outra simplesmente deixou o local;

O Grande Ditador foi banido na Espanha até a morte do ditador Francisco Franco, em 1975;

- Na Itália todas as cenas em que a esposa de Napaloni é vista foram cortadas, em respeito à viúva de Benito Mussolini, Rachele. A versão completa apenas pôde ser exibida em 2002;

- O general Dwight D. Eisenhower pediu cópias dubladas em francês de O Grande Ditador, para exibi-las na França após a vitória dos aliados sobre Hitler;

- Charles Chaplin aceitou o convite para repetir, no rádio, o famoso discurso final de O Grande Ditador;

O Grande Ditador foi indicado em cinco categorias no Oscar, mas perdeu em todas. Esta foi a primeira premiação em que os vencedores foram mantidos em sigilo até a divulgação na cerimônia;

- Seu orçamento foi de US$ 2 milhões.

Prêmios


OSCAR


1941
Indicações
Melhor Filme
Melhor Ator - Charles Chaplin
Melhor Ator Coadjuvante - Jack Oakie
Melhor Roteiro Original
Melhor Trilha Sonora

“O Grande Ditador” Discurso de Charlie Chaplin (Traduzido em Português)



"Desculpem-me, mas eu não quero ser um Imperador, esse não é o meu objectivo.  Eu não pretendo governar ou conquistar ninguém. Gostaria de ajudar a todos, se possível, judeus, gentios, negros, brancos. Todos nós queremos ajudar-nos uns aos outros, os seres humanos são assim. Todos nós queremos viver pela felicidade dos outros, não pela miséria alheia. Não queremos odiar e desprezar o outro. Neste mundo há espaço para todos e a terra é rica e pode prover para todos.

O nosso modo de vida pode ser livre e belo. Mas nós estamos perdidos no caminho.

A ganância envenenou a alma dos homens, e barricou o mundo com ódio; ela colocou-nos no caminho da miséria e do derramamento de sangue.

Nós desenvolvemos a velocidade, mas sentimo-nos enclausurados:
As máquinas que produzem abundância têm-nos deixado na penúria.
O aumento dos nossos conhecimentos tornou-nos cépticos; a nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco:
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade;
Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura.

Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

O avião e o rádio aproximaram-nos. A própria natureza destas invenções clama pela bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, à união de todos nós. Mesmo agora a minha voz chega a milhões em todo o mundo, milhões de desesperados, homens, mulheres, crianças, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Para aqueles que me podem ouvir eu digo: "Não se desesperem".

A desgraça que está agora sobre nós não é senão a passagem da ganância, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano: o ódio dos homens passará e os ditadores morrem e o poder que tiraram ao povo, irá retornar ao povo e enquanto os homens morrem [agora] a liberdade nunca perecerá…

Soldados: não se entreguem aos brutos, homens que vos desprezam e vos escravizam, que arregimentam as vossas vidas, vos dizem o que fazer, o que pensar e o que sentir, que vos corroem, digerem, tratam como gado, como carne para canhão.

Não se entreguem a esses homens artificiais, homens-máquina, com mentes e corações mecanizados. Vocês não são máquinas. Vocês não são gado. Vocês são Homens. Vocês têm o amor da humanidade nos vossos corações. Vocês não odeiam, apenas odeia quem não é amado. Apenas os não amados e não naturais. Soldados: não lutem pela escravidão, lutem pela liberdade.

No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito:
"O reino de Deus está dentro do homem"
Não um homem, nem um grupo de homens, mas em todos os homens; em você, o povo.

Vós, o povo tem o poder, o poder de criar máquinas, o poder de criar felicidade. Vós, o povo tem o poder de tornar a vida livre e bela, para fazer desta vida uma aventura maravilhosa. Então, em nome da democracia, vamos usar esse poder, vamos todos unir-nos. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que vai dar aos homens a oportunidade de trabalhar, que lhe dará o futuro, longevidade e segurança. É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder, mas eles mentem. Eles não cumprem as suas promessas, eles nunca o farão. Os ditadores libertam-se, porém escravizam o povo. Agora vamos lutar para cumprir essa promessa. Lutemos agora para libertar o mundo, para acabar com as barreiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à intolerância. Lutemos por um mundo de razão, um mundo onde a ciência e o progresso conduzam à felicidade de todos os homens.

