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segunda-feira, 6 de maio de 2013

O pastor Marcos Feliciano; homem errado no local errado. Parte II


Resposta aos internautas do site Farol de Notícias


Por Paulo César, professor e escritor


Caros amigos faroleiros,

A questão levantada por mim não têm como centro a homossexualidade ou racismo, mas o fato de que um político ligado a uma religião, que poderia ser a católica, a judaica, a islâmica ou outra qualquer, não deveria ocupar um espaço no qual se têm por obrigação luta em defesa dos direitos de setores extremamente marginalizados, que entre outros inclui, os gays, os negros, as prostitutas, os indígenas.


A postura adotada pelo deputado Marcos Feliciano não condiz com o significado da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, pois o ser humano que ele prega só existe nos princípios da sua religião, o que acaba excluindo e marginalizando todos os que não se encaixam nos “conceitos religiosos”. A ideia de caracteriza o homossexualismo como uma doença, nos remete aos princípios nefastos defendidos pelo nazismo, que entre outras coisas, defendia a existência de uma raça perfeita e superior. As que não se enquadravam nesses critérios eram eliminadas.  Veja bem amigos faroleiros, como é que Marcos Feliciano vai defender os interesses das prostitutas se elas são pecadoras? Mas, pensem bem. Elas são seres humanos ou não?


A questão principal levantada por mim no texto, é a de que um religioso fervoroso não deveria ocupar a presidência dessa comissão, por que essa não é uma bandeira religiosa, o conceito de “ser humano” é outro, um conceito diferente do que foi definido lá na Revolução Francesa.   O discurso adotado por aqueles defendem os direitos humanos é ideológico e é por isso que eu digo e repito: o pastor Marcos Feliciano é o homem errado no local errado.

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