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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Introdução ao estudo do Direito e da Hermenêutica Jurídica

Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br

Por Valéria Fernandes Pereira
Acadêmica de Direito da Faculdade de Ensino Superior da Paraíba. Membro do Corpo Editorial da Revista da FESP Faculdades e de dois núcleos de estudos e pesquisas em Gênero e Direito, e em, Petróleo, Gás Natural e Biocombustível numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, ambos da Universidade Federal da Paraíba.

Resumo: Este presente trabalho propõe-se a analisar a Hermenêutica Jurídica e a Teoria dos Valores, fornecendo um conjunto de Elementos e de Instrumentos de reflexão epistemológica e axiológica dos conhecimentos científicos e sua relação Jurídica.[1]

Palavras-chave: Hermenêutica Jurídica. Teoria dos Valores.

Abstract: The present study aims to examine the Legal Hermeneutics and the Theory of Values, providing a set of elements and instruments of the epistemological and axiological scientific knowledge and its legal relationship.

Keywords: Legal Hermeneutics. Theory of Values.

Sumário: 1. Noções introdutórias; 2. Classificação; 3. A Hermenêutica; 4. Características da Hermenêutica; 5. Um complemento: a Teoria dos Valores; 6. Considerações finais; 7. Referências Bibliográficas.

1.Noções introdutórias
O termo saber tem hoje, por força das coisas e pela realidade do uso, um sentido bem mais amplo que ao termo ciência. É considerado saber, hoje em dia, todo um conjunto de conhecimentos metodicamente adquiridos, mais ou menos sistematicamente organizados de serem transmitidos por um processo pedagógico de ensino. O conceito de “saber” poderá ser aplicado à aprendizagem de ordem prática e, ao mesmo tempo, às determinações de ordem propriamente intelectual e teórica.
Por ciência, no sentido atual do termo, deve ser considerado o conjunto das aquisições intelectuais, de um lado, das matemáticas, do outro, das disciplinas de investigação do dado natural e empírico, fazendo ou não uso das matemáticas, mas tendendo mais ou menos à matematização.
Por epistemologia, no sentido bem amplo do termo, podemos considerar o estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, de seu funcionamento e de seus produtos intelectuais. Há três tipos de epistemologia: global (geral), particular e específica.
Epistemologia global (geral), quando se trata do saber globalmente considerado, com a virtualidade e os problemas do conjunto de sua organização, quer sejam “especulativa”, quer “científico”.
Epistemologia particular, quando se trata de levar em consideração um campo particular do saber, quer seja “especulativa”, quer “científico”.
Epistemologia específica, quando se trata de levar em conta uma disciplina intelectualmente constituída em unidade bem definida do saber, e de estudá-la de modo próximo, detalhado e técnico, mostrando sua organização, seu funcionamento e as possíveis relações que ela mantém com as demais disciplinas.”
Johannes Hessen afirmou que existem 2 formas a partir do estudo do Conhecimento:
- Notório, em que se dispensam provas; é o conhecimento que possui certeza elementar; É notório o fato cujo conhecimento faz parte da cultura normal própria de pessoas de um determinado grupo social, no tempo em que é proferida a decisão, e sobre o qual é dispensável a controvérsia sobre sua ocorrência. A notoriedade é a qualidade de certos fatos que os tornam reconhecidamente conhecidos e indiscutíveis, de maneira que produzir sua prova em nada aumentaria a convicção que o juiz e as partes têm quanto a sua veracidade;
Fatos notórios são de conhecimento geral, perceptível por qualquer pessoa de mediano entendimento. No dizer de Calamandrei, citado por Moacyr Amaral Santos, fatos notórios são aqueles cujo conhecimento faz parte da cultura normal própria de determinada esfera social no tempo em que ocorre a decisão.
Para Alcides Mendonça Lima, o fato notório é aquele que, por sua relevância, não precisa ser provado. Mas isso - prossegue este autor - depende das condições sociais, culturais, psicológicas, enfim, da formação de cada pessoa. Cabe ao juiz aquilatar o fato ante o caso concreto.
- Provado, em que requer a evidência da certeza. Não deve ser só em função da notoriedade, de que é revestido o fato, que o juiz irá  dispensá-lo da atividade de ser provado. Notoriedade e verdade nem sempre estão caminhando juntas.
O método da análise fenomenológica tem como função descrever reflexivamente o que se apresenta à consciência. Numa análise fenomenológica, parte-se da afirmação de que todo o conhecimento surge com uma relação entre o sujeito e o objeto. Esta análise pretende saber o que é ser objeto de conhecimento, ser sujeito cognoscente, apreender o objeto, etc.
Entre o sujeito e o objeto “conhecido” há uma correlação, ou seja, uma relação em que eles são pólos inseparáveis. A correlação essencial entre estes dois extremos do ato de conhecimento não se mantém ao nível das funções que cada um desempenha nesse ato. A função do sujeito é apreender o objeto, e a função do objeto é ser apreendido pelo sujeito. A relação não é permutável.
2. Classificação
Há pelo menos quatro tipos de conhecimento, cada um referindo-se ao tipo de apropriação que o ser humano faz da realidade. Esses tipos são: conhecimento empíricoconhecimento científico e conhecimento filosófico.
Conhecimento Empírico: é o que resulta da experiência comum e ocasional dos fenômenos da vida cotidiana. É denominado também conhecimento vulgar, cotidiano, espontâneo. É aquele adquirido através da observação sensível e casual da realidade cotidiana e circunstancial; faz-se através de tentativas e erros. Sem método (ametódico e assistemático), é de nível intelectual inferior, mas de enorme utilidade prática como base do conhecimento. Baseia-se no senso comum, que para Dirce Eleonora Nigro Solis, caracteriza-se como um conjunto desagregado de idéias e opiniões difusas e dispersas que fazem parte de um pensamento genérico de uma época ou de um certo ambiente popular. Nesse sentido pode-se dizer que o senso comum é histórico, ou seja, são exemplos, as crendices que passam de geração para geração, entre outras as lendas e os remédios caseiros indicados pelas vovós.
Conhecimento Científico: é aquele que procura descobrir as causas imediatas das coisas. Tem por objeto a busca da Certeza. O conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percepção do conhecimento se deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo de construção, onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados”. Este conceito ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e outros.
Conhecimento Filosófico: é o que se aplica à descoberta das causas mais profundas, universais e mediatas das coisas. A ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo. Por isso, o homem busca essa explicação através da filosofia, estabelecendo uma concepção geral do mundo. A capacidade de reflexão mental do homem dá origem ao conhecimento filosófico. Seu único instrumento é, pois, o raciocínio lógico. Procura interpretar a realidade tendo como tema central o homem e suas relações com o universo. É através de seu raciocínio que ele ultrapassa os limites da Ciência, uma vez que não há necessidade de comprovação concreta para a interpretação da realidade em sua totalidade. A concepção filosófica é especulativa e não oferece soluções definitivas para as várias questões formuladas pela mente humana. Exemplos são os textos filosóficos
O conhecimento Empírico, o Científico e o Filosófico, possuem características comuns ou exclusivas que os identificam.
O Conhecimento Empírico têm como características:
- Assistemático: adquire-se ao acaso, à medida que os fatos vão se sucedendo;
- Acrítico: não admite dúvidas a respeito do conhecimento sensível. Não se detém na validade desse conhecimento;
- Impreciso: decorre do fato de que se destina exclusivamente à sobrevivência biológica, do ser humano, no âmbito físico. Produzido por determinadas condições da prática social real e concreta dos homens em uma época;
- Superficial: conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas;
- Sensitivo: referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;
- Subjetivo: é o próprio sujeito que organiza as suas experiências a conhecimentos, tanto os que adquirem por vivência própria quanto os “por ouvir dizer”.
O Conhecimento Científico têm como características:
- Sistemático: refere-se ao conjunto de idéias científicas, filosóficas ou lógicas, racionalmente solidárias. Baseia-se em provas;
- Preciso: é necessária a constatação do fato ou fenômeno pela respectiva repetição;
- Acumulativo: refere-se à propriedade de proverem uma grande série de conhecimentos contínuos.
O Conhecimento Filosófico têm como características:
- Sistemático: por exibir uma racionalidade organizada;
- Elucidativo: esclarece e delimitam com precisão os pensamentos, conceitos que de forma diversa ficariam obscuros;
- Especulativo: busca a essência, a natureza dos fenômenos, isto é, as causas remotas de tudo que existe;
- Crítico: nada aceita sem o exame prévio da reflexão, visando à coerência, consistência e fundamentação rigorosa dos termos.
De forma geral podemos dizer que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, são virtude e método central de análise e intervenção da realidade. Também é ideologia com base científica a serviço da elite e/ ou da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E finalmente pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins de destruição.
3. A Hermenêutica
A Hermenêutica é o ponto culminante do conhecimento. É impossível uma interpretação coletiva, ela é individual. A Hermenêutica Jurídica é a interpretação: sua definição é a adequação da verdadeira coisa pensada com a coisa existente. A Hermenêutica estabeleceu-se como uma disciplina central a partir do início do século XIX quando se deu a chamada virada hermenêutica no conhecimento: ou seja, o conhecimento passou a ser visto como dependente da interpretação (e, consequentemente, da linguagem). Friedrich Schleiermacher é uma figura chave nesse período. Ele teorizou o chamado círculo hermenêutico do conhecimento nos seus fragmentos de 1805-10 onde podemos ler uma definição desse círculo: "Toda compreensão do individual é condicionada pela compreensão do todo" (Hermeneutik, 2ª ed., org. Heinz Kimmerle, Heidelberg, 1974, p.46). Schleiermacher diferenciou dois tipos de abordagem do texto: a interpretação gramatical e a técnica. A primeira ele subdividiu na análise sintagmática (análise interna do discurso) e paradigmática. Nesta última o hermeneuta deveria analisar a relação do discurso com a tradição, com a cultura.
A crítica é a parte da interpretação jurídica concernente à existência e força obrigatória do texto legal, analisando dialeticamente. É o fruto da reflexão que os próprios cientistas estão fazendo sobre a ciência em si mesma. Trata-se de uma reflexão histórica feita pelos cientistas sobre os pressupostos, os resultados, a utilização, o lugar, o alcance, os limites e a significação sócio-culturais da atividade científica. Há duas séries de forças atuantes: as forças Externas e as forças Internas.  
- Externa, quando indaga a natureza do documento; correspondem aos objetivos da sociedade.
- Interna, quando se efetua pela hermenêuticacorrespondem ao desenvolvimento natural da ciência, precisando tomar consciência de que a ciência está cada vez mais integrada num processo social, industrial e político.
A epistemologia crítica, pois, tem por objetivo essencial interrogar-se sobre a responsabilidade social dos cientistas e dos técnicos. Essa interrogação torna-se hoje uma das questões cruciais de nossa cultura. Há algumas décadas atrás, nem mesmo os intelectuais mais extremistas, ousavam criticar a ciência. Diante desta situação, que é nova, os cientistas começam a reagir. E é a esta interrogação sobre a significação real da ciência que podemos chamar de “epistemologia crítica”. "Na hermenêutica jurídica temos a compreensão, a interpretação estrito senso e a crítica como os três processos necessários para a interpretação” (Regina Toledo Damião).
O trabalho do aplicador do Direito – do juiz, especialmente – pode ser dividido em duas partes: descobrir a solução legal adequada para o caso e convencer um determinado auditório de que a solução escolhida pelo intérprete-aplicador é mesmo adequada. É neste momento que a Hermenêutica Jurídica entra, pois, é com ela a compreensão de que se dá o sentido à norma. A hermenêutica jurídica, como arte da interpretação jurídica, é um processo de construção e re-construção.
A Hermenêutica consiste em determinar o sentido e alcance da expressão jurídica.
- Em seu conceito técnico, categoremático, é um Ser.
- Em seu conceito sociológico, sincategoremático, é um Estar.
Carlos Maximiliano define hermenêutica da seguinte forma: “Consiste em enquadrar um caso concreto na norma jurídica adequada”.
- “A Hermenêutica Jurídica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos que devem ser aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito”.
- “Interpretar uma expressão de Direito não é simplesmente tornar claro o respectivo dizer, abstratamente falando; é sobretudo, revelar o sentido apropriado para a vida real, e conducente a uma decisão reta”.
Clóvis Bevilacqua define hermenêutica da seguinte forma: “É revelar o pensamento que anima suas palavras”. Algumas regras elaboradas por Alexandre Alvares, constantes nas lições de Clóvis B.:
“1º. Quanto aos institutos inalterados, deve o interprete aplicar as regras jurídicas tais quais o legislador as ditou, e seguir o processo tradicional da interpretação, mas, respeitando o texto legal, deve dar-lhe o sentido mais conforme ás exigências atuais.
2º. Quanto aos institutos parcialmente modificados, a interpretação deve seguir a nova tendência que neles se manifesta e que se revela, claramente, nos fatos.
3º. Se o instituto se transformou inteiramente, as relações jurídicas devem ser interpretadas segundo sua feição atual.
4º. Se o instituto foi criado após o aparecimento de uma determinada lei ou de um código, não deve ser explicado á luz de uma ou de outro, mas sim á luz dos princípios contemporâneos.”
4. Características da Hermenêutica
- É a busca do significado e alcance das normas jurídicas. Permite ao intérprete encontrar a solução mais adequada para aplicação do Direito e fornecer-lhe argumentos “válidos” para sustentar sua decisão; É o argumento gramatical.
- A análise deve envolver todos os princípios contidos na norma, e não apenas um isoladamente. Quase sempre a doutrina fala em métodos, processos, elementos ou formas de interpretação, para referir-se às ferramentas hermenêuticas;
- Todo Fato e Lei são passíveis de interpretação, considerando tratar-se de fenômenos sociais e jurídicos. A compreensão dos sistemas de idéias a respeito da interpretação do Direito pressupõe alguma noção sobre a evolução da história do Direito;
- Na análise do texto legal, busca-se conhecer o sentido que ele expressa. Tenta-se encontrar para o texto, um sentido que faça sentido, de acordo com o argumento lógico;
- Manifesta-se pela linguagem, e com ela constrói um mundo de interpretação.
Deste modo, ao interpretar uma norma jurídica, o jurista (sujeito) terá a compreensão desse objeto, desse fenômeno jurídico, mediante um instrumento que irá proporcionar essa compreensão. Tal instrumento é a linguagem. Note-se, entretanto, que a linguagem, como instrumento para a compreensão e interpretação não é um terceiro elemento, um ente à parte nessa relação sujeito-objeto, mas condição de possibilidade de interpretação da norma jurídica.
5. Um complemento: a Teoria dos Valores
Uma das dificuldades da teoria dos valores está em que suas diversas escolas não estão ainda de acordo, e não empreenderam um trabalho de equipe, visando a uma síntese construtiva. Em segundo lugar, a dificuldade da conceituação está também em que tal síntese deve abranger todos os valores e estes apresentam uma imensa dispersão: a honra, o dinheiro, o belo, o dever, o direito etc.
Diante disto, conceitua-se valor, primeiramente, como a ‘não diferença’ de alguma coisa para um sujeito ou uma consciência motivada ou incentivada; em segundo lugar, como uma relação, um produto entre o sujeito dotado de uma necessidade qualquer e um objeto ou algo que possua uma qualidade ou possibilidade real de satisfazê-lo.
Há dois sentidos principais na Teoria dos Valores:
- No sentido Econômico, o valor é medido pelo preço. Ele decorre na relação entre a utilidade e a quantidade disponível do bem, do qual resulta que, quanto mais escasso o bem mais ele tem valor. O valor neste sentido se reflete no preço e é o que predomina no mercado, em que nos deparamos cotidianamente.
- No sentido de Atribuições, o valor é dito como preferência. Como ensina a Axiologia, a aceitação ou não, a apreciação ou, em suma, a avaliação de qualquer objeto, toma o valor como critério subjetivo, intersubjetivo ou objetivo de avaliação. Desta forma, o valor como critério de avaliação de um objeto vai refletindo, do ponto de vista ideal, a convergência das tendências históricas, sendo esta a razão pela que os valores ou, pelo menos, a escala de suas aplicações preferenciais, mudam com tempo e no espaço, de conformidade com a constituição cultural. Outro aspecto, do ponto de vista cultural, é que os valores têm apresentado uma forma de manifestação bipolar e, assim, comportam necessariamente, na percepção de cada sociedade, componentes positivos e negativos: éticos / antiéticos, justos / injustos, honestos / desonestos.
Valores são os atributos conferidos e concedidos pelo Ser Humano. Consistem em qualidades subjetivas que se encontram na realidade cultural e que são atribuídas aos objetos dessa mesma qualidade. São características são as seguintes:
- O Valer, no campo Ontológico, é o Ser; no campo axiológico, é o Valer. Os objetos naturais são; os objetos culturais, valem;
- Subjetividade significa que depende das preferências individuais. Valor é algo subjetivo, é interesse;
- A Dependência ocorre porque existe necessariamente a aderência de um valor a uma coisa. Os valores fazem referência a um ser, ou seja, constituem predicações;
- Polaridade, porque é dotado de 2 pólos: um só Juízo de valor pode levar a 2 conclusões diferentes;
- Intersubjetividade, porque só acontece entre pessoas.
Para o Direito, a conduta não somente é, sentido de existência, mas também vale, a conduta jurídica já consagra determinados valores; o ordenamento jurídico, formal, já representa a realização desses valores.
Por fim, a classificação de Carlos Cóssio para a valoração é de que é o fruto do socius, da cultura que o reproduz e, sobretudo, do esforço do homem em transcender-se a si mesmo e à sua situação histórica.  A origem do valor humano está na origem do homem, e conformam-se as duas, na estrutura da moral e, mais tarde, da ética que, por sua vez, embasa o Direito como valor ancorado num outro valor qual seja a Justiça como fim do Direito.
6. Considerações finais
Na axiologia jurídica, portanto, não há valor mais desejado que a justiça e a paz, a despeito de Aristóteles e dos pensadores helênicos terem considerado a justiça como um hábito. A justiça é uma igualdade, o equilíbrio; a injustiça é uma desigualdade, um desequilíbrio, afirma Aristóteles. A essência de justiça é a igualdade, acrescenta S. Tomás. Eis, pois, a relevância da Justiça como valor humano que, junto a outros valores, como a família, a saúde, a fé e o amor, formam a estrutura valorativa do Direito Natural, ao qual o Direito positivo se curva.
Embora se reconheça que a segurança é um legítimo valor, um valor "fundante" - expressão de Carlos Cóssio –, só satisfaz quando devidamente equacionado com os demais valores jurídicos, principalmente com as exigências éticas da justiça. Isso significa que a vontade contida na lei e garantida pela sanção "deve estar relacionada à razão superior de um sistema de valores". É o que diz categoricamente Carl Friedrich.