Soldados! Em nome da democracia, vamos todos unir-nos!

Olha para cima! Olha para cima! As nuvens estão a dissipar-se, o sol está a romper. Estamos a sair das trevas para a luz. Estamos a entrar num novo mundo. Um novo tipo de mundo onde os homens vão subir acima do seu ódio e da sua brutalidade.
A alma do homem ganhou asas e, finalmente, ele está a começar a voar. Ele está a voar para o arco-íris, para a luz da esperança, para o futuro, esse futuro glorioso que te pertence, que me pertence, que pertence a todos nós.
Olha para cima!
Olha para cima!"

(Tradução, Fernando Barroso)

TU LIDERAS A TUA VIDA

Texto original em inglês (http://luis.impa.br/chaplin.html)

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Oi galera, esse é o meu primeiro livro. Nele está você pode encontrar um pouco da trajetória da banda D.Gritos, marcada pelo sucesso meteórico e uma tragédia que chocou Serra Talhada e todo a região do sertão do Pajeú. A banda D.Gritos foi criada em 1985 e acabou de forma trágica em 1993. A morte do cantor Ricardo Rocha, eletrocutado enquanto cantava em plena Praça Sérgio Magalhães, marca, paradoxalmente, o ponto alto da obra.  

O livro D.Gritos: do sonho à tragédia. A história da maior banda de rock do Sertão Pernambucano é uma publicação independente e produzida na editora  Desafio Art &; Gráfica. São 210 páginas, 60 fotos e 80 letras de música, algumas inéditas. O prefácio do livro será escrito pelo jornalista, escritor e editor do Farol de Notícias, Giovanni Sá, a arte da capa é do artista plástico Nilson Senna, de Evânia Nogueira e Paulo César Gomes, baseando-se na ideia original que era de Ricardo Rocha. As “orelhas” do livro foram escritas pelos professores José Roberto Gomes e Helena Conserva. Você pode comprar no cartão o no boleto pelo link do PagSeguro (ao lado direito da tela) ou pelo depósito em uma conta bancaria. O valor do livro é R$ 35,00 + R$ 20,00 do frete. O número da conta é:


PAULO CÉSAR GOMES DOS SANTOS

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Se fizer transferência, seu nome aparece no meu extrato; se for depósito, preciso que me envie o número do documento. Não esqueça de me enviar seu endereço e o seu livro chegará pelo correio, no prazo de 7 a 10 dias úteis.  Se você mora em Serra Talhada é só se dirigir a Rua Cornélio Soares, 484, no Salão de Beleza Rechelly (ao lado da agência dos Correios).

ATENÇÃO! A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa (artigo 184/CP), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais).

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Um forte abraço,

Paulo César Gomes

Fotos do pré-lançamento do livro sobre a banda D.Gritos durante o III ENED-FIS



No dia 28 de abril será comemorado o Dia Nacional da Caatinga


Nos últimos anos, a Caatinga tem sido apontada como uma importante área de endemismo de aves sul-americanas.


No Dia Nacional da Caatinga, 28 de abril, uma voz, quase que solitária, grita por medidas urgentes para a conservação da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro.

O dono da voz é o professor e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, Marcelo Tabarelli, que há 15 anos vê a degradação desse bioma avançar, sem que haja uma atenção maior por parte dos órgãos públicos e da academia.

“A Caatinga é o patinho feio dos ecossistemas brasileiros”, afirma Tabarelli, que também é consultor voluntário da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que apoia projetos de conservação no bioma.

A crítica de Tabarelli, considerado um dos maiores estudiosos do bioma, encontra respaldo nas estatísticas oficiais. Levantamentos indicam que já foram perdidos 43% da cobertura original da Caatinga, bioma que tem apenas 1,3% de seu território inserido dentro de unidades de conservação de proteção integral.

Dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apontam ainda que 40% da região nunca foi estudada.

Nas áreas já pesquisadas, o cenário para preservação da Caatinga é preocupante, pois os estudos de modelos climáticos existentes apontam uma redução drástica de precipitação em toda a região do semiárido brasileiro, que compreende a maior parte do Nordeste do país.

