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Você já ouviu falar sobre a Roma Antiga? Essa matéria é bastante frequente nas questões do ENEM e de outros vestibulares. Pensando nisso, o Beduka preparou um Resumo sobre a Roma Antiga para você se preparar melhor para as questões de história do ENEM.
Não deixe de conferir as questões de vestibular sobre a Roma Antiga.
Nesse artigo vamos falar sobre:
- Resumo sobre a Roma Antiga;
- A Monarquia e a República Romana;
- O Império Romano.
Lenda da Fundação de Roma
A lenda da fundação da cidade de Roma conta que os gêmeos Rômulo e Remo, nascidos de Reia em 771 a.C., foram jogados no rio Tibre, por ordem do então rei de Alba Longa, Amúlio – tio de Reia – que havia usurpado o trono e queria assassinar todos os possíveis herdeiros.
O cesto onde os garotos estavam encalhou próximo onde atualmente é a cidade de Roma. Eles foram encontrados por uma loba, que os amamentou e os garotos escaparam da morte. Mais tarde, um pastor encontrou os dois bebês e cuidou de ambos até a idade adulta.
Depois de adultos, ambos os irmãos fundaram uma cidade nesta mesma região onde foram encontrados e criados. Após um desentendimento entre os irmãos, Rômulo assassinou seu irmão Remo e se tornou o primeiro rei de Roma. Apesar da origem “lendária”, naquela região haviam povos extremamente bem desenvolvidos.
Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)
Durante a monarquia romana, a sociedade era formada por três classes sociais:
- Patrícios: a classe dominante, que era constituída por nobres e proprietários de terra;
- Plebeus: constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários;
- Clientes: viviam da dependência dos patrícios e dos plebeus, e eram prestadores de serviços.
O rei executava as funções judicial, executiva e religiosa. Os principais órgãos durante a monarquia romana foram:
Assembleia Curiata: que era constituída por trinta chefes de famílias do povo e tinha por função a elaboração de leis, recursos jurídicos e ratificação da eleição do rei.
Senado: composto pelos patrícios, era responsável por assessorar o rei e tinha o poder de vetar as leis propostas pelo monarca.
Principais reis de Roma
Rômulo governou entre 753 e 716 a.C. Depois dele, Roma teve outros seis reis. São eles:
- Numa Pompílio (716 a 673 a.C.): foi o responsável pelo primeiro sistema de leis romanas, pela elaboração do primeiro calendário da cidade e pela organização dos ofícios religiosos. Por conta da “reforma religiosa”, os romanos consideraram que a cidade viveu uma época de paz e prosperidade, garantindo a Numa Pompílio um grande reconhecimento após sua morte;
- Túlio Hostílio (673 a 641 a.C.): foi o responsável por levar Roma à primeira expansão territorial, conquistando territórios adjacentes. Túlio também organizou o primeiro exército romano, assim como a vitória e destruição de Alba Longa;
- Anco Márcio (641 a 616 a.C.): foi responsável por um período de paz, apesar dos embates com as cidades de Ficana e de Politorium durante seu governo. Márcio cedeu terras do monte Aventino aos derrotados dessas cidades, criando o primeiro núcleo da plebe romana;
- Tarquínio Prisco (616 a 578 a.C.): Prisco manteve o processo de expansão territorial, fomentou o comércio com as cidades próximas e foi responsável pela drenagem dos pântanos da região em volta da cidade, além de algumas reformas estruturais que garantiram o crescimento da cidade;
- Sérvio Túlio (578 a 534 a.C.): Foi responsável por reorganizar o exército romano, que agora era dividido em centúrias, cem homens liderados por um centurião, e por promover a primeira reforma social, dividindo os romanos por classes, de acordo com a renda de cada um. Ele também levantou a primeira muralha em volta de Roma, garantindo a defesa da cidade;
- Tarquínio, o Soberbo (534 a 509 a.C.): Até promoveu novas obras estruturais na cidade, mas confiscou inúmero bens de famílias romanas influentes, fazendo com que seu reinado fosse a ruína da Monarquia e a principal causa do estabelecimento da República Romana.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)
A fundação da república reafirmou o Senado, que era o órgão de maior poder político entre os romanos. O poder executivo ficou nas mãos das magistraturas, que eram ocupadas pelos patrícios.
A principal característica da república romana é a luta de classes entre patrícios, que lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos, e plebeus, que não queriam mais ser dominados.
Durante os anos de 449 e 287 a.C., cinco revoltas foram organizadas pelos plebeus e que alcançaram vários resultados que fizeram com que as duas classes praticamente se igualassem, tais como:
- Tribunos da plebe;
- Leis das XII tábuas;
- Leis Licínias;
- Lei Canuleia.
O Império Romano (27 a.C. a 476 d.C)
O império sucedeu a república, onde agora todo poder político era centrado no imperador, e o Senado agora apoiava seu poder. O império se expandiu expressivamente e, até 117 d.C, cerca de seis milhões de quilômetros quadrados estavam sob o governo do império romano.
O império possuía aproximadamente seis milhões de habitantes, sendo que um milhão habitava a cidade de Roma. Um dos aspectos essenciais para o sucesso do império era o exército, que fez com que Roma expandisse seu poderio até o Mediterrâneo.
Política do Pão e Circo
À medida que os centros urbanos cresciam, os problemas sociais também surgiram em Roma. O alto número de escravos fez com que o desemprego aumentasse sobremaneira na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus serviços. Esse grande número de desempregados foi para as cidades romanas buscando empregos e melhores condições de vida.
Temendo uma revolta dos desempregados, o imperador criou então a chamada política do Pão e Circo. Esta se baseava em oferecer alimentação e diversão aos cidadãos romanos. Durante quase todos os dias aconteciam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta maneira, a população carente se distraía e se esquecia de seus problemas, diminuindo as chances de revolta.
Cultura Romana
A cultura romana teve bastante influência da cultura grega. Os romanos se basearam na cultura grega em muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. A língua falada era o latim, que se espalhou por todo o império na Idade Média, originando línguas como português, francês, italiano e espanhol.
Os balneários romanos eram locais bastante frequentados por senadores e membros da aristocracia romana. Eles usavam estes locais para discutirem política e aumentar seus relacionamentos pessoais.
A mitologia romana era utilizada para explicar a realidade que os romanos não conseguiam explicar de maneira científica. A mitologia também explicava a origem do povo e da cidade que deu origem ao império, como vimos acima a lenda de Rômulo e Remo.
Características do Império Romano
- Estritamente comercial;
- Escravizava os povos conquistados;
- O controle das províncias era responsabilidade de Roma;
- Politeísta, ou seja, acreditavam em muitos deuses;
- O governante tinha cargo vitalício;
- A expansão territorial acontecida através de conquistas ou golpes militares.
Divisão do Império Romano
A crise econômica no Império fez com que o número de impostos diminuíssem drasticamente. Essa redução gerou um grande declínio no número de funcionários do Estado, tornando a administração cada vez mais difícil, especialmente nas províncias mais distantes de Roma.
Numa tentativa de reparar essa situação, o imperador Diocleciano dividiu o império em dois: o Ocidente, com capital em Roma, e o Oriente, com capital em Bizâncio, às margens do mar Negro.
Tanto no Ocidente quanto no Oriente havia um imperador, que tinha o título de Augusto, e um outro governante para as regiões mais distantes, com o título de César, sendo no total quatro governantes para todo o império. Por esse motivo, essa forma de divisão foi chamada de Tetrarquia.
No início do século IV, o imperador Constantino reunificou o Império. Entretanto, como havia um risco iminente de invasão na parte ocidental, o imperador transferiu a capital para Bizâncio, que era mais rica e mais protegida, renomeando a cidade para Constantinopla.
Durante o século IV, o Império permaneceu unificado, com sua capital em Constantinopla. No final do século, o imperador Teodósio estabeleceu a divisão definitiva: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, também chamado de Império Bizantino, com capital em Constantinopla.
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Queda do Império Romano
As principais causas do declínio do Império Romano foram:
- Dificuldade de administração: o império era muito grande e havia complicações no controle e gestão da corrupção que o aniquilou;
- Invasões bárbaras: o exército precisou proteger o império das investidas de povos como os godos, hunos e germânicos;
- Elevados impostos: o estado tinha elevado custo para manter a construção das obras rotineiras. Esse fator aumentou significativamente as taxas cobradas da população;
- Escassez de escravos: a redução das batalhas por conquistas de novos territórios prejudicou o sistema de renovação de escravos.
Principais Imperadores romanos
- Otaviano Augusto: primeiro imperador de Roma. Foi responsável por acrescentar muitos territórios ao império;
- Cláudio: foi responsável por conquistar parte da Grã-Bretanha;
- Nero: considerado excêntrico e louco, assassinou sua mãe e sua irmã, e condenou um grande número de cristãos à morte;
- Tito: ficou o responsável por destruir o templo do Rei Salomão;
- Trajano: considerado um grande conquistador, fez com que Império Romano atingisse a maior extensão durante seu governo;
- Adriano: ordenou a construção uma muralha com seu nome, a Muralha de Adriano, ao norte da Grã-Bretanha, que tinha por objetivo conter os bárbaros;
- Diocleciano: foi o responsável por dividir o império em duas partes: oriental e ocidental;
- Constantino: proibiu a perseguição aos cristãos e uniu novamente o império, escolhendo Bizâncio como capital. Renomeou a cidade de Constantinopla;
- Rômulo Augusto: foi o penúltimo imperador de Roma;
- Constantino XI: foi o último imperador do Império Romano Oriental. Morreu defendendo a cidade contra o ataque dos turcos.
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