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sábado, 15 de junho de 2013

Maior e menor nota e moeda feita de maconha ou ouro são destaques.
Numismático está expondo todo o material em São Vicente, SP.

Mariane Rossi
Do G1 Santos

Acervo conta com dezenas de moedas de vários países (Foto: Mariane Rossi/G1)Acervo conta com dezenas de moedas de vários países (Foto: Mariane Rossi/G1)
Mais de mil cédulas, moedas e selos raros e curiosos estão reunidos em uma exposição em São Vicente, no litoral de São Paulo. Entre os destaques, está o dinheiro folheado a ouro, cédulas usadas das guerras mundiais, e antiguidades bem raras. Uma das atrações que mais chama a atenção dos visitantes, porém, são algumas moedas com a folha de maconha, que divide a atenção dos curiosos com moedas feitas há mais de 1700 anos. O acervo é de um morador apaixonado por história e cultura.
Paulo Matioli coleciona cédulas e moedas desde os cinco anos de idade. Ele é o curador da exposição e conta que, desde criança, procurava conhecer o mundo por meio dos objetos, já que não podia viajar para qualquer lugar. “Eu fechava os olhos e me transportava para aquele país”, diz ele. A cultura e a história de cada nação eram representadas pelo dinheiro em papel ou pelas moedas em prata, cobre ou níquel. Esse era o ponto de partida para fazer suas pesquisas sobre a política, o modo de viver e a cultura de cada país. Hoje, ele é um numismático, aquele que coleciona cédulas e moedas. Ele tem mais de mil exemplares vindos dos cinco continentes do planeta e resolveu compartilhar essa paixão e todo o seu conhecimento com outras pessoas por meio da exposição “Uma Viagem pelo Mundo através da Numismática e Filatelia”.
Ao chegar ao local, os visitantes podem se sentir viajantes. Paulo acompanha os grupos e conta a história dos países por meio do dinheiro. O visitante observa as cédulas, moedas e selos ao som de músicas de várias nacionalidades.


Cédulas brasileiras antigas (Foto: Mariane Rossi/G1)
Cédulas brasileiras antigas
(Foto: Mariane Rossi/G1)

Há também as cédulas que marcaram a história mundial. O dinheiro era usado durante a 1ª Guerra Mundial e na 2ª Guerra, quando havia duas cédulas diferentes, uma para ser utilizada na Alemanha e outra que circulava nos países conquistados, como Hungria e Polônia. Assim como no Brasil, há diversos países onde a imagem de seus líderes está estampada nas cédulas. Mahatma Gandhi está no dinheiro utilizado na Índia. Já na do Iraque, há a imagem de Saddam Hussein. Há também uma cédula com o rosto de Che Guevara.

Entre as curiosidades, há o dinheiro de um país que não existe mais, a região da Boêmia e Moravia, que posteriormente tornou-se a República Tcheca. No acervo também é possível ver a cédula com o maior valor facial, ou seja, que tem o maior valor estampado. Ela é de Zimbábue e o seu valor é de 100 trilhões de dólares do país. Se fosse utilizada no Brasil, ela valeria cerca de R$ 10. Mas, segundo Paulo, a cédula durou pouco tempol apenas para resolver um problema financeiro no país. Também é possível ver um dinheiro de tecido, da Alemanha, e vários de plásticos, que são utilizados em diversos lugares da América do Sul.

Moeda o Império Romano, feita 350 anos depois de Cristo (Foto: Mariane Rossi/G1)
Moeda o Império Romano, feita 350 anos depois
de Cristo (Foto: Mariane Rossi/G1)
Há também há aquelas cédulas que só foram criadas em datas comemorativas ou que acabaram virando souvenir por serem bem feitas e representarem algum lugar. É o caso do dinheiro usado na Disney, que tem a imagem do Mickey. “Eles fizeram para o pessoal usar para comprar as coisas. Mas, depois, eles viram que ninguém usava a cédula e guardava”, conta Paulo. Também há as cédulas da Antártida, da Ilha de Páscoa e da Ilha de Galápagos.
Um outro dinheiro muito especial, que o curador adora mostrar, é o da Amazônia. Segundo ele, foi realizada uma impressão particular dessas cédulas e elas são usada tanto para o comércio com os índios quanto como lembrança para os turistas que passaram pelo Brasil. Ainda segundo o curador da exposição, ela foi produzida em 2005 e é fabricada na República Tcheca.  Entre as raras, está uma moeda das Ilhas Cook, na Polinésia. Elas contêm um pedaço de um meteorito que caiu na Rússia, como homenagem ao país. Há somente 2.500 moedas destas em todo o mundo.
Moeda com a planta da maconha (Foto: Mariane Rossi/G1)
Moeda com a planta da maconha
(Foto: Mariane Rossi/G1)
Além do dinheiro de papel, na exposição há moedas. Assim como as cédulas, existem de várias formas, tamanhos e cores. Elas vem de todas as partes do mundo e de diversos períodos da história. Entre as mais diferentes, estão as tridimensionais da Somália, a de porcelana, utilizada na China entre 1821 e 1900, e as conchas que eram usadas no comércio de países da África e da Ásia. Uma das que mais atrai os visitantes é a que leva uma planta de maconha, que veio de Porto Novo, na África. A maior raridade é a moeda criada 300 anos depois de Cristo, pelo Império Romano.

A exposição também conta com diversos selos da década de 80 e um quadro cheio de cartões postais de todo o mundo. A exposição já foi vista por centenas de pessoas e vai somente até este sábado (15), das 9h às 17h, no Centro Cultural Argonautas, localizado na Associação de Desenvolvimento Econômico e Social às Famílias (Adesaf) , que fica na Rua Guarany, 70, no Parque São Vicente, em São Vicente. A entrada é gratuita.

Paulo e parte de suas cédulas brasileiras antigas (Foto: Mariane Rossi/G1)Paulo e parte de suas cédulas brasileiras antigas (Foto: Mariane Rossi/G1)

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