Opinião escrita pelo professor e escritor Paulo César Gomes
No último de 6 de maio – aniversário de emancipação politica da cidade – os professores da rede municipal realizaram um simbólico protesto contra a proposta de aumento feita pelo prefeito Luciano Duque (PT). Na oportunidade foram distribuídos adesivos com uma frase que expressava bem o sentimento dos educadores: “Não ao reajuste de 2%. Mereço respeito”.
O estranho disso tudo, além da ridícula proposta do governo, é o fato de que o partido do prefeito, o PT, que outrora era um dos seguimentos políticos que cobrava dos prefeitos (Ferdinando Feitosa, Augusto César, Tião Oliveira, Geni Pereira e Carlos Evandro) a valorização e o merecido respeito para com os professores, agora silencia.
Adormece em berço esplêndido como se nada estivesse acontecendo, sucumbindo-se a um governo que a cada dia que passa joga uma pá de cal nas propostas que o levaram a ser eleito e nas bandeiras históricas defendidas pelo PT de Serra Talhada, o que vem tornando esse governo em nada mais, nada menos, do que uma singela fórmula genérica de todos os outros que já passaram PMST.
É lamentável a postura do governo Luciano Duque com relação aos professores, pois é possível sim dar um aumento de 10% aos professores. Do contrário, como é que se pode explicar o fato de que as secretaria foram loteada com os cabos eleitorais do ex-prefeito Carlos Evandro e dos aliados de última hora, o que deixa claro que a máquina está inchada com inúmeras contratações, algumas inclusive foram importadas de outras cidades.
Não será nenhuma supressa se os professores da rede municipal deflagrarem a greve por tempo indeterminado, pois o que está em jogo, não é só o salário dos professores, mas principalmente a valorização dos nosso profissionais e o futuro da educação municipal, e para isso é preciso que se respeite o educador.
Pagar o piso salarial não é favor, é obrigação! Até porque não se pode colocar o piso como se fosse o teto, e nem tão pouco satirizar os docentes dizendo que alguns chegam a receber R$ 7 mil reais por mês. Diante tudo isso, fica claro que o ônus da deflagração do movimento grevista recairá sobre os ombros do prefeito Luciano Duque, e de contra partida na Direção Municipal do PT.
Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!
Publicado no portal Farol de Notícias de Serra Talhada, em 11 de maio de 2014.
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