Resposta aos internautas do site Farol de Notícias
Por Paulo César, professor e escritor
Caros amigos
faroleiros,
A questão levantada por mim não têm como centro a homossexualidade ou
racismo, mas o fato de que um político ligado a uma religião, que poderia ser a
católica, a judaica, a islâmica ou outra qualquer, não deveria ocupar um espaço
no qual se têm por obrigação luta em defesa dos direitos de setores extremamente
marginalizados, que entre outros inclui, os gays, os negros, as prostitutas, os
indígenas.
A postura adotada pelo deputado Marcos Feliciano não condiz com o
significado da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, pois o ser humano que
ele prega só existe nos princípios da sua religião, o que acaba excluindo e
marginalizando todos os que não se encaixam nos “conceitos religiosos”. A ideia
de caracteriza o homossexualismo como uma doença, nos remete aos princípios nefastos
defendidos pelo nazismo, que entre outras coisas, defendia a existência de uma
raça perfeita e superior. As que não se enquadravam nesses critérios eram
eliminadas. Veja bem amigos faroleiros,
como é que Marcos Feliciano vai defender os interesses das prostitutas se elas
são pecadoras? Mas, pensem bem. Elas são seres humanos ou não?
A questão principal levantada por mim no texto, é a de que um religioso fervoroso
não deveria ocupar a presidência dessa comissão, por que essa não é uma bandeira
religiosa, o conceito de “ser humano” é outro, um conceito diferente do que foi
definido lá na Revolução Francesa. O discurso adotado por aqueles defendem os
direitos humanos é ideológico e é por isso que eu digo e repito: o pastor
Marcos Feliciano é o homem errado no local errado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário