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quarta-feira, 17 de junho de 2020

RESUMO DE GEOGRAFIA: Pobreza e renda no Brasil




O Brasil, em função de seu histórico de colonização, desenvolvimento tardio e dependência econômica, além dos problemas internos antigos e recentes, possui uma grande quantidade de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Assim, por representar um país subdesenvolvido emergente, a pobreza no Brasil apresenta elevados patamares.
Segundo um dado oficial do Ministério de Desenvolvimento de Combate à Fome datado de 2011, existiam no Brasil até esse ano cerca de 16,27 milhões de pessoas em condição de “extrema pobreza”, ou seja, com uma renda familiar mensal abaixo dos R$70,00 por pessoa. Vale lembrar que ultrapassar esse valor não significa abandonar a pobreza por completo, mas somente a pobreza extrema.
É preciso dizer, porém, que a pobreza não é uma condição exclusiva de uma região ou outra, como se costuma pensar. Praticamente todas as cidades do país (principalmente as periferias dos grandes centros metropolitanos) contam com pessoas abaixo da linha da pobreza.
No entanto, é válido ressaltar que, apesar dos problemas históricos, o Brasil vem avançando na área de combate à fome e à pobreza no país. Segundo um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de pessoas que abandonaram a pobreza no Brasil em 2012 ultrapassou os 3,5 milhões. Nesse estudo, o critério para pobreza extrema era, inclusive, mais alto que o acima mencionado: R$75,00 por membro da família.
Outra boa notícia é a de um relatório apresentado pela Assembleia das Nações Unidas em 2013 que colocou o Brasil como o 13º país que mais investe no combate à pobreza no mundo, em um ranking composto por 126 países em desenvolvimento. Assim, o país investe mais do que todos os demais membros do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), mas ainda está atrás de nações como Argentina e Venezuela. Ao todo, segundo o relatório, o Brasil gasta quase US$ 4 mil dólares por ano para cada pessoa [1].
O carro-chefe atual das políticas públicas de combate à fome no Brasil é o programa Bolsa Família, criado em 2003. Trata-se de uma política assistencialista de transferência de renda, em que o governo oferece subsídio para famílias em condições de pobreza ou miséria acentuada. Apesar das muitas críticas e polêmicas na esfera política, o programa vem recebendo elogios por parte de sociólogos e economistas, uma vez que gasta muito pouco (0,5% do PIB) e contribui substantivamente para a melhoria da qualidade vida. Segundo o Ipea, a estimativa é a diminuição de 28% da miséria do país em 2012 somente pelo Bolsa Família.
Recentemente, um apontamento do Banco Mundial revelou que o Brasil vem servindo de modelo e exemplo no que diz respeito ao combate à pobreza no mundo, com a redução da miséria, a diminuição de dependentes do próprio Bolsa Família e com a criação do Cadastro Único, que visa a identificar a quantidade de pessoas em extrema pobreza no país [2]. Tais medidas vêm sendo estudadas e até copiadas por especialistas e governantes de outras localidades do mundo.
Por outro lado, há uma grande quantidade de pessoas que ainda vivem à margem da sociedade no Brasil, problema que dificilmente se resolverá somente com a promoção de programas assistencialistas. Os principais desafios estão em vencer os problemas nas áreas de saúde e educação, que vêm recebendo tímidos avanços, e ampliar a qualificação profissional e a oferta de emprego no país.
Além disso, para muitos especialistas, diminuir o número de pessoas que vivem com menos de US$1,25 por dia – critério elaborado pelo Banco Mundial e pela ONU para definir a pobreza extrema – não é o suficiente. A ideia seria a de elevar esse valor na definição de miséria e traçar uma nova meta para a redução da pobreza no Brasil, principalmente através de medidas que não taxem tanto as classes média e baixa e que consigam encontrar formas de diminuir a desigualdade social e a concentração de renda, que ainda são muito acentuadas no Brasil.

pobreza no Brasil é um problema que atinge cerca de 28 milhões de pessoas.
Os estados do Norte e do Nordeste concentram as populações mais carentes no país.

Definição

Existem vários índices que buscam definir o que seria uma pessoa que vive em situação de pobreza ou pobreza extrema.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) uma pessoa pobre é aquela que não tem dinheiro para garantir uma refeição que forneça 1750 calorias por dia.
Para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o índice é um pouco maior. Para esta agência regional, o limite seria uma dieta de 2200 calorias diárias.
Para a ONU, uma pessoa pobre é que tem uma renda equivalente a US$ 1,25 por dia ou cerca de dois reais.
Para a União Europeia, uma pessoa pode ser considerada pobre quando ganha 60% da renda média do país. Na Dinamarca seria quem possui uma renda igual ou inferior a 2.500,00 reais.

Causas

Por conta do processo colonizador e da escravidão, o território brasileiro sempre foi um país onde havia muitas pessoas pobres. Com o fim da escravidão e o êxodo rural, as cidades não tinham infraestrutura para a chegada de mais gente. Assim, o fenômeno da pobreza se acentuou.
No entanto, a partir dos anos 90 do século XX, com a estabilidade econômica, a renda per capita dos brasileiros foi aumentando gradativamente.
A pobreza do Brasil também revela as disparidades regionais devido aos anos de concentração da política e das indústrias no sul do país. Os estados do norte e nordeste têm os maiores índices de pobreza, e Maranhão, Piauí e Alagoas são aqueles que possuem a maior proporção de pobres.
O Ministério do Desenvolvimento Social definiu que a linha de pobreza no Brasil é quem vive com uma renda de até 140 reais por mês. Mais de 28 milhões de brasileiros estão nessa condição.
Com o advento do governo Lula e seus programas de transferência de renda, a pobreza no país recuou.
No entanto, com a crise econômica, o cenário pode mudar. Dados do Banco Mundial indicam que o Brasil terá um aumento de 3,6 milhões de pobres até o fim de 2017.
Igualmente, o perfil do pobre no país se transformou. Agora, são brasileiros com menos de 40 anos, chefes de família e que há dois anos estavam empregados. Possuem pelo menos o ensino médio e 90% vive na cidade.

Pobreza Extrema

Já os que vivem em pobreza extrema são aqueles que vivem com 70 reais por mês.
No Brasil, 8% da população ou um pouco mais de 16 milhões são considerados extremamente pobres. Mais da metade dos extremamente pobres vive no Nordeste e das 50 cidades mais pobres do Brasil, 26 estão no Maranhão.

Lista

Confira abaixo as cidades mais pobres do Brasil, em 2013, segundo os dados do IBGE:
Cidade
Centro do Guilherme/MA
Jordão/AC
Belágua/MA
Pauini/AM
Santo Amaro do Maranhão/MA
Guaribas/PI
Novo Santo Antônio/PI
Matões do Norte/MA
Manari /PE
10º
Milton Brandão/ PI


Resumo sobre a Estrutura Geológica da Terra


A litosfera – camada rochosa do planeta Terra – apresenta inúmeras dinâmicas e variações. A sua composição estrutural, contudo, é classificada em três diferentes tipos de estruturas geológicas que se dividem em todo o mundo: os crátons (ou escudos antigos), as bacias sedimentares e os dobramentos modernos (ou cadeias orogênicas).
Confira, a seguir, o mapa das estruturas geológicas no mundo que demonstra a presença dos diferentes tipos e a distribuição deles pelo espaço geográfico:

Distribuição geográfica das estruturas geológicas da Terra


Com a observação do mapa, podemos notar que os dobramentos modernos encontram-se em áreas que apresentam conhecidas cadeias montanhosas, como a Cordilheira dos Andes, a oeste da América do Sul; as Montanhas Rochosas, na América do Norte; os Alpes, na Europa; e a Cordilheira do Himalaia, na Ásia.
Isso ocorre porque os dobramentos modernos são, na verdade, trechos de formação recente originados pela elevação do terreno em razão da interação das placas tectônicas e fenômenos decorrentes. O Brasil, por apresentar uma formação geológica antiga, não apresenta esse tipo de estrutura geológica.
As bacias sedimentares, por outro lado, distribuem-se em diferentes partes do mundo, existindo também no território brasileiro. Elas recobrem cerca de 75% da superfície terrestre e são caracterizadas pela sua formação na Era Paleozoica (500 milhões de anos atrás), com a acumulação dos sedimentos gerados pelo desgaste das rochas em função da ação dos agentes externos de formação do relevo.
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É nas bacias sedimentares que ocorre a possibilidade de haver acúmulo de petróleo, bem como a existência de fósseis, apesar de isso não ser algo determinante. Elas comumente se formam em áreas oceânicas e transformam-se em continentes por causa da movimentação das placas tectônicas.
Por fim, temos os crátons, que são popularmente conhecidos como escudos cristalinos e maciços antigos, nomes dados aos seus dois subtipos. Sua formação é a mesma dos dobramentos modernos, no entanto, como são mais antigos, sofreram maiores desgastes dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, os mesmos que originaram as bacias sedimentares. O terreno é tão antigo que apresenta as mais antigas rochas encontradas no planeta.
Os crátons costumam abranger áreas de planalto. No Brasil, eles recobrem, por exemplo, o Planalto Central, o das Guianas e uma área de escudos da Amazônia, rica em minerais e que, por isso, vem sendo alvo de ofensivas de empresas mineradoras, o que pode colocar em risco a Floresta Amazônica Equatorial.
A seguir, temos um quadro ilustrativo que apresenta uma síntese com os três tipos de estruturas geológicas

litosfera, camada sólida e mais externa da Terra, não é homogênea, ou seja, essa camada não possui a mesma composição em toda a sua extensão. Ela originou-se do resfriamento do magma que recobria a superfície terrestre e foi bastante influenciada por processos de tectonismo, transformação e desgaste das rochas originais, o que promoveu uma grande diversificação de suas características. Além disso, o material que originou cada parte da crosta terrestre também é diferente, visto que ele é constituído por três tipos de rochas diferentes: rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares.
Diante dessa variedade de características, convencionou-se classificar a parte emersa da litosfera em três tipos diferentes de estruturas geológicas, que são formações rochosas com características semelhantes (tipos de rocha, origem e evolução) que compõem a litosfera terrestre. É importante ressaltar que estrutura geológica não é o mesmo que formas de relevo. Enquanto as formas de relevo podem ser observadas na paisagem, as estruturas geológicas são grandes formações rochosas que servem de base para a origem e evolução dessas formas e, por isso, não podem ser vistas em uma simples observação da paisagem.
As principais estruturas geológicas do planeta são:
·         Escudos cristalinos ou maciços antigos: Estruturas muito antigas (Período Pré-cambriano), rígidas e resistentes, compostas por rochas magmáticas e metamórficas. Os escudos cristalinos contribuem para a formação de relevos planálticos e algumas depressões, que se formam principalmente nas bordas dos planaltos ou em regiões erodidas dessa forma de relevo. Além disso, em regiões de escudos cristalinos, é muito comum o afloramento de minerais metálicos, como os minérios de ferro, cobre e alumínio, que são muito importantes para o desenvolvimento das atividades humanas.
·         Bacias sedimentares: originaram-se a partir do desgaste das rochas cristalinas, que se fragmentaram em sedimentos menores e foram transportadas para regiões de menores altitudes, onde se acumularam e compactaram-se. Por causa dessa origem, o principal tipo de rocha que constitui essa estrutura são as rochas sedimentares (formadas a partir do acúmulo de sedimentos). Nas bacias sedimentares, encontram-se as maiores reservas de petróleo, gás natural e carvão. As principais formas de relevo formadas nessas áreas são as planícies, planaltos sedimentares e depressões.
·         Dobramentos modernos: São estruturas bastante recentes (Período terciário da era Cenozoica) que se formaram nas áreas de contato entre placas tectônicas. Em virtude da grande pressão originada por esse contato entre as placas, as áreas de dobramentos modernos passaram por várias elevações do terreno, o que deu origem às maiores cadeias de montanhas do mundo: Alpes, Himalaia, Rochosas etc.
A estrutura geológica do Brasil, vale salientar, é composta por bacias sedimentares, que correspondem a cerca de 64% do total da extensão territorial do país, e por escudos cristalinos, que ocupam cerca de 36% do território nacional. No Brasil, não existem dobramentos modernos, uma vez que o país se encontra no interior da placa tectônica sul-americana.


As bombas atômicas e a Segunda Guerra Mundial na Ásia


Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos fizeram uso, pela primeira vez na história da humanidade, de armas atômicas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Essas bombas foram utilizadas para forçar a rendição japonesa e evitar que as tropas americanas precisassem invadir o Japão por terra. Ainda hoje esse episódio gera debates entre os historiadores a respeito da questão ética que envolveu o lançamento de bombas atômicas contra civis.

Segunda Guerra Mundial na Ásia

O conflito entre os Estados Unidos e o Japão na Segunda Guerra Mundial foi iniciado após um ataque surpresa dos japoneses contra a base naval americana de Pearl Harbor, localizada no Havaí, em 7 de dezembro de 1941 . Esse ataque resultou em cerca de 2.400 americanos mortos e levou o país a declarar guerra ao Japão.

O ataque japonês visava promover a destruição da frota americana presente no Pacífico para conseguir a sua expulsão das Filipinas, ou de qualquer outro lugar que Estados Unidos estivessem presentes no continente asiático. Isso garantiria o fim do embargo sofrido pelo Japão às importações de petróleo.

Os primeiros meses da atuação japonesa na guerra foram repletos de vitórias. Os japoneses conseguiram derrotar seguidamente as forças americanas, britânicas e franceses em diferentes locais: Cingapura, Malásia, Birmânia, Índias Orientais Holandesas etc. A desorganização das tropas Aliadas foi um fator decisivo a ocasionar o acúmulo de derrotas nesses locais.

A recuperação americana ocorreu a partir da Batalha de Midway, em junho de 1942. Essa batalha é vista pelos americanos como o ponto da virada na guerra. A Marinha Imperial japonesa sofreu danos irreversíveis durante essa batalha e, a partir disso, o Japão foi vagarosamente sendo derrotado pelos Estados Unidos e ficando encurralado em seu próprio território.

Conferência de Potsdam

Em julho de 1945, as potências que faziam parte dos Aliados reuniram-se durante a Conferência de Potsdam. Os representantes reunidos nessa ocasião foram Stalin (União Soviética), Harry Truman (Estados Unidos) e Clement Attlee (Reino Unido). Eles debateram as condições que seriam impostas aos alemães ao final da guerra. Além disso, foram debatidos os termos da rendição que seria redigida e encaminhada aos japoneses.

A solicitação de rendição dos países Aliados ao Japão aconteceu porque os Estados Unidos queriam evitar a necessidade de invasão territorial desse país. O temor americano era de que a resistência japonesa fosse obstinada e isso pudesse custar milhares de vidas de soldados americanos. Além disso, a opinião pública americana começava a aborrecer-se com a demora em acabar com a guerra e, por isso, o governo sentia a pressão para antecipar o fim do conflito. Por fim, havia o temor do avanço dos soviéticos pelo continente asiático (a configuração da Guerra Fria começava a estabelecer-se nesse momento).

Assim, foi emitida a Declaração de Potsdam, que solicitou a rendição imediata do Japão afirmando que, caso houvesse recusa, esse país deveria estar pronto para encarar a sua rápida e total destruição. O presidente americano decidiu que, em caso de recusa dos japoneses, os Estados Unidos usariam suas armas atômicas desenvolvidas durante o Projeto Manhattan.

Lançamento das bombas atômicas

A cúpula japonesa recusou os termos estipulados na Declaração de Potsdam e, assim, os Estados Unidos lançaram a primeira bomba sobre a cidade de Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945. A bomba foi transportada em um B-29, que recebeu o nome de Enola Gay. O piloto, Paul Tibbets, recebeu ordens de jogá-la sobre a Ponte Aioi.

A bomba lançada sobre Hiroshima recebeu o nome de Little Boy e explodiu a cerca de 580 metros do chão. Imediatamente depois da explosão, um grande clarão espalhou-se (relatos afirmam que cada pessoa pode ter visto um clarão com um tom diferente) e uma bola de calor surgiu e dispersou-se por toda a cidade, trazendo grande destruição.

Pessoas mais próximas ao “marco zero” foram instantaneamente vaporizadas em uma velocidade tão grande que as impediu de perceber o que acontecia ou mesmo de sentir dor. Outras pessoas tiveram suas sombras impressas nas paredes, deixando um registro da sua última ação em vida. O impacto destrutivo da bomba atômica em Hiroshima resultou em cerca de 80 mil mortes imediatas.

Apesar do enorme poder de destruição que pôde ser percebido em Hiroshima, ainda havia membros da cúpula do governo japonês que defendiam a continuidade na guerra. Mesmo com todos os indícios de que a derrota do Japão era evidente, alguns desses integrantes ainda acreditavam em uma resistência final, que garantiria a expulsão dos americanos e a manutenção das posses territoriais do Japão na China.

Com a não rendição japonesa, o exército americano lançou a segunda bomba atômica. O alvo escolhida foi Kokura, no entanto, o lançamento da bomba sobre a cidade foi cancelado em razão de questões climáticas. O piloto do avião Bock’s Car, Charles W. Sweeney, resolveu, então, lançar a bomba sobre a cidade japonesa de Nagasaki.

A bomba lançada sobre Nagasaki era muito mais potente que a usada em Hiroshima, no entanto, a condição geográfica da cidade, a qual possui muitos morros, fez com que determinadas áreas ficassem protegidas. Assim, apesar da grande destruição causada pela bomba, o número de vítimas foi menor: cerca de 40 mil mortes imediatas.

Os sobreviventes de ambas as cidades tiveram de lidar com grande sofrimento. Muitos ficaram com queimaduras gravíssimas por causa da onda de calor provocada pela bomba e precisaram tratá-las durante anos (especula-se que a demora no fechamento das feridas foi consequência da radiação). Além disso, milhares de pessoas morreram subitamente dias depois em decorrência do contato com a radiação.

O restante dos sobreviventes teve de lidar durante toda a vida com inúmeras doenças surgidas posteriormente ao ataque. Além disso, os filhos desses sobreviventes, que nasceram anos depois, colheram consequências relacionados ao contato de seus pais com a radiação. Por fim, quem sobreviveu ainda enfrentou forte preconceito da sociedade japonesa. Após anos de reivindicações, essas pessoas conseguiram que o governo arcasse com a totalidade de suas despesas médicas de maneira vitalícia.

O lançamento das bombas atômicas acabou alcançando o objetivo esperado pelos Estados Unidos: a rendição japonesa. O governo japonês aceitou render-se no dia 14 de agosto de 1945, e uma mensagem gravada pelo Imperador Hirohito foi transmitida em todo o Japão colocando fim à guerra. A rendição incondicional do país iniciou o período da ocupação americana em seu território e marcou em definitivo o fim da Segunda Guerra Mundial.


As bombas atômicas foram lançadas pelos Estados Unidos no Japão, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. Atribui-se o lançamento das bombas à negativa japonesa de se render e à tentativa americana de evitar uma invasão territorial do Japão. Esse ato foi considerado um crime de guerra.

Justificativas e críticas

Segundo o discurso oficial defendido pelos Estados Unidos, o lançamento das bombas atômicas sobre o Japão foi consequência da negativa japonesa em se render de acordo com os termos estipulados na Declaração de Potsdam. Os americanos queriam evitar uma possível invasão por terra do Japão porque isso resultaria em milhares de mortos por causa da dura resistência japonesa nos combates. Do ponto de vista americano, o uso das bombas, apesar de cruel, poupou inúmeras vítimas – principalmente americanas – e antecipou o final da guerra, acabando com a agonia japonesa.

Muitos afirmam que o uso das bombas só ocorreu como uma demonstração de força americana para os soviéticos no contexto da Guerra Fria, que já se delineava no mundo com o final da Segunda Guerra na Europa. Críticas também foram realizadas por aqueles que consideraram o uso das bombas desnecessário, uma vez que o Japão era uma nação falida e não suportaria mais a manutenção da guerra.

Efeitos das bombas

Hiroshima algumas semanas após o bombardeio. Foto de setembro ou outubro de 1945
A bomba de Hiroshima, lançada em 6 de agosto de 1945, às 8:15 da manhã, causou uma destruição imensa. Charles Pellegrino afirma que a pessoa mais próxima da explosão da bomba foi a senhora Aoyama, que foi instantaneamente vaporizada pelo efeito da explosão. Veja os detalhes da morte dela no relato a seguir:

Desde o momento em que os raios começaram a atravessar seus ossos, sua medula começaria a vibrar a mais de cinco vezes o ponto de ebulição da água. Os ossos ficariam instantaneamente incandescentes, e toda a sua pela tentaria, ao mesmo tempo, explodir e desgrudar-se do esqueleto, enquanto era forçada na direção do chão como se fosse um gás comprimido. Durante os primeiros três décimos de segundo à detonação da bomba, a maior parte do ferro seria separada do sangue da senhora Aoyama, como por refinaria atômica. […] Quando o som da explosão chegasse a seu filho Nenkai, a dois quilômetros dali, toda a substância do corpo da sua mãe, incluindo o ferro do sangue e o cálcio […], estaria subindo à estratosfera para se tornar parte das estranhas tempestades radioativas que perseguiriam Nenkai e outros sobreviventes


Outras vítimas próximas a bombas tiveram sua sombra impressa em paredes que permaneceram de pé. A partir daí, uma nuvem de calor varreu Hiroshima, trazendo grande destruição material sobre a cidade. Os sobreviventes relatam a respeito de um forte clarão quando a bomba explodiu, e alguns se lembram de um forte som. Apesar da grande destruição, a bomba de Hiroshima foi considerada um fracasso, pois não alcançou nem metade do potencial esperado.


Após a explosão, os impactos e os efeitos da bomba espalharam-se de maneira mais rápida que o corpo humano pudesse reagir. A professora Arai, que examinava papéis de caligrafia de seus alunos, contou que a radiação imprimiu os caracteres em preto definitivamente sobre seu rosto |2|. Ela sobreviveu, mas todos seus alunos morreram.

Os sobreviventes relataram o horror que se espalhou pela cidade. As pessoas estavam feridas de todas as formas possíveis. Locais com vidraças tornaram-se mortais, pois o impacto da explosão fez com que os cacos de vidros fossem lançados sobre as pessoas a velocidades altíssimas. Há relatos de sobreviventes com inúmeros cacos de vidro espalhados pelo corpo.
Outro efeito da bomba sobre as pessoas foi as queimaduras causadas pela nuvem de calor que se espalhou pela cidade. Os relatos mais fortes falam de pessoas com a pele derretida presa ao corpo. Outros afirmam que pessoas tiveram as órbitas oculares derretidas pelo calor. Alguns, com ferimentos menos graves, tiveram que lidar durante meses com queimaduras no corpo que não se curavam (efeito da radiação).

Nos dias seguintes, nuvens de moscas espalharam-se pela cidade, e as larvas proliferavam-se pelos ferimentos das pessoas. Apesar de tudo, os poucos médicos sobreviventes logo identificaram que as larvas nas feridas auxiliavam no salvamento de vidas, já que se alimentavam da carne podre, o que impedia o desenvolvimento de um quadro infeccioso nas vítimas.

Radiação

Muitos, por sorte, sobreviveram sem nenhum tipo de ferimento ou com ferimentos leves. Entretanto, não somente o calor da bomba fez mortos. A radiação foi um inimigo que perseguiu ferozmente os sobreviventes.

A quantidade de radiação espalhada por ambas as cidades era grande demais para o corpo humano resistir. Assim, muitos morreram poucas horas depois da explosão, como foi o caso do filho mais novo da senhora Matsuyanagi, conforme o relato:

Enquanto percorriam a pilha de escombros que havia sido sua escola, os filhos da senhora Matsuyanagi já se sentiam mal. O mais novo tinha ido para a escola com fome, mas, depois dos efeitos dos raios e dos feixes de partículas, perdeu a vontade de comer. Quando sua mãe finalmente o encontrou, ele havia sido tomado por náuseas secas e convulsões. Em questão de minutos, os braços da criança ficaram pretos e azuis, e ele começou a sangrar, apesar da aparente falta de ferimentos

Isso aconteceu repetidamente com várias outras pessoas. Algumas demoraram horas para morrer; outras, dias. Os poucos médicos que sobreviveram trabalharam em ritmo frenético e sem materiais adequados para ajudar os sobreviventes. Os que não morreram com a radiação levaram uma vida de doenças repentinas, sobretudo câncer.

Rendição Japonesa

Após o uso das bombas atômicas, o Japão rendeu-se em 14 de agosto de 1945, oficializando a rendição no dia 2 de setembro com a assinatura da ata pelo imperador Hirohito no navio USS Missouri.

Resumo sobre As treze colônias


As 13 colônias eram povoações instaladas pelos britânicos, na costa leste da América, no decorrer do século XVII.
Os colonos se fixaram entre o oceano Atlântico e os montes Apalaches, constituindo o embrião dos futuros treze estados americanos.

As Treze Colônias

Situadas no litoral atlântico, as treze colônias se desenvolveram de maneira distinta entre si e marcaram profundamente a formação dos Estados Unidos.
As treze colônias eram constituídas por:
1.    Carolina do Norte
2.    Carolina do Sul
3.    Connecticut
4.    Delaware
5.    Geórgia
6.    Rhode Island
7.    Massachusetts
8.    Maryland
9.    New Hampshire
10. Nova York
11. Nova Jérsei
12. Pensilvânia
13. Virgínia

Formação das Treze Colônias

Oficialmente, a colonização inglesa começou em 1607, com a fundação da cidade de Jamestown, na Virgínia.
A ocupação ocorreu no decorrer do século XVII, quando a Grã-Bretanha vivia um período de revoluções e disputas políticas e religiosas.
Por discordar das ideias absolutistas e teológicas discutidas durante a Revolução Puritana, grupos de protestantes, calvinistas e presbiterianos deixaram a Grã-Bretanha e encontraram na América um novo lar para escapar das perseguições.
Este território pertencia, segundo o Tratado de Tordesilhas, à coroa espanhola. No entanto, naquele momento, os espanhóis estavam ocupados em conquistar a região que hoje representa o México e o Peru e acabaram não ocupando esta zona.
Ainda assim, os espanhóis se estabeleceram na Flórida, em 1565, e na costa oeste.
Características das Treze Colônias
Segundo a localização geográfica, as colônias da costa leste da América do Norte podem ser divididas em três: nordeste (Nova Inglaterra), centro e sul.
Cada uma delas desenvolveu um perfil sócio-econômico diferente. Vejamos:

Colônias do Nordeste (Nova Inglaterra)


A região norte das 13 colônias foi denominada Nova Inglaterra e compreendia os territórios de Massachusetts, Delaware, Connecticut, Rhode Island e Maine.

Os colonos se dirigiam ali especialmente em busca de liberdade religiosa e política. Assim, desenvolveram uma ligação muito forte entre a religião e a política, pois as decisões eram tomadas em assembleias na igreja.
O clima era hostil e a agricultura não era rentável. Desta maneira, os colonos se dedicaram à pesca e à captura de baleias fazendo o porto de Boston a principal porta de saída e entrada de produtos.
Apesar da mão de obra livre ser predominante, existiam africanos escravizados que faziam os trabalhos domésticos. Alguns eram livres, mas ainda assim tratados de forma inferior a uma pessoa branca.


Exemplo de uma casa típica das colônias do centro da costa leste americana
As colônias do centro estavam formadas por Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware.
Nesta zona houve ocupação de holandeses, suecos e alemães, que gradualmente foram expulsos pelos colonos britânicos.
Nessa região, o clima era mais favorável ao cultivo, e foi desenvolvida tanto a agricultura de subsistência como aquela que permita a venda de excedentes.
O trabalho escravo convivia com a mão de obra livre. Igualmente, foram instaladas fábricas têxteis e de siderurgia.
Ocorria trocas comerciais entre colônias espanhola e portuguesa da América do Sul, que incluíam o tráfico humano com a África.

Colônias do Sul


Gravura retratando uma plantação de arroz nas colônias do sul. Observe o uso de pessoas escravizadas nos cultivos.
As colônias do sul estavam constituídas por Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
Ao contrário das colônias do norte, as áreas exploradas na região sul da costa leste tiveram uma ocupação distinta. Nessa região, o clima era subtropical, o que favoreceu a implantação da monocultura de produtos como arroz, algodão e tabaco.
No sul era mais comum o trabalho da lavoura ser realizado por negros escravizados. A produção era voltada basicamente para a exportação, e baseada na grande propriedade.

Independência das Treze Colônias

As colônias eram administradas por governadores nomeados pelo rei inglês. Os governadores recebiam assessoria de uma assembleia eleita por colonos que ficava responsável pelo recolhimento de tributos.
Desde o início, as colônias inglesas na América tiveram autonomia política e administrativa, se comparadas ao modelo espanhol e português.
Isso acabou gerando uma consciência nos colonos de que eles não precisavam da Inglaterra para se desenvolverem. Dois séculos mais tarde, este pensamento seria o indutor do processo de Independência.

Principais causas da Independência

O processo de independência das Treze Colônias ocorreu ao longo do século XVIII e teve como pano de fundo as disputas territoriais entre os colonos ingleses e franceses.
A Guerra dos Sete Anos, que elevou a crise financeira da Grã-Bretanha, fez com que os britânicos aumentassem os impostos cobrados nas treze colônias a fim de cobrir as despesas de guerra.
Além disso, os colonos também receavam que a metrópole não os socorreria em caso de ataques indígenas, o que acabou provocando um sentimento de que haviam sido "esquecidos" pela metrópole.
Com a difusão das ideias iluministas da Europa e sua mensagem de liberdade política, os colonos entenderam que poderiam dispensar o governo britânico.
O estopim para formalizar a independência foi o Imposto do Selo estabelecido pela Grã-Bretanha e a imposição do monopólio da venda do chá à Companhia das Índias Orientais, sem a aprovação dos colonos.
O termo Treze Colônias Americanas refere-se às unidades originais que se tornaram oficialmente independentes da Grã-Bretanha em 1783 e, mais tarde, ajudariam a formar o atual Estados Unidos da América. Eram elas: Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island, Nova York, Connecticut, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

