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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Serrinha, um retrato do descaso e oportunismo político

A Barragem de Serrinha é um intrigante caso no qual se verifica o descaso com a aplicação do dinheiro público em obras faraônicas. A obra que tive o seu inicio no final da década de 1950 e foi inaugurada em 1996, mesmo não estando concluída, vem sendo ressuscitada a cada eleição, apenas com objetivo explícito de angariar votos dos inocentes eleitores locais.
A Barragem de Serrinha tinha tudo pra ser uma obra propulsora do desenvolvimento econômico e social da região do alto Pajeu, com a implantação de projetos nas áreas da agricultura irrigada e pesca, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida de centenas de famílias.
O problema é que a obra foi e continua sendo usada como uma plataforma política eleitoreira, nada é feito de concreto para que águas do seu reservatório sejam efetivamente utilizadas. Vários são os factoides criados em torno da alocação de recursos federais para a efetivação de projetos no entorno do açude. Para não sair da rotina, o tema voltou a ser lembrando agora em 2012, são as velhas promessas políticas que recheiam o eterno discurso do deputado Inocêncio Oliveira, provavelmente quem mais se beneficiou politicamente com as idas e vindas da emblemática obra.
Nessa história os maiores prejudicados são os agricultores ribeirinhos e a população em geral, pois acabam perdendo uma importante ferramenta para o desenvolvimento da região. Por outro lado, os nossos políticos se deleitam com a lentidão e o descaso dos órgãos públicos federais, que de forma singular ignoram o fato de que em pleno sertão nordestino existe uma barragem com um grande volume de água e que não é praticamente usada.
Essa situação só vem a comprovar que o fenômeno da seca não é o responsável pelo atraso econômico do Nordeste, os verdadeiros responsáveis são nossos gloriosos e eternos “coronéis”, que assistem de camarote a desgraça econômica, social e cultural da maioria da nossa sociedade que é formada por inúmeros excluídos que habitam o campo e a cidade.

Paulo César é professor especialista em História Geral e bacharelando em Direito
Publicado em 03 de abril de 2012 pelo site Farol de Notícias de Serra Talhada

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