Religiões
de matriz africana são aquelas cuja essência teológica e filosófica seja as
oriundas das tradicionais religiões vivenciadas no continente africano.
As
religiões de matriz africana podem ser divididas em dois tipos: as religiões
tradicionais africanas e as religiões afro-americanas.
As
religiões tradicionais africanas são aquelas praticadas no continente,
geralmente em zona rural e atualmente mais ligada às famílias. Cerca de 29% da
população africana praticam suas religiões tradicionais. 35% praticam o
cristianismo e outros 35% o islamismo. Cerca de 1% praticam outras religiões
incluindo o hinduísmo.
As
religiões afro-americanas estão divididas em dois grandes grupos:
1º
- religiões afro-caribenhas: Vodu é o nome da religião afro no Haiti.
Muito sincrética, é uma mistura de elementos da religião dos povos jeje – do
antigo Daomé, hoje República do Benin, que cultuavam os vodun, divindades muito
semelhantes aos orixás do povo vizinho, os iorubás – com a religião indígena
das ilhas. Santería é o nome da religião afro em
Cuba. O sincretismo aqui é com o catolicismo. Cultuam os orixás dos iorubás,
que chamam de lucumi (nome antigo destes), é muito parecido com o candomblé.
Também é chamado de Regla Del Ocha, ou simplesmente Regla. Seus praticantes são
os santeros.
3º
- religiões afro-brasileiras: Tambor de Mina é o nome da religião afro no Maranhão. Tem
a mesma origem que o vodu haitiano, nos povos jejes (fon e ewe). O sacerdote
máximo se chama Vodunon e os vodunsi são os praticantes. Xangô é o nome da divindade iorubá do trovão. Esta
divindade é tão importante em Pernambuco que batiza a religião afro no Recife.
Lá, os praticantes são chamados de xangozeiroxs Candomblé é a religião afro-brasileira mais conhecida e
celebrada. Se espraiou da Bahia para os outros estados chegando até mesmo no
Rio Grande do Sul, onde já existia outra modalidade, o Batuque. Existem vários graus hierárquicos dentro de um
candomblé: abiã (simpatizante), yaô (iniciado), egbomi (irmão mais velho com 7
anos de iniciado), titulares de cargos vitalícios como alaxé (guarda dos
implementos sagrados), alabê (tocador de atabaques), axogun (sacrificador),
yabassé (cozinheira), amorô (responsável por Exu), ekedi (cuida dos orixás
manifestados), ogã (contribui materialmente com o terreiro), babalaô (adivinho)
e babalorixá (pai-de-santo) ou yalorixá (mãe-de-santo). Macumba é o nome de um tambor de origem bantu utilizado
em rituais dessa matriz africana no Rio de Janeiro. Devido a pejoração
construída pela ICAR em torno da palavra, seus adeptos mudaram o nome para
candomblé de angola. Neste tipo de candomblé se cultuam os inkice, divindades
semelhantes aos orixás iorubás. Tata-ninkice e Mameto-ninkice são os cargos
máximos. Batuque é o nome dado pelos brancos à religião afro no
Rio Grande do Sul devido ao barulho dos tambores. É uma religião bem diferente
das outras afro-brasileiras embora a base sendo a mesma: a cultura dos orixás.
O sacerdócio é muito centralizado, sendo que o babalorixá ou yalorixá
desempenham os papéis de pai-de-santo, sacrificador, é o responsável pelo Exu e
também pelos implementos sagrados, e é o adivinho. Só existe uma categoria de
omorixás: yaô.
'Candomblé'
'Umbanda' 'Tambor de Mina" 'Culto de Nação' 'Santeria' 'Palo Monte' 'Vodu'
'Maria Lionza'
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