As 13 colônias foram fundadas ao longo do século XVII por colonos ingleses que fugiram de seu país natal de um conturbado quadro político e religioso. Formadas e desenvolvidas em diferentes momentos, as 13 colônias acabaram por não ter unidade política, sendo neste sentido questionável alegar a existência de uma “América inglesa” durante o período.
Os primeiros colonos ingleses a se fixarem em terras americanas ficaram conhecidos como “pais peregrinos”. De fé puritana, eles foram romantizados pela tradição estadunidense como tendo sido os “pais da nação” após chegarem por meio do navio Mayflower, apesar da existência anterior de ampla população indígena. Entretanto, deve ser de fato atribuído aos primeiros habitantes ingleses das Américas o início do modelo de autogoverno que marcaria boa parte da trajetória das 13 colônias dali por diante. Entretanto, nas regiões do sul, eventualmente dominadas por grandes propriedades, as relações entre as colônias e a metrópole eram bem mais fortes, enquanto que no norte os pequenos proprietários contribuíram de fato para a construção paulatina de uma autonomia regional.


Na ausência de um particular interesse por parte do governo da Inglaterra em dedicar-se à cara tarefa da colonização após curta tentativa fracassada no início do século XVII, foram os colonos protestantes que protagonizaram o esforço de fixação nas novas terras. Este tinha seu centro na questão educacional: a primeira universidade norte-americana, Harvard, foi fundada na região de Massachusetts logo em 1636. Ao final do século, entretanto, a liderança protestante enfraqueceu-se, permitindo que outras formas religiosas florescessem. A região da Pensilvânia, por exemplo, nasceu como uma colônia quaker.
À medida que era estabelecida uma organização política, as colônias ganharam governadores, conselhos e assembleias que estabeleceram definitivamente a participação política da população inglesa em detrimento da nativa. Isso se deu em paralelo ao processo de desenvolvimento econômico das colônias, que ocorreram de formas diferenciadas de acordo com as realidades geográficas específicas.


As colônias localizadas ao norte – conhecidas em seu conjunto como Nova Inglaterra - tinham um clima mais similar ao existente na Europa, e, assim, pouco poderiam produzir que instigasse uma procura comercial daquele continente. Naturalmente, portanto, acabou por se construir uma economia manufatureira voltada mais ao mercado interno, formada em sua maior parte por trabalho familiar livre ou assalariado, embora também ali existisse o centro do que seria conhecido como “comércio triangular”. Feito entre a região em questão, a África e as Antilhas, ele envolvia basicamente a compra de melado e cana-de-açúcar das Antilhas, que após serem transformados em rum na Nova Inglaterra eram trocados por escravos em África. Os escravos, então, eram vendidos para trabalhar forçosamente nas Antilhas, reiniciando o processo econômico.
As colônias localizadas ao sul, por sua vez, tinham um clima mais tropical, podendo desenvolver uma economia mais atiçadora perante a Europa. A região seria marcada pela monocultura de tabaco, produzida em maior parte por mão-de-obra escrava. Apesar de ser extremamente lucrativa, a economia das colônias do sul também as colocavam em dependência da Inglaterra, de onde compravam grande parte do que necessitavam cotidianamente.

Além das colônias do norte e do sul, existiam também as colônias centrais. Dominadas originalmente pelos holandeses, elas foram as últimas das 13 colônias originais a caírem sobre o domínio inglês, e tinham uma economia agrícola formada em sua maior parte por trabalhadores livres em pequenas propriedades, apesar de também possuir manufaturas.
Os habitantes originais das Américas, enquanto isso, continuavam a ser excluídos da participação política. Como consequência, eles protagonizariam várias rebeliões que levariam, com o passar das décadas, à constituição das reservas indígenas. A existência de conflitos entre indígenas e descendentes de europeus nos EUA até hoje, porém, indica que as reservas não simbolizaram uma resolução dos conflitos.

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