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domingo, 4 de outubro de 2015

Opinião: A ida de Fonseca para o PR definiu o rumo de Augusto, ‘Sebá’ e Duque

Paulo César Gomes é escritor e professor

Estamos chegando ao fim do primeiro grande momento que antecede o pleito de 2016, já que a meia noite do dia 2 de outubro se encerra o prazo de filiação e troca de partido. Sempre lembrando que a maioria dos partidos estão subordinados as decisões superiores – Brasília e Recife –, isso quer dizer que alguns partidos que agora estão optando por algum grupo, poderão no meio do caminho tomar outro rumo.

Como já havíamos antecipado aqui no Farol, Fonseca Carvalho deixou o PTB e desembarcou no PR. Essa até agora foi a mais significativa mudança do quadro eleitoral, e de quebra resolveu dois problemas, o de Sebastião Oliveira (PR), que não conseguiu emplacar o nome do irmão, Waldemar Oliveira, e o de Augusto César (PTB), que agora têm o caminho livre para indicar o vice na chapa à reeleição do prefeito Luciano Duque (PT).

O cenário atual favorece o prefeito petista, já que o mesmo controla a máquina do município e poderá usá-la para promover a sua gestão. Outro ponto a favor, é o fato de que segundo os dados estatísticos, a maioria dos prefeitos que se candidataram ao segundo mandato consecutivo foram reeleitos. O ponto fraco do prefeito não é a imagem negativa do PT a nível nacional, até por que ela pouco foi usada pela gestão e o discurso da nacionalização do debate nunca funcionou em eleição em Serra Talhada.

Os pontos negativos são a falta de uma imagem consolidada junto à população, uma identificação com o que foi conseguido por Carlos Evandro. De alguma forma isso acaba impedindo que a popularidade do prefeito decole. O segundo é como explicar para a população a sua ruptura com o padrinho Carlão. Só para refrescar a memória, existem diversas gravações onde a campanha do então candidato Luciano Duque afirmava que Carlos Evandro foi o melhor prefeito da história de Serra Talhada. Então, quem mudou? O atual ou o ex-prefeito? Quem traiu quem? Certamente essas perguntas irão dominar a pauta da campanha.

Pelo lado da oposição os dilemas de Sebastião persistem, ser ou não ser candidato? Nesse momento é importante que as definições comecem a ficar mais claras, já que é preciso compactar o grupo. Sempre é bom lembrar que as cobranças feitas pelos aliados de Sebastião sobre a sua falta de atenção com a base é um item negativo. Ele agora é o líder. E todo líder tem que fazer sacrifícios se quiser manter a posição frente às tropas. Uma tropa sem voz de comando tende a debandar.

Desta forma, cabe a Sebastião definir se seu nome está no jogo ou fora dele, ou se vai de fato começar a construir a unidade em torno do nome de Fonseca, isso porque o que se tem visto é que esse bloco é muito heterogêneo, a começar pelos primos pereiras: Carlos Evandro e os irmãos Geni e Gilson Pereira. Ainda sobre a oposição, é preciso destacar que, atualmente, os pré-candidatos Marquinhos Dantas, Israel Silveira, Ricardo Valões e Ary Amorim, estão um pouco ofuscados, isso porque atuam de forma isolada, mesmo que todos tenham espaço na mídia, ambos ainda não construíram bases concretas para consolidarem as suas candidaturas.

O ideal para esse setor da oposição era se juntar em G4 (grupo) e atuarem de forma coletiva, já que poderiam atrair pré-candidatos a vereadores, visto que essa é uma chapa proporcional de grande porte e que poderá garantir de duas a três cadeiras na Câmara. Por outro lado, eles também sairiam da sombra da liderança do secretário Sebastião Oliveira. Mesmo que teoricamente entendesse que duas chapas de oposição beneficiam a reeleição do prefeito, é preciso que se analise o fato de que todos que fazem parte desse segundo bloco de oposição estiveram no palanque do prefeito. Ou seja, eles acabam tirando votos do prefeito. O que pode ser decisivo para o resultado final das eleições.

Um forte abraço e até a próxima!

Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 27 de setembro de 2015.

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