Referências bibliográficas
Juris PoiesisRevista do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá. Disponível em: Acesso em: 10 fev. 2010.
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. São Paulo: Revista Forense, 1999 (1924).
JAPIASSU, Hilton. Introdução ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1979.
MORA, José Ferrater. Dicionário de filosofia (Vol. 2). São Paulo: Edições Loyola, 2000.
TEIXEIRA, Maria Luisa Mendes. Valores Humanos e Gestão: Novas Perspectivas. São Paulo: Senac, 1899.
VAZ, Henrique Cláudio de Lima. Ética e Direito. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro, Editora Forense.
 
Nota:
[1] Trabalho orientado pelo prof. Alexandre Cavalcanti Andrade de Araújo, Doutorando pela UMSA Universidad del Museo Social Argentino. Especialista em Direito Constitucional pela ESA - Escola Superior da Advocacia. Especialista em Direito Penal pela FESMIP Fundação Escola Superior do Ministério Público. Assessor Jurídico da Secretaria de Comunicação do Estado da Paraíba - SECOM. Professor da FESP Faculdades de Ensino Superior da Paraibana na disciplina Deontologia Jurídica. Professor da FPB - Faculdade Potiguar da Paraíba, nas disciplinas Filosofia Jurídica, Hermenêutica Jurídica e Ética. Professor Convidado pela Universidade Federal da Paraíba, para disciplina Ética e Legislação Odontológica.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

VIAGEM AO PASSADO: O crescimento de Serra Talhada na década de 1940

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



A foto em destaque no quadro Viagem ao Passado mostra o processo de crescimento urbanístico de Serra Talhada, durante a década de 1940. A imagem foi capturada do alto da chaminé da antiga Usina de beneficiamento de Caroá, localizada na rua Cornélio Soares, o fotógrafo infelizmente é desconhecido.

Na rara fotografia, feita provavelmente em 1948, é possível ver que as obras da fachadas da igreja Matriz da Penha já concluída e expansão da zona urbana da cidade caminha em direção ao Hospam e Escola Solidônio Leite, prédios públicos construídos por Agamenon Magalhães, em 1941, e que redimensionaram o processo urbanísticos, visto que a maioria das residências e dos órgãos públicos se concentravam na Praça Agamenon Magalhães (Concha Acústica), Rua Cornélio Soares (Rua dos Correios) e Praça Sérgio Magalhães e Barão do Pajeú.

domingo, 19 de maio de 2019

Paulo César Gomes lançou o seu novo livro na FLIST

No último dia 10 de maio, o escritor e professor Paulo César Gomes, lançou o seu mais no trabalho, o livro “Serra Talhada: Cem anos em quarenta (1940-1980)”, durante a realização da Festa Literária de Serra Talhada (FLIST). Confira as fotos do lançamento.           

CICLO DE PALESTRAS: Escritor vai às escolas para contar a história de Serra Talhada

Por Manu Silva, do Farol de Notícias 



O professor e escritor Paulo César Gomes tem promovido ciclos de debates sobre a história de Serra Talhada em escolas do município. Já foram visitadas as Escolas Antônio Timóteo, o Colégio de Aplicação, o Colégio Municipal Cônego Torres, o EREM Cornélio Soares, além da Sala Verde,no bairro AABB.

“Estamos buscando aproximar os estudantes de informações sobre Serra Talhada, e por isso, usamos várias fotografias históricas para expor de forma mais prática esses conteúdo. E o que percebemos é que o resultado tem sido extremamente proveitoso”, disse o empolgado educador, que também é colunista do Farol.

Durante as palestras o professor também está sorteando exemplares de livros de sua autoria entre os alunos.

“Precisamos criar uma geração de leitores que conheçam a história da cidade e que valorizem os livros produzidos por escritores locais. Já distribuímos mais de 100 livros, ainda é pouco, mas se surgirem parceiras com a iniciativa privada ou órgãos públicos, certamente mais estudantes terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história do município”, declarou Paulo César.

Conto

O conto “A Garota da Casa da Frente”, que em 2016 foi finalista do Concurso Literário de Salgueiro e que teve o seu texto gravado e reproduzido para a internet, acaba de atingir a marca de 100 mil visualizações e desponta como uma das obras literárias produzida em Serra Talhada mais vista no Brasil.

“Essa marca nos deixa muito feliz, principalmente por se tratar de um história simples e de muita leveza. Estamos acostumados a ver muitas coisa bizarras, artificiais e sensacionalistas na internet. Mas esse conto está de alguma forma quebrando um paradigma, rompendo fronteiras e estabelecendo uma nova forma de fazer promover a literatura. Tenho recebidos vários elogios de professores que estão usando o conto em suas aulas”, falou PC Gomes.

Links do conto:

ESCUTE EM PRIMEIRA MÃO: Pesquisa revela músicas inéditas do D.Gritos

Por Manu Silva, do Farol de Notícias

“Um importante acervo musical acaba de ser encontrado”, quem afirma é o escritor e pesquisador Paulo César Gomes, que em parceira com a Banda Kaêra e a Fundação Cultural de Serra Talhada, realizaram um tributo a Ricardo Rocha e a banda D.Gritos, em janeiro desse ano.

Foi durante o evento que o escritor recebeu da mãos do empresário serra-talhadense, Roberto Carvalho, hoje radicado em Petrolina–PE, cinco músicas do último disco da banda de pop rock e uma do músico falecido em 1993.
“Betão (Roberto Carvalho) me entregou em um pen drive gravações reproduzida de uma fita cassete com músicas do disco Navegantes, último da D.Gritos, gravado no estúdio DB3, em Recife, meses antes da morte de Ricardo. Esse é um achado ‘arqueológico’ importantíssimo, pois a matriz origem da fita foi perdida. Fico muito feliz por Roberto ter me dado a oportunidade de compartilhar esse importante trabalho do grupo, uma espécie de obra póstuma de Ricardo Rocha”, disse Gomes.

Nas gravações foram encontradas cinco músicas do disco, que originalmente continha 11 músicas. Entre as músicas encontradas está uma regravação de “Caminhos Cruzadas” (Ricardo Rocha/Camilo Melo), que havia sido gravado no disco “Traumas”, um outro single encontrado foi Selva no Asfalto (Ricardo Rocha/Jário Ferreira). A autenticidade do trabalho é confirmada por Jorge Stanley e Derivan Calado, músicos que participaram das gravações em Recife.
Segundo Paulo César Gomes, “provavelmente as canções faziam parte do lado A do LP e também da fita cassete”. As músicas mostram que a ideia da banda era o de continuar apostando em músicas autorais e buscando sintonia com o que era tocado nos anos 90 em todo o mundo. Eles apostaram em uma pegada mais pop e com forte presença dos teclados. Há que se registrar que Camilo Melo não participou das gravações deste disco porque deixou a banda em 1991”.

“O disco foi gravado em Recife. Participaram das gravações, Ricardo no vocal, César Rasec e Derivan nas guitarras, Toinho Harmonia nos teclados, Eltinho Mourato no baixo e eu na bateria”, relatou o Jorge Stanley. Já Derivan Calado explicou a divisão dos solos de guitarras: “Eu combinei com César que a gente alternaria nas músicas, então em algumas eu fiz os solos e em outras em fiz a guitarra base”.

ALEGRIA DA FILHA

Quem também não escondeu a alegria foi a filha de Ricardo Rocha, Jéssica Rocha. “Fico muito feliz em saber que ainda existe muita coisa gravada nas voz de painho. Agradeço a todos que curtem e fazem o possível para sempre está mantendo acessa a chama das músicas da banda D.Gritos e do meu amado pai”.

Links com as músicas publicadas no Youtube:

OPINIÃO: Jair Bolsonaro ainda não disse para que veio

Por Paulo César Gomes, Professor, historiador, membro da Academia de Letras do Sertão Pernambucano (ASL), do IHGPajéu e pesquisador



Nos poucos mais de quatro meses de mandato, Jair Bolsonaro tem deixado um rastro de pólvora por onde passa, fato que seria hilário se não fosse tão trágico. A realidade é que ele ainda não disse para o que veio, e se disse, mostrou isso apenas para uma pequena parcela de seguidores, já que segundo as pesquisas, o apoio ao governo cai vertiginosamente a cada mês.

O lado trágico é que a taxa de desemprego só aumenta e os indicadores econômicos parecem entrar no poço sem fundo, mas como sempre, a justificativa é que a culpa é dos governos anteriores. Porém, é bom advertir ao ex-capitão, que um dia a conta desse desastre econômico vai bater à porta dele.

A bem da verdade, o governo de Bolsonaro tem sido extensão da sua campanha eleitoral, é como se nós estivéssemos vivendo um terceiro turno. Mesmo eleito, o presidente mantém uma rotina de enfrentamento a todos: jornalistas, ambientalistas, ativista políticos. E agora, ele resolveu enfrentar os estudantes. Em tom de extrema grosseria ele taxou estudantes de “… idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra…”.

O governo, e boa parte dos seus seguidores, parecem desconhecer a força da juventude, um setor da sociedade que em todo o mundo tem promovido transformações importantes, principalmente a partir da segunda metade do século XX. Foram os estudantes os que mais resistiriam e sofreram com a violência da Ditadura Militar, mas no final a democracia prevaleceu, e a luta dos jovens acabou não sendo em vão. Foram eles também decisivos para a queda de Fernando Collor em 1992.

Menosprezar tamanho legado histórico e a força que emana das vozes juvenis, parece ser um tiro no pé. Um ato suicida em se tratando de um governo instável e que ainda não conseguiu explicar com clareza o “escândalos dos laranjas do PSL”, a proximidade da ‘família real’ com as milícias do Rio de Janeiro e as denúncias de lavagem de dinheiro envolvendo Flávio Bolsonaro, feitas pelo Ministério Público. Bolsonaro está optando pelo confronto e os ‘rounds’ já estão marcados, 30 de maio e 14 de junho. Desse embate alguém saíra derrotado, e que seja o lado errado da história!

terça-feira, 14 de maio de 2019

VIAGEM AO PASSADO: Os bons tempos do Comercial e o Pereirão

Por Paulo César Gomes, autor do livro do livro “Comercial: Um Clube Imortal”



O Viagem ao Passado deste domingo é uma singela homenagem ao estádio Municipal Nildo Pereira, o Pereirão, que no últimos meses vem sofrendo com o abandono e descaso dos poderes públicos. O gigante do Sertão foi inaugurado em 21 de janeiro de 1973, na gestão do ex-prefeito Nildo Pereira.

A praça esportiva foi projetado pelo Engenheiro Civil Manoel Custódio dos Anjos Filhos e erguido sob a batuta dos mestre de obras, Benedito Duarte (Seu Dito) e Januário Pereira.
As fotos em destaque foram cedidas pelo zagueiro e lateral Nêgo, que fez parte do time do Comercial Esporte Clube, durante a década. Nas imagens é possível ver que o estádio se encontrava em ótimas condições, mesmo sem o apoio dos governos estadual e federal, o município assumia a maior parte das despesas com a manutenção do Pereirão e do time do Comercial. A bem da verdade, os irmãos Nildo e Hildo Pereira, foram peças importantes para ascensão do futebol em Serra Talhada.

Outro fato que chama atenção nas imagens é a presença da torcida. Segundo relatos, a torcida do alvirrubro foi a mais animada e a mais apaixonada entre todos os times profissionais e amadores que já existiram na cidade.

Fica o alerta para que o Pereirão não venha a se tornar um novo CIST. A história e o futuro do futebol em Serra Talhada merecem ser respeitados!



segunda-feira, 13 de maio de 2019

VIAGEM AO PASSADO: Um desabafo em torno da memória perdida de Serra Talhada

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



A foto em destaque no quadro “Viagem ao Passado” é o belo registro da fachada do Clube Intermunicipal de Serra Talhada, o histórico CIST.  O clube foi criado no início dos anos 1950, com o objetivo de promover o lazer e o entretenimento de setores com maior poder aquisitivo da cidade, ao mesmo tempo, um outro clube, o Líder, era o ponto de encontro do restante da população local.

Pelo salão do CIST passaram grandes lideranças políticas e empresariais, e o seu palco serviu de vitrine para grupos musicais locais e de dezenas de atrações de fama nacional. O tempo foi ingrato com o CIST, pois as gerações de sócios que herdaram dos seus pais um pedaço precioso do local, não foram capazes de manter viva a chama acesa que mantinha o coração do clube pulsando.

O resultado é que o CIST foi lentamente entrando em coma. E por uma triste ironia do destino, nós, que ostentamos os títulos de 4º polo médico do estado, segunda maior cidade do Sertão, polo empresarial, político, cultural e educacional, não somos capazes de tirar o CIST da UTI.

Pelo contrário, preferimos matá-lo aos poucos, a exemplo do que fez a secretaria de Obras durante essa semana, onde ao invés de preservar a fachada original do clube, preferiu o caminho mais fácil e prático. Derrubar a parte superior da fachada do prédio. Então, se a visão da administração local estiver correta, o melhor seria ter derrubado logo tudo. Talvez assim o choro seria todo extravasado de uma única vez e o problema seria resolvido.

Como serra-talhadense, confesso aos amigos e amigas que guardo no coração uma certa tristeza em ver e testemunhar a forma como a memória arquitetônica, bem como a documental, são tratadas em minha cidade.

Infelizmente não tive a oportunidade de contemplar beleza da arquitetura do prédio do Açougue Público, da antiga Prefeitura Municipal, do antigo Coreto (o primeiro). Todos por alguma razão foram demolidos pelo poder público municipal, em tempos passados. A iniciativa privada também não fica atrás e também deixa a sua marca. O Cine Art, a antiga AABB, o palco do Batukão, e tantos outros locais que fizeram parte do cotidiano e da vida dos serra-talhadenses já não existem mais ou tiveram suas fachadas totalmente modificadas.

QUESTIONAMENTOS

Às vezes me pego a pensar sobre o que iremos preservar de memória da cidade para as futuras gerações? Talvez um punhado de fotos, ou quem sabe uma meia dúzia de histórias contadas por pessoas teimosas assim como eu, e que isso seja apenas um pequeno consolo. De alguma forma estamos sendo arrastados pelos moinhos de ventos, e que pena que nós não tenhamos um Dom Quixote. Mas aqui entre a gente! Nem a ajuda de Sancho Pança faria com que o nosso Dom Quixote derrotasse a força das marretas e vitalidade descomunal das retroescavadeiras que atropelam a nossa memória.

O que nós falta é respeito pela história da cidade. É respeito por aquilo que a nossa gente construiu a longo do tempo. E o pior, é abandonar os lugares aonde um dia nos fomos felizes. Em uma terra árida e de clima quente, onde a violência do passado parece nos acompanhar como um carma eterno. Ser feliz no CIST em uma noite de sábado, ou no Pereirão, em uma tarde de domingo, parecer ser algo improvável e impensável para o nosso tempo! Mas há tempos atrás isso era o que fazia uma cidade inteira sorri.

Felizes são os habitantes da cidade de Roma, que há décadas lutam para manter em pé uma torre torta. Ou os Peruanos que preservam uma cidade de pedras em cima de uma montanha. É bem verdade, que todos esses locais têm um valor histórico incalculável, mas que só existem porque o seu povo soube preservar. Esses povos compreendem a importância da história dos seus antepassados e do legado que eles deixaram. Nós, serra-talhadenses, infelizmente, ainda não compreendemos a importância da nossa história e o valor imensurável do legados deixado pelos nossos antepassados!

segunda-feira, 6 de maio de 2019

VIAGEM AO PASSADO: Os anos de ouro da Banda Côngruos em ST

Por Paulo César Gomes, para o Farol de Notícias



O “Viagem ao Passado” deste domingo convida os leitores a conhecer um pouco da história de uma das maiores bandas de baile do Sertão Pajeú, trata-se da lendária  banda Côngruos.  A fotografia acima foi publicada durante a semana no Facebook do baterista e empresário Cristiano Leite, nela podemos perceber a presença de uma das primeiras formações do grupo, que já nos anos 1970, começava a conquistar fãs e admiradores.

Da esquerda para a direita: Manezinho (Trompete), João Grilo (Bateria), Boró (Percussão), Nevinha (voz), Zé Leite (Guitarra), Gregório (Contra baixo) e Targino (Teclados), infelizmente alguns desses talentosos artistas já não estão mais entre nós, a exemplo do saudosos Targino.

O grupo, que sempre teve como base várias gerações da família Leite, foi ao longo dos anos uma referência musical para diversos artistas locais e de outras cidades.

Segundo o cantor e compositor Rai de Serra, a banda Côngruos  foi “a melhor e maior escola da música Serra-talhadense”.

Ao longo de sua trajetória a banda vivenciou diversas transformações musicais no cenário nacional e internacional, sempre com músicas de qualidade que tocassem  os corações e que divertissem o público em suas apresentações.

Diversos casais se conheceram ou comemoraram os seus momentos de alegria ao som da querida e amada banda Côngruos. 

O Farol de Noticias parabeniza a todos os músicos que passaram pela banda e agradece a todos pelo importante serviço prestado a música e a história cultural de Serra Talhada.

ATIVIDADE DE DIREITO CIVIL - SUCESSÃO

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