“Sem chuva e com o avanço das obras de infraestrutura e da agricultura e pecuária de baixos investimentos, a Caatinga sofrerá um processo natural de desertificação”, alerta o professor.

Essa pressão antrópica piora a seca em uma região que naturalmente possui baixas médias pluviométricas anuais: as áreas centrais da Caatinga podem receber menos 500 mm de chuva por ano, com precipitação concentrada em apenas três meses, conforme dados do ICMBio.

Nascido no Rio Grande do Sul, Tabarelli teve o seu primeiro contato com a chamada “Mata Branca” (Caatinga, em Tupi) há 15 anos, quando foi morar em Pernambuco e acompanha de perto a história de muitas dessas espécies.

“A paixão foi imediata”, costuma dizer. Desde então, ele se dedica a acompanhar de perto a evolução do bioma, ao ponto de elaborar um projeto ecológico de longa duração no Parque Nacional de Catimbau, no município de Buíque, em Pernambuco.

“A Caatinga mantém uma biodiversidade rica e é uma fonte econômica importante para os milhões de moradores da região do semiárido. Faltam apenas mais ações (e rápidas) para que este bioma não fique à deriva, à mercê da sorte”, ressalta Tabarelli.

Entre as ações, Tabarelli reforça a necessidade de se promover discussões sobre a Caatinga, disseminar as suas características para órgãos públicos, academia e sociedade, além de reforçar o estímulo à pesquisa sobre esse ecossistema.

“A Caatinga é mal conhecida pela população brasileira. Ela ainda carrega a estigma de ser uma região pobre, sob todos os aspectos”, afirmou.

Além disso, ele sugere a criação de mais unidades de conservação de proteção integral e uma avaliação do modelo de desenvolvimento econômico para a região, que ainda hoje tem na lenha sua principal matriz energética.

A Caatinga ocupa cerca de 10% do território brasileiro, o equivalente a aproximadamente 844,5 mil km² numa área que compreende os estados do MaranhãoPiauíCearáRio Grande do NorteParaíbaPernambucoSergipeAlagoasBahia e norte de Minas Gerais.

O ecossistema possui vegetação do tipo savana, com a presença de árvores baixas e arbustos e dos conhecidos cactáceos, típicos de locais áridos.

É uma região que compreende uma fauna rica em aves (510 espécies), com dezenas de peixes (241) e também diversas espécies de mamíferos (178).

Alguns exemplos de animais são o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), o lagarto teju (Tupinambis tequixim) e o simpático tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), escolhido como mascote da Copa do Mundo da Fifa de 2014. Também viveu na Caatinga a já extinta ararinha-azul (Cyanopsitta spixii).

Aves da Caatinga:

Nos últimos anos, a Caatinga tem sido apontada como uma importante área de endemismo de aves sul-americanas. Das 510 que vivem no bioma, 23 são consideradas endêmicas, sendo que a maior parte delas figura no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

Entre essas espécies em risco, um caso emblemático é o da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), ave redescoberta no final da década de 70 que faz seus ninhos em cavidades naturais de paredões e cânions.

Para contribuir para a proteção do psictacídeo, pesquisadores da Fundação Biodiversitas realizaram um projeto sobre a reprodução da ave na Estação Biológica de Canudos, na Bahia, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

O projeto acompanhou o desenvolvimento da espécie a partir do monitoramento de seus exemplares por meio de microchips, do tamanho de um grão de arroz, que são implantados na pele das aves.

O acompanhamento, realizado entre 2008 e 2012, resultou na identificação de 36 pontos nos quais a arara-azul-de-lear faz seus ninhos.

Além de identificados, os animais também passaram por uma avaliação, a partir da qual os pesquisadores conseguiram verificar a saúde dos animais e entender melhor seus hábitos de reprodução para definir ações assertivas de conservação.

Apesar de ser um projeto com longo prazo de execução, a simples presença dos pesquisadores na Estação Biológica de Canudos já inibiu o tráfico de aves na região.

O compartilhamento das informações obtidas por meio dos microchips com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está ajudando o órgão a mapear os principais locais onde as aves são capturadas.

Fonte: Maria Luiza Campos